Viúva de Marielle diz que nome de Rivaldo Barbosa é grande surpresa e que crime precisa de resposta


Vereadora Monica Benício disse que espera que todos envolvidos sejam responsabilizados e que motivação ainda não está esclarecida; ‘Estadão’ tenta contato com a defesa do delegado

Por Karina Ferreira e Rayanderson Guerra
Atualização:

A vereadora do Rio e viúva de Marielle Franco, Monica Benício (PSOL), disse neste domingo, 24, que a motivação do assassinato da esposa em 2018 ainda precisa ser esclarecida. Acompanhada de Agatha Arnaus Reis, viúva do motorista Anderson Gomes, também executado na ocasião, a vereadora disse que espera que todos os envolvidos sejam identificados e responsabilizados.

“A motivação, para mim, é algo que ainda precisa ser melhor explicado. Acredito que quando tivermos acesso a todos os documentos poderemos chegar a uma conclusão”, declarou Monica.

As duas afirmam que a prisão do delegado Rivaldo Barbosa, por suspeita de atuar para proteger os apontados como mandantes dos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes, foi uma grande surpresa. Monica considera que o suposto envolvimento do delegado mostra que a Polícia Civil não apenas falhou, mas foi cúmplice do crime.

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“Hoje, saber que o homem que nos abraçou, prestou solidariedade e sorriu, dizendo que esse caso seria uma prioridade, tem envolvimento nesse mando, para nós, é entender que a Polícia Civil não foi só negligente. Não foi só por uma ‘falha’ que chegamos a seis anos de dor, mas em especial por ter sido conivente todo esse tempo”, disse Monica, na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio, com a voz embargada.

Na avaliação dela, o crime foi muito bem executado, o que dificultou as investigações, mas atribui a demora na resolução à “falta de vontade política”.

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A viúva de Marielle Franco, Mônica Benício e a viúva do motorista Anderson, Agata Arnaud, falam na porta da PF no Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Preso na manhã deste domingo, o delegado Rivaldo Barbosa assumiu a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, em 13 de março de 2018, véspera do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O Estadão tenta contato com a defesa do delegado.

Monica afirmou ainda que as prisões não significam “de maneira nenhuma” o fim do caso, e que quer que não só os mandantes, mas “todas as pessoas que tiveram algum tipo de envolvimento” sejam punidas “ao rigor da Lei”.

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Viúva do motorista Anderson, Agatha concordou com Monica sobre o caso ainda estar longe do fim, e afirmou que o suposto envolvimento do delegado “foi um tapa na cara”. “É pisotear ainda mais, você saber que está envolvido, olhar no nosso olho e fazer promessas”, disse.

Ao ser questionada se sentiu “um gosto de justiça”, Monica respondeu que prisão é importante, mas ainda não trouxe paz. “Eu confesso que estou há seis anos e dez dias esperando essa resposta. Eu não cheguei a pensar o que seria esse momento. É importante, mas ainda não traz nenhum tipo de paz.”

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Além do delegado, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) e o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão, também foram presos preventivamente pela Polícia Federal, suspeito de serem os mandantes dos assassinatos.

A prisão ocorreu nesta manhã na operação Murder Inc., deflagrada de forma conjunta por PF, Procuradoria-Geral da República (PGR) e Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A operação investiga os crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

A vereadora do Rio e viúva de Marielle Franco, Monica Benício (PSOL), disse neste domingo, 24, que a motivação do assassinato da esposa em 2018 ainda precisa ser esclarecida. Acompanhada de Agatha Arnaus Reis, viúva do motorista Anderson Gomes, também executado na ocasião, a vereadora disse que espera que todos os envolvidos sejam identificados e responsabilizados.

“A motivação, para mim, é algo que ainda precisa ser melhor explicado. Acredito que quando tivermos acesso a todos os documentos poderemos chegar a uma conclusão”, declarou Monica.

As duas afirmam que a prisão do delegado Rivaldo Barbosa, por suspeita de atuar para proteger os apontados como mandantes dos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes, foi uma grande surpresa. Monica considera que o suposto envolvimento do delegado mostra que a Polícia Civil não apenas falhou, mas foi cúmplice do crime.

“Hoje, saber que o homem que nos abraçou, prestou solidariedade e sorriu, dizendo que esse caso seria uma prioridade, tem envolvimento nesse mando, para nós, é entender que a Polícia Civil não foi só negligente. Não foi só por uma ‘falha’ que chegamos a seis anos de dor, mas em especial por ter sido conivente todo esse tempo”, disse Monica, na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio, com a voz embargada.

Na avaliação dela, o crime foi muito bem executado, o que dificultou as investigações, mas atribui a demora na resolução à “falta de vontade política”.

A viúva de Marielle Franco, Mônica Benício e a viúva do motorista Anderson, Agata Arnaud, falam na porta da PF no Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Preso na manhã deste domingo, o delegado Rivaldo Barbosa assumiu a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, em 13 de março de 2018, véspera do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O Estadão tenta contato com a defesa do delegado.

Monica afirmou ainda que as prisões não significam “de maneira nenhuma” o fim do caso, e que quer que não só os mandantes, mas “todas as pessoas que tiveram algum tipo de envolvimento” sejam punidas “ao rigor da Lei”.

Viúva do motorista Anderson, Agatha concordou com Monica sobre o caso ainda estar longe do fim, e afirmou que o suposto envolvimento do delegado “foi um tapa na cara”. “É pisotear ainda mais, você saber que está envolvido, olhar no nosso olho e fazer promessas”, disse.

Ao ser questionada se sentiu “um gosto de justiça”, Monica respondeu que prisão é importante, mas ainda não trouxe paz. “Eu confesso que estou há seis anos e dez dias esperando essa resposta. Eu não cheguei a pensar o que seria esse momento. É importante, mas ainda não traz nenhum tipo de paz.”

Além do delegado, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) e o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão, também foram presos preventivamente pela Polícia Federal, suspeito de serem os mandantes dos assassinatos.

A prisão ocorreu nesta manhã na operação Murder Inc., deflagrada de forma conjunta por PF, Procuradoria-Geral da República (PGR) e Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A operação investiga os crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

A vereadora do Rio e viúva de Marielle Franco, Monica Benício (PSOL), disse neste domingo, 24, que a motivação do assassinato da esposa em 2018 ainda precisa ser esclarecida. Acompanhada de Agatha Arnaus Reis, viúva do motorista Anderson Gomes, também executado na ocasião, a vereadora disse que espera que todos os envolvidos sejam identificados e responsabilizados.

“A motivação, para mim, é algo que ainda precisa ser melhor explicado. Acredito que quando tivermos acesso a todos os documentos poderemos chegar a uma conclusão”, declarou Monica.

As duas afirmam que a prisão do delegado Rivaldo Barbosa, por suspeita de atuar para proteger os apontados como mandantes dos assassinatos de Marielle e do motorista Anderson Gomes, foi uma grande surpresa. Monica considera que o suposto envolvimento do delegado mostra que a Polícia Civil não apenas falhou, mas foi cúmplice do crime.

“Hoje, saber que o homem que nos abraçou, prestou solidariedade e sorriu, dizendo que esse caso seria uma prioridade, tem envolvimento nesse mando, para nós, é entender que a Polícia Civil não foi só negligente. Não foi só por uma ‘falha’ que chegamos a seis anos de dor, mas em especial por ter sido conivente todo esse tempo”, disse Monica, na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio, com a voz embargada.

Na avaliação dela, o crime foi muito bem executado, o que dificultou as investigações, mas atribui a demora na resolução à “falta de vontade política”.

A viúva de Marielle Franco, Mônica Benício e a viúva do motorista Anderson, Agata Arnaud, falam na porta da PF no Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Preso na manhã deste domingo, o delegado Rivaldo Barbosa assumiu a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, em 13 de março de 2018, véspera do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O Estadão tenta contato com a defesa do delegado.

Monica afirmou ainda que as prisões não significam “de maneira nenhuma” o fim do caso, e que quer que não só os mandantes, mas “todas as pessoas que tiveram algum tipo de envolvimento” sejam punidas “ao rigor da Lei”.

Viúva do motorista Anderson, Agatha concordou com Monica sobre o caso ainda estar longe do fim, e afirmou que o suposto envolvimento do delegado “foi um tapa na cara”. “É pisotear ainda mais, você saber que está envolvido, olhar no nosso olho e fazer promessas”, disse.

Ao ser questionada se sentiu “um gosto de justiça”, Monica respondeu que prisão é importante, mas ainda não trouxe paz. “Eu confesso que estou há seis anos e dez dias esperando essa resposta. Eu não cheguei a pensar o que seria esse momento. É importante, mas ainda não traz nenhum tipo de paz.”

Além do delegado, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil) e o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão, também foram presos preventivamente pela Polícia Federal, suspeito de serem os mandantes dos assassinatos.

A prisão ocorreu nesta manhã na operação Murder Inc., deflagrada de forma conjunta por PF, Procuradoria-Geral da República (PGR) e Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A operação investiga os crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.

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