Chuva em São Sebastião: Como solo virou lama e ganhou velocidade em instantes


Parte dos deslizamentos veio do alto da Serra do Mar; lama ganhou velocidade e capacidade de destruição até atingir casas, arrastando árvores e blocos de rocha

Por Priscila Mengue
Atualização:

O impacto da chuva recorde que atingiu o litoral norte de São Paulo surpreendeu o geólogo Eduardo Macedo. Há décadas na atuação em áreas de risco, inclusive em algumas das cidades mais afetadas por deslizamentos do País, como Petrópolis, ele percebeu que o caso de São Sebastião tinha um diferencial: os escorregamentos de massa começaram em parte no topo de morros da Serra do Mar, a até 200 metros de distância da parte ocupada, ganhando velocidade e maior capacidade de destruição até chegar às casas.

Pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ele aponta que a quantidade de água da chuva foi tamanha que o solo se “liquefez”, tornando-se uma massa de lama, que desceu morro abaixo e arrastou cada vez mais o que havia pelo caminho, como árvores e blocos de rocha. “Vem descendo, a tendência é vir com mais energia”, diz.

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Em locais do litoral norte paulista que o geólogo visitou nos últimos dias, como a Vila Sahy que concentra quase todas as mais de 60 mortes da chuva extrema do período de carnaval –, a lama acumulada nas ruas ultrapassou um metro de altura. Ele também se impressionou com a mudança na paisagem, cortada por deslizamentos por grande parte da Serra do Mar, tanto em áreas inabitadas quanto com moradias.

Deslizamentos atingiram moradias após chuva recorde no litoral norte de São Paulo Foto: Andre Penner/AP

Macedo explica que grande parte dos deslizamentos começa nas proximidades das residências. No caso de São Sebastião, contudo, número significativo dos escorregamentos iniciou na parte mais alta dos morros, em áreas de Mata Atlântica preservada. “Veio lá de cima e atingiu as casas”, diz. “Se não tivesse as casas, ocorreria o escorregamento do mesmo jeito. Só que a única perda seria de algumas árvores (não de vidas). São Sebastião está cheio de encostas com deslizamentos.”

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Mesmo com o alto volume de chuva e a força do deslizamento, o geólogo destaca que o número de vítimas e danos materiais foi intensificado pela ocupação urbana desordenada dentro da Serra do Mar, em decorrência de questões sociais. Com a grande valorização dos imóveis perto da praia, as encostas se tornam a única alternativa da população de baixa renda.

Ele compara que há outros bairros de casas de classe média e alta em São Sebastião igualmente em área de risco, mas que não foram tão afetadas pela estrutura, registrando problemas majoritariamente de inundação e alagamentos. “Juquehy tem um monte disso”, afirma. “A chance da casa cair diminui, mas certamente é invadida (pela lama).”

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Entre as medidas necessárias nesses locais, Macedo cita obras de contenção de encosta e drenagem e a qualificação da estrutura das moradias. Um relatório do IPT publicado no fim de 2018 identificou 2.243 moradias em área de risco para movimentos de massa em São Sebastião, distribuídas em 15 bairros, com maior incidência em Juquehy (525), Morro do Abrigo (304), Itatinga (268), Olaria (287), Maresias (170), Barra do Sahy (162) e Boiçucanga (162).

O impacto da chuva recorde que atingiu o litoral norte de São Paulo surpreendeu o geólogo Eduardo Macedo. Há décadas na atuação em áreas de risco, inclusive em algumas das cidades mais afetadas por deslizamentos do País, como Petrópolis, ele percebeu que o caso de São Sebastião tinha um diferencial: os escorregamentos de massa começaram em parte no topo de morros da Serra do Mar, a até 200 metros de distância da parte ocupada, ganhando velocidade e maior capacidade de destruição até chegar às casas.

Pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ele aponta que a quantidade de água da chuva foi tamanha que o solo se “liquefez”, tornando-se uma massa de lama, que desceu morro abaixo e arrastou cada vez mais o que havia pelo caminho, como árvores e blocos de rocha. “Vem descendo, a tendência é vir com mais energia”, diz.

Em locais do litoral norte paulista que o geólogo visitou nos últimos dias, como a Vila Sahy que concentra quase todas as mais de 60 mortes da chuva extrema do período de carnaval –, a lama acumulada nas ruas ultrapassou um metro de altura. Ele também se impressionou com a mudança na paisagem, cortada por deslizamentos por grande parte da Serra do Mar, tanto em áreas inabitadas quanto com moradias.

Deslizamentos atingiram moradias após chuva recorde no litoral norte de São Paulo Foto: Andre Penner/AP

Macedo explica que grande parte dos deslizamentos começa nas proximidades das residências. No caso de São Sebastião, contudo, número significativo dos escorregamentos iniciou na parte mais alta dos morros, em áreas de Mata Atlântica preservada. “Veio lá de cima e atingiu as casas”, diz. “Se não tivesse as casas, ocorreria o escorregamento do mesmo jeito. Só que a única perda seria de algumas árvores (não de vidas). São Sebastião está cheio de encostas com deslizamentos.”

Mesmo com o alto volume de chuva e a força do deslizamento, o geólogo destaca que o número de vítimas e danos materiais foi intensificado pela ocupação urbana desordenada dentro da Serra do Mar, em decorrência de questões sociais. Com a grande valorização dos imóveis perto da praia, as encostas se tornam a única alternativa da população de baixa renda.

Ele compara que há outros bairros de casas de classe média e alta em São Sebastião igualmente em área de risco, mas que não foram tão afetadas pela estrutura, registrando problemas majoritariamente de inundação e alagamentos. “Juquehy tem um monte disso”, afirma. “A chance da casa cair diminui, mas certamente é invadida (pela lama).”

Entre as medidas necessárias nesses locais, Macedo cita obras de contenção de encosta e drenagem e a qualificação da estrutura das moradias. Um relatório do IPT publicado no fim de 2018 identificou 2.243 moradias em área de risco para movimentos de massa em São Sebastião, distribuídas em 15 bairros, com maior incidência em Juquehy (525), Morro do Abrigo (304), Itatinga (268), Olaria (287), Maresias (170), Barra do Sahy (162) e Boiçucanga (162).

O impacto da chuva recorde que atingiu o litoral norte de São Paulo surpreendeu o geólogo Eduardo Macedo. Há décadas na atuação em áreas de risco, inclusive em algumas das cidades mais afetadas por deslizamentos do País, como Petrópolis, ele percebeu que o caso de São Sebastião tinha um diferencial: os escorregamentos de massa começaram em parte no topo de morros da Serra do Mar, a até 200 metros de distância da parte ocupada, ganhando velocidade e maior capacidade de destruição até chegar às casas.

Pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ele aponta que a quantidade de água da chuva foi tamanha que o solo se “liquefez”, tornando-se uma massa de lama, que desceu morro abaixo e arrastou cada vez mais o que havia pelo caminho, como árvores e blocos de rocha. “Vem descendo, a tendência é vir com mais energia”, diz.

Em locais do litoral norte paulista que o geólogo visitou nos últimos dias, como a Vila Sahy que concentra quase todas as mais de 60 mortes da chuva extrema do período de carnaval –, a lama acumulada nas ruas ultrapassou um metro de altura. Ele também se impressionou com a mudança na paisagem, cortada por deslizamentos por grande parte da Serra do Mar, tanto em áreas inabitadas quanto com moradias.

Deslizamentos atingiram moradias após chuva recorde no litoral norte de São Paulo Foto: Andre Penner/AP

Macedo explica que grande parte dos deslizamentos começa nas proximidades das residências. No caso de São Sebastião, contudo, número significativo dos escorregamentos iniciou na parte mais alta dos morros, em áreas de Mata Atlântica preservada. “Veio lá de cima e atingiu as casas”, diz. “Se não tivesse as casas, ocorreria o escorregamento do mesmo jeito. Só que a única perda seria de algumas árvores (não de vidas). São Sebastião está cheio de encostas com deslizamentos.”

Mesmo com o alto volume de chuva e a força do deslizamento, o geólogo destaca que o número de vítimas e danos materiais foi intensificado pela ocupação urbana desordenada dentro da Serra do Mar, em decorrência de questões sociais. Com a grande valorização dos imóveis perto da praia, as encostas se tornam a única alternativa da população de baixa renda.

Ele compara que há outros bairros de casas de classe média e alta em São Sebastião igualmente em área de risco, mas que não foram tão afetadas pela estrutura, registrando problemas majoritariamente de inundação e alagamentos. “Juquehy tem um monte disso”, afirma. “A chance da casa cair diminui, mas certamente é invadida (pela lama).”

Entre as medidas necessárias nesses locais, Macedo cita obras de contenção de encosta e drenagem e a qualificação da estrutura das moradias. Um relatório do IPT publicado no fim de 2018 identificou 2.243 moradias em área de risco para movimentos de massa em São Sebastião, distribuídas em 15 bairros, com maior incidência em Juquehy (525), Morro do Abrigo (304), Itatinga (268), Olaria (287), Maresias (170), Barra do Sahy (162) e Boiçucanga (162).

O impacto da chuva recorde que atingiu o litoral norte de São Paulo surpreendeu o geólogo Eduardo Macedo. Há décadas na atuação em áreas de risco, inclusive em algumas das cidades mais afetadas por deslizamentos do País, como Petrópolis, ele percebeu que o caso de São Sebastião tinha um diferencial: os escorregamentos de massa começaram em parte no topo de morros da Serra do Mar, a até 200 metros de distância da parte ocupada, ganhando velocidade e maior capacidade de destruição até chegar às casas.

Pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), ele aponta que a quantidade de água da chuva foi tamanha que o solo se “liquefez”, tornando-se uma massa de lama, que desceu morro abaixo e arrastou cada vez mais o que havia pelo caminho, como árvores e blocos de rocha. “Vem descendo, a tendência é vir com mais energia”, diz.

Em locais do litoral norte paulista que o geólogo visitou nos últimos dias, como a Vila Sahy que concentra quase todas as mais de 60 mortes da chuva extrema do período de carnaval –, a lama acumulada nas ruas ultrapassou um metro de altura. Ele também se impressionou com a mudança na paisagem, cortada por deslizamentos por grande parte da Serra do Mar, tanto em áreas inabitadas quanto com moradias.

Deslizamentos atingiram moradias após chuva recorde no litoral norte de São Paulo Foto: Andre Penner/AP

Macedo explica que grande parte dos deslizamentos começa nas proximidades das residências. No caso de São Sebastião, contudo, número significativo dos escorregamentos iniciou na parte mais alta dos morros, em áreas de Mata Atlântica preservada. “Veio lá de cima e atingiu as casas”, diz. “Se não tivesse as casas, ocorreria o escorregamento do mesmo jeito. Só que a única perda seria de algumas árvores (não de vidas). São Sebastião está cheio de encostas com deslizamentos.”

Mesmo com o alto volume de chuva e a força do deslizamento, o geólogo destaca que o número de vítimas e danos materiais foi intensificado pela ocupação urbana desordenada dentro da Serra do Mar, em decorrência de questões sociais. Com a grande valorização dos imóveis perto da praia, as encostas se tornam a única alternativa da população de baixa renda.

Ele compara que há outros bairros de casas de classe média e alta em São Sebastião igualmente em área de risco, mas que não foram tão afetadas pela estrutura, registrando problemas majoritariamente de inundação e alagamentos. “Juquehy tem um monte disso”, afirma. “A chance da casa cair diminui, mas certamente é invadida (pela lama).”

Entre as medidas necessárias nesses locais, Macedo cita obras de contenção de encosta e drenagem e a qualificação da estrutura das moradias. Um relatório do IPT publicado no fim de 2018 identificou 2.243 moradias em área de risco para movimentos de massa em São Sebastião, distribuídas em 15 bairros, com maior incidência em Juquehy (525), Morro do Abrigo (304), Itatinga (268), Olaria (287), Maresias (170), Barra do Sahy (162) e Boiçucanga (162).

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