Uma avaliação dos nossos riscos

Opinião|Preocupado com índices de popularidade, Lula 3 vai para mais um difícil teste na tragédia do Sul


Com sua estatura em xeque, presidente enfrenta episódio de proporções capazes de expor despreparo do poder público e capacidade limitada de reação

Por William Waack

Nascido em grande medida do repúdio do eleitorado ao candidato adversário, o governo Lula 3 continua tendo grandes dificuldades para entender a razão do que ele mesmo descreve como problema de popularidade. É o próprio Lula.

O presidente tem desconcertado aliados históricos e velhos companheiros de jornada pela morosidade com que joga num campo onde sempre se considerou o maior craque, o da articulação e negociação políticas. Talvez ainda não consiga compreender o quanto esse campo mudou – além das regras do jogo.

Além disso, Lula 3 sofre de maneira cada vez mais acentuada com um fenômeno clássico da política, que é o da percepção dos fatos. Em grande parte do público ela não tem sido aquela que o governo esperava em relação a dados da economia, emprego e, principalmente, preços e impostos.

continua após a publicidade
Presidente tem desafio extra em meio à tragédia no Rio Grande do Sul Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Imperam os “sentimentos” de que está tudo caro e a economia parada. E não a leitura racional de números tidos como fatos auspiciosos. O “agora vai” que pudesse ter motivado mais gente além do eleitorado fiel a Lula foi substituído pelo “agora vai para onde?”, que é um sentimento de dúvida sobre o futuro.

Vale o mesmo até para a percepção da reação do governo à imensa catástrofe no Rio Grande do Sul. Não ajudam governo algum, muito menos o de Brasília, as emoções trazidas pela percepção de que “desamparo” é uma sensação ligada a governos e órgãos públicos, enquanto a de “união e solidariedade” surge exclusivamente do esforço de milhares de cidadãos anônimos.

continua após a publicidade

Tragédias dessas proporções expõem o despreparo tradicional do poder público quando se trata de planejamento e esgarçam ao extremo sua capacidade de reação limitada por falta de recursos humanos e materiais. Escancaram todo tipo de vulnerabilidade, incluindo as fiscais, ou seja, causa uma enorme preocupação o esforço suplementar imposto aos cofres públicos para enfrentar esse tipo de emergência – e o socorro é imperativo, não importa o que custe.

A extensão da catástrofe é de tal ordem a ponto de ter impedido até aqui o surgimento de um “comandante”, de uma instância “central” capaz de avaliar, coordenar, dirigir – o próprio governo do Estado fica pequeno diante do tamanho da destruição e das dificuldades que já se antecipa por prazos bem longos.

continua após a publicidade

Enquanto isso, Brasília – de novo, uma questão de percepção – parece tão distante, não importam as expressões compungidas das principais figuras do mundo político (incluindo do STF) sobrevoando áreas alagadas. Situações complexas como a atual, cuja essência está nas emoções e no subjetivo da política, agravadas por uma tragédia, não são apenas um dificílimo teste de popularidade para o personagem político Lula.

O verdadeiro teste é o da sua estatura.

Nascido em grande medida do repúdio do eleitorado ao candidato adversário, o governo Lula 3 continua tendo grandes dificuldades para entender a razão do que ele mesmo descreve como problema de popularidade. É o próprio Lula.

O presidente tem desconcertado aliados históricos e velhos companheiros de jornada pela morosidade com que joga num campo onde sempre se considerou o maior craque, o da articulação e negociação políticas. Talvez ainda não consiga compreender o quanto esse campo mudou – além das regras do jogo.

Além disso, Lula 3 sofre de maneira cada vez mais acentuada com um fenômeno clássico da política, que é o da percepção dos fatos. Em grande parte do público ela não tem sido aquela que o governo esperava em relação a dados da economia, emprego e, principalmente, preços e impostos.

Presidente tem desafio extra em meio à tragédia no Rio Grande do Sul Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Imperam os “sentimentos” de que está tudo caro e a economia parada. E não a leitura racional de números tidos como fatos auspiciosos. O “agora vai” que pudesse ter motivado mais gente além do eleitorado fiel a Lula foi substituído pelo “agora vai para onde?”, que é um sentimento de dúvida sobre o futuro.

Vale o mesmo até para a percepção da reação do governo à imensa catástrofe no Rio Grande do Sul. Não ajudam governo algum, muito menos o de Brasília, as emoções trazidas pela percepção de que “desamparo” é uma sensação ligada a governos e órgãos públicos, enquanto a de “união e solidariedade” surge exclusivamente do esforço de milhares de cidadãos anônimos.

Tragédias dessas proporções expõem o despreparo tradicional do poder público quando se trata de planejamento e esgarçam ao extremo sua capacidade de reação limitada por falta de recursos humanos e materiais. Escancaram todo tipo de vulnerabilidade, incluindo as fiscais, ou seja, causa uma enorme preocupação o esforço suplementar imposto aos cofres públicos para enfrentar esse tipo de emergência – e o socorro é imperativo, não importa o que custe.

A extensão da catástrofe é de tal ordem a ponto de ter impedido até aqui o surgimento de um “comandante”, de uma instância “central” capaz de avaliar, coordenar, dirigir – o próprio governo do Estado fica pequeno diante do tamanho da destruição e das dificuldades que já se antecipa por prazos bem longos.

Enquanto isso, Brasília – de novo, uma questão de percepção – parece tão distante, não importam as expressões compungidas das principais figuras do mundo político (incluindo do STF) sobrevoando áreas alagadas. Situações complexas como a atual, cuja essência está nas emoções e no subjetivo da política, agravadas por uma tragédia, não são apenas um dificílimo teste de popularidade para o personagem político Lula.

O verdadeiro teste é o da sua estatura.

Nascido em grande medida do repúdio do eleitorado ao candidato adversário, o governo Lula 3 continua tendo grandes dificuldades para entender a razão do que ele mesmo descreve como problema de popularidade. É o próprio Lula.

O presidente tem desconcertado aliados históricos e velhos companheiros de jornada pela morosidade com que joga num campo onde sempre se considerou o maior craque, o da articulação e negociação políticas. Talvez ainda não consiga compreender o quanto esse campo mudou – além das regras do jogo.

Além disso, Lula 3 sofre de maneira cada vez mais acentuada com um fenômeno clássico da política, que é o da percepção dos fatos. Em grande parte do público ela não tem sido aquela que o governo esperava em relação a dados da economia, emprego e, principalmente, preços e impostos.

Presidente tem desafio extra em meio à tragédia no Rio Grande do Sul Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Imperam os “sentimentos” de que está tudo caro e a economia parada. E não a leitura racional de números tidos como fatos auspiciosos. O “agora vai” que pudesse ter motivado mais gente além do eleitorado fiel a Lula foi substituído pelo “agora vai para onde?”, que é um sentimento de dúvida sobre o futuro.

Vale o mesmo até para a percepção da reação do governo à imensa catástrofe no Rio Grande do Sul. Não ajudam governo algum, muito menos o de Brasília, as emoções trazidas pela percepção de que “desamparo” é uma sensação ligada a governos e órgãos públicos, enquanto a de “união e solidariedade” surge exclusivamente do esforço de milhares de cidadãos anônimos.

Tragédias dessas proporções expõem o despreparo tradicional do poder público quando se trata de planejamento e esgarçam ao extremo sua capacidade de reação limitada por falta de recursos humanos e materiais. Escancaram todo tipo de vulnerabilidade, incluindo as fiscais, ou seja, causa uma enorme preocupação o esforço suplementar imposto aos cofres públicos para enfrentar esse tipo de emergência – e o socorro é imperativo, não importa o que custe.

A extensão da catástrofe é de tal ordem a ponto de ter impedido até aqui o surgimento de um “comandante”, de uma instância “central” capaz de avaliar, coordenar, dirigir – o próprio governo do Estado fica pequeno diante do tamanho da destruição e das dificuldades que já se antecipa por prazos bem longos.

Enquanto isso, Brasília – de novo, uma questão de percepção – parece tão distante, não importam as expressões compungidas das principais figuras do mundo político (incluindo do STF) sobrevoando áreas alagadas. Situações complexas como a atual, cuja essência está nas emoções e no subjetivo da política, agravadas por uma tragédia, não são apenas um dificílimo teste de popularidade para o personagem político Lula.

O verdadeiro teste é o da sua estatura.

Nascido em grande medida do repúdio do eleitorado ao candidato adversário, o governo Lula 3 continua tendo grandes dificuldades para entender a razão do que ele mesmo descreve como problema de popularidade. É o próprio Lula.

O presidente tem desconcertado aliados históricos e velhos companheiros de jornada pela morosidade com que joga num campo onde sempre se considerou o maior craque, o da articulação e negociação políticas. Talvez ainda não consiga compreender o quanto esse campo mudou – além das regras do jogo.

Além disso, Lula 3 sofre de maneira cada vez mais acentuada com um fenômeno clássico da política, que é o da percepção dos fatos. Em grande parte do público ela não tem sido aquela que o governo esperava em relação a dados da economia, emprego e, principalmente, preços e impostos.

Presidente tem desafio extra em meio à tragédia no Rio Grande do Sul Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Imperam os “sentimentos” de que está tudo caro e a economia parada. E não a leitura racional de números tidos como fatos auspiciosos. O “agora vai” que pudesse ter motivado mais gente além do eleitorado fiel a Lula foi substituído pelo “agora vai para onde?”, que é um sentimento de dúvida sobre o futuro.

Vale o mesmo até para a percepção da reação do governo à imensa catástrofe no Rio Grande do Sul. Não ajudam governo algum, muito menos o de Brasília, as emoções trazidas pela percepção de que “desamparo” é uma sensação ligada a governos e órgãos públicos, enquanto a de “união e solidariedade” surge exclusivamente do esforço de milhares de cidadãos anônimos.

Tragédias dessas proporções expõem o despreparo tradicional do poder público quando se trata de planejamento e esgarçam ao extremo sua capacidade de reação limitada por falta de recursos humanos e materiais. Escancaram todo tipo de vulnerabilidade, incluindo as fiscais, ou seja, causa uma enorme preocupação o esforço suplementar imposto aos cofres públicos para enfrentar esse tipo de emergência – e o socorro é imperativo, não importa o que custe.

A extensão da catástrofe é de tal ordem a ponto de ter impedido até aqui o surgimento de um “comandante”, de uma instância “central” capaz de avaliar, coordenar, dirigir – o próprio governo do Estado fica pequeno diante do tamanho da destruição e das dificuldades que já se antecipa por prazos bem longos.

Enquanto isso, Brasília – de novo, uma questão de percepção – parece tão distante, não importam as expressões compungidas das principais figuras do mundo político (incluindo do STF) sobrevoando áreas alagadas. Situações complexas como a atual, cuja essência está nas emoções e no subjetivo da política, agravadas por uma tragédia, não são apenas um dificílimo teste de popularidade para o personagem político Lula.

O verdadeiro teste é o da sua estatura.

Nascido em grande medida do repúdio do eleitorado ao candidato adversário, o governo Lula 3 continua tendo grandes dificuldades para entender a razão do que ele mesmo descreve como problema de popularidade. É o próprio Lula.

O presidente tem desconcertado aliados históricos e velhos companheiros de jornada pela morosidade com que joga num campo onde sempre se considerou o maior craque, o da articulação e negociação políticas. Talvez ainda não consiga compreender o quanto esse campo mudou – além das regras do jogo.

Além disso, Lula 3 sofre de maneira cada vez mais acentuada com um fenômeno clássico da política, que é o da percepção dos fatos. Em grande parte do público ela não tem sido aquela que o governo esperava em relação a dados da economia, emprego e, principalmente, preços e impostos.

Presidente tem desafio extra em meio à tragédia no Rio Grande do Sul Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

Imperam os “sentimentos” de que está tudo caro e a economia parada. E não a leitura racional de números tidos como fatos auspiciosos. O “agora vai” que pudesse ter motivado mais gente além do eleitorado fiel a Lula foi substituído pelo “agora vai para onde?”, que é um sentimento de dúvida sobre o futuro.

Vale o mesmo até para a percepção da reação do governo à imensa catástrofe no Rio Grande do Sul. Não ajudam governo algum, muito menos o de Brasília, as emoções trazidas pela percepção de que “desamparo” é uma sensação ligada a governos e órgãos públicos, enquanto a de “união e solidariedade” surge exclusivamente do esforço de milhares de cidadãos anônimos.

Tragédias dessas proporções expõem o despreparo tradicional do poder público quando se trata de planejamento e esgarçam ao extremo sua capacidade de reação limitada por falta de recursos humanos e materiais. Escancaram todo tipo de vulnerabilidade, incluindo as fiscais, ou seja, causa uma enorme preocupação o esforço suplementar imposto aos cofres públicos para enfrentar esse tipo de emergência – e o socorro é imperativo, não importa o que custe.

A extensão da catástrofe é de tal ordem a ponto de ter impedido até aqui o surgimento de um “comandante”, de uma instância “central” capaz de avaliar, coordenar, dirigir – o próprio governo do Estado fica pequeno diante do tamanho da destruição e das dificuldades que já se antecipa por prazos bem longos.

Enquanto isso, Brasília – de novo, uma questão de percepção – parece tão distante, não importam as expressões compungidas das principais figuras do mundo político (incluindo do STF) sobrevoando áreas alagadas. Situações complexas como a atual, cuja essência está nas emoções e no subjetivo da política, agravadas por uma tragédia, não são apenas um dificílimo teste de popularidade para o personagem político Lula.

O verdadeiro teste é o da sua estatura.

Opinião por William Waack

Jornalista e apresentador do programa WW, da CNN

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.