Zema sanciona aumento de imposto, enquanto vice critica gasto com ‘dinheiro dos outros’


Medida aumenta ICMS sobre bebidas alcoólicas e celulares; projeção é arrecadar até R$ 1,2 bilhão por ano

Por Pedro Augusto Figueiredo

Poucas horas após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sancionar o aumento de ICMS sobre produtos supérfluos, o vice-governador, Mateus Simões (Novo), escreveu na rede social X (ex-Twitter) que “o mais delicioso dos privilégios é gastar o dinheiro dos outros”. A frase é atribuída a John Randolph, político norte-americano do início do século XIX.

A lei sancionada por Zema neste sábado, 30, foi proposta pelo próprio governador e aumenta em dois pontos percentuais a alíquota de ICMS sobre bebidas alcoólicas, cigarros, armas, refrigerantes, celulares, máquinas fotográficas, alimentos para atletas e equipamentos para pesca esportiva e de áudio ou vídeo para utilização em carros, como alto-falantes e amplificadores.

Romeu Zema sancionou aumento de impostos em Minas Gerais no mesmo dia em que participou de evento do partido que prega redução da carga tributária Foto: Zeca Ferreira/Estadão
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O governo mineiro projeta arrecadar de R$ 800 milhões a R$ 1,2 bilhão por ano com a medida, que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2024. O valor será destinado para financiar ações do Fundo de Erradicação da Miséria e do Fundo Estadual de Assistência Social, que receberá pelo menos 15% do total arrecadado.

Zema tem utilizado a crise financeira vivida por Minas Gerais para justificar a elevação do ICMS. Ele também argumenta que não se trata de aumento de imposto, já que a cobrança foi realizada ininterruptamente de 2011 a 2022. O chefe do Executivo não conseguiu renovar a medida para 2023.

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O governador queria que a elevação do imposto fosse permanente, mas os deputados estaduais limitaram a cobrança até o final do mandato de Zema em 2026. Também excluíram ração pet e itens de higiene bucal, como fio dental, da lista de produtos considerados supérfluos no Estado.

Vice-governador também defendeu aumento

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A publicação de Mateus Simões na rede social não é uma crítica a Zema, mas demonstra como a medida vai na contramão da redução de impostos defendida pelo Partido Novo. A frase de John Randolph era parte de uma apresentação durante o encontro anual da sigla, em São Paulo, neste sábado, no qual o governador de Minas também esteve presente. Ele não falou com a imprensa.

O próprio vice-governador defendeu o aumento do ICMS nas últimas semanas e disse que a arrecadação com a medida está prevista no plano apresentado ao governo federal para recuperar as finanças do Estado. “Espero que com o tempo a gente possa voltar a falar em alívio tributário”, disse Simões ao jornal Estado de Minas.

O vice-governador atua como uma espécie de “gerente” no governo de Minas Gerais e é responsável por coordenar os trabalhos das secretarias. Por isso, é visto internamente no Novo como sucessor natural de Zema em 2026, embora enfrente resistências de parte do grupo político do governador.

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Poucas horas após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sancionar o aumento de ICMS sobre produtos supérfluos, o vice-governador, Mateus Simões (Novo), escreveu na rede social X (ex-Twitter) que “o mais delicioso dos privilégios é gastar o dinheiro dos outros”. A frase é atribuída a John Randolph, político norte-americano do início do século XIX.

A lei sancionada por Zema neste sábado, 30, foi proposta pelo próprio governador e aumenta em dois pontos percentuais a alíquota de ICMS sobre bebidas alcoólicas, cigarros, armas, refrigerantes, celulares, máquinas fotográficas, alimentos para atletas e equipamentos para pesca esportiva e de áudio ou vídeo para utilização em carros, como alto-falantes e amplificadores.

Romeu Zema sancionou aumento de impostos em Minas Gerais no mesmo dia em que participou de evento do partido que prega redução da carga tributária Foto: Zeca Ferreira/Estadão

O governo mineiro projeta arrecadar de R$ 800 milhões a R$ 1,2 bilhão por ano com a medida, que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2024. O valor será destinado para financiar ações do Fundo de Erradicação da Miséria e do Fundo Estadual de Assistência Social, que receberá pelo menos 15% do total arrecadado.

Zema tem utilizado a crise financeira vivida por Minas Gerais para justificar a elevação do ICMS. Ele também argumenta que não se trata de aumento de imposto, já que a cobrança foi realizada ininterruptamente de 2011 a 2022. O chefe do Executivo não conseguiu renovar a medida para 2023.

O governador queria que a elevação do imposto fosse permanente, mas os deputados estaduais limitaram a cobrança até o final do mandato de Zema em 2026. Também excluíram ração pet e itens de higiene bucal, como fio dental, da lista de produtos considerados supérfluos no Estado.

Vice-governador também defendeu aumento

A publicação de Mateus Simões na rede social não é uma crítica a Zema, mas demonstra como a medida vai na contramão da redução de impostos defendida pelo Partido Novo. A frase de John Randolph era parte de uma apresentação durante o encontro anual da sigla, em São Paulo, neste sábado, no qual o governador de Minas também esteve presente. Ele não falou com a imprensa.

O próprio vice-governador defendeu o aumento do ICMS nas últimas semanas e disse que a arrecadação com a medida está prevista no plano apresentado ao governo federal para recuperar as finanças do Estado. “Espero que com o tempo a gente possa voltar a falar em alívio tributário”, disse Simões ao jornal Estado de Minas.

O vice-governador atua como uma espécie de “gerente” no governo de Minas Gerais e é responsável por coordenar os trabalhos das secretarias. Por isso, é visto internamente no Novo como sucessor natural de Zema em 2026, embora enfrente resistências de parte do grupo político do governador.

Poucas horas após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sancionar o aumento de ICMS sobre produtos supérfluos, o vice-governador, Mateus Simões (Novo), escreveu na rede social X (ex-Twitter) que “o mais delicioso dos privilégios é gastar o dinheiro dos outros”. A frase é atribuída a John Randolph, político norte-americano do início do século XIX.

A lei sancionada por Zema neste sábado, 30, foi proposta pelo próprio governador e aumenta em dois pontos percentuais a alíquota de ICMS sobre bebidas alcoólicas, cigarros, armas, refrigerantes, celulares, máquinas fotográficas, alimentos para atletas e equipamentos para pesca esportiva e de áudio ou vídeo para utilização em carros, como alto-falantes e amplificadores.

Romeu Zema sancionou aumento de impostos em Minas Gerais no mesmo dia em que participou de evento do partido que prega redução da carga tributária Foto: Zeca Ferreira/Estadão

O governo mineiro projeta arrecadar de R$ 800 milhões a R$ 1,2 bilhão por ano com a medida, que entrará em vigor em 1º de janeiro de 2024. O valor será destinado para financiar ações do Fundo de Erradicação da Miséria e do Fundo Estadual de Assistência Social, que receberá pelo menos 15% do total arrecadado.

Zema tem utilizado a crise financeira vivida por Minas Gerais para justificar a elevação do ICMS. Ele também argumenta que não se trata de aumento de imposto, já que a cobrança foi realizada ininterruptamente de 2011 a 2022. O chefe do Executivo não conseguiu renovar a medida para 2023.

O governador queria que a elevação do imposto fosse permanente, mas os deputados estaduais limitaram a cobrança até o final do mandato de Zema em 2026. Também excluíram ração pet e itens de higiene bucal, como fio dental, da lista de produtos considerados supérfluos no Estado.

Vice-governador também defendeu aumento

A publicação de Mateus Simões na rede social não é uma crítica a Zema, mas demonstra como a medida vai na contramão da redução de impostos defendida pelo Partido Novo. A frase de John Randolph era parte de uma apresentação durante o encontro anual da sigla, em São Paulo, neste sábado, no qual o governador de Minas também esteve presente. Ele não falou com a imprensa.

O próprio vice-governador defendeu o aumento do ICMS nas últimas semanas e disse que a arrecadação com a medida está prevista no plano apresentado ao governo federal para recuperar as finanças do Estado. “Espero que com o tempo a gente possa voltar a falar em alívio tributário”, disse Simões ao jornal Estado de Minas.

O vice-governador atua como uma espécie de “gerente” no governo de Minas Gerais e é responsável por coordenar os trabalhos das secretarias. Por isso, é visto internamente no Novo como sucessor natural de Zema em 2026, embora enfrente resistências de parte do grupo político do governador.

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