Casos de dengue neste ano no Estado de SP é recorde


Até a segunda quinzena de agosto, foram registrados 62,2 mil casos da doença - 24,3% maior que 2006

Por Felipe Maia e da Agência Estado

O Estado de São Paulo enfrenta neste ano o maior surto de dengue da história. Até a segunda quinzena de agosto, foram registrados 62,2 mil casos da doença, número que, há quatro meses do fim do ano, já é 24,3% maior que no ano passado (50 mil). O recorde anterior havia ocorrido em 2001, com 51,6 mil casos. Diante disso, a Secretaria de Saúde do Estado vai formar equipes de trabalho com 78 municípios para identificar as oportunidades de melhoria no combate à doença e, então, formular acordos para ações a serem empreendidas nos últimos três meses do ano. A operação foi chamada de "Pente Fino".  A ação combativa nessa época do ano é importante pelo fato de a ocorrência de chuvas ainda estar menor, o que prejudica a reprodução do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Com isso, o mosquito pode ser mais facilmente eliminado. Os 78 municípios foram escolhidos de acordo com sua importância para o controle da doença, locais com maior número de casos ou cidades estratégicas por serem pólos de turismo, comércio ou estudantis. De acordo com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), as cidades de Campinas, com 4,5 mil casos, São José do Rio Preto (9,4 mil), Bebedouro (3,2 mil) e Sumaré (3 mil) são as que apresentam maior ocorrência de dengue neste ano. A capital paulista registrou 2,5 mil casos. Causas O coordenador da Sucen, Affonso Viviani Júnior, atribui o aumento dos casos a uma tendência em curso tanto no Brasil quanto na América Latina. O aumento do número de casos se deve, segundo ele, a aspectos como o aquecimento global, que facilita a reprodução do mosquito e ao aumento do número de tipos de vírus que circulam no País. Hoje são três variantes presentes em terras brasileiras. Além disso, os Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, além do Paraguai, enfrentaram surtos da doença, o que prejudica o combate em São Paulo. "A dengue não tem fronteira, então o Brasil acaba sendo refém desse fenômeno, que é continental", afirma. Estratégia O único modo de combater a dengue é por meio da eliminação do Aedes aegypti e é nesta área que os governos se concentram. No caso de São Paulo, o número de profissionais atuando no combate ao mosquito deve aumentar para 490, já que há 110 pessoas em fase de treinamento atualmente. Também foram comprados veículos e máquinas para esse fim. Segundo dados da Sucen, deve ser investido R$ 8 milhões nessas ações até o fim do ano. "Podemos fazer ações de controle, mas a sustentabilidade do processo depende das pessoas. Se não houver interação com a população, não há controle efetivo", afirma Viviani. Por isso, é fundamental que as pessoas eliminem de suas propriedades reservas de água que possam servir de criadouro para os mosquitos. "Se as pessoas dedicarem meia hora por semana para essa tarefa, o risco de infestação será bem menor", diz.

O Estado de São Paulo enfrenta neste ano o maior surto de dengue da história. Até a segunda quinzena de agosto, foram registrados 62,2 mil casos da doença, número que, há quatro meses do fim do ano, já é 24,3% maior que no ano passado (50 mil). O recorde anterior havia ocorrido em 2001, com 51,6 mil casos. Diante disso, a Secretaria de Saúde do Estado vai formar equipes de trabalho com 78 municípios para identificar as oportunidades de melhoria no combate à doença e, então, formular acordos para ações a serem empreendidas nos últimos três meses do ano. A operação foi chamada de "Pente Fino".  A ação combativa nessa época do ano é importante pelo fato de a ocorrência de chuvas ainda estar menor, o que prejudica a reprodução do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Com isso, o mosquito pode ser mais facilmente eliminado. Os 78 municípios foram escolhidos de acordo com sua importância para o controle da doença, locais com maior número de casos ou cidades estratégicas por serem pólos de turismo, comércio ou estudantis. De acordo com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), as cidades de Campinas, com 4,5 mil casos, São José do Rio Preto (9,4 mil), Bebedouro (3,2 mil) e Sumaré (3 mil) são as que apresentam maior ocorrência de dengue neste ano. A capital paulista registrou 2,5 mil casos. Causas O coordenador da Sucen, Affonso Viviani Júnior, atribui o aumento dos casos a uma tendência em curso tanto no Brasil quanto na América Latina. O aumento do número de casos se deve, segundo ele, a aspectos como o aquecimento global, que facilita a reprodução do mosquito e ao aumento do número de tipos de vírus que circulam no País. Hoje são três variantes presentes em terras brasileiras. Além disso, os Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, além do Paraguai, enfrentaram surtos da doença, o que prejudica o combate em São Paulo. "A dengue não tem fronteira, então o Brasil acaba sendo refém desse fenômeno, que é continental", afirma. Estratégia O único modo de combater a dengue é por meio da eliminação do Aedes aegypti e é nesta área que os governos se concentram. No caso de São Paulo, o número de profissionais atuando no combate ao mosquito deve aumentar para 490, já que há 110 pessoas em fase de treinamento atualmente. Também foram comprados veículos e máquinas para esse fim. Segundo dados da Sucen, deve ser investido R$ 8 milhões nessas ações até o fim do ano. "Podemos fazer ações de controle, mas a sustentabilidade do processo depende das pessoas. Se não houver interação com a população, não há controle efetivo", afirma Viviani. Por isso, é fundamental que as pessoas eliminem de suas propriedades reservas de água que possam servir de criadouro para os mosquitos. "Se as pessoas dedicarem meia hora por semana para essa tarefa, o risco de infestação será bem menor", diz.

O Estado de São Paulo enfrenta neste ano o maior surto de dengue da história. Até a segunda quinzena de agosto, foram registrados 62,2 mil casos da doença, número que, há quatro meses do fim do ano, já é 24,3% maior que no ano passado (50 mil). O recorde anterior havia ocorrido em 2001, com 51,6 mil casos. Diante disso, a Secretaria de Saúde do Estado vai formar equipes de trabalho com 78 municípios para identificar as oportunidades de melhoria no combate à doença e, então, formular acordos para ações a serem empreendidas nos últimos três meses do ano. A operação foi chamada de "Pente Fino".  A ação combativa nessa época do ano é importante pelo fato de a ocorrência de chuvas ainda estar menor, o que prejudica a reprodução do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Com isso, o mosquito pode ser mais facilmente eliminado. Os 78 municípios foram escolhidos de acordo com sua importância para o controle da doença, locais com maior número de casos ou cidades estratégicas por serem pólos de turismo, comércio ou estudantis. De acordo com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), as cidades de Campinas, com 4,5 mil casos, São José do Rio Preto (9,4 mil), Bebedouro (3,2 mil) e Sumaré (3 mil) são as que apresentam maior ocorrência de dengue neste ano. A capital paulista registrou 2,5 mil casos. Causas O coordenador da Sucen, Affonso Viviani Júnior, atribui o aumento dos casos a uma tendência em curso tanto no Brasil quanto na América Latina. O aumento do número de casos se deve, segundo ele, a aspectos como o aquecimento global, que facilita a reprodução do mosquito e ao aumento do número de tipos de vírus que circulam no País. Hoje são três variantes presentes em terras brasileiras. Além disso, os Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, além do Paraguai, enfrentaram surtos da doença, o que prejudica o combate em São Paulo. "A dengue não tem fronteira, então o Brasil acaba sendo refém desse fenômeno, que é continental", afirma. Estratégia O único modo de combater a dengue é por meio da eliminação do Aedes aegypti e é nesta área que os governos se concentram. No caso de São Paulo, o número de profissionais atuando no combate ao mosquito deve aumentar para 490, já que há 110 pessoas em fase de treinamento atualmente. Também foram comprados veículos e máquinas para esse fim. Segundo dados da Sucen, deve ser investido R$ 8 milhões nessas ações até o fim do ano. "Podemos fazer ações de controle, mas a sustentabilidade do processo depende das pessoas. Se não houver interação com a população, não há controle efetivo", afirma Viviani. Por isso, é fundamental que as pessoas eliminem de suas propriedades reservas de água que possam servir de criadouro para os mosquitos. "Se as pessoas dedicarem meia hora por semana para essa tarefa, o risco de infestação será bem menor", diz.

Tudo Sobre

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.