Carga radioativa: acidente com Césio deixou 4 mortos e afetou milhares em Goiânia em 1987; relembre


Furto de veículo que transportava material radioativo nesta semana em São Paulo chamou atenção para riscos de contato com substâncias nocivas

Por Redação

O furto de um veículo que transportava material radioativo nesta semana em São Paulo chamou atenção para os riscos do contato com substâncias dessa natureza. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) alertou que, caso alguém encontre a carga, entre em contato imediatamente com a polícia. O risco nesse caso é considerado “muito baixo”. Até o início da tarde desta sexta-feira, 5, nada havia sido recuperado.

O manuseio de material radioativo é algo realizado com extrema cautela por especialistas. Em 13 de setembro de 1987, o manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado, onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, resultou em uma tragédia que envolveu direta e indiretamente mais de mil pessoas. Quatro delas morreram, e o acidente radiológico é considerado um dos maiores do mundo até hoje.

Tambores com material radioativo oriundo do acidente radiológico com Césio 137 armazenados no IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), na USP Foto: Amancio Chiodi/Estadao - 15/02/90
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Como relatou reportagem do Estadão quando o trágico episódio completou 30 anos, o caso aconteceu quando os catadores de lixo Roberto dos Santos e Wagner Mota encontraram uma cápsula com césio-137, que fazia parte do aparelho radiológico.

No ferro-velho, os funcionários se encantaram com o pó de brilho intenso. Parentes e amigos, então, passaram a visitar o local para ver a descoberta dos catadores. Além dos quatro mortos, quem teve contato direto com a substância adoeceu.

Imagem mostra local onde funcionava ferro-velho de Devair Alves Ferreira Foto: oao Pires/Estadao - 26/04/1988
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Três décadas depois, o acidente continuava presente para 1.141 pessoas, que ainda eram monitoradas pelo Centro de Assistência aos Radioacidentados (Cara), da Secretaria de Saúde de Goiás.

São pessoas contaminadas por objetos que haviam sido infectados pela substância, que estavam próximos dos focos de césio-137 ou, ainda, que trabalharam no caso, como policiais e bombeiros, profissionais de saúde e garis, além dos filhos e netos dos afetados.

Como a meia-vida física do césio é de cerca de 33 anos, diversos locais, especificamente aqueles onde houve manipulação do material e para onde foram levadas as várias partes do aparelho de radioterapia, ficaram contaminados por décadas.

O furto de um veículo que transportava material radioativo nesta semana em São Paulo chamou atenção para os riscos do contato com substâncias dessa natureza. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) alertou que, caso alguém encontre a carga, entre em contato imediatamente com a polícia. O risco nesse caso é considerado “muito baixo”. Até o início da tarde desta sexta-feira, 5, nada havia sido recuperado.

O manuseio de material radioativo é algo realizado com extrema cautela por especialistas. Em 13 de setembro de 1987, o manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado, onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, resultou em uma tragédia que envolveu direta e indiretamente mais de mil pessoas. Quatro delas morreram, e o acidente radiológico é considerado um dos maiores do mundo até hoje.

Tambores com material radioativo oriundo do acidente radiológico com Césio 137 armazenados no IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), na USP Foto: Amancio Chiodi/Estadao - 15/02/90

Como relatou reportagem do Estadão quando o trágico episódio completou 30 anos, o caso aconteceu quando os catadores de lixo Roberto dos Santos e Wagner Mota encontraram uma cápsula com césio-137, que fazia parte do aparelho radiológico.

No ferro-velho, os funcionários se encantaram com o pó de brilho intenso. Parentes e amigos, então, passaram a visitar o local para ver a descoberta dos catadores. Além dos quatro mortos, quem teve contato direto com a substância adoeceu.

Imagem mostra local onde funcionava ferro-velho de Devair Alves Ferreira Foto: oao Pires/Estadao - 26/04/1988

Três décadas depois, o acidente continuava presente para 1.141 pessoas, que ainda eram monitoradas pelo Centro de Assistência aos Radioacidentados (Cara), da Secretaria de Saúde de Goiás.

São pessoas contaminadas por objetos que haviam sido infectados pela substância, que estavam próximos dos focos de césio-137 ou, ainda, que trabalharam no caso, como policiais e bombeiros, profissionais de saúde e garis, além dos filhos e netos dos afetados.

Como a meia-vida física do césio é de cerca de 33 anos, diversos locais, especificamente aqueles onde houve manipulação do material e para onde foram levadas as várias partes do aparelho de radioterapia, ficaram contaminados por décadas.

O furto de um veículo que transportava material radioativo nesta semana em São Paulo chamou atenção para os riscos do contato com substâncias dessa natureza. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) alertou que, caso alguém encontre a carga, entre em contato imediatamente com a polícia. O risco nesse caso é considerado “muito baixo”. Até o início da tarde desta sexta-feira, 5, nada havia sido recuperado.

O manuseio de material radioativo é algo realizado com extrema cautela por especialistas. Em 13 de setembro de 1987, o manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado, onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia, resultou em uma tragédia que envolveu direta e indiretamente mais de mil pessoas. Quatro delas morreram, e o acidente radiológico é considerado um dos maiores do mundo até hoje.

Tambores com material radioativo oriundo do acidente radiológico com Césio 137 armazenados no IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), na USP Foto: Amancio Chiodi/Estadao - 15/02/90

Como relatou reportagem do Estadão quando o trágico episódio completou 30 anos, o caso aconteceu quando os catadores de lixo Roberto dos Santos e Wagner Mota encontraram uma cápsula com césio-137, que fazia parte do aparelho radiológico.

No ferro-velho, os funcionários se encantaram com o pó de brilho intenso. Parentes e amigos, então, passaram a visitar o local para ver a descoberta dos catadores. Além dos quatro mortos, quem teve contato direto com a substância adoeceu.

Imagem mostra local onde funcionava ferro-velho de Devair Alves Ferreira Foto: oao Pires/Estadao - 26/04/1988

Três décadas depois, o acidente continuava presente para 1.141 pessoas, que ainda eram monitoradas pelo Centro de Assistência aos Radioacidentados (Cara), da Secretaria de Saúde de Goiás.

São pessoas contaminadas por objetos que haviam sido infectados pela substância, que estavam próximos dos focos de césio-137 ou, ainda, que trabalharam no caso, como policiais e bombeiros, profissionais de saúde e garis, além dos filhos e netos dos afetados.

Como a meia-vida física do césio é de cerca de 33 anos, diversos locais, especificamente aqueles onde houve manipulação do material e para onde foram levadas as várias partes do aparelho de radioterapia, ficaram contaminados por décadas.

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