Arena Corinthians gasta mais água do que rivais na capital paulista


Consumo médio no estádio alvinegro em 2015 é de 5 milhões de litros, volume equivalente ao Allianz Parque e o Morumbi somados

Por Fabio Leite e Rafael Italiani

SÃO PAULO - O estádio do Corinthians é o que mais gasta água da Sabesp na capital paulista. De janeiro a maio, o consumo médio registrado na arena alvinegra em Itaquera, na zona leste, foi de 5 milhões de litros, volume equivalente ao dos estádios dos rivais São Paulo (2,9 milhões) e Palmeiras (2,1 milhões) juntos.

A maior parte da água é destinada à irrigação do gramado. Os estádios corintiano e palmeirense possuem um sistema de captação de água da chuva, exigido pela Fifa, para esse serviço. O São Paulo informou que, após o início da crise hídrica, passou a usar a água de uma mina para cuidar do campo. “Normalmente, a água de reúso é mais do que suficiente, e já é usada em gramas e jardins pela cidade”, afirma Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil.

continua após a publicidade

A diferença de consumo entre os estádios do Corinthians e dos rivais tende a ser maior porque, no caso do São Paulo, o clube não informou qual das quatro contas de água ligadas à instituição refere-se ao estádio do Morumbi. A reportagem considerou todas elas para calcular a média de consumo. Na Vila Belmiro, estádio do Santos, o consumo foi de 2,7 milhões de litros. O litoral, contudo, não sofre com a crise hídrica.

Abastecida pelo Sistema Alto Tietê, segundo manancial mais crítico da Grande São Paulo (20,5% da capacidade), a arena corintiana recebeu cerca de 525 mil torcedores em 17 jogos oficiais do clube nos cinco primeiros meses do ano, a maior média da capital, mas inferior à soma dos públicos no Allianz Parque (396 mil) e no Morumbi (264 mil). O cálculo não inclui shows e outros eventos.

Em fevereiro, por exemplo, o consumo de água potável no estádio alvinegro atingiu o pico de 7,2 milhões de litros, gasto maior do que o registrado em junho de 2014 (5,1 milhões), quando a arena recebeu quatro jogos da Copa do Mundo, com a capacidade ampliada para mais de 60 mil torcedores. Esse volume seria suficiente para abastecer 500 residências durante um mês.

continua após a publicidade

Em nota, o Corinthians informou que havia um “vazamento interno escondido que demorou para ser encontrado”. Segundo o clube, o problema “foi solucionado e a conta voltou ao consumo normal”. As faturas emitidas pela Sabesp em abril e maio mostram queda do gasto para 2,4 milhões e 2,1 milhões de litros, respectivamente.

Em fevereiro, o consumo de água potável na Arena Corinthians atingiu o pico de 7,2 milhões de litros, gasto maior do que o registrado em junho de 2014, durante a Copa do Mundo Foto: Alex Silva/Estadão

Fidelidade. Os quatro grandes clubes do futebol paulista têm o chamado contrato de Demanda Firme com a Sabesp, que concede tarifas vantajosas a grandes consumidores (mais de 500 mil litros por mês) em troca de fidelidade.

continua após a publicidade

No caso do Palmeiras, porém, o consumo do Allianz Parque não está incluído no contrato porque a conta está em nome da Construtora WTorre, que administra a arena. O estádio fica na Pompeia, zona oeste, abastecida pelo Sistema Cantareira, o mais crítico (-9,3% da capacidade), operando dentro do volume morto.

Já o estádio são-paulino fica no Morumbi, zona sul, área de abrangência do Sistema Guarapiranga, que tinha neste domingo, 21, 75,8% da capacidade e tem sido usado pela Sabesp para socorrer bairros atendidos antes pelo Cantareira.

SÃO PAULO - O estádio do Corinthians é o que mais gasta água da Sabesp na capital paulista. De janeiro a maio, o consumo médio registrado na arena alvinegra em Itaquera, na zona leste, foi de 5 milhões de litros, volume equivalente ao dos estádios dos rivais São Paulo (2,9 milhões) e Palmeiras (2,1 milhões) juntos.

A maior parte da água é destinada à irrigação do gramado. Os estádios corintiano e palmeirense possuem um sistema de captação de água da chuva, exigido pela Fifa, para esse serviço. O São Paulo informou que, após o início da crise hídrica, passou a usar a água de uma mina para cuidar do campo. “Normalmente, a água de reúso é mais do que suficiente, e já é usada em gramas e jardins pela cidade”, afirma Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil.

A diferença de consumo entre os estádios do Corinthians e dos rivais tende a ser maior porque, no caso do São Paulo, o clube não informou qual das quatro contas de água ligadas à instituição refere-se ao estádio do Morumbi. A reportagem considerou todas elas para calcular a média de consumo. Na Vila Belmiro, estádio do Santos, o consumo foi de 2,7 milhões de litros. O litoral, contudo, não sofre com a crise hídrica.

Abastecida pelo Sistema Alto Tietê, segundo manancial mais crítico da Grande São Paulo (20,5% da capacidade), a arena corintiana recebeu cerca de 525 mil torcedores em 17 jogos oficiais do clube nos cinco primeiros meses do ano, a maior média da capital, mas inferior à soma dos públicos no Allianz Parque (396 mil) e no Morumbi (264 mil). O cálculo não inclui shows e outros eventos.

Em fevereiro, por exemplo, o consumo de água potável no estádio alvinegro atingiu o pico de 7,2 milhões de litros, gasto maior do que o registrado em junho de 2014 (5,1 milhões), quando a arena recebeu quatro jogos da Copa do Mundo, com a capacidade ampliada para mais de 60 mil torcedores. Esse volume seria suficiente para abastecer 500 residências durante um mês.

Em nota, o Corinthians informou que havia um “vazamento interno escondido que demorou para ser encontrado”. Segundo o clube, o problema “foi solucionado e a conta voltou ao consumo normal”. As faturas emitidas pela Sabesp em abril e maio mostram queda do gasto para 2,4 milhões e 2,1 milhões de litros, respectivamente.

Em fevereiro, o consumo de água potável na Arena Corinthians atingiu o pico de 7,2 milhões de litros, gasto maior do que o registrado em junho de 2014, durante a Copa do Mundo Foto: Alex Silva/Estadão

Fidelidade. Os quatro grandes clubes do futebol paulista têm o chamado contrato de Demanda Firme com a Sabesp, que concede tarifas vantajosas a grandes consumidores (mais de 500 mil litros por mês) em troca de fidelidade.

No caso do Palmeiras, porém, o consumo do Allianz Parque não está incluído no contrato porque a conta está em nome da Construtora WTorre, que administra a arena. O estádio fica na Pompeia, zona oeste, abastecida pelo Sistema Cantareira, o mais crítico (-9,3% da capacidade), operando dentro do volume morto.

Já o estádio são-paulino fica no Morumbi, zona sul, área de abrangência do Sistema Guarapiranga, que tinha neste domingo, 21, 75,8% da capacidade e tem sido usado pela Sabesp para socorrer bairros atendidos antes pelo Cantareira.

SÃO PAULO - O estádio do Corinthians é o que mais gasta água da Sabesp na capital paulista. De janeiro a maio, o consumo médio registrado na arena alvinegra em Itaquera, na zona leste, foi de 5 milhões de litros, volume equivalente ao dos estádios dos rivais São Paulo (2,9 milhões) e Palmeiras (2,1 milhões) juntos.

A maior parte da água é destinada à irrigação do gramado. Os estádios corintiano e palmeirense possuem um sistema de captação de água da chuva, exigido pela Fifa, para esse serviço. O São Paulo informou que, após o início da crise hídrica, passou a usar a água de uma mina para cuidar do campo. “Normalmente, a água de reúso é mais do que suficiente, e já é usada em gramas e jardins pela cidade”, afirma Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil.

A diferença de consumo entre os estádios do Corinthians e dos rivais tende a ser maior porque, no caso do São Paulo, o clube não informou qual das quatro contas de água ligadas à instituição refere-se ao estádio do Morumbi. A reportagem considerou todas elas para calcular a média de consumo. Na Vila Belmiro, estádio do Santos, o consumo foi de 2,7 milhões de litros. O litoral, contudo, não sofre com a crise hídrica.

Abastecida pelo Sistema Alto Tietê, segundo manancial mais crítico da Grande São Paulo (20,5% da capacidade), a arena corintiana recebeu cerca de 525 mil torcedores em 17 jogos oficiais do clube nos cinco primeiros meses do ano, a maior média da capital, mas inferior à soma dos públicos no Allianz Parque (396 mil) e no Morumbi (264 mil). O cálculo não inclui shows e outros eventos.

Em fevereiro, por exemplo, o consumo de água potável no estádio alvinegro atingiu o pico de 7,2 milhões de litros, gasto maior do que o registrado em junho de 2014 (5,1 milhões), quando a arena recebeu quatro jogos da Copa do Mundo, com a capacidade ampliada para mais de 60 mil torcedores. Esse volume seria suficiente para abastecer 500 residências durante um mês.

Em nota, o Corinthians informou que havia um “vazamento interno escondido que demorou para ser encontrado”. Segundo o clube, o problema “foi solucionado e a conta voltou ao consumo normal”. As faturas emitidas pela Sabesp em abril e maio mostram queda do gasto para 2,4 milhões e 2,1 milhões de litros, respectivamente.

Em fevereiro, o consumo de água potável na Arena Corinthians atingiu o pico de 7,2 milhões de litros, gasto maior do que o registrado em junho de 2014, durante a Copa do Mundo Foto: Alex Silva/Estadão

Fidelidade. Os quatro grandes clubes do futebol paulista têm o chamado contrato de Demanda Firme com a Sabesp, que concede tarifas vantajosas a grandes consumidores (mais de 500 mil litros por mês) em troca de fidelidade.

No caso do Palmeiras, porém, o consumo do Allianz Parque não está incluído no contrato porque a conta está em nome da Construtora WTorre, que administra a arena. O estádio fica na Pompeia, zona oeste, abastecida pelo Sistema Cantareira, o mais crítico (-9,3% da capacidade), operando dentro do volume morto.

Já o estádio são-paulino fica no Morumbi, zona sul, área de abrangência do Sistema Guarapiranga, que tinha neste domingo, 21, 75,8% da capacidade e tem sido usado pela Sabesp para socorrer bairros atendidos antes pelo Cantareira.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.