Curiosidades do mundo da Política

Favorito nas pesquisas, FHC sentou na cadeira de prefeito antes da hora e Jânio desinfetou móvel


Em 1985, na primeira eleição municipal após a ditadura, Fernando Henrique Cardoso posou para jornalistas na cadeira de prefeito; vencedor foi Jânio Quadros, que convocou a imprensa e se ‘vingou’ na mesma moeda

Por Gabriel de Sousa

Na véspera do dia 15 de novembro de 1985, quando foi realizada a primeira eleição na cidade de São Paulo após a ditadura militar, o então senador Fernando Henrique Cardoso posou para fotógrafos sentado na cadeira de prefeito. As imagens do candidato, favorito nas pesquisas de intenção de voto por margem apertada, estampariam a vitória dele e do PMDB, partido ao qual era filiado na época. Porém, o resultado não poderia ter sido pior para FHC: o adversário dele, o ex-prefeito Jânio Quadros, venceu o pleito e preparou uma “vingança”.

Esse episódio faz parte da série especial do Estadão de curiosidades sobre as eleições de São Paulo. Ao longo desta semana, serão publicadas reportagens sobre momentos que marcaram as disputas para a Prefeitura desde o primeiro pleito realizado após o fim da ditadura militar, em 1985.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (à esquerda) senta na cadeira de prefeito antes da eleição de 1985; o ex-prefeito Jânio Quadros (à direita) desinfetou o móvel após eleito Foto: Reginaldo Manente/Estadão
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No dia da eleição, os paulistanos foram para as urnas com a pesquisa do Instituto Gallop indicando que FHC ganharia o pleito com uma vantagem apertadíssima, de 38% contra 37,3% de Jânio Quadros. Nas bancas de jornais, a foto do senador posando como prefeito na cadeira do então ocupante, Mário Covas, já estava em circulação. Aliado do sociólogo, Covas também era do PMDB.

No livro “A arte da política – a História que vivi”, de 2006, onde FHC conta a trajetória dele até chegar ao Palácio do Planalto, o ex-presidente explicou a sua versão da fotografia antecipada. “Estabeleci um acordo com repórteres da revista Veja em São Paulo para ser fotografado nessa situação, para o caso da vitória, pois as eleições estavam extremamente apertadas. Além de tudo, se a revista quisesse, como pretendia, trazer o novo prefeito na capa, não haveria como fotografá-lo a tempo no gabinete oficial”, afirmou.

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Fernando Henrique Cardoso, então candidato à Prefeitura, posou para fotógrafos sentado na cadeira de prefeito às vésperas do pleito. Foto: Acervo Estadão

Jânio, que foi presidente da República entre janeiro e agosto de 1961, venceu a eleição com 39,3% dos votos válidos, enquanto FHC obteve 35,8%. Um fator determinante para a derrota do senador, que futuramente governou o País entre 1994 e 2002, foi a votação expressiva de Eduardo Suplicy (PT), que conquistou 20,7% dos votos válidos e dividiu a centro-esquerda. Não havia segundo turno na época.

Edição de 16 de novembro de 1985 do Jornal da Tarde noticia a vitória de Jânio Quadros nas eleições de 1985. Foto: Acervo Estadão
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Jânio Quadros, conhecido por ter uma postura irreverente e inflamada, deu o troco na mesma moeda. No dia 2 de janeiro de 1986, logo após a posse dele na Prefeitura, convocou a imprensa para registrar outra cena no gabinete do Executivo municipal: desinfetaria a cadeira onde FHC sentou para ser fotografado.

Ironizando o gesto precipitado, ele disse para os jornalistas presentes: “Gostaria que os senhores testemunhassem que estou desinfetando esta poltrona porque nádegas indevidas a usaram. Porque o senhor Henrique Cardoso nunca teria o direito de sentar-se cá e o fez, de forma abusiva. Por isso, desinfeto”.

Jânio Quadros chamou imprensa para testemunhar 'limpeza' da cadeira onde FHC sentou. Foto: Reginaldo Manente/Estadão
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Assim como a foto de Fernando Henrique na cadeira de prefeito, a imagem de Jânio espalhando o desinfetante no móvel se tornou folclórica na história da política do País.

No dia 2 de outubro de 1994, na véspera da eleição presidencial daquele ano, FHC afirmou, entrevista ao jornal O Globo, que a derrota em 1985 havia dado a ele diversas lições, sendo a humildade a principal delas. No dia seguinte, ele foi eleito presidente em primeiro turno com 34.364.961 votos (54,3% dos votos válidos). Em 1998, ele seria reeleito com 35.936.382 votos (53,1% dos votos válidos).

Jânio Quadros, por sua vez, nunca mais disputaria uma eleição. Após deixar a Prefeitura, posto que já havia ocupado entre 1953 e 1955, ele morreu em 1992, aos 75 anos. Durante a última gestão dele, que durou até 1988, Jânio adotou a política que o fez chegar à Presidência em 1961: pregou a “moralidade” e tomou decisões incomuns, como proibir a prática do skate na capital paulista.

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Além de prefeito por dois mandatos e presidente da República, Jânio também governou o Estado de São Paulo entre 1955 e 1959, foi vereador de São Paulo entre 1947 e 1951 e exerceu a função de deputado federal entre 1959 e 1960.

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Na véspera do dia 15 de novembro de 1985, quando foi realizada a primeira eleição na cidade de São Paulo após a ditadura militar, o então senador Fernando Henrique Cardoso posou para fotógrafos sentado na cadeira de prefeito. As imagens do candidato, favorito nas pesquisas de intenção de voto por margem apertada, estampariam a vitória dele e do PMDB, partido ao qual era filiado na época. Porém, o resultado não poderia ter sido pior para FHC: o adversário dele, o ex-prefeito Jânio Quadros, venceu o pleito e preparou uma “vingança”.

Esse episódio faz parte da série especial do Estadão de curiosidades sobre as eleições de São Paulo. Ao longo desta semana, serão publicadas reportagens sobre momentos que marcaram as disputas para a Prefeitura desde o primeiro pleito realizado após o fim da ditadura militar, em 1985.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (à esquerda) senta na cadeira de prefeito antes da eleição de 1985; o ex-prefeito Jânio Quadros (à direita) desinfetou o móvel após eleito Foto: Reginaldo Manente/Estadão

No dia da eleição, os paulistanos foram para as urnas com a pesquisa do Instituto Gallop indicando que FHC ganharia o pleito com uma vantagem apertadíssima, de 38% contra 37,3% de Jânio Quadros. Nas bancas de jornais, a foto do senador posando como prefeito na cadeira do então ocupante, Mário Covas, já estava em circulação. Aliado do sociólogo, Covas também era do PMDB.

No livro “A arte da política – a História que vivi”, de 2006, onde FHC conta a trajetória dele até chegar ao Palácio do Planalto, o ex-presidente explicou a sua versão da fotografia antecipada. “Estabeleci um acordo com repórteres da revista Veja em São Paulo para ser fotografado nessa situação, para o caso da vitória, pois as eleições estavam extremamente apertadas. Além de tudo, se a revista quisesse, como pretendia, trazer o novo prefeito na capa, não haveria como fotografá-lo a tempo no gabinete oficial”, afirmou.

Fernando Henrique Cardoso, então candidato à Prefeitura, posou para fotógrafos sentado na cadeira de prefeito às vésperas do pleito. Foto: Acervo Estadão

Jânio, que foi presidente da República entre janeiro e agosto de 1961, venceu a eleição com 39,3% dos votos válidos, enquanto FHC obteve 35,8%. Um fator determinante para a derrota do senador, que futuramente governou o País entre 1994 e 2002, foi a votação expressiva de Eduardo Suplicy (PT), que conquistou 20,7% dos votos válidos e dividiu a centro-esquerda. Não havia segundo turno na época.

Edição de 16 de novembro de 1985 do Jornal da Tarde noticia a vitória de Jânio Quadros nas eleições de 1985. Foto: Acervo Estadão

Jânio Quadros, conhecido por ter uma postura irreverente e inflamada, deu o troco na mesma moeda. No dia 2 de janeiro de 1986, logo após a posse dele na Prefeitura, convocou a imprensa para registrar outra cena no gabinete do Executivo municipal: desinfetaria a cadeira onde FHC sentou para ser fotografado.

Ironizando o gesto precipitado, ele disse para os jornalistas presentes: “Gostaria que os senhores testemunhassem que estou desinfetando esta poltrona porque nádegas indevidas a usaram. Porque o senhor Henrique Cardoso nunca teria o direito de sentar-se cá e o fez, de forma abusiva. Por isso, desinfeto”.

Jânio Quadros chamou imprensa para testemunhar 'limpeza' da cadeira onde FHC sentou. Foto: Reginaldo Manente/Estadão

Assim como a foto de Fernando Henrique na cadeira de prefeito, a imagem de Jânio espalhando o desinfetante no móvel se tornou folclórica na história da política do País.

No dia 2 de outubro de 1994, na véspera da eleição presidencial daquele ano, FHC afirmou, entrevista ao jornal O Globo, que a derrota em 1985 havia dado a ele diversas lições, sendo a humildade a principal delas. No dia seguinte, ele foi eleito presidente em primeiro turno com 34.364.961 votos (54,3% dos votos válidos). Em 1998, ele seria reeleito com 35.936.382 votos (53,1% dos votos válidos).

Jânio Quadros, por sua vez, nunca mais disputaria uma eleição. Após deixar a Prefeitura, posto que já havia ocupado entre 1953 e 1955, ele morreu em 1992, aos 75 anos. Durante a última gestão dele, que durou até 1988, Jânio adotou a política que o fez chegar à Presidência em 1961: pregou a “moralidade” e tomou decisões incomuns, como proibir a prática do skate na capital paulista.

Além de prefeito por dois mandatos e presidente da República, Jânio também governou o Estado de São Paulo entre 1955 e 1959, foi vereador de São Paulo entre 1947 e 1951 e exerceu a função de deputado federal entre 1959 e 1960.

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Na véspera do dia 15 de novembro de 1985, quando foi realizada a primeira eleição na cidade de São Paulo após a ditadura militar, o então senador Fernando Henrique Cardoso posou para fotógrafos sentado na cadeira de prefeito. As imagens do candidato, favorito nas pesquisas de intenção de voto por margem apertada, estampariam a vitória dele e do PMDB, partido ao qual era filiado na época. Porém, o resultado não poderia ter sido pior para FHC: o adversário dele, o ex-prefeito Jânio Quadros, venceu o pleito e preparou uma “vingança”.

Esse episódio faz parte da série especial do Estadão de curiosidades sobre as eleições de São Paulo. Ao longo desta semana, serão publicadas reportagens sobre momentos que marcaram as disputas para a Prefeitura desde o primeiro pleito realizado após o fim da ditadura militar, em 1985.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (à esquerda) senta na cadeira de prefeito antes da eleição de 1985; o ex-prefeito Jânio Quadros (à direita) desinfetou o móvel após eleito Foto: Reginaldo Manente/Estadão

No dia da eleição, os paulistanos foram para as urnas com a pesquisa do Instituto Gallop indicando que FHC ganharia o pleito com uma vantagem apertadíssima, de 38% contra 37,3% de Jânio Quadros. Nas bancas de jornais, a foto do senador posando como prefeito na cadeira do então ocupante, Mário Covas, já estava em circulação. Aliado do sociólogo, Covas também era do PMDB.

No livro “A arte da política – a História que vivi”, de 2006, onde FHC conta a trajetória dele até chegar ao Palácio do Planalto, o ex-presidente explicou a sua versão da fotografia antecipada. “Estabeleci um acordo com repórteres da revista Veja em São Paulo para ser fotografado nessa situação, para o caso da vitória, pois as eleições estavam extremamente apertadas. Além de tudo, se a revista quisesse, como pretendia, trazer o novo prefeito na capa, não haveria como fotografá-lo a tempo no gabinete oficial”, afirmou.

Fernando Henrique Cardoso, então candidato à Prefeitura, posou para fotógrafos sentado na cadeira de prefeito às vésperas do pleito. Foto: Acervo Estadão

Jânio, que foi presidente da República entre janeiro e agosto de 1961, venceu a eleição com 39,3% dos votos válidos, enquanto FHC obteve 35,8%. Um fator determinante para a derrota do senador, que futuramente governou o País entre 1994 e 2002, foi a votação expressiva de Eduardo Suplicy (PT), que conquistou 20,7% dos votos válidos e dividiu a centro-esquerda. Não havia segundo turno na época.

Edição de 16 de novembro de 1985 do Jornal da Tarde noticia a vitória de Jânio Quadros nas eleições de 1985. Foto: Acervo Estadão

Jânio Quadros, conhecido por ter uma postura irreverente e inflamada, deu o troco na mesma moeda. No dia 2 de janeiro de 1986, logo após a posse dele na Prefeitura, convocou a imprensa para registrar outra cena no gabinete do Executivo municipal: desinfetaria a cadeira onde FHC sentou para ser fotografado.

Ironizando o gesto precipitado, ele disse para os jornalistas presentes: “Gostaria que os senhores testemunhassem que estou desinfetando esta poltrona porque nádegas indevidas a usaram. Porque o senhor Henrique Cardoso nunca teria o direito de sentar-se cá e o fez, de forma abusiva. Por isso, desinfeto”.

Jânio Quadros chamou imprensa para testemunhar 'limpeza' da cadeira onde FHC sentou. Foto: Reginaldo Manente/Estadão

Assim como a foto de Fernando Henrique na cadeira de prefeito, a imagem de Jânio espalhando o desinfetante no móvel se tornou folclórica na história da política do País.

No dia 2 de outubro de 1994, na véspera da eleição presidencial daquele ano, FHC afirmou, entrevista ao jornal O Globo, que a derrota em 1985 havia dado a ele diversas lições, sendo a humildade a principal delas. No dia seguinte, ele foi eleito presidente em primeiro turno com 34.364.961 votos (54,3% dos votos válidos). Em 1998, ele seria reeleito com 35.936.382 votos (53,1% dos votos válidos).

Jânio Quadros, por sua vez, nunca mais disputaria uma eleição. Após deixar a Prefeitura, posto que já havia ocupado entre 1953 e 1955, ele morreu em 1992, aos 75 anos. Durante a última gestão dele, que durou até 1988, Jânio adotou a política que o fez chegar à Presidência em 1961: pregou a “moralidade” e tomou decisões incomuns, como proibir a prática do skate na capital paulista.

Além de prefeito por dois mandatos e presidente da República, Jânio também governou o Estado de São Paulo entre 1955 e 1959, foi vereador de São Paulo entre 1947 e 1951 e exerceu a função de deputado federal entre 1959 e 1960.

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Na véspera do dia 15 de novembro de 1985, quando foi realizada a primeira eleição na cidade de São Paulo após a ditadura militar, o então senador Fernando Henrique Cardoso posou para fotógrafos sentado na cadeira de prefeito. As imagens do candidato, favorito nas pesquisas de intenção de voto por margem apertada, estampariam a vitória dele e do PMDB, partido ao qual era filiado na época. Porém, o resultado não poderia ter sido pior para FHC: o adversário dele, o ex-prefeito Jânio Quadros, venceu o pleito e preparou uma “vingança”.

Esse episódio faz parte da série especial do Estadão de curiosidades sobre as eleições de São Paulo. Ao longo desta semana, serão publicadas reportagens sobre momentos que marcaram as disputas para a Prefeitura desde o primeiro pleito realizado após o fim da ditadura militar, em 1985.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (à esquerda) senta na cadeira de prefeito antes da eleição de 1985; o ex-prefeito Jânio Quadros (à direita) desinfetou o móvel após eleito Foto: Reginaldo Manente/Estadão

No dia da eleição, os paulistanos foram para as urnas com a pesquisa do Instituto Gallop indicando que FHC ganharia o pleito com uma vantagem apertadíssima, de 38% contra 37,3% de Jânio Quadros. Nas bancas de jornais, a foto do senador posando como prefeito na cadeira do então ocupante, Mário Covas, já estava em circulação. Aliado do sociólogo, Covas também era do PMDB.

No livro “A arte da política – a História que vivi”, de 2006, onde FHC conta a trajetória dele até chegar ao Palácio do Planalto, o ex-presidente explicou a sua versão da fotografia antecipada. “Estabeleci um acordo com repórteres da revista Veja em São Paulo para ser fotografado nessa situação, para o caso da vitória, pois as eleições estavam extremamente apertadas. Além de tudo, se a revista quisesse, como pretendia, trazer o novo prefeito na capa, não haveria como fotografá-lo a tempo no gabinete oficial”, afirmou.

Fernando Henrique Cardoso, então candidato à Prefeitura, posou para fotógrafos sentado na cadeira de prefeito às vésperas do pleito. Foto: Acervo Estadão

Jânio, que foi presidente da República entre janeiro e agosto de 1961, venceu a eleição com 39,3% dos votos válidos, enquanto FHC obteve 35,8%. Um fator determinante para a derrota do senador, que futuramente governou o País entre 1994 e 2002, foi a votação expressiva de Eduardo Suplicy (PT), que conquistou 20,7% dos votos válidos e dividiu a centro-esquerda. Não havia segundo turno na época.

Edição de 16 de novembro de 1985 do Jornal da Tarde noticia a vitória de Jânio Quadros nas eleições de 1985. Foto: Acervo Estadão

Jânio Quadros, conhecido por ter uma postura irreverente e inflamada, deu o troco na mesma moeda. No dia 2 de janeiro de 1986, logo após a posse dele na Prefeitura, convocou a imprensa para registrar outra cena no gabinete do Executivo municipal: desinfetaria a cadeira onde FHC sentou para ser fotografado.

Ironizando o gesto precipitado, ele disse para os jornalistas presentes: “Gostaria que os senhores testemunhassem que estou desinfetando esta poltrona porque nádegas indevidas a usaram. Porque o senhor Henrique Cardoso nunca teria o direito de sentar-se cá e o fez, de forma abusiva. Por isso, desinfeto”.

Jânio Quadros chamou imprensa para testemunhar 'limpeza' da cadeira onde FHC sentou. Foto: Reginaldo Manente/Estadão

Assim como a foto de Fernando Henrique na cadeira de prefeito, a imagem de Jânio espalhando o desinfetante no móvel se tornou folclórica na história da política do País.

No dia 2 de outubro de 1994, na véspera da eleição presidencial daquele ano, FHC afirmou, entrevista ao jornal O Globo, que a derrota em 1985 havia dado a ele diversas lições, sendo a humildade a principal delas. No dia seguinte, ele foi eleito presidente em primeiro turno com 34.364.961 votos (54,3% dos votos válidos). Em 1998, ele seria reeleito com 35.936.382 votos (53,1% dos votos válidos).

Jânio Quadros, por sua vez, nunca mais disputaria uma eleição. Após deixar a Prefeitura, posto que já havia ocupado entre 1953 e 1955, ele morreu em 1992, aos 75 anos. Durante a última gestão dele, que durou até 1988, Jânio adotou a política que o fez chegar à Presidência em 1961: pregou a “moralidade” e tomou decisões incomuns, como proibir a prática do skate na capital paulista.

Além de prefeito por dois mandatos e presidente da República, Jânio também governou o Estado de São Paulo entre 1955 e 1959, foi vereador de São Paulo entre 1947 e 1951 e exerceu a função de deputado federal entre 1959 e 1960.

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