Blocos de SP anunciam eventos de carnaval no feriado de Tiradentes; manifesto defende desfile na rua


Acadêmicos do Baixo Augusta, Monobloco e Elba Ramalho estão entre atrações de festivais privados gratuitos no Anhangabaú e entorno do Ibirapuera; Prefeitura diz que não autorizou

Por Priscila Mengue

O Acadêmicos do Baixo Augusta e a produtora Pipoca – ligada a blocos com artistas de destaque nacional, como Monobloco, Elba Ramalho e Orquestra Voadora – anunciaram a realização de eventos de carnaval ao ar livre em São Paulo no feriadão de Tiradentes, período em que ocorrerão os desfiles de escolas de samba. As apresentações serão gratuitas, porém com retirada de ingressos pela internet e exigência de comprovante de vacinação contra a covid-19. A Prefeitura diz que não autorizou.

Não há previsão de realização de carnaval de rua oficial neste ano, o que tem sido criticado por parte das agremiações. Nesta segunda-feira, 4, grupos que representam algumas centenas de blocos de diversos portes divulgaram um manifesto pela liberação de desfiles na rua durante o feriado prolongado. 

Apresentação do Monobloco durante carnaval de rua de São Paulo de 2019; bloco se apresentará no mesmo local duranteferiadão de Tiradentes Foto: Felipe RauEstadão - 24/02/2019
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O manifesto “Carnaval de rua livre, com diversidade e democracia! Contra a violência policial e a censura” é assinado pelo Fórum Aberto dos Blocos de Carnaval de São Paulo, que representa mais de 190 agremiações, a Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo, integrada por aproximadamente 60 blocos, a União dos Blocos de Carnaval do Estado de São Paulo (Ubcresp), o Arrastão dos Blocos, a Associação de Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp) e o Ocupa Carnaval SP. Parte dessas organizações havia se manifestado pelo adiamento do carnaval de rua de fevereiro por causa do avanço da Ômicron, antes mesmo do anúncio da Prefeitura.

“Para defender a vida nós ficamos em casa o tanto quanto foi possível nos últimos dois anos. Não colocamos o bloco na rua e cumprimos nossa responsabilidade coletiva. Nos dias atuais, o cenário sanitário parece promissor e estável. Festivais, campeonatos esportivos, eventos religiosos e de negócios estão acontecendo normalmente. O sambódromo já está com a festa marcada e não há justificativa para proibir carnaval de rua livre, diverso e democrático, nesse abril de 2022”, destaca o manifesto mais recente.

“Não aceitamos hipocrisias. Qual é o critério que privilegia aglomerações em espaços privados e reprime o livre encontro público? Nossa festa vai tomar forma e vai acontecer nas ruas, esquinas, vielas e praças de nossa cidade como sempre aconteceu, vai florescer em celebração como sempre fez”, continua.

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O texto também se posiciona contra uma possível repressão de eventos de rua no feriadão. “Não podemos aceitar qualquer violência contra o carnaval. Não podemos aceitar ameaças, censuras, punições ou castrações – físicas ou jurídicas – contra aquilo que é nosso por direito: bater nossos tambores em praça pública”, aponta.

Uma das lideranças do Fórum Aberto dos Blocos, Zé Cury explicou ao Estadão que parte das agremiações não pretende desfilar, mas defende o direito das demais irem às ruas. “Vai ser protocolado na Prefeitura e pedida uma audiência pública a respeito.”

Ele também criticou o que considera uma falta de diálogo da Prefeitura com os blocos neste ano a respeito de uma possível nova data para os desfiles após o adiamento da programação de fevereiro. “Há uma falta de consideração com os blocos por parte do poder público”, avalia.

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Em nota, a Prefeitura de São Paulo voltou a afirmar que o carnaval de rua de 2022 foi cancelado por motivos sanitários. "Acrescentamos que não há mais tempo hábil para organizar desfiles de blocos de rua, evento que exige meses de planejamento antecipado, como é de conhecimento público", afirmou. "A Prefeitura espera que a entidades que representam os blocos de carnaval de rua respeitem as decisões anteriores e, assim, evitem eventos sem o aval e a organização por parte do poder público para não colocar as pessoas em risco absolutamente desnecessário." Perguntadas sobre os carnavais privados no entorno do Ibirapuera e do Anhangabaú, a gestão disse que as Subprefeituras Sé e Vila Mariana "esclarecem não ter conhecimento de autorização para os eventos mencionados."

Eventos privados de carnaval ocorrerão no Vale do Anhangabaú e no entorno do Ibirapuera

O Festival do Baixo Augusta ocorrerá no Vale do Anhangabaú em 24 de abril, domingo, das 14 às 20 horas. As apresentações serão lideradas pelo músico Simoninha, um dos fundadores da agremiação, com a participação da bateria da escola de samba Va-Vai e dos blocos Forrozin (da cantora Mariana Aydar) e Lua Vai, dentre outros. Além disso, artistas ligados à agremiação, como Marcelo Rubens Paiva e Alessandra Negrini, também estarão presentes.

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As apresentações serão realizadas em palcos fixos dentro do vale. Na divulgação, o bloco tem destacado que se trata de um evento privado, porém gratuito. Haverá venda de bebida e banheiros disponibilizada pela organização.

O evento tem patrocínio de uma marca de cerveja e é feito em parceria com o consórcio responsável pela gestão do Vale do Anhangabaú. A obtenção das entradas será viabilizada mediante cadastro no site do evento (festivaldobaixoaugusta.com), que exige o envio do comprovante de vacinação. O número total de ingressos disponibilizados não foi divulgado até o momento. 

Já o Carnaval Viva a Rua! ocorrerá nos dias 23 e 24 de abril, das 11 às 18 horas, no entorno do Parque do Ibirapuera, na Avenida Pedro Álvares Cabral, que já costuma receber as apresentações dos blocos ligados à Pipoca no carnaval de rua. Estão confirmados os blocos Monobloco, Orquestra Voadora e o Frevo Mulher, da cantora Elba Ramalho, que receberá os cantores Chico César e Geraldo Azevedo. Atrações surpresas também são previstas.

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Segundo a organização, a pandemia da covid-19 será lembrada com a leitura de trechos de histórias de vítimas da doença, por meio de uma parceria com o Inumeráveis Memorial. Além disso, a apresentação do passaporte da vacina será cobrada. Haverá venda de bebidas no local. Os ingressos gratuitos serão disponibilizados na plataforma Sympla (a retirada chegou a ser aberta, mas mais recentemente saiu temporiamente do ar).

O Acadêmicos do Baixo Augusta e a produtora Pipoca – ligada a blocos com artistas de destaque nacional, como Monobloco, Elba Ramalho e Orquestra Voadora – anunciaram a realização de eventos de carnaval ao ar livre em São Paulo no feriadão de Tiradentes, período em que ocorrerão os desfiles de escolas de samba. As apresentações serão gratuitas, porém com retirada de ingressos pela internet e exigência de comprovante de vacinação contra a covid-19. A Prefeitura diz que não autorizou.

Não há previsão de realização de carnaval de rua oficial neste ano, o que tem sido criticado por parte das agremiações. Nesta segunda-feira, 4, grupos que representam algumas centenas de blocos de diversos portes divulgaram um manifesto pela liberação de desfiles na rua durante o feriado prolongado. 

Apresentação do Monobloco durante carnaval de rua de São Paulo de 2019; bloco se apresentará no mesmo local duranteferiadão de Tiradentes Foto: Felipe RauEstadão - 24/02/2019

O manifesto “Carnaval de rua livre, com diversidade e democracia! Contra a violência policial e a censura” é assinado pelo Fórum Aberto dos Blocos de Carnaval de São Paulo, que representa mais de 190 agremiações, a Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo, integrada por aproximadamente 60 blocos, a União dos Blocos de Carnaval do Estado de São Paulo (Ubcresp), o Arrastão dos Blocos, a Associação de Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp) e o Ocupa Carnaval SP. Parte dessas organizações havia se manifestado pelo adiamento do carnaval de rua de fevereiro por causa do avanço da Ômicron, antes mesmo do anúncio da Prefeitura.

“Para defender a vida nós ficamos em casa o tanto quanto foi possível nos últimos dois anos. Não colocamos o bloco na rua e cumprimos nossa responsabilidade coletiva. Nos dias atuais, o cenário sanitário parece promissor e estável. Festivais, campeonatos esportivos, eventos religiosos e de negócios estão acontecendo normalmente. O sambódromo já está com a festa marcada e não há justificativa para proibir carnaval de rua livre, diverso e democrático, nesse abril de 2022”, destaca o manifesto mais recente.

“Não aceitamos hipocrisias. Qual é o critério que privilegia aglomerações em espaços privados e reprime o livre encontro público? Nossa festa vai tomar forma e vai acontecer nas ruas, esquinas, vielas e praças de nossa cidade como sempre aconteceu, vai florescer em celebração como sempre fez”, continua.

O texto também se posiciona contra uma possível repressão de eventos de rua no feriadão. “Não podemos aceitar qualquer violência contra o carnaval. Não podemos aceitar ameaças, censuras, punições ou castrações – físicas ou jurídicas – contra aquilo que é nosso por direito: bater nossos tambores em praça pública”, aponta.

Uma das lideranças do Fórum Aberto dos Blocos, Zé Cury explicou ao Estadão que parte das agremiações não pretende desfilar, mas defende o direito das demais irem às ruas. “Vai ser protocolado na Prefeitura e pedida uma audiência pública a respeito.”

Ele também criticou o que considera uma falta de diálogo da Prefeitura com os blocos neste ano a respeito de uma possível nova data para os desfiles após o adiamento da programação de fevereiro. “Há uma falta de consideração com os blocos por parte do poder público”, avalia.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo voltou a afirmar que o carnaval de rua de 2022 foi cancelado por motivos sanitários. "Acrescentamos que não há mais tempo hábil para organizar desfiles de blocos de rua, evento que exige meses de planejamento antecipado, como é de conhecimento público", afirmou. "A Prefeitura espera que a entidades que representam os blocos de carnaval de rua respeitem as decisões anteriores e, assim, evitem eventos sem o aval e a organização por parte do poder público para não colocar as pessoas em risco absolutamente desnecessário." Perguntadas sobre os carnavais privados no entorno do Ibirapuera e do Anhangabaú, a gestão disse que as Subprefeituras Sé e Vila Mariana "esclarecem não ter conhecimento de autorização para os eventos mencionados."

Eventos privados de carnaval ocorrerão no Vale do Anhangabaú e no entorno do Ibirapuera

O Festival do Baixo Augusta ocorrerá no Vale do Anhangabaú em 24 de abril, domingo, das 14 às 20 horas. As apresentações serão lideradas pelo músico Simoninha, um dos fundadores da agremiação, com a participação da bateria da escola de samba Va-Vai e dos blocos Forrozin (da cantora Mariana Aydar) e Lua Vai, dentre outros. Além disso, artistas ligados à agremiação, como Marcelo Rubens Paiva e Alessandra Negrini, também estarão presentes.

As apresentações serão realizadas em palcos fixos dentro do vale. Na divulgação, o bloco tem destacado que se trata de um evento privado, porém gratuito. Haverá venda de bebida e banheiros disponibilizada pela organização.

O evento tem patrocínio de uma marca de cerveja e é feito em parceria com o consórcio responsável pela gestão do Vale do Anhangabaú. A obtenção das entradas será viabilizada mediante cadastro no site do evento (festivaldobaixoaugusta.com), que exige o envio do comprovante de vacinação. O número total de ingressos disponibilizados não foi divulgado até o momento. 

Já o Carnaval Viva a Rua! ocorrerá nos dias 23 e 24 de abril, das 11 às 18 horas, no entorno do Parque do Ibirapuera, na Avenida Pedro Álvares Cabral, que já costuma receber as apresentações dos blocos ligados à Pipoca no carnaval de rua. Estão confirmados os blocos Monobloco, Orquestra Voadora e o Frevo Mulher, da cantora Elba Ramalho, que receberá os cantores Chico César e Geraldo Azevedo. Atrações surpresas também são previstas.

Segundo a organização, a pandemia da covid-19 será lembrada com a leitura de trechos de histórias de vítimas da doença, por meio de uma parceria com o Inumeráveis Memorial. Além disso, a apresentação do passaporte da vacina será cobrada. Haverá venda de bebidas no local. Os ingressos gratuitos serão disponibilizados na plataforma Sympla (a retirada chegou a ser aberta, mas mais recentemente saiu temporiamente do ar).

O Acadêmicos do Baixo Augusta e a produtora Pipoca – ligada a blocos com artistas de destaque nacional, como Monobloco, Elba Ramalho e Orquestra Voadora – anunciaram a realização de eventos de carnaval ao ar livre em São Paulo no feriadão de Tiradentes, período em que ocorrerão os desfiles de escolas de samba. As apresentações serão gratuitas, porém com retirada de ingressos pela internet e exigência de comprovante de vacinação contra a covid-19. A Prefeitura diz que não autorizou.

Não há previsão de realização de carnaval de rua oficial neste ano, o que tem sido criticado por parte das agremiações. Nesta segunda-feira, 4, grupos que representam algumas centenas de blocos de diversos portes divulgaram um manifesto pela liberação de desfiles na rua durante o feriado prolongado. 

Apresentação do Monobloco durante carnaval de rua de São Paulo de 2019; bloco se apresentará no mesmo local duranteferiadão de Tiradentes Foto: Felipe RauEstadão - 24/02/2019

O manifesto “Carnaval de rua livre, com diversidade e democracia! Contra a violência policial e a censura” é assinado pelo Fórum Aberto dos Blocos de Carnaval de São Paulo, que representa mais de 190 agremiações, a Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo, integrada por aproximadamente 60 blocos, a União dos Blocos de Carnaval do Estado de São Paulo (Ubcresp), o Arrastão dos Blocos, a Associação de Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp) e o Ocupa Carnaval SP. Parte dessas organizações havia se manifestado pelo adiamento do carnaval de rua de fevereiro por causa do avanço da Ômicron, antes mesmo do anúncio da Prefeitura.

“Para defender a vida nós ficamos em casa o tanto quanto foi possível nos últimos dois anos. Não colocamos o bloco na rua e cumprimos nossa responsabilidade coletiva. Nos dias atuais, o cenário sanitário parece promissor e estável. Festivais, campeonatos esportivos, eventos religiosos e de negócios estão acontecendo normalmente. O sambódromo já está com a festa marcada e não há justificativa para proibir carnaval de rua livre, diverso e democrático, nesse abril de 2022”, destaca o manifesto mais recente.

“Não aceitamos hipocrisias. Qual é o critério que privilegia aglomerações em espaços privados e reprime o livre encontro público? Nossa festa vai tomar forma e vai acontecer nas ruas, esquinas, vielas e praças de nossa cidade como sempre aconteceu, vai florescer em celebração como sempre fez”, continua.

O texto também se posiciona contra uma possível repressão de eventos de rua no feriadão. “Não podemos aceitar qualquer violência contra o carnaval. Não podemos aceitar ameaças, censuras, punições ou castrações – físicas ou jurídicas – contra aquilo que é nosso por direito: bater nossos tambores em praça pública”, aponta.

Uma das lideranças do Fórum Aberto dos Blocos, Zé Cury explicou ao Estadão que parte das agremiações não pretende desfilar, mas defende o direito das demais irem às ruas. “Vai ser protocolado na Prefeitura e pedida uma audiência pública a respeito.”

Ele também criticou o que considera uma falta de diálogo da Prefeitura com os blocos neste ano a respeito de uma possível nova data para os desfiles após o adiamento da programação de fevereiro. “Há uma falta de consideração com os blocos por parte do poder público”, avalia.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo voltou a afirmar que o carnaval de rua de 2022 foi cancelado por motivos sanitários. "Acrescentamos que não há mais tempo hábil para organizar desfiles de blocos de rua, evento que exige meses de planejamento antecipado, como é de conhecimento público", afirmou. "A Prefeitura espera que a entidades que representam os blocos de carnaval de rua respeitem as decisões anteriores e, assim, evitem eventos sem o aval e a organização por parte do poder público para não colocar as pessoas em risco absolutamente desnecessário." Perguntadas sobre os carnavais privados no entorno do Ibirapuera e do Anhangabaú, a gestão disse que as Subprefeituras Sé e Vila Mariana "esclarecem não ter conhecimento de autorização para os eventos mencionados."

Eventos privados de carnaval ocorrerão no Vale do Anhangabaú e no entorno do Ibirapuera

O Festival do Baixo Augusta ocorrerá no Vale do Anhangabaú em 24 de abril, domingo, das 14 às 20 horas. As apresentações serão lideradas pelo músico Simoninha, um dos fundadores da agremiação, com a participação da bateria da escola de samba Va-Vai e dos blocos Forrozin (da cantora Mariana Aydar) e Lua Vai, dentre outros. Além disso, artistas ligados à agremiação, como Marcelo Rubens Paiva e Alessandra Negrini, também estarão presentes.

As apresentações serão realizadas em palcos fixos dentro do vale. Na divulgação, o bloco tem destacado que se trata de um evento privado, porém gratuito. Haverá venda de bebida e banheiros disponibilizada pela organização.

O evento tem patrocínio de uma marca de cerveja e é feito em parceria com o consórcio responsável pela gestão do Vale do Anhangabaú. A obtenção das entradas será viabilizada mediante cadastro no site do evento (festivaldobaixoaugusta.com), que exige o envio do comprovante de vacinação. O número total de ingressos disponibilizados não foi divulgado até o momento. 

Já o Carnaval Viva a Rua! ocorrerá nos dias 23 e 24 de abril, das 11 às 18 horas, no entorno do Parque do Ibirapuera, na Avenida Pedro Álvares Cabral, que já costuma receber as apresentações dos blocos ligados à Pipoca no carnaval de rua. Estão confirmados os blocos Monobloco, Orquestra Voadora e o Frevo Mulher, da cantora Elba Ramalho, que receberá os cantores Chico César e Geraldo Azevedo. Atrações surpresas também são previstas.

Segundo a organização, a pandemia da covid-19 será lembrada com a leitura de trechos de histórias de vítimas da doença, por meio de uma parceria com o Inumeráveis Memorial. Além disso, a apresentação do passaporte da vacina será cobrada. Haverá venda de bebidas no local. Os ingressos gratuitos serão disponibilizados na plataforma Sympla (a retirada chegou a ser aberta, mas mais recentemente saiu temporiamente do ar).

O Acadêmicos do Baixo Augusta e a produtora Pipoca – ligada a blocos com artistas de destaque nacional, como Monobloco, Elba Ramalho e Orquestra Voadora – anunciaram a realização de eventos de carnaval ao ar livre em São Paulo no feriadão de Tiradentes, período em que ocorrerão os desfiles de escolas de samba. As apresentações serão gratuitas, porém com retirada de ingressos pela internet e exigência de comprovante de vacinação contra a covid-19. A Prefeitura diz que não autorizou.

Não há previsão de realização de carnaval de rua oficial neste ano, o que tem sido criticado por parte das agremiações. Nesta segunda-feira, 4, grupos que representam algumas centenas de blocos de diversos portes divulgaram um manifesto pela liberação de desfiles na rua durante o feriado prolongado. 

Apresentação do Monobloco durante carnaval de rua de São Paulo de 2019; bloco se apresentará no mesmo local duranteferiadão de Tiradentes Foto: Felipe RauEstadão - 24/02/2019

O manifesto “Carnaval de rua livre, com diversidade e democracia! Contra a violência policial e a censura” é assinado pelo Fórum Aberto dos Blocos de Carnaval de São Paulo, que representa mais de 190 agremiações, a Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo, integrada por aproximadamente 60 blocos, a União dos Blocos de Carnaval do Estado de São Paulo (Ubcresp), o Arrastão dos Blocos, a Associação de Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp) e o Ocupa Carnaval SP. Parte dessas organizações havia se manifestado pelo adiamento do carnaval de rua de fevereiro por causa do avanço da Ômicron, antes mesmo do anúncio da Prefeitura.

“Para defender a vida nós ficamos em casa o tanto quanto foi possível nos últimos dois anos. Não colocamos o bloco na rua e cumprimos nossa responsabilidade coletiva. Nos dias atuais, o cenário sanitário parece promissor e estável. Festivais, campeonatos esportivos, eventos religiosos e de negócios estão acontecendo normalmente. O sambódromo já está com a festa marcada e não há justificativa para proibir carnaval de rua livre, diverso e democrático, nesse abril de 2022”, destaca o manifesto mais recente.

“Não aceitamos hipocrisias. Qual é o critério que privilegia aglomerações em espaços privados e reprime o livre encontro público? Nossa festa vai tomar forma e vai acontecer nas ruas, esquinas, vielas e praças de nossa cidade como sempre aconteceu, vai florescer em celebração como sempre fez”, continua.

O texto também se posiciona contra uma possível repressão de eventos de rua no feriadão. “Não podemos aceitar qualquer violência contra o carnaval. Não podemos aceitar ameaças, censuras, punições ou castrações – físicas ou jurídicas – contra aquilo que é nosso por direito: bater nossos tambores em praça pública”, aponta.

Uma das lideranças do Fórum Aberto dos Blocos, Zé Cury explicou ao Estadão que parte das agremiações não pretende desfilar, mas defende o direito das demais irem às ruas. “Vai ser protocolado na Prefeitura e pedida uma audiência pública a respeito.”

Ele também criticou o que considera uma falta de diálogo da Prefeitura com os blocos neste ano a respeito de uma possível nova data para os desfiles após o adiamento da programação de fevereiro. “Há uma falta de consideração com os blocos por parte do poder público”, avalia.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo voltou a afirmar que o carnaval de rua de 2022 foi cancelado por motivos sanitários. "Acrescentamos que não há mais tempo hábil para organizar desfiles de blocos de rua, evento que exige meses de planejamento antecipado, como é de conhecimento público", afirmou. "A Prefeitura espera que a entidades que representam os blocos de carnaval de rua respeitem as decisões anteriores e, assim, evitem eventos sem o aval e a organização por parte do poder público para não colocar as pessoas em risco absolutamente desnecessário." Perguntadas sobre os carnavais privados no entorno do Ibirapuera e do Anhangabaú, a gestão disse que as Subprefeituras Sé e Vila Mariana "esclarecem não ter conhecimento de autorização para os eventos mencionados."

Eventos privados de carnaval ocorrerão no Vale do Anhangabaú e no entorno do Ibirapuera

O Festival do Baixo Augusta ocorrerá no Vale do Anhangabaú em 24 de abril, domingo, das 14 às 20 horas. As apresentações serão lideradas pelo músico Simoninha, um dos fundadores da agremiação, com a participação da bateria da escola de samba Va-Vai e dos blocos Forrozin (da cantora Mariana Aydar) e Lua Vai, dentre outros. Além disso, artistas ligados à agremiação, como Marcelo Rubens Paiva e Alessandra Negrini, também estarão presentes.

As apresentações serão realizadas em palcos fixos dentro do vale. Na divulgação, o bloco tem destacado que se trata de um evento privado, porém gratuito. Haverá venda de bebida e banheiros disponibilizada pela organização.

O evento tem patrocínio de uma marca de cerveja e é feito em parceria com o consórcio responsável pela gestão do Vale do Anhangabaú. A obtenção das entradas será viabilizada mediante cadastro no site do evento (festivaldobaixoaugusta.com), que exige o envio do comprovante de vacinação. O número total de ingressos disponibilizados não foi divulgado até o momento. 

Já o Carnaval Viva a Rua! ocorrerá nos dias 23 e 24 de abril, das 11 às 18 horas, no entorno do Parque do Ibirapuera, na Avenida Pedro Álvares Cabral, que já costuma receber as apresentações dos blocos ligados à Pipoca no carnaval de rua. Estão confirmados os blocos Monobloco, Orquestra Voadora e o Frevo Mulher, da cantora Elba Ramalho, que receberá os cantores Chico César e Geraldo Azevedo. Atrações surpresas também são previstas.

Segundo a organização, a pandemia da covid-19 será lembrada com a leitura de trechos de histórias de vítimas da doença, por meio de uma parceria com o Inumeráveis Memorial. Além disso, a apresentação do passaporte da vacina será cobrada. Haverá venda de bebidas no local. Os ingressos gratuitos serão disponibilizados na plataforma Sympla (a retirada chegou a ser aberta, mas mais recentemente saiu temporiamente do ar).

O Acadêmicos do Baixo Augusta e a produtora Pipoca – ligada a blocos com artistas de destaque nacional, como Monobloco, Elba Ramalho e Orquestra Voadora – anunciaram a realização de eventos de carnaval ao ar livre em São Paulo no feriadão de Tiradentes, período em que ocorrerão os desfiles de escolas de samba. As apresentações serão gratuitas, porém com retirada de ingressos pela internet e exigência de comprovante de vacinação contra a covid-19. A Prefeitura diz que não autorizou.

Não há previsão de realização de carnaval de rua oficial neste ano, o que tem sido criticado por parte das agremiações. Nesta segunda-feira, 4, grupos que representam algumas centenas de blocos de diversos portes divulgaram um manifesto pela liberação de desfiles na rua durante o feriado prolongado. 

Apresentação do Monobloco durante carnaval de rua de São Paulo de 2019; bloco se apresentará no mesmo local duranteferiadão de Tiradentes Foto: Felipe RauEstadão - 24/02/2019

O manifesto “Carnaval de rua livre, com diversidade e democracia! Contra a violência policial e a censura” é assinado pelo Fórum Aberto dos Blocos de Carnaval de São Paulo, que representa mais de 190 agremiações, a Comissão Feminina do Carnaval de Rua de São Paulo, integrada por aproximadamente 60 blocos, a União dos Blocos de Carnaval do Estado de São Paulo (Ubcresp), o Arrastão dos Blocos, a Associação de Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp) e o Ocupa Carnaval SP. Parte dessas organizações havia se manifestado pelo adiamento do carnaval de rua de fevereiro por causa do avanço da Ômicron, antes mesmo do anúncio da Prefeitura.

“Para defender a vida nós ficamos em casa o tanto quanto foi possível nos últimos dois anos. Não colocamos o bloco na rua e cumprimos nossa responsabilidade coletiva. Nos dias atuais, o cenário sanitário parece promissor e estável. Festivais, campeonatos esportivos, eventos religiosos e de negócios estão acontecendo normalmente. O sambódromo já está com a festa marcada e não há justificativa para proibir carnaval de rua livre, diverso e democrático, nesse abril de 2022”, destaca o manifesto mais recente.

“Não aceitamos hipocrisias. Qual é o critério que privilegia aglomerações em espaços privados e reprime o livre encontro público? Nossa festa vai tomar forma e vai acontecer nas ruas, esquinas, vielas e praças de nossa cidade como sempre aconteceu, vai florescer em celebração como sempre fez”, continua.

O texto também se posiciona contra uma possível repressão de eventos de rua no feriadão. “Não podemos aceitar qualquer violência contra o carnaval. Não podemos aceitar ameaças, censuras, punições ou castrações – físicas ou jurídicas – contra aquilo que é nosso por direito: bater nossos tambores em praça pública”, aponta.

Uma das lideranças do Fórum Aberto dos Blocos, Zé Cury explicou ao Estadão que parte das agremiações não pretende desfilar, mas defende o direito das demais irem às ruas. “Vai ser protocolado na Prefeitura e pedida uma audiência pública a respeito.”

Ele também criticou o que considera uma falta de diálogo da Prefeitura com os blocos neste ano a respeito de uma possível nova data para os desfiles após o adiamento da programação de fevereiro. “Há uma falta de consideração com os blocos por parte do poder público”, avalia.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo voltou a afirmar que o carnaval de rua de 2022 foi cancelado por motivos sanitários. "Acrescentamos que não há mais tempo hábil para organizar desfiles de blocos de rua, evento que exige meses de planejamento antecipado, como é de conhecimento público", afirmou. "A Prefeitura espera que a entidades que representam os blocos de carnaval de rua respeitem as decisões anteriores e, assim, evitem eventos sem o aval e a organização por parte do poder público para não colocar as pessoas em risco absolutamente desnecessário." Perguntadas sobre os carnavais privados no entorno do Ibirapuera e do Anhangabaú, a gestão disse que as Subprefeituras Sé e Vila Mariana "esclarecem não ter conhecimento de autorização para os eventos mencionados."

Eventos privados de carnaval ocorrerão no Vale do Anhangabaú e no entorno do Ibirapuera

O Festival do Baixo Augusta ocorrerá no Vale do Anhangabaú em 24 de abril, domingo, das 14 às 20 horas. As apresentações serão lideradas pelo músico Simoninha, um dos fundadores da agremiação, com a participação da bateria da escola de samba Va-Vai e dos blocos Forrozin (da cantora Mariana Aydar) e Lua Vai, dentre outros. Além disso, artistas ligados à agremiação, como Marcelo Rubens Paiva e Alessandra Negrini, também estarão presentes.

As apresentações serão realizadas em palcos fixos dentro do vale. Na divulgação, o bloco tem destacado que se trata de um evento privado, porém gratuito. Haverá venda de bebida e banheiros disponibilizada pela organização.

O evento tem patrocínio de uma marca de cerveja e é feito em parceria com o consórcio responsável pela gestão do Vale do Anhangabaú. A obtenção das entradas será viabilizada mediante cadastro no site do evento (festivaldobaixoaugusta.com), que exige o envio do comprovante de vacinação. O número total de ingressos disponibilizados não foi divulgado até o momento. 

Já o Carnaval Viva a Rua! ocorrerá nos dias 23 e 24 de abril, das 11 às 18 horas, no entorno do Parque do Ibirapuera, na Avenida Pedro Álvares Cabral, que já costuma receber as apresentações dos blocos ligados à Pipoca no carnaval de rua. Estão confirmados os blocos Monobloco, Orquestra Voadora e o Frevo Mulher, da cantora Elba Ramalho, que receberá os cantores Chico César e Geraldo Azevedo. Atrações surpresas também são previstas.

Segundo a organização, a pandemia da covid-19 será lembrada com a leitura de trechos de histórias de vítimas da doença, por meio de uma parceria com o Inumeráveis Memorial. Além disso, a apresentação do passaporte da vacina será cobrada. Haverá venda de bebidas no local. Os ingressos gratuitos serão disponibilizados na plataforma Sympla (a retirada chegou a ser aberta, mas mais recentemente saiu temporiamente do ar).

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