Batalha judicial põe em risco funcionamento do Projeto Quixote


Justiça vai decidir se terreno de 3 mil metros quadrados na Vila Mariana, na zona sul de SP, poderá continuar com a ONG

Por Juliana Diógenes

SÃO PAULO - Uma disputa judicial que se arrasta há quase dez anos ameaça o funcionamento do Projeto Quixote, que há duas décadas atende crianças e adolescentes de rua em São Paulo. A briga envolve um terreno de 3 mil m² na Vila Mariana, na zona sul da capital, que abriga o prédio onde a ONG atua desde 2010. A Prefeitura doou a área para a entidade em 2008, mas um ex-industrial alegou ser dono do lote e entrou com ação de reintegração de posse.

+++ O desafio de tirar crianças e adolescentes do mundo do crack

Disputa jurídica ameaça Projeto Quixote, em SP

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Trabalho social em risco

Foto: Werther Santana/Estadão
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Nesta terça-feira, 3, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar a suspensão do processo. Caso decida em favor do autor da ação, o ex-industrial Nelson Jorio de Campos - já morto -, a posse e a propriedade do terreno passam a ser da família dele e, portanto, as atividades do projeto no local terão de ser encerradas. 

Cerca de 20 mil crianças e adolescentes frequentam o Quixote, a cada ano, no contraturno escolar. O projeto oferece oficinas de música, teatro, dança de rua, leitura e escrita, capoeira, culinária, esportes e informática. Outros serviços como atendimento clínico, grupos terapêuticos para famílias e assistência social também são prestados.

O mandado de reintegração de posse, ordenando a saída da ONG chegou ao edifício por meio de oficial de justiça há dez dias. Um erro no documento, porém, impediu a entrega. 

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Advogada do Quixote, Marcela Barcellos diz que a família de Campos solicitou a entrada no imóvel há duas semanas, o que explica a entrega do mandado - embora a reintegração de posse já tenha sido dada ao autor da ação quase dois anos atrás, após decisão favorável do Tribunal de Justiça paulista. 

“Se o processo acabar com decisão contrária ao Quixote, eles não têm para onde ir e não há como fazer esse atendimento em outro lugar porque não tem um plano B imediato”, afirma Marcela. Coordenador do Quixote, o psiquiatra Auro Danny Lescher diz que a situação é “dramática e trágica”.

A disputa judicial se arrasta há quase dez anos Foto: Werther Santana/Estadão
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Negociação

Flavio Capez, advogado da família de Campos, acredita em vitória na Justiça. Ele diz, porém, estar aberto a uma negociação, que envolveria o pagamento do terreno com base nos valores de mercado. Capez argumenta que embora a Prefeitura tenha decretado o terreno de utilidade pública na década de 1970, Campos nunca foi informado sobre essa decisão. 

Procurada pelo Estado, a Prefeitura não se manifestou até a noite desta segunda-feira, 2.

SÃO PAULO - Uma disputa judicial que se arrasta há quase dez anos ameaça o funcionamento do Projeto Quixote, que há duas décadas atende crianças e adolescentes de rua em São Paulo. A briga envolve um terreno de 3 mil m² na Vila Mariana, na zona sul da capital, que abriga o prédio onde a ONG atua desde 2010. A Prefeitura doou a área para a entidade em 2008, mas um ex-industrial alegou ser dono do lote e entrou com ação de reintegração de posse.

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Disputa jurídica ameaça Projeto Quixote, em SP

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Nesta terça-feira, 3, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar a suspensão do processo. Caso decida em favor do autor da ação, o ex-industrial Nelson Jorio de Campos - já morto -, a posse e a propriedade do terreno passam a ser da família dele e, portanto, as atividades do projeto no local terão de ser encerradas. 

Cerca de 20 mil crianças e adolescentes frequentam o Quixote, a cada ano, no contraturno escolar. O projeto oferece oficinas de música, teatro, dança de rua, leitura e escrita, capoeira, culinária, esportes e informática. Outros serviços como atendimento clínico, grupos terapêuticos para famílias e assistência social também são prestados.

O mandado de reintegração de posse, ordenando a saída da ONG chegou ao edifício por meio de oficial de justiça há dez dias. Um erro no documento, porém, impediu a entrega. 

Advogada do Quixote, Marcela Barcellos diz que a família de Campos solicitou a entrada no imóvel há duas semanas, o que explica a entrega do mandado - embora a reintegração de posse já tenha sido dada ao autor da ação quase dois anos atrás, após decisão favorável do Tribunal de Justiça paulista. 

“Se o processo acabar com decisão contrária ao Quixote, eles não têm para onde ir e não há como fazer esse atendimento em outro lugar porque não tem um plano B imediato”, afirma Marcela. Coordenador do Quixote, o psiquiatra Auro Danny Lescher diz que a situação é “dramática e trágica”.

A disputa judicial se arrasta há quase dez anos Foto: Werther Santana/Estadão

Negociação

Flavio Capez, advogado da família de Campos, acredita em vitória na Justiça. Ele diz, porém, estar aberto a uma negociação, que envolveria o pagamento do terreno com base nos valores de mercado. Capez argumenta que embora a Prefeitura tenha decretado o terreno de utilidade pública na década de 1970, Campos nunca foi informado sobre essa decisão. 

Procurada pelo Estado, a Prefeitura não se manifestou até a noite desta segunda-feira, 2.

SÃO PAULO - Uma disputa judicial que se arrasta há quase dez anos ameaça o funcionamento do Projeto Quixote, que há duas décadas atende crianças e adolescentes de rua em São Paulo. A briga envolve um terreno de 3 mil m² na Vila Mariana, na zona sul da capital, que abriga o prédio onde a ONG atua desde 2010. A Prefeitura doou a área para a entidade em 2008, mas um ex-industrial alegou ser dono do lote e entrou com ação de reintegração de posse.

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Nesta terça-feira, 3, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar a suspensão do processo. Caso decida em favor do autor da ação, o ex-industrial Nelson Jorio de Campos - já morto -, a posse e a propriedade do terreno passam a ser da família dele e, portanto, as atividades do projeto no local terão de ser encerradas. 

Cerca de 20 mil crianças e adolescentes frequentam o Quixote, a cada ano, no contraturno escolar. O projeto oferece oficinas de música, teatro, dança de rua, leitura e escrita, capoeira, culinária, esportes e informática. Outros serviços como atendimento clínico, grupos terapêuticos para famílias e assistência social também são prestados.

O mandado de reintegração de posse, ordenando a saída da ONG chegou ao edifício por meio de oficial de justiça há dez dias. Um erro no documento, porém, impediu a entrega. 

Advogada do Quixote, Marcela Barcellos diz que a família de Campos solicitou a entrada no imóvel há duas semanas, o que explica a entrega do mandado - embora a reintegração de posse já tenha sido dada ao autor da ação quase dois anos atrás, após decisão favorável do Tribunal de Justiça paulista. 

“Se o processo acabar com decisão contrária ao Quixote, eles não têm para onde ir e não há como fazer esse atendimento em outro lugar porque não tem um plano B imediato”, afirma Marcela. Coordenador do Quixote, o psiquiatra Auro Danny Lescher diz que a situação é “dramática e trágica”.

A disputa judicial se arrasta há quase dez anos Foto: Werther Santana/Estadão

Negociação

Flavio Capez, advogado da família de Campos, acredita em vitória na Justiça. Ele diz, porém, estar aberto a uma negociação, que envolveria o pagamento do terreno com base nos valores de mercado. Capez argumenta que embora a Prefeitura tenha decretado o terreno de utilidade pública na década de 1970, Campos nunca foi informado sobre essa decisão. 

Procurada pelo Estado, a Prefeitura não se manifestou até a noite desta segunda-feira, 2.

SÃO PAULO - Uma disputa judicial que se arrasta há quase dez anos ameaça o funcionamento do Projeto Quixote, que há duas décadas atende crianças e adolescentes de rua em São Paulo. A briga envolve um terreno de 3 mil m² na Vila Mariana, na zona sul da capital, que abriga o prédio onde a ONG atua desde 2010. A Prefeitura doou a área para a entidade em 2008, mas um ex-industrial alegou ser dono do lote e entrou com ação de reintegração de posse.

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Nesta terça-feira, 3, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar a suspensão do processo. Caso decida em favor do autor da ação, o ex-industrial Nelson Jorio de Campos - já morto -, a posse e a propriedade do terreno passam a ser da família dele e, portanto, as atividades do projeto no local terão de ser encerradas. 

Cerca de 20 mil crianças e adolescentes frequentam o Quixote, a cada ano, no contraturno escolar. O projeto oferece oficinas de música, teatro, dança de rua, leitura e escrita, capoeira, culinária, esportes e informática. Outros serviços como atendimento clínico, grupos terapêuticos para famílias e assistência social também são prestados.

O mandado de reintegração de posse, ordenando a saída da ONG chegou ao edifício por meio de oficial de justiça há dez dias. Um erro no documento, porém, impediu a entrega. 

Advogada do Quixote, Marcela Barcellos diz que a família de Campos solicitou a entrada no imóvel há duas semanas, o que explica a entrega do mandado - embora a reintegração de posse já tenha sido dada ao autor da ação quase dois anos atrás, após decisão favorável do Tribunal de Justiça paulista. 

“Se o processo acabar com decisão contrária ao Quixote, eles não têm para onde ir e não há como fazer esse atendimento em outro lugar porque não tem um plano B imediato”, afirma Marcela. Coordenador do Quixote, o psiquiatra Auro Danny Lescher diz que a situação é “dramática e trágica”.

A disputa judicial se arrasta há quase dez anos Foto: Werther Santana/Estadão

Negociação

Flavio Capez, advogado da família de Campos, acredita em vitória na Justiça. Ele diz, porém, estar aberto a uma negociação, que envolveria o pagamento do terreno com base nos valores de mercado. Capez argumenta que embora a Prefeitura tenha decretado o terreno de utilidade pública na década de 1970, Campos nunca foi informado sobre essa decisão. 

Procurada pelo Estado, a Prefeitura não se manifestou até a noite desta segunda-feira, 2.

SÃO PAULO - Uma disputa judicial que se arrasta há quase dez anos ameaça o funcionamento do Projeto Quixote, que há duas décadas atende crianças e adolescentes de rua em São Paulo. A briga envolve um terreno de 3 mil m² na Vila Mariana, na zona sul da capital, que abriga o prédio onde a ONG atua desde 2010. A Prefeitura doou a área para a entidade em 2008, mas um ex-industrial alegou ser dono do lote e entrou com ação de reintegração de posse.

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Nesta terça-feira, 3, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar a suspensão do processo. Caso decida em favor do autor da ação, o ex-industrial Nelson Jorio de Campos - já morto -, a posse e a propriedade do terreno passam a ser da família dele e, portanto, as atividades do projeto no local terão de ser encerradas. 

Cerca de 20 mil crianças e adolescentes frequentam o Quixote, a cada ano, no contraturno escolar. O projeto oferece oficinas de música, teatro, dança de rua, leitura e escrita, capoeira, culinária, esportes e informática. Outros serviços como atendimento clínico, grupos terapêuticos para famílias e assistência social também são prestados.

O mandado de reintegração de posse, ordenando a saída da ONG chegou ao edifício por meio de oficial de justiça há dez dias. Um erro no documento, porém, impediu a entrega. 

Advogada do Quixote, Marcela Barcellos diz que a família de Campos solicitou a entrada no imóvel há duas semanas, o que explica a entrega do mandado - embora a reintegração de posse já tenha sido dada ao autor da ação quase dois anos atrás, após decisão favorável do Tribunal de Justiça paulista. 

“Se o processo acabar com decisão contrária ao Quixote, eles não têm para onde ir e não há como fazer esse atendimento em outro lugar porque não tem um plano B imediato”, afirma Marcela. Coordenador do Quixote, o psiquiatra Auro Danny Lescher diz que a situação é “dramática e trágica”.

A disputa judicial se arrasta há quase dez anos Foto: Werther Santana/Estadão

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Flavio Capez, advogado da família de Campos, acredita em vitória na Justiça. Ele diz, porém, estar aberto a uma negociação, que envolveria o pagamento do terreno com base nos valores de mercado. Capez argumenta que embora a Prefeitura tenha decretado o terreno de utilidade pública na década de 1970, Campos nunca foi informado sobre essa decisão. 

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