Centro de SP e violência: ‘A Cracolândia incomodava um quarteirão; hoje são 3 bairros’; veja vídeo


Moradores, trabalhadores e dependentes químicos relatam o medo e a (pouca) esperança de recuperação da região, marcada pelo uso de drogas, invasões e saques ao comércio

Por Gonçalo Junior
Atualização:

Quem vive, trabalha ou apenas passa pelo centro de São Paulo convive com uma mistura de sentimentos nos últimos anos. Um deles é o medo. À noite, é preciso evitar as ruas que ficaram escuras por causa do roubo dos fios de iluminação pública. Durante o dia, o receio é ter o celular roubado. “Não atendo ligação de celular na rua de jeito nenhum. Fiz até seguro para o meu aparelho porque já fui roubado duas vezes”, diz um profissional de TI que vive no centro de SP há quatro anos.

O outro sentimento é a tristeza. Imóveis fechados à espera de inquilinos que talvez não voltem e ruas escuras criam um cenário de abandono.

O aumento da população em situação de rua é uma das dificuldades da região central de São Paulo Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Para entender o que acontece com o centro hoje, o Estadão ouviu pessoas que vivem o cotidiano de medo, tensão e algum respiro de esperança. Entre as visões desse caleidoscópio estão dependentes químicos da Cracolândia, que peregrinam todos os dias por causa das ações da polícia; e moradores, presos em seus próprios apartamentos – a maioria não sai de casa à noite, pede comida por aplicativos de entrega. Visitas? Raras. Também sofrem as pessoas em situação de rua, que mal conseguem dormir por causa do barulho e do medo – ele de novo.

O médico psiquiatra Flávio Falcone, que desenvolve um projeto de apoio aos dependentes químicos baseado no acolhimento e na redução de danos, afirma que as operações policiais realizadas desde o ano passado provocaram o espalhamento da Cracolândia pelo centro. A concentração dos usuários pelas ruas é um dos principais traços das dificuldades de se viver na região.

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“Antes, a Cracolândia incomodava um quarteirão (proximidades da Estação Júlio Prestes); hoje, ela incomoda pelo menos três bairros (Santa Ifigênia, Campos Elíseos/Santa Cecília e Higienópolis)”, diz o especialista.

Também ajuda a entender a degradação da região a crise econômica no Brasil, amplificada pela pandemia, além de projetos de recuperação do velho Centrão que pararam no meio do caminho ou não surtiram o efeito desejado.

Adriano Fernandes mora e vende diversos objetos embaixo do Minhocão. Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Intervenções

Procurado, o governo paulista afirmou que vem realizando um trabalho integrado de ações nas cenas abertas de uso de drogas na região central da capital.

Já a Prefeitura alegou investir no Programa Redenção, que oferece tratamento pela abstinência ou pela redução de danos, conforme a necessidade do paciente. E realizou a ampliação da Operação Delegada, além de prever a instalação de 2.500 câmeras.

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Além de oferecer acolhimento às pessoas em situação de rua, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirma que é preciso manter ações para que a capital paulista permaneça “em ordem”. “Não podemos deixar a cidade com cada um querendo fazer aquilo que bem deseja, quando fere o direito do outro. Você precisa ter o seu direito de transitar pelas calçadas, você tem que ter o seu direito de não ter que passar pela rua para poder transitar pela cidade”, afirmou Nunes em entrevista nesta segunda-feira, 17, à Rádio Eldorado.

Quem vive, trabalha ou apenas passa pelo centro de São Paulo convive com uma mistura de sentimentos nos últimos anos. Um deles é o medo. À noite, é preciso evitar as ruas que ficaram escuras por causa do roubo dos fios de iluminação pública. Durante o dia, o receio é ter o celular roubado. “Não atendo ligação de celular na rua de jeito nenhum. Fiz até seguro para o meu aparelho porque já fui roubado duas vezes”, diz um profissional de TI que vive no centro de SP há quatro anos.

O outro sentimento é a tristeza. Imóveis fechados à espera de inquilinos que talvez não voltem e ruas escuras criam um cenário de abandono.

O aumento da população em situação de rua é uma das dificuldades da região central de São Paulo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para entender o que acontece com o centro hoje, o Estadão ouviu pessoas que vivem o cotidiano de medo, tensão e algum respiro de esperança. Entre as visões desse caleidoscópio estão dependentes químicos da Cracolândia, que peregrinam todos os dias por causa das ações da polícia; e moradores, presos em seus próprios apartamentos – a maioria não sai de casa à noite, pede comida por aplicativos de entrega. Visitas? Raras. Também sofrem as pessoas em situação de rua, que mal conseguem dormir por causa do barulho e do medo – ele de novo.

O médico psiquiatra Flávio Falcone, que desenvolve um projeto de apoio aos dependentes químicos baseado no acolhimento e na redução de danos, afirma que as operações policiais realizadas desde o ano passado provocaram o espalhamento da Cracolândia pelo centro. A concentração dos usuários pelas ruas é um dos principais traços das dificuldades de se viver na região.

“Antes, a Cracolândia incomodava um quarteirão (proximidades da Estação Júlio Prestes); hoje, ela incomoda pelo menos três bairros (Santa Ifigênia, Campos Elíseos/Santa Cecília e Higienópolis)”, diz o especialista.

Também ajuda a entender a degradação da região a crise econômica no Brasil, amplificada pela pandemia, além de projetos de recuperação do velho Centrão que pararam no meio do caminho ou não surtiram o efeito desejado.

Adriano Fernandes mora e vende diversos objetos embaixo do Minhocão. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Intervenções

Procurado, o governo paulista afirmou que vem realizando um trabalho integrado de ações nas cenas abertas de uso de drogas na região central da capital.

Já a Prefeitura alegou investir no Programa Redenção, que oferece tratamento pela abstinência ou pela redução de danos, conforme a necessidade do paciente. E realizou a ampliação da Operação Delegada, além de prever a instalação de 2.500 câmeras.

Além de oferecer acolhimento às pessoas em situação de rua, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirma que é preciso manter ações para que a capital paulista permaneça “em ordem”. “Não podemos deixar a cidade com cada um querendo fazer aquilo que bem deseja, quando fere o direito do outro. Você precisa ter o seu direito de transitar pelas calçadas, você tem que ter o seu direito de não ter que passar pela rua para poder transitar pela cidade”, afirmou Nunes em entrevista nesta segunda-feira, 17, à Rádio Eldorado.

Quem vive, trabalha ou apenas passa pelo centro de São Paulo convive com uma mistura de sentimentos nos últimos anos. Um deles é o medo. À noite, é preciso evitar as ruas que ficaram escuras por causa do roubo dos fios de iluminação pública. Durante o dia, o receio é ter o celular roubado. “Não atendo ligação de celular na rua de jeito nenhum. Fiz até seguro para o meu aparelho porque já fui roubado duas vezes”, diz um profissional de TI que vive no centro de SP há quatro anos.

O outro sentimento é a tristeza. Imóveis fechados à espera de inquilinos que talvez não voltem e ruas escuras criam um cenário de abandono.

O aumento da população em situação de rua é uma das dificuldades da região central de São Paulo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para entender o que acontece com o centro hoje, o Estadão ouviu pessoas que vivem o cotidiano de medo, tensão e algum respiro de esperança. Entre as visões desse caleidoscópio estão dependentes químicos da Cracolândia, que peregrinam todos os dias por causa das ações da polícia; e moradores, presos em seus próprios apartamentos – a maioria não sai de casa à noite, pede comida por aplicativos de entrega. Visitas? Raras. Também sofrem as pessoas em situação de rua, que mal conseguem dormir por causa do barulho e do medo – ele de novo.

O médico psiquiatra Flávio Falcone, que desenvolve um projeto de apoio aos dependentes químicos baseado no acolhimento e na redução de danos, afirma que as operações policiais realizadas desde o ano passado provocaram o espalhamento da Cracolândia pelo centro. A concentração dos usuários pelas ruas é um dos principais traços das dificuldades de se viver na região.

“Antes, a Cracolândia incomodava um quarteirão (proximidades da Estação Júlio Prestes); hoje, ela incomoda pelo menos três bairros (Santa Ifigênia, Campos Elíseos/Santa Cecília e Higienópolis)”, diz o especialista.

Também ajuda a entender a degradação da região a crise econômica no Brasil, amplificada pela pandemia, além de projetos de recuperação do velho Centrão que pararam no meio do caminho ou não surtiram o efeito desejado.

Adriano Fernandes mora e vende diversos objetos embaixo do Minhocão. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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Procurado, o governo paulista afirmou que vem realizando um trabalho integrado de ações nas cenas abertas de uso de drogas na região central da capital.

Já a Prefeitura alegou investir no Programa Redenção, que oferece tratamento pela abstinência ou pela redução de danos, conforme a necessidade do paciente. E realizou a ampliação da Operação Delegada, além de prever a instalação de 2.500 câmeras.

Além de oferecer acolhimento às pessoas em situação de rua, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirma que é preciso manter ações para que a capital paulista permaneça “em ordem”. “Não podemos deixar a cidade com cada um querendo fazer aquilo que bem deseja, quando fere o direito do outro. Você precisa ter o seu direito de transitar pelas calçadas, você tem que ter o seu direito de não ter que passar pela rua para poder transitar pela cidade”, afirmou Nunes em entrevista nesta segunda-feira, 17, à Rádio Eldorado.

Quem vive, trabalha ou apenas passa pelo centro de São Paulo convive com uma mistura de sentimentos nos últimos anos. Um deles é o medo. À noite, é preciso evitar as ruas que ficaram escuras por causa do roubo dos fios de iluminação pública. Durante o dia, o receio é ter o celular roubado. “Não atendo ligação de celular na rua de jeito nenhum. Fiz até seguro para o meu aparelho porque já fui roubado duas vezes”, diz um profissional de TI que vive no centro de SP há quatro anos.

O outro sentimento é a tristeza. Imóveis fechados à espera de inquilinos que talvez não voltem e ruas escuras criam um cenário de abandono.

O aumento da população em situação de rua é uma das dificuldades da região central de São Paulo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para entender o que acontece com o centro hoje, o Estadão ouviu pessoas que vivem o cotidiano de medo, tensão e algum respiro de esperança. Entre as visões desse caleidoscópio estão dependentes químicos da Cracolândia, que peregrinam todos os dias por causa das ações da polícia; e moradores, presos em seus próprios apartamentos – a maioria não sai de casa à noite, pede comida por aplicativos de entrega. Visitas? Raras. Também sofrem as pessoas em situação de rua, que mal conseguem dormir por causa do barulho e do medo – ele de novo.

O médico psiquiatra Flávio Falcone, que desenvolve um projeto de apoio aos dependentes químicos baseado no acolhimento e na redução de danos, afirma que as operações policiais realizadas desde o ano passado provocaram o espalhamento da Cracolândia pelo centro. A concentração dos usuários pelas ruas é um dos principais traços das dificuldades de se viver na região.

“Antes, a Cracolândia incomodava um quarteirão (proximidades da Estação Júlio Prestes); hoje, ela incomoda pelo menos três bairros (Santa Ifigênia, Campos Elíseos/Santa Cecília e Higienópolis)”, diz o especialista.

Também ajuda a entender a degradação da região a crise econômica no Brasil, amplificada pela pandemia, além de projetos de recuperação do velho Centrão que pararam no meio do caminho ou não surtiram o efeito desejado.

Adriano Fernandes mora e vende diversos objetos embaixo do Minhocão. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Intervenções

Procurado, o governo paulista afirmou que vem realizando um trabalho integrado de ações nas cenas abertas de uso de drogas na região central da capital.

Já a Prefeitura alegou investir no Programa Redenção, que oferece tratamento pela abstinência ou pela redução de danos, conforme a necessidade do paciente. E realizou a ampliação da Operação Delegada, além de prever a instalação de 2.500 câmeras.

Além de oferecer acolhimento às pessoas em situação de rua, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirma que é preciso manter ações para que a capital paulista permaneça “em ordem”. “Não podemos deixar a cidade com cada um querendo fazer aquilo que bem deseja, quando fere o direito do outro. Você precisa ter o seu direito de transitar pelas calçadas, você tem que ter o seu direito de não ter que passar pela rua para poder transitar pela cidade”, afirmou Nunes em entrevista nesta segunda-feira, 17, à Rádio Eldorado.

Quem vive, trabalha ou apenas passa pelo centro de São Paulo convive com uma mistura de sentimentos nos últimos anos. Um deles é o medo. À noite, é preciso evitar as ruas que ficaram escuras por causa do roubo dos fios de iluminação pública. Durante o dia, o receio é ter o celular roubado. “Não atendo ligação de celular na rua de jeito nenhum. Fiz até seguro para o meu aparelho porque já fui roubado duas vezes”, diz um profissional de TI que vive no centro de SP há quatro anos.

O outro sentimento é a tristeza. Imóveis fechados à espera de inquilinos que talvez não voltem e ruas escuras criam um cenário de abandono.

O aumento da população em situação de rua é uma das dificuldades da região central de São Paulo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Para entender o que acontece com o centro hoje, o Estadão ouviu pessoas que vivem o cotidiano de medo, tensão e algum respiro de esperança. Entre as visões desse caleidoscópio estão dependentes químicos da Cracolândia, que peregrinam todos os dias por causa das ações da polícia; e moradores, presos em seus próprios apartamentos – a maioria não sai de casa à noite, pede comida por aplicativos de entrega. Visitas? Raras. Também sofrem as pessoas em situação de rua, que mal conseguem dormir por causa do barulho e do medo – ele de novo.

O médico psiquiatra Flávio Falcone, que desenvolve um projeto de apoio aos dependentes químicos baseado no acolhimento e na redução de danos, afirma que as operações policiais realizadas desde o ano passado provocaram o espalhamento da Cracolândia pelo centro. A concentração dos usuários pelas ruas é um dos principais traços das dificuldades de se viver na região.

“Antes, a Cracolândia incomodava um quarteirão (proximidades da Estação Júlio Prestes); hoje, ela incomoda pelo menos três bairros (Santa Ifigênia, Campos Elíseos/Santa Cecília e Higienópolis)”, diz o especialista.

Também ajuda a entender a degradação da região a crise econômica no Brasil, amplificada pela pandemia, além de projetos de recuperação do velho Centrão que pararam no meio do caminho ou não surtiram o efeito desejado.

Adriano Fernandes mora e vende diversos objetos embaixo do Minhocão. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Intervenções

Procurado, o governo paulista afirmou que vem realizando um trabalho integrado de ações nas cenas abertas de uso de drogas na região central da capital.

Já a Prefeitura alegou investir no Programa Redenção, que oferece tratamento pela abstinência ou pela redução de danos, conforme a necessidade do paciente. E realizou a ampliação da Operação Delegada, além de prever a instalação de 2.500 câmeras.

Além de oferecer acolhimento às pessoas em situação de rua, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirma que é preciso manter ações para que a capital paulista permaneça “em ordem”. “Não podemos deixar a cidade com cada um querendo fazer aquilo que bem deseja, quando fere o direito do outro. Você precisa ter o seu direito de transitar pelas calçadas, você tem que ter o seu direito de não ter que passar pela rua para poder transitar pela cidade”, afirmou Nunes em entrevista nesta segunda-feira, 17, à Rádio Eldorado.

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