Zema afirma que governo Lula fez ‘vista grossa’ a invasão para se fazer de vítima


Governador de Minas Gerais também fez críticas à suspensão de Ibaneis Rocha e diz que o GSI não fez plano de contingência

Por Levy Teles
Atualização:

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta segunda-feira, 16, que o governo federal pode ter feito “vista grossa” à invasão dos manifestantes golpistas ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF) e permitido os atos para poder se fazer de “vítima”.

“Me parece que houve um erro da direita radical e houve um erro, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse posteriormente de vítima”, afirmou Zema, em entrevista à Rádio Gaúcha. Para ele, a avaliação ainda está no campo da suposição, mas ele pondera que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estava ciente da mobilização e não fez nenhum plano de contingência.

Zema também fez críticas a Alexandre de Moraes. Foto: Luiz Santana/ALMG
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A fala do governador repete uma retórica usadas por políticos simpáticos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como o senador Marcos do Val (Podemos-ES). A fala foi criticada por Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia e organizador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas Gerais.

“É infeliz e irresponsável a ilação feita por Zema”, escreveu Silveira. “Há muito não se ouvia algo tão estarrecedor e absurdo. Sua declaração deve ser repudiada.” O ministro ainda afirmou que os atos dos extremistas são “inadmissíveis” e “deverão ser punidas com o rigor da lei”.

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Zema condenou os atos de vandalismo, mas, para ele, não se pode confundir o “cidadão de bem” com quem realizou as depredações. “Que se prenda, que se puna exemplarmente aquelas pessoas que fizeram essa depredação, o vandalismo que eu condeno totalmente. Agora você estender isso para aqueles que estão se manifestando de forma ordeira, que não afeta o ir e vir e de ninguém, é uma coisa muito distinta. Estão confundindo alhos com bugalhos”, disse.

O mineiro ainda criticou a postura do ministro do STF Alexandre de Moraes, que afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Zema acredita que há uma “arbitrariedade gigante” nas punições. ”Eu julgo que em várias ações que ele tem feito, realmente ele tem excedido. Uma delas, na minha opinião, é o afastamento do governador do DF. E se teve erro, também teve erro do GSI, que é do governo federal, que fica subordinado ao ministério da Justiça”, disse.

“Estamos assistindo a uma arbitrariedade gigante, você não poder discordar, ter que ficar calado, ter que se omitir mesmo não concordando. Uma coisa é desinformação, invasão, quebra-quebra, como aconteceu, os culpados precisam ser realmente punidos. Outra coisa é você discordar, é ter uma posição diferente. Julgo que houve excesso da mesma maneira com o afastamento do governador”, adicionou.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta segunda-feira, 16, que o governo federal pode ter feito “vista grossa” à invasão dos manifestantes golpistas ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF) e permitido os atos para poder se fazer de “vítima”.

“Me parece que houve um erro da direita radical e houve um erro, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse posteriormente de vítima”, afirmou Zema, em entrevista à Rádio Gaúcha. Para ele, a avaliação ainda está no campo da suposição, mas ele pondera que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estava ciente da mobilização e não fez nenhum plano de contingência.

Zema também fez críticas a Alexandre de Moraes. Foto: Luiz Santana/ALMG

A fala do governador repete uma retórica usadas por políticos simpáticos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como o senador Marcos do Val (Podemos-ES). A fala foi criticada por Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia e organizador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas Gerais.

“É infeliz e irresponsável a ilação feita por Zema”, escreveu Silveira. “Há muito não se ouvia algo tão estarrecedor e absurdo. Sua declaração deve ser repudiada.” O ministro ainda afirmou que os atos dos extremistas são “inadmissíveis” e “deverão ser punidas com o rigor da lei”.

Zema condenou os atos de vandalismo, mas, para ele, não se pode confundir o “cidadão de bem” com quem realizou as depredações. “Que se prenda, que se puna exemplarmente aquelas pessoas que fizeram essa depredação, o vandalismo que eu condeno totalmente. Agora você estender isso para aqueles que estão se manifestando de forma ordeira, que não afeta o ir e vir e de ninguém, é uma coisa muito distinta. Estão confundindo alhos com bugalhos”, disse.

O mineiro ainda criticou a postura do ministro do STF Alexandre de Moraes, que afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Zema acredita que há uma “arbitrariedade gigante” nas punições. ”Eu julgo que em várias ações que ele tem feito, realmente ele tem excedido. Uma delas, na minha opinião, é o afastamento do governador do DF. E se teve erro, também teve erro do GSI, que é do governo federal, que fica subordinado ao ministério da Justiça”, disse.

“Estamos assistindo a uma arbitrariedade gigante, você não poder discordar, ter que ficar calado, ter que se omitir mesmo não concordando. Uma coisa é desinformação, invasão, quebra-quebra, como aconteceu, os culpados precisam ser realmente punidos. Outra coisa é você discordar, é ter uma posição diferente. Julgo que houve excesso da mesma maneira com o afastamento do governador”, adicionou.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta segunda-feira, 16, que o governo federal pode ter feito “vista grossa” à invasão dos manifestantes golpistas ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF) e permitido os atos para poder se fazer de “vítima”.

“Me parece que houve um erro da direita radical e houve um erro, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse posteriormente de vítima”, afirmou Zema, em entrevista à Rádio Gaúcha. Para ele, a avaliação ainda está no campo da suposição, mas ele pondera que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estava ciente da mobilização e não fez nenhum plano de contingência.

Zema também fez críticas a Alexandre de Moraes. Foto: Luiz Santana/ALMG

A fala do governador repete uma retórica usadas por políticos simpáticos ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como o senador Marcos do Val (Podemos-ES). A fala foi criticada por Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia e organizador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas Gerais.

“É infeliz e irresponsável a ilação feita por Zema”, escreveu Silveira. “Há muito não se ouvia algo tão estarrecedor e absurdo. Sua declaração deve ser repudiada.” O ministro ainda afirmou que os atos dos extremistas são “inadmissíveis” e “deverão ser punidas com o rigor da lei”.

Zema condenou os atos de vandalismo, mas, para ele, não se pode confundir o “cidadão de bem” com quem realizou as depredações. “Que se prenda, que se puna exemplarmente aquelas pessoas que fizeram essa depredação, o vandalismo que eu condeno totalmente. Agora você estender isso para aqueles que estão se manifestando de forma ordeira, que não afeta o ir e vir e de ninguém, é uma coisa muito distinta. Estão confundindo alhos com bugalhos”, disse.

O mineiro ainda criticou a postura do ministro do STF Alexandre de Moraes, que afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Zema acredita que há uma “arbitrariedade gigante” nas punições. ”Eu julgo que em várias ações que ele tem feito, realmente ele tem excedido. Uma delas, na minha opinião, é o afastamento do governador do DF. E se teve erro, também teve erro do GSI, que é do governo federal, que fica subordinado ao ministério da Justiça”, disse.

“Estamos assistindo a uma arbitrariedade gigante, você não poder discordar, ter que ficar calado, ter que se omitir mesmo não concordando. Uma coisa é desinformação, invasão, quebra-quebra, como aconteceu, os culpados precisam ser realmente punidos. Outra coisa é você discordar, é ter uma posição diferente. Julgo que houve excesso da mesma maneira com o afastamento do governador”, adicionou.

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