‘Voltamos pela porta da frente’, diz Mercadante após reunião com governo Bolsonaro


Coordenador da transição, Alckmin anunciou que ministros de Bolsonaro foram cordiais e que ajudarão o novo governo

Por Lauriberto Pompeu
Atualização:

BRASÍLIA – A equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez nesta quinta-feira, 3, a primeira reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, encarregado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) para apresentar as informações sobre contas públicas, programas e projetos. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto e teve a presença do vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB).

“Nossa tarefa é unir o Brasil, trabalhar e ter uma agenda de propostas. É melhorar a vida da população e bola para frente”, disse Alckmin. “A transição começou, pautada na transparência e no interesse público. Agora, é fazer da melhor maneira possível.”

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A deputada Gleisi Hoffmann, que comanda o PT, e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, também participaram da reunião. Pelo lado de Bolsonaro, além de Ciro, estava o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos.

Foi a primeira vez que os dois petistas visitaram o Planalto desde 2016, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment. “Só tem uma forma de voltar ao Planalto e exercer um cargo público: é pela porta da frente, com voto popular, eleição limpa como a que vivemos”, afirmou Mercadante. Tanto ele quanto Gleisi foram titulares da Casa Civil sob Dilma.

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSD) e o petista Aloisio Mercadante no Palácio do Planalto em Brasilia-DF, após realizar a primeira reunião de transição de governo com o ministro chefe da casa cilvil, Ciro Nogueira (PP).  Foto: Wilton Junior / Estadão
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Lula está na Bahia e não vai participar dos trabalhos de transição nesta semana. Na segunda-feira, o presidente eleito terá reuniões em São Paulo e, a partir da próxima terça-feira, 8, desembarca em Brasília para tratativas envolvendo o orçamento.

A equipe de transição será instalada no Centro Cultural Banco do Brasil. “Amanhã (sexta-feira), a Gleisi e o Mercadante vão até lá fazer uma visita. Nós deveremos começar a partir de segunda-feira da próxima semana. Todo fluxo de informações também foi conversado. Vamos encaminhar tudo para o ministro Ciro Nogueira e a transição será instalada com o objetivo da transparência, planejamento, continuidade dos serviços prestados para a população”, declarou Alckmin, após o encontro com os ministros de Bolsonaro.

O presidente não reconheceu explicitamente a vitória de Lula e nem telefonou para cumprimentá-lo. Disse, no entanto, que vai cumprir a Constituição e autorizou o ministro da Casa Civil a auxiliar o próximo governo.

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Segundo Alckmin, o ministro Ramos foi cordial na reunião. O general faz parte da ala radical do Planalto e já endossou movimentos antidemocráticos de Bolsonaro. “Cumprimentou, deu os parabéns e desejou um ótimo trabalho. Ele se colocou à disposição nesse período de transição porque quem faz a transição é o ministro Ciro Nogueira. Mas tem uma parte que ele (Ramos) participa”, disse o ex-tucano.

Além do vice-presidente eleito, os únicos nomes definidos da equipe de transição são o de Gleisi e Mercadante. Alckmin afirmou que, a partir da próxima segunda-feira, 7, os nomes começarão a ser anunciados. Além dos dez partidos que fizeram parte da coligação de Lula, outras legendas também devem indicar pessoas para a equipe. “Pessoas que não estavam conosco no primeiro turno, a Simone Tebet, que é do MDB, o PDT do Lupi, outros partidos também podem e pessoas que não são nem filiadas a partido, mas que também vão poder participar. A partir de segunda-feira nós vamos anunciar os nomes”, destacou ele.

Na próxima semana, o presidente do MDB, Baleia Rossi, também vai se reunir com Gleisi para definir sobre a participação do partido na transição. “Devo falar com Gleisi na segunda ou terça e, a partir daí, vou consultar o partido. Vamos ter uma postura de colaboração, mas queremos discutir agenda e projetos para o País, como, por exemplo, a reforma tributária”, disse Baleia ao Estadão.

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Ao ser questionado sobre os bloqueios nas rodovias, feitos por apoiadores de Bolsonaro em protesto contra a eleição de Lula, Alckmin disse que os atos prejudicam a população. “O direito de ir e vir é sagrado. Não é possível você impedir as pessoas de se locomover. É grave porque você pode comprometer a saúde das pessoas, abastecimento de hospitais, transplantes, vacina, alimentação, combustível e prejuízos. A pergunta é: Quem vai pagar esses prejuízos? Uma coisa é manifestação, outra coisa é limitar o direito de ir e vir das pessoas”, criticou.

Alckmin, Gleisi e Mercadante também participaram mais cedo de uma reunião com o relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI). Ficou decidido ali que será apresentada ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para tirar despesas do teto de gastos e custear programas como o Bolsa Família, que substituirá o Auxílio Brasil. Atualmente, o teto limita o crescimento das despesas ao índice de inflação do ano anterior.

BRASÍLIA – A equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez nesta quinta-feira, 3, a primeira reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, encarregado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) para apresentar as informações sobre contas públicas, programas e projetos. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto e teve a presença do vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB).

“Nossa tarefa é unir o Brasil, trabalhar e ter uma agenda de propostas. É melhorar a vida da população e bola para frente”, disse Alckmin. “A transição começou, pautada na transparência e no interesse público. Agora, é fazer da melhor maneira possível.”

A deputada Gleisi Hoffmann, que comanda o PT, e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, também participaram da reunião. Pelo lado de Bolsonaro, além de Ciro, estava o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos.

Foi a primeira vez que os dois petistas visitaram o Planalto desde 2016, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment. “Só tem uma forma de voltar ao Planalto e exercer um cargo público: é pela porta da frente, com voto popular, eleição limpa como a que vivemos”, afirmou Mercadante. Tanto ele quanto Gleisi foram titulares da Casa Civil sob Dilma.

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSD) e o petista Aloisio Mercadante no Palácio do Planalto em Brasilia-DF, após realizar a primeira reunião de transição de governo com o ministro chefe da casa cilvil, Ciro Nogueira (PP).  Foto: Wilton Junior / Estadão

Lula está na Bahia e não vai participar dos trabalhos de transição nesta semana. Na segunda-feira, o presidente eleito terá reuniões em São Paulo e, a partir da próxima terça-feira, 8, desembarca em Brasília para tratativas envolvendo o orçamento.

A equipe de transição será instalada no Centro Cultural Banco do Brasil. “Amanhã (sexta-feira), a Gleisi e o Mercadante vão até lá fazer uma visita. Nós deveremos começar a partir de segunda-feira da próxima semana. Todo fluxo de informações também foi conversado. Vamos encaminhar tudo para o ministro Ciro Nogueira e a transição será instalada com o objetivo da transparência, planejamento, continuidade dos serviços prestados para a população”, declarou Alckmin, após o encontro com os ministros de Bolsonaro.

O presidente não reconheceu explicitamente a vitória de Lula e nem telefonou para cumprimentá-lo. Disse, no entanto, que vai cumprir a Constituição e autorizou o ministro da Casa Civil a auxiliar o próximo governo.

Segundo Alckmin, o ministro Ramos foi cordial na reunião. O general faz parte da ala radical do Planalto e já endossou movimentos antidemocráticos de Bolsonaro. “Cumprimentou, deu os parabéns e desejou um ótimo trabalho. Ele se colocou à disposição nesse período de transição porque quem faz a transição é o ministro Ciro Nogueira. Mas tem uma parte que ele (Ramos) participa”, disse o ex-tucano.

Além do vice-presidente eleito, os únicos nomes definidos da equipe de transição são o de Gleisi e Mercadante. Alckmin afirmou que, a partir da próxima segunda-feira, 7, os nomes começarão a ser anunciados. Além dos dez partidos que fizeram parte da coligação de Lula, outras legendas também devem indicar pessoas para a equipe. “Pessoas que não estavam conosco no primeiro turno, a Simone Tebet, que é do MDB, o PDT do Lupi, outros partidos também podem e pessoas que não são nem filiadas a partido, mas que também vão poder participar. A partir de segunda-feira nós vamos anunciar os nomes”, destacou ele.

Na próxima semana, o presidente do MDB, Baleia Rossi, também vai se reunir com Gleisi para definir sobre a participação do partido na transição. “Devo falar com Gleisi na segunda ou terça e, a partir daí, vou consultar o partido. Vamos ter uma postura de colaboração, mas queremos discutir agenda e projetos para o País, como, por exemplo, a reforma tributária”, disse Baleia ao Estadão.

Ao ser questionado sobre os bloqueios nas rodovias, feitos por apoiadores de Bolsonaro em protesto contra a eleição de Lula, Alckmin disse que os atos prejudicam a população. “O direito de ir e vir é sagrado. Não é possível você impedir as pessoas de se locomover. É grave porque você pode comprometer a saúde das pessoas, abastecimento de hospitais, transplantes, vacina, alimentação, combustível e prejuízos. A pergunta é: Quem vai pagar esses prejuízos? Uma coisa é manifestação, outra coisa é limitar o direito de ir e vir das pessoas”, criticou.

Alckmin, Gleisi e Mercadante também participaram mais cedo de uma reunião com o relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI). Ficou decidido ali que será apresentada ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para tirar despesas do teto de gastos e custear programas como o Bolsa Família, que substituirá o Auxílio Brasil. Atualmente, o teto limita o crescimento das despesas ao índice de inflação do ano anterior.

BRASÍLIA – A equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez nesta quinta-feira, 3, a primeira reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, encarregado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) para apresentar as informações sobre contas públicas, programas e projetos. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto e teve a presença do vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB).

“Nossa tarefa é unir o Brasil, trabalhar e ter uma agenda de propostas. É melhorar a vida da população e bola para frente”, disse Alckmin. “A transição começou, pautada na transparência e no interesse público. Agora, é fazer da melhor maneira possível.”

A deputada Gleisi Hoffmann, que comanda o PT, e o presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, também participaram da reunião. Pelo lado de Bolsonaro, além de Ciro, estava o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos.

Foi a primeira vez que os dois petistas visitaram o Planalto desde 2016, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment. “Só tem uma forma de voltar ao Planalto e exercer um cargo público: é pela porta da frente, com voto popular, eleição limpa como a que vivemos”, afirmou Mercadante. Tanto ele quanto Gleisi foram titulares da Casa Civil sob Dilma.

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSD) e o petista Aloisio Mercadante no Palácio do Planalto em Brasilia-DF, após realizar a primeira reunião de transição de governo com o ministro chefe da casa cilvil, Ciro Nogueira (PP).  Foto: Wilton Junior / Estadão

Lula está na Bahia e não vai participar dos trabalhos de transição nesta semana. Na segunda-feira, o presidente eleito terá reuniões em São Paulo e, a partir da próxima terça-feira, 8, desembarca em Brasília para tratativas envolvendo o orçamento.

A equipe de transição será instalada no Centro Cultural Banco do Brasil. “Amanhã (sexta-feira), a Gleisi e o Mercadante vão até lá fazer uma visita. Nós deveremos começar a partir de segunda-feira da próxima semana. Todo fluxo de informações também foi conversado. Vamos encaminhar tudo para o ministro Ciro Nogueira e a transição será instalada com o objetivo da transparência, planejamento, continuidade dos serviços prestados para a população”, declarou Alckmin, após o encontro com os ministros de Bolsonaro.

O presidente não reconheceu explicitamente a vitória de Lula e nem telefonou para cumprimentá-lo. Disse, no entanto, que vai cumprir a Constituição e autorizou o ministro da Casa Civil a auxiliar o próximo governo.

Segundo Alckmin, o ministro Ramos foi cordial na reunião. O general faz parte da ala radical do Planalto e já endossou movimentos antidemocráticos de Bolsonaro. “Cumprimentou, deu os parabéns e desejou um ótimo trabalho. Ele se colocou à disposição nesse período de transição porque quem faz a transição é o ministro Ciro Nogueira. Mas tem uma parte que ele (Ramos) participa”, disse o ex-tucano.

Além do vice-presidente eleito, os únicos nomes definidos da equipe de transição são o de Gleisi e Mercadante. Alckmin afirmou que, a partir da próxima segunda-feira, 7, os nomes começarão a ser anunciados. Além dos dez partidos que fizeram parte da coligação de Lula, outras legendas também devem indicar pessoas para a equipe. “Pessoas que não estavam conosco no primeiro turno, a Simone Tebet, que é do MDB, o PDT do Lupi, outros partidos também podem e pessoas que não são nem filiadas a partido, mas que também vão poder participar. A partir de segunda-feira nós vamos anunciar os nomes”, destacou ele.

Na próxima semana, o presidente do MDB, Baleia Rossi, também vai se reunir com Gleisi para definir sobre a participação do partido na transição. “Devo falar com Gleisi na segunda ou terça e, a partir daí, vou consultar o partido. Vamos ter uma postura de colaboração, mas queremos discutir agenda e projetos para o País, como, por exemplo, a reforma tributária”, disse Baleia ao Estadão.

Ao ser questionado sobre os bloqueios nas rodovias, feitos por apoiadores de Bolsonaro em protesto contra a eleição de Lula, Alckmin disse que os atos prejudicam a população. “O direito de ir e vir é sagrado. Não é possível você impedir as pessoas de se locomover. É grave porque você pode comprometer a saúde das pessoas, abastecimento de hospitais, transplantes, vacina, alimentação, combustível e prejuízos. A pergunta é: Quem vai pagar esses prejuízos? Uma coisa é manifestação, outra coisa é limitar o direito de ir e vir das pessoas”, criticou.

Alckmin, Gleisi e Mercadante também participaram mais cedo de uma reunião com o relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI). Ficou decidido ali que será apresentada ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para tirar despesas do teto de gastos e custear programas como o Bolsa Família, que substituirá o Auxílio Brasil. Atualmente, o teto limita o crescimento das despesas ao índice de inflação do ano anterior.

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