Adolescente de 16 anos morre baleada em SP; policial é preso em flagrante


Secretaria da Segurança Pública do Estado lamentou morte e disse que investiga as circunstâncias da ocorrência

Por Ítalo Lo Re
Atualização:

Uma adolescente de 16 anos morreu baleada em abordagem policial na madrugada desta sexta-feira, 10, em Guaianazes, na zona leste de São Paulo. O sargento Thiago Guerra, agente da Polícia Militar que teria efetuado o disparo, foi preso em flagrante logo após a ocorrência.

A defesa do policial informou que não vai se manifestar neste momento.

A Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP) lamentou a morte da jovem, identificada como Victoria Manoelly dos Santos, e disse que investiga as circunstâncias da abordagem. O caso foi registrado no 50º Distrito Policial. “A Polícia Civil busca por imagens e demais elementos que possam esclarecer os fatos”, disse a pasta (leia mais abaixo).

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Victoria Manoelly dos Santos, de 16 anos, foi morta durante abordagem da PM na zona leste Foto: Reprodução/Redes sociais

De acordo com boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, Victoria Manoelly e o irmão, Kauê Alexandre do Santos, de 21 anos, foram abordados nos arredores de uma adega na Rua Capitão Pucci depois que os policiais passaram a perseguir os autores de um possível assalto na região.

Testemunhas relataram que houve uma confusão no local e que um dos policiais disparou um tiro, atingindo o tórax de Victoria Manoelly. A jovem chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

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Em depoimento, Kauê e o policial apresentaram versões distintas sobre o fato. O irmão de Victoria contou que um dos policiais voltou da perseguição e começou a questionar os irmãos. Durante a discussão, o PM teria agarrado Kauê pela gola da camiseta, apontado a arma para o seu rosto e acertada uma coronhada na sua cabeça. A arma disparou e acertou Victoria.

Já o PM disse que Kauê estava com as mãos na região da cintura e que, durante a abordagem, o rapaz deu um tapa na sua mão para tentar se esquivar. Nesse momento, segundo o policial, sua arma disparou e atingiu a região próxima ao ombro da adolescente.

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Após ouvir testemunhas e analisar imagens das câmeras corporais, o delegado Victor Sáfadi Maricato argumenta que “a ação do Sargento Guerra, ao desferir uma coronhada na cabeça de Kauê Alexandre dos Santos Lima, deu causa ao disparo acidental que atingiu a vítima”.

“No início da lavratura desta ocorrência, o Sargento Guerra foi ouvido como testemunha. Porém, após as demais oitivas e, primordialmente, com a análise das imagens corporais da câmera de segurança, passou a figurar como indiciado”, finalizou o delegado.

O delegado ressaltou ainda que dar coronhadas não corresponde “às doutrinas das polícias brasileiras” e que quem faz isso assume riscos do resultado. Por essa razão, indiciou o sargento Thiago Guerra pelo crime de homicídio.

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A defesa do policial informou que não vai se manifestar.

A Polícia Militar afirmou, em nota, que “não compactua com excessos ou desvios de conduta e pune exemplarmente aqueles que desobedecem aos protocolos estabelecidos pela corporação”.

“A arma do policial foi recolhida e as imagens das câmeras corporais estão sendo analisadas. A PM também instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias da ocorrência”, acrescentou a corporação.

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A Ouvidoria da Polícia de São Paulo solicitou o afastamento dos policiais envolvidos na ocorrência à Corregedoria da Polícia Militar e ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). O órgão também pediu acesso às imagens das câmeras operacionais e do entorno.

“É preciso apuração rigorosa também no que toca ao tempo de socorro da vítima, além da punição exemplar dos culpados para que não se pague mais com jovens vidas o preço de uma violência que se cristaliza nas tropas policiais de nosso estado”, informou a Ouvidoria, também por meio de nota.

Uma adolescente de 16 anos morreu baleada em abordagem policial na madrugada desta sexta-feira, 10, em Guaianazes, na zona leste de São Paulo. O sargento Thiago Guerra, agente da Polícia Militar que teria efetuado o disparo, foi preso em flagrante logo após a ocorrência.

A defesa do policial informou que não vai se manifestar neste momento.

A Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP) lamentou a morte da jovem, identificada como Victoria Manoelly dos Santos, e disse que investiga as circunstâncias da abordagem. O caso foi registrado no 50º Distrito Policial. “A Polícia Civil busca por imagens e demais elementos que possam esclarecer os fatos”, disse a pasta (leia mais abaixo).

Victoria Manoelly dos Santos, de 16 anos, foi morta durante abordagem da PM na zona leste Foto: Reprodução/Redes sociais

De acordo com boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, Victoria Manoelly e o irmão, Kauê Alexandre do Santos, de 21 anos, foram abordados nos arredores de uma adega na Rua Capitão Pucci depois que os policiais passaram a perseguir os autores de um possível assalto na região.

Testemunhas relataram que houve uma confusão no local e que um dos policiais disparou um tiro, atingindo o tórax de Victoria Manoelly. A jovem chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

Em depoimento, Kauê e o policial apresentaram versões distintas sobre o fato. O irmão de Victoria contou que um dos policiais voltou da perseguição e começou a questionar os irmãos. Durante a discussão, o PM teria agarrado Kauê pela gola da camiseta, apontado a arma para o seu rosto e acertada uma coronhada na sua cabeça. A arma disparou e acertou Victoria.

Já o PM disse que Kauê estava com as mãos na região da cintura e que, durante a abordagem, o rapaz deu um tapa na sua mão para tentar se esquivar. Nesse momento, segundo o policial, sua arma disparou e atingiu a região próxima ao ombro da adolescente.

Após ouvir testemunhas e analisar imagens das câmeras corporais, o delegado Victor Sáfadi Maricato argumenta que “a ação do Sargento Guerra, ao desferir uma coronhada na cabeça de Kauê Alexandre dos Santos Lima, deu causa ao disparo acidental que atingiu a vítima”.

“No início da lavratura desta ocorrência, o Sargento Guerra foi ouvido como testemunha. Porém, após as demais oitivas e, primordialmente, com a análise das imagens corporais da câmera de segurança, passou a figurar como indiciado”, finalizou o delegado.

O delegado ressaltou ainda que dar coronhadas não corresponde “às doutrinas das polícias brasileiras” e que quem faz isso assume riscos do resultado. Por essa razão, indiciou o sargento Thiago Guerra pelo crime de homicídio.

A defesa do policial informou que não vai se manifestar.

A Polícia Militar afirmou, em nota, que “não compactua com excessos ou desvios de conduta e pune exemplarmente aqueles que desobedecem aos protocolos estabelecidos pela corporação”.

“A arma do policial foi recolhida e as imagens das câmeras corporais estão sendo analisadas. A PM também instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias da ocorrência”, acrescentou a corporação.

A Ouvidoria da Polícia de São Paulo solicitou o afastamento dos policiais envolvidos na ocorrência à Corregedoria da Polícia Militar e ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). O órgão também pediu acesso às imagens das câmeras operacionais e do entorno.

“É preciso apuração rigorosa também no que toca ao tempo de socorro da vítima, além da punição exemplar dos culpados para que não se pague mais com jovens vidas o preço de uma violência que se cristaliza nas tropas policiais de nosso estado”, informou a Ouvidoria, também por meio de nota.

Uma adolescente de 16 anos morreu baleada em abordagem policial na madrugada desta sexta-feira, 10, em Guaianazes, na zona leste de São Paulo. O sargento Thiago Guerra, agente da Polícia Militar que teria efetuado o disparo, foi preso em flagrante logo após a ocorrência.

A defesa do policial informou que não vai se manifestar neste momento.

A Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP) lamentou a morte da jovem, identificada como Victoria Manoelly dos Santos, e disse que investiga as circunstâncias da abordagem. O caso foi registrado no 50º Distrito Policial. “A Polícia Civil busca por imagens e demais elementos que possam esclarecer os fatos”, disse a pasta (leia mais abaixo).

Victoria Manoelly dos Santos, de 16 anos, foi morta durante abordagem da PM na zona leste Foto: Reprodução/Redes sociais

De acordo com boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, Victoria Manoelly e o irmão, Kauê Alexandre do Santos, de 21 anos, foram abordados nos arredores de uma adega na Rua Capitão Pucci depois que os policiais passaram a perseguir os autores de um possível assalto na região.

Testemunhas relataram que houve uma confusão no local e que um dos policiais disparou um tiro, atingindo o tórax de Victoria Manoelly. A jovem chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

Em depoimento, Kauê e o policial apresentaram versões distintas sobre o fato. O irmão de Victoria contou que um dos policiais voltou da perseguição e começou a questionar os irmãos. Durante a discussão, o PM teria agarrado Kauê pela gola da camiseta, apontado a arma para o seu rosto e acertada uma coronhada na sua cabeça. A arma disparou e acertou Victoria.

Já o PM disse que Kauê estava com as mãos na região da cintura e que, durante a abordagem, o rapaz deu um tapa na sua mão para tentar se esquivar. Nesse momento, segundo o policial, sua arma disparou e atingiu a região próxima ao ombro da adolescente.

Após ouvir testemunhas e analisar imagens das câmeras corporais, o delegado Victor Sáfadi Maricato argumenta que “a ação do Sargento Guerra, ao desferir uma coronhada na cabeça de Kauê Alexandre dos Santos Lima, deu causa ao disparo acidental que atingiu a vítima”.

“No início da lavratura desta ocorrência, o Sargento Guerra foi ouvido como testemunha. Porém, após as demais oitivas e, primordialmente, com a análise das imagens corporais da câmera de segurança, passou a figurar como indiciado”, finalizou o delegado.

O delegado ressaltou ainda que dar coronhadas não corresponde “às doutrinas das polícias brasileiras” e que quem faz isso assume riscos do resultado. Por essa razão, indiciou o sargento Thiago Guerra pelo crime de homicídio.

A defesa do policial informou que não vai se manifestar.

A Polícia Militar afirmou, em nota, que “não compactua com excessos ou desvios de conduta e pune exemplarmente aqueles que desobedecem aos protocolos estabelecidos pela corporação”.

“A arma do policial foi recolhida e as imagens das câmeras corporais estão sendo analisadas. A PM também instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias da ocorrência”, acrescentou a corporação.

A Ouvidoria da Polícia de São Paulo solicitou o afastamento dos policiais envolvidos na ocorrência à Corregedoria da Polícia Militar e ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). O órgão também pediu acesso às imagens das câmeras operacionais e do entorno.

“É preciso apuração rigorosa também no que toca ao tempo de socorro da vítima, além da punição exemplar dos culpados para que não se pague mais com jovens vidas o preço de uma violência que se cristaliza nas tropas policiais de nosso estado”, informou a Ouvidoria, também por meio de nota.

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