Base aérea de Canoas começa a operar voos comerciais no RS: ‘Dá uma ansiedade entrar no avião’


Com o aeroporto de Porto Alegre fechado por tempo indeterminado, área na região metropolitana precisou ser improvisada

Por Jaqueline Sordi
Atualização:

Nos corredores do ParkShopping, em Canoas, o barulho das conversas dos visitantes e lojistas ganhou um ruído diferente nesta segunda-feira, 27. O som das rodinhas de malas sendo arrastadas pelo piso projetado para passeio, que se mesclava ao burburinho cotidiano do estabelecimento, era justificada quando se chegava à entrada B do centro comercial. A porta que antes servia de acesso às lojas e restaurantes, agora se transformava, de forma improvisada e temporária, em uma sala de embarque.

Desde o início das enchentes que assolam o Rio Grande do Sul, há quase um mês, os gaúchos vêm tentando buscar algum senso de normalidade em meio ao caos. Um dos capítulos mais recentes destes esforços foi a inauguração, nesta segunda-feira, da base aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, para voos comerciais.

ParkShopping, em Canoas, foi transformado em sala de embarque para os voos da base aérea. Foto: Jaqueline Sordi/Estadão
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Coordenada pela Fraport, empresa concessionária do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que está fechado por tempo indeterminado após invasão da água, a iniciativa foi anunciada como uma opção mais cômoda e rápida para quem precisa deixar a capital via aérea. Só que, no primeiro dia de operação, em meio a chuva, protestos, desvios e embarque dentro de um shopping, de normal a experiência não teve nada.

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Equipe de reportagem do Estadão fez o trajeto de Porto Alegre até a base aérea

“Estou achando tudo demorado e um pouco confuso. Dá uma ansiedade também de entrar em um avião que vai por uma pista que não é normalmente usada para voo comercial”, desabafa o consultor de vendas Arthur Sisson, de 26 anos, enquanto aguarda o embarque no corredor do ParkShopping Canoas. Morador de Porto Alegre e acostumado a viajar mensalmente para o interior de São Paulo, ele se mostrava ansioso e incomodado com a nova experiência. “Demorou muito para chegar até aqui, e o resto do trajeto parece que vai ser lento também”, disse.

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Saindo de Porto Alegre, o primeiro desafio que os passageiros enfrentam é chegar no ParkShopping Canoas, estabelecimento comercial onde a Fraport montou, provisoriamente, o ponto de embarque. De carro, o trajeto que costuma durar 40 minutos chega a levar duas horas devido aos desvios que precisam ser feitos pelo bloqueio de rodovias que ficaram alagadas.

Latam teve dois voos programados para o primeiro dia de operações da base aérea de Canoas Foto: Jaqueline Sordi/Estadão
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Para agravar, na manhã desta segunda-feira, 27, dois protestos bloquearam o caminho. Moradores dos bairros Humaitá e Vila Farrapos, na zona norte de Porto Alegre, que estão há 25 dias praticamente isolados, realizaram manifestações trancando a rodovia pela demora da prefeitura de Porto Alegre em realizar ações para escoar a água. O congestionamento foi intenso pelo menos até o início da tarde.

Chegando no estabelecimento comercial, a sinalização para a sala de embarque, montada em uma das portas de entrada, é boa. O acesso é pelo lado de dentro do shopping, e fica em frente a uma pista de gelo – o que dá um ar ainda mais surreal para a experiência. Pelos corredores, parados em frente às lojas, passageiros aguardam a chamada para o embarque. No voo da Latam programado para sair às 15h15 rumo à Guarulhos, a recomendação é chegar com três horas de antecedência. Parece exagero, mas a demora no procedimento de vistoria justifica.

Mesmo com apenas dois voos programados para o primeiro dia de operações, a fila para entrar no saguão demora cerca de uma hora. Com apenas um raio-X e um pórtico de detector de metal, é preciso paciência para aguardar que a inspeção completa seja feita. Os funcionários da Latam e Fraport parecem bastante familiarizados com o ambiente, e ajudam, com um sorriso no rosto, a esclarecer dúvidas que angustiam muitos dos passageiros.

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Passando pela vistoria, uma sala de embarque com poucos bancos serve para um descanso rápido. Logo, os viajantes são chamados para embarcar na primeira etapa da viagem: de ônibus. São quatro veículos contratados pela Fraport, que comportam até 46 passageiros cada um, estacionados em frente ao shopping. Quando estão completos, saem em comboio, escoltados por veículos oficiais, rumo à base aérea.

O trajeto dura cerca de 20 minutos. É uma distância de 3,4 quilômetros até a pista, onde o avião aguarda os passageiros. Da porta de saída do ônibus, os viajantes vão, a pé, até a porta de entrada da aeronave.

Neste primeiro dia de funcionamento, a Fraport viabilizou dois voos. O primeiro, vindo de Congonhas (SP), aterrissou em Canoas às 8h. Duas horas depois, por volta das 10h, retornou ao local de origem levando os primeiros passageiros que embarcaram pela nova operação. O segundo voo, com destino a Guarulhos (SP), deixou a base aérea de Canoas às 15h40, com 30 minutos de atraso da hora programada.

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A expectativa é de que sejam operados até cinco voos por dia. Por enquanto, apenas a companhia aérea Latam está realizando voos comerciais, mas as companhias Azul e Gol têm previsão de iniciar suas operações a partir do dia 1.º de junho.

Nos corredores do ParkShopping, em Canoas, o barulho das conversas dos visitantes e lojistas ganhou um ruído diferente nesta segunda-feira, 27. O som das rodinhas de malas sendo arrastadas pelo piso projetado para passeio, que se mesclava ao burburinho cotidiano do estabelecimento, era justificada quando se chegava à entrada B do centro comercial. A porta que antes servia de acesso às lojas e restaurantes, agora se transformava, de forma improvisada e temporária, em uma sala de embarque.

Desde o início das enchentes que assolam o Rio Grande do Sul, há quase um mês, os gaúchos vêm tentando buscar algum senso de normalidade em meio ao caos. Um dos capítulos mais recentes destes esforços foi a inauguração, nesta segunda-feira, da base aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, para voos comerciais.

ParkShopping, em Canoas, foi transformado em sala de embarque para os voos da base aérea. Foto: Jaqueline Sordi/Estadão

Coordenada pela Fraport, empresa concessionária do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que está fechado por tempo indeterminado após invasão da água, a iniciativa foi anunciada como uma opção mais cômoda e rápida para quem precisa deixar a capital via aérea. Só que, no primeiro dia de operação, em meio a chuva, protestos, desvios e embarque dentro de um shopping, de normal a experiência não teve nada.

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Equipe de reportagem do Estadão fez o trajeto de Porto Alegre até a base aérea

“Estou achando tudo demorado e um pouco confuso. Dá uma ansiedade também de entrar em um avião que vai por uma pista que não é normalmente usada para voo comercial”, desabafa o consultor de vendas Arthur Sisson, de 26 anos, enquanto aguarda o embarque no corredor do ParkShopping Canoas. Morador de Porto Alegre e acostumado a viajar mensalmente para o interior de São Paulo, ele se mostrava ansioso e incomodado com a nova experiência. “Demorou muito para chegar até aqui, e o resto do trajeto parece que vai ser lento também”, disse.

Saindo de Porto Alegre, o primeiro desafio que os passageiros enfrentam é chegar no ParkShopping Canoas, estabelecimento comercial onde a Fraport montou, provisoriamente, o ponto de embarque. De carro, o trajeto que costuma durar 40 minutos chega a levar duas horas devido aos desvios que precisam ser feitos pelo bloqueio de rodovias que ficaram alagadas.

Latam teve dois voos programados para o primeiro dia de operações da base aérea de Canoas Foto: Jaqueline Sordi/Estadão

Para agravar, na manhã desta segunda-feira, 27, dois protestos bloquearam o caminho. Moradores dos bairros Humaitá e Vila Farrapos, na zona norte de Porto Alegre, que estão há 25 dias praticamente isolados, realizaram manifestações trancando a rodovia pela demora da prefeitura de Porto Alegre em realizar ações para escoar a água. O congestionamento foi intenso pelo menos até o início da tarde.

Chegando no estabelecimento comercial, a sinalização para a sala de embarque, montada em uma das portas de entrada, é boa. O acesso é pelo lado de dentro do shopping, e fica em frente a uma pista de gelo – o que dá um ar ainda mais surreal para a experiência. Pelos corredores, parados em frente às lojas, passageiros aguardam a chamada para o embarque. No voo da Latam programado para sair às 15h15 rumo à Guarulhos, a recomendação é chegar com três horas de antecedência. Parece exagero, mas a demora no procedimento de vistoria justifica.

Mesmo com apenas dois voos programados para o primeiro dia de operações, a fila para entrar no saguão demora cerca de uma hora. Com apenas um raio-X e um pórtico de detector de metal, é preciso paciência para aguardar que a inspeção completa seja feita. Os funcionários da Latam e Fraport parecem bastante familiarizados com o ambiente, e ajudam, com um sorriso no rosto, a esclarecer dúvidas que angustiam muitos dos passageiros.

Passando pela vistoria, uma sala de embarque com poucos bancos serve para um descanso rápido. Logo, os viajantes são chamados para embarcar na primeira etapa da viagem: de ônibus. São quatro veículos contratados pela Fraport, que comportam até 46 passageiros cada um, estacionados em frente ao shopping. Quando estão completos, saem em comboio, escoltados por veículos oficiais, rumo à base aérea.

O trajeto dura cerca de 20 minutos. É uma distância de 3,4 quilômetros até a pista, onde o avião aguarda os passageiros. Da porta de saída do ônibus, os viajantes vão, a pé, até a porta de entrada da aeronave.

Neste primeiro dia de funcionamento, a Fraport viabilizou dois voos. O primeiro, vindo de Congonhas (SP), aterrissou em Canoas às 8h. Duas horas depois, por volta das 10h, retornou ao local de origem levando os primeiros passageiros que embarcaram pela nova operação. O segundo voo, com destino a Guarulhos (SP), deixou a base aérea de Canoas às 15h40, com 30 minutos de atraso da hora programada.

A expectativa é de que sejam operados até cinco voos por dia. Por enquanto, apenas a companhia aérea Latam está realizando voos comerciais, mas as companhias Azul e Gol têm previsão de iniciar suas operações a partir do dia 1.º de junho.

Nos corredores do ParkShopping, em Canoas, o barulho das conversas dos visitantes e lojistas ganhou um ruído diferente nesta segunda-feira, 27. O som das rodinhas de malas sendo arrastadas pelo piso projetado para passeio, que se mesclava ao burburinho cotidiano do estabelecimento, era justificada quando se chegava à entrada B do centro comercial. A porta que antes servia de acesso às lojas e restaurantes, agora se transformava, de forma improvisada e temporária, em uma sala de embarque.

Desde o início das enchentes que assolam o Rio Grande do Sul, há quase um mês, os gaúchos vêm tentando buscar algum senso de normalidade em meio ao caos. Um dos capítulos mais recentes destes esforços foi a inauguração, nesta segunda-feira, da base aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, para voos comerciais.

ParkShopping, em Canoas, foi transformado em sala de embarque para os voos da base aérea. Foto: Jaqueline Sordi/Estadão

Coordenada pela Fraport, empresa concessionária do Aeroporto Internacional Salgado Filho, que está fechado por tempo indeterminado após invasão da água, a iniciativa foi anunciada como uma opção mais cômoda e rápida para quem precisa deixar a capital via aérea. Só que, no primeiro dia de operação, em meio a chuva, protestos, desvios e embarque dentro de um shopping, de normal a experiência não teve nada.

Seu navegador não suporta esse video.

Equipe de reportagem do Estadão fez o trajeto de Porto Alegre até a base aérea

“Estou achando tudo demorado e um pouco confuso. Dá uma ansiedade também de entrar em um avião que vai por uma pista que não é normalmente usada para voo comercial”, desabafa o consultor de vendas Arthur Sisson, de 26 anos, enquanto aguarda o embarque no corredor do ParkShopping Canoas. Morador de Porto Alegre e acostumado a viajar mensalmente para o interior de São Paulo, ele se mostrava ansioso e incomodado com a nova experiência. “Demorou muito para chegar até aqui, e o resto do trajeto parece que vai ser lento também”, disse.

Saindo de Porto Alegre, o primeiro desafio que os passageiros enfrentam é chegar no ParkShopping Canoas, estabelecimento comercial onde a Fraport montou, provisoriamente, o ponto de embarque. De carro, o trajeto que costuma durar 40 minutos chega a levar duas horas devido aos desvios que precisam ser feitos pelo bloqueio de rodovias que ficaram alagadas.

Latam teve dois voos programados para o primeiro dia de operações da base aérea de Canoas Foto: Jaqueline Sordi/Estadão

Para agravar, na manhã desta segunda-feira, 27, dois protestos bloquearam o caminho. Moradores dos bairros Humaitá e Vila Farrapos, na zona norte de Porto Alegre, que estão há 25 dias praticamente isolados, realizaram manifestações trancando a rodovia pela demora da prefeitura de Porto Alegre em realizar ações para escoar a água. O congestionamento foi intenso pelo menos até o início da tarde.

Chegando no estabelecimento comercial, a sinalização para a sala de embarque, montada em uma das portas de entrada, é boa. O acesso é pelo lado de dentro do shopping, e fica em frente a uma pista de gelo – o que dá um ar ainda mais surreal para a experiência. Pelos corredores, parados em frente às lojas, passageiros aguardam a chamada para o embarque. No voo da Latam programado para sair às 15h15 rumo à Guarulhos, a recomendação é chegar com três horas de antecedência. Parece exagero, mas a demora no procedimento de vistoria justifica.

Mesmo com apenas dois voos programados para o primeiro dia de operações, a fila para entrar no saguão demora cerca de uma hora. Com apenas um raio-X e um pórtico de detector de metal, é preciso paciência para aguardar que a inspeção completa seja feita. Os funcionários da Latam e Fraport parecem bastante familiarizados com o ambiente, e ajudam, com um sorriso no rosto, a esclarecer dúvidas que angustiam muitos dos passageiros.

Passando pela vistoria, uma sala de embarque com poucos bancos serve para um descanso rápido. Logo, os viajantes são chamados para embarcar na primeira etapa da viagem: de ônibus. São quatro veículos contratados pela Fraport, que comportam até 46 passageiros cada um, estacionados em frente ao shopping. Quando estão completos, saem em comboio, escoltados por veículos oficiais, rumo à base aérea.

O trajeto dura cerca de 20 minutos. É uma distância de 3,4 quilômetros até a pista, onde o avião aguarda os passageiros. Da porta de saída do ônibus, os viajantes vão, a pé, até a porta de entrada da aeronave.

Neste primeiro dia de funcionamento, a Fraport viabilizou dois voos. O primeiro, vindo de Congonhas (SP), aterrissou em Canoas às 8h. Duas horas depois, por volta das 10h, retornou ao local de origem levando os primeiros passageiros que embarcaram pela nova operação. O segundo voo, com destino a Guarulhos (SP), deixou a base aérea de Canoas às 15h40, com 30 minutos de atraso da hora programada.

A expectativa é de que sejam operados até cinco voos por dia. Por enquanto, apenas a companhia aérea Latam está realizando voos comerciais, mas as companhias Azul e Gol têm previsão de iniciar suas operações a partir do dia 1.º de junho.

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