Zema diz que concorda em repassar empresas estatais de Minas para a União para pagar dívidas


Governador elogiou reunião com Rodrigo Pacheco, que propôs solução para a dívida do Estado com governo federal

Por Gabriel Hirabahasi e Pedro Augusto Figueiredo
Atualização:

BRASÍLIA - O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta quarta-feira, 22, que concorda com a proposta de repassar ativos de Minas Gerais para a União para abater parte da dívida do Estado com o governo federal.

A resposta foi dada após reunião de Zema com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), autor da proposta apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para evitar a adesão de Minas a um regime de recuperação fiscal.

Romeu Zema afirmou que a reunião com Rodrigo Pacheco para discutir um acordo sobre a dívida de Minas foi boa Foto: ALEX SILVA/ESTADAO
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Zema disse que a reunião foi produtiva e que as conversas estão caminhando bem. Questionado se concordava com a proposta de repassar ativos para a União, o governador se limitou a dizer: “Sim, estamos de acordo”.

Pacheco disse que conversou com Zema sobre a federalização da Cemig, da Copasa e da Codemig, mas que agora cabe ao governador e ao Ministério da Fazenda acertar os termos exatos do acordo. Zema se reúne com o ministro Fernando Haddad ainda nesta quarta-feira, 22.

O presidente do Senado afirmou que o objetivo é pagar a dívida de R$ 160 bilhões com a União e ao mesmo tempo preservar o caráter estatal das empresas e os direitos dos servidores. Segundo o governo Zema, o pagamento por meio do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) aumentaria a dívida para mais de R$ 200 bilhões em 2032. “Ao invés de a gente prorrogar e jogar o problema para o futuro, a gente tentar na nossa geração agora resolver o problema de Minas Gerais”, declarou Pacheco.

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O senador mineiro busca fazer um contraponto a Zema e ser o responsável pela renegociação da dívida do Estado. Pacheco se movimenta, nos bastidores, para se cacifar para a disputa do governo de Minas Gerais em 2026.

A proposta de Pacheco para controlar a dívida de Minas Gerais inclui um novo Refis e pagamentos em ações de empresas estatais. Ele também sugere que as condições sejam estendidas a outros estados em situação fiscal delicada.

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Leia a seguir o que o presidente do Senado está propondo:

Federalização de estatais - Pacheco sugere passar para empresas como Cemig, Codemig e Copasa para o controle da União como forma de abater a dívida mineira, “valorizando-a de forma justa, nunca inferior ao valor de mercado”. Haveria uma cláusula de recompra pelo Estado em até 20 anos, em condições a ser preestabelecidas;

Créditos de mineradoras - Minas Gerais cederia os direitos creditórios de ações judiciais contra empresas mineradoras que causaram desastres socio-ambientais no Estado recentemente e estão “pendentes de materialização por acordo ou decisão judicial”. A União teria que aplicar os recursos no Estado ou em municípios mineiros;

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Lei Kandir - Antecipação de créditos da União a Minas Gerais advindos de acordo sobre as compensações para as perdas financeiras decorrentes da Lei Kandir. O acerto está em Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão relatada por Gilmar Mendes no Supremo Tribunal Federal, segundo o documento de Pacheco.

Novo Refis - O Estado daria um pagamento à vista, e o porcentual que isso representar do total da dívida seria dado em desconto do débito remanescente. “Se o Estado de MG pagar 50% do valor correspondente à sua dívida global, deverá ser beneficiado com 50% de desconto sobre o saldo remanescente”, explica o documento de Pacheco. O débito que sobrar deverá ser pago em até 12 anos. Quem aderir a esse Refis ficaria impedido de aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, que suspende pagamentos de dívidas de Estados com a União.

A dívida de Minas com a União é de cerca de R$ 160 bilhões. Nas contas de Pacheco, os ativos elencados (estatais e créditos) que o Estado pode ceder valeriam cerca de metade disso.

BRASÍLIA - O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta quarta-feira, 22, que concorda com a proposta de repassar ativos de Minas Gerais para a União para abater parte da dívida do Estado com o governo federal.

A resposta foi dada após reunião de Zema com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), autor da proposta apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para evitar a adesão de Minas a um regime de recuperação fiscal.

Romeu Zema afirmou que a reunião com Rodrigo Pacheco para discutir um acordo sobre a dívida de Minas foi boa Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Zema disse que a reunião foi produtiva e que as conversas estão caminhando bem. Questionado se concordava com a proposta de repassar ativos para a União, o governador se limitou a dizer: “Sim, estamos de acordo”.

Pacheco disse que conversou com Zema sobre a federalização da Cemig, da Copasa e da Codemig, mas que agora cabe ao governador e ao Ministério da Fazenda acertar os termos exatos do acordo. Zema se reúne com o ministro Fernando Haddad ainda nesta quarta-feira, 22.

O presidente do Senado afirmou que o objetivo é pagar a dívida de R$ 160 bilhões com a União e ao mesmo tempo preservar o caráter estatal das empresas e os direitos dos servidores. Segundo o governo Zema, o pagamento por meio do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) aumentaria a dívida para mais de R$ 200 bilhões em 2032. “Ao invés de a gente prorrogar e jogar o problema para o futuro, a gente tentar na nossa geração agora resolver o problema de Minas Gerais”, declarou Pacheco.

O senador mineiro busca fazer um contraponto a Zema e ser o responsável pela renegociação da dívida do Estado. Pacheco se movimenta, nos bastidores, para se cacifar para a disputa do governo de Minas Gerais em 2026.

A proposta de Pacheco para controlar a dívida de Minas Gerais inclui um novo Refis e pagamentos em ações de empresas estatais. Ele também sugere que as condições sejam estendidas a outros estados em situação fiscal delicada.

Leia a seguir o que o presidente do Senado está propondo:

Federalização de estatais - Pacheco sugere passar para empresas como Cemig, Codemig e Copasa para o controle da União como forma de abater a dívida mineira, “valorizando-a de forma justa, nunca inferior ao valor de mercado”. Haveria uma cláusula de recompra pelo Estado em até 20 anos, em condições a ser preestabelecidas;

Créditos de mineradoras - Minas Gerais cederia os direitos creditórios de ações judiciais contra empresas mineradoras que causaram desastres socio-ambientais no Estado recentemente e estão “pendentes de materialização por acordo ou decisão judicial”. A União teria que aplicar os recursos no Estado ou em municípios mineiros;

Lei Kandir - Antecipação de créditos da União a Minas Gerais advindos de acordo sobre as compensações para as perdas financeiras decorrentes da Lei Kandir. O acerto está em Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão relatada por Gilmar Mendes no Supremo Tribunal Federal, segundo o documento de Pacheco.

Novo Refis - O Estado daria um pagamento à vista, e o porcentual que isso representar do total da dívida seria dado em desconto do débito remanescente. “Se o Estado de MG pagar 50% do valor correspondente à sua dívida global, deverá ser beneficiado com 50% de desconto sobre o saldo remanescente”, explica o documento de Pacheco. O débito que sobrar deverá ser pago em até 12 anos. Quem aderir a esse Refis ficaria impedido de aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, que suspende pagamentos de dívidas de Estados com a União.

A dívida de Minas com a União é de cerca de R$ 160 bilhões. Nas contas de Pacheco, os ativos elencados (estatais e créditos) que o Estado pode ceder valeriam cerca de metade disso.

BRASÍLIA - O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse nesta quarta-feira, 22, que concorda com a proposta de repassar ativos de Minas Gerais para a União para abater parte da dívida do Estado com o governo federal.

A resposta foi dada após reunião de Zema com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), autor da proposta apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para evitar a adesão de Minas a um regime de recuperação fiscal.

Romeu Zema afirmou que a reunião com Rodrigo Pacheco para discutir um acordo sobre a dívida de Minas foi boa Foto: ALEX SILVA/ESTADAO

Zema disse que a reunião foi produtiva e que as conversas estão caminhando bem. Questionado se concordava com a proposta de repassar ativos para a União, o governador se limitou a dizer: “Sim, estamos de acordo”.

Pacheco disse que conversou com Zema sobre a federalização da Cemig, da Copasa e da Codemig, mas que agora cabe ao governador e ao Ministério da Fazenda acertar os termos exatos do acordo. Zema se reúne com o ministro Fernando Haddad ainda nesta quarta-feira, 22.

O presidente do Senado afirmou que o objetivo é pagar a dívida de R$ 160 bilhões com a União e ao mesmo tempo preservar o caráter estatal das empresas e os direitos dos servidores. Segundo o governo Zema, o pagamento por meio do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) aumentaria a dívida para mais de R$ 200 bilhões em 2032. “Ao invés de a gente prorrogar e jogar o problema para o futuro, a gente tentar na nossa geração agora resolver o problema de Minas Gerais”, declarou Pacheco.

O senador mineiro busca fazer um contraponto a Zema e ser o responsável pela renegociação da dívida do Estado. Pacheco se movimenta, nos bastidores, para se cacifar para a disputa do governo de Minas Gerais em 2026.

A proposta de Pacheco para controlar a dívida de Minas Gerais inclui um novo Refis e pagamentos em ações de empresas estatais. Ele também sugere que as condições sejam estendidas a outros estados em situação fiscal delicada.

Leia a seguir o que o presidente do Senado está propondo:

Federalização de estatais - Pacheco sugere passar para empresas como Cemig, Codemig e Copasa para o controle da União como forma de abater a dívida mineira, “valorizando-a de forma justa, nunca inferior ao valor de mercado”. Haveria uma cláusula de recompra pelo Estado em até 20 anos, em condições a ser preestabelecidas;

Créditos de mineradoras - Minas Gerais cederia os direitos creditórios de ações judiciais contra empresas mineradoras que causaram desastres socio-ambientais no Estado recentemente e estão “pendentes de materialização por acordo ou decisão judicial”. A União teria que aplicar os recursos no Estado ou em municípios mineiros;

Lei Kandir - Antecipação de créditos da União a Minas Gerais advindos de acordo sobre as compensações para as perdas financeiras decorrentes da Lei Kandir. O acerto está em Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão relatada por Gilmar Mendes no Supremo Tribunal Federal, segundo o documento de Pacheco.

Novo Refis - O Estado daria um pagamento à vista, e o porcentual que isso representar do total da dívida seria dado em desconto do débito remanescente. “Se o Estado de MG pagar 50% do valor correspondente à sua dívida global, deverá ser beneficiado com 50% de desconto sobre o saldo remanescente”, explica o documento de Pacheco. O débito que sobrar deverá ser pago em até 12 anos. Quem aderir a esse Refis ficaria impedido de aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, que suspende pagamentos de dívidas de Estados com a União.

A dívida de Minas com a União é de cerca de R$ 160 bilhões. Nas contas de Pacheco, os ativos elencados (estatais e créditos) que o Estado pode ceder valeriam cerca de metade disso.

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