O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse na manhã desta terça-feira, 1º, que determinou que as forças de segurança estaduais façam a desobstrução das estradas total ou parcialmente bloqueadas por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no Estado. Zema, que foi reeleito no 1º turno com apoio do atual presidente, cumprimentou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela vitória nas urnas ainda na noite de domingo, 30, e nesta terça afirmou que a “eleição já acabou”.
A manifestação do governador mineiro acontece após a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que as polícias militares estaduais, subordinadas aos governadores, multem manifestantes e apreendam veículos que permaneçam interrompendo rodovias federais ou estaduais. Em rede social, Zema afirmou que é preciso “garantir o direito de ir e vir das pessoas e impedir que haja desabastecimento” de alimentos e outros produtos.
“A eleição já acabou e agora nós temos que garantir o direito das pessoas de ir e vir e que as mercadorias cheguem aonde precisam para não haver desabastecimento. Vamos cumprir a lei”, escreveu.
“Já solicitei às nossas forças de segurança que tomem as medidas necessárias para desobstruir qualquer via ou qualquer estrada que esteja interditada por manifestação”, disse o mandatário. Por volta do meio dia desta terça, a PRF em Minas Gerais registrava treze pontos de bloqueios em estradas federais mineiras.
Bolsonaristas em BH pedem intervenção militar
Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), inconformado com a derrota na disputa presidencial, fez uma manifestação na noite desta segunda-feira, 31, em Belo Horizonte, pedindo uma intervenção do Exército para cancelar o resultado do pleito e a manutenção do atual governo no poder.
O ato foi realizado na avenida Raja Gabaglia, no bairro Gutierrez, zona oeste da capital mineira, em frente à Companhia de Comando da 4ª Região Militar do Exército. Sem lideranças identificadas, o grupo afirmou que mantém uma “resistência civil” em apoio ao governo de Bolsonaro, pede “intervenção militar”, e diz que “não irá aceitar” a tomada de posse de Lula em 1º de janeiro.
Alguns deles afirmaram que escolheram o local para a manifestação por causa do “simbolismo” em protestar em frente a uma unidade do Exército e disseram que, nesta terça-feira, 1º, farão outro ato em defesa da intervenção na rua Tenente Brito Melo, no Barro Preto, também na zona oeste de Belo Horizonte, em frente ao 12º Batalhão de Infantaria do Exército.
Com bandeiras do Brasil, cantando o hino nacional e entoando gritos de guerra do bolsonarismo, a exemplo de “minha bandeira jamais será vermelha” e “eu vim de graça”, os manifestantes afirmaram que a intenção do grupo é conseguir apoio do Exército para intervir no governo e “cancelar a vitória” de Lula nas urnas.