Coletivo reúne escritoras negras e reafirma luta por diversidade na literatura


Encontro realizado na Escadaria do Bixiga, em São Paulo, contou com mais de 60 autoras

Por Gonçalo Junior

Cerca de 60 escritoras negras de todas as idades, com publicações solo, em antologias, coletâneas, zines, revistas, blogs ou mesmo sem publicação formal, participaram de um encontro em São Paulo para reforçar a representatividade negra na literatura nacional.

O evento “Escritoras Negras Existem” procurou celebrar a produção literária de mulheres negras e contou com atividades culturais no final do mês de julho na região central de São Paulo. Entre as ações foram realizados um sarau com a leitura e declamação de textos, venda de livros e a produção da segunda edição de uma foto tradicional com todas as participantes.

Dezenas de escritoras negras se reuniram em São Paulo para reafirmar a importância da diversidade na literatura Foto: @SheilaSignario
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As mulheres negras são o maior grupo populacional do Brasil: 60,6 milhões de pessoas, sendo 11,30 milhões de pretas e 49,3 milhões de pardas – 28,3% da população, de acordo com o Censo de 2022 do (IBGE). Mesmo assim, apenas três autoras conquistaram maior representatividade, como a pioneira Maria Firmina dos Reis, com o romance Úrsula (1859); Carolina Maria de Jesus, autora de Quarto de Despejo: diário de uma favelada (1960); e Maria da Conceição Evaristo de Brito, que começou a publicar somente em 2003.

O encontro foi promovido e idealizado pelo coletivo de escritoras negras Flores de Baobá em comemoração ao mês da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Os objetivos centrais foram semelhantes aos da primeira edição do encontro, realizado em 2022: aquilombar as escritoras negras e lutar contra a invisibilidade de autoras negras no mercado editorial.

A principal motivação do grupo é a trajetória das escritoras que vieram antes delas, abrindo caminhos para a visibilidade e a representatividade. “Se, em 2022, o Flores de Baobá quis responder a uma ausência de representação, em 2024 nós festejamos a nossa presença e pluralidade. O espírito foi mais celebrativo que combativo”, avalia a professora Catita, escrivinhadora, como gosta de se apresentar, e co-fundadora do Coletivo de Escritoras Negras Flores de Baobá.

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“Mais do que resistência (sem desmerecer sua ainda necessidade), nosso encontro foi de existência. Essa diferença é fundamental para seguirmos”, diz Catita.

O encontro foi realizado nas proximidades da Escadaria do Bixiga, na região central de São Paulo. O bairro, conhecido por sua forte presença negra e resistência cultural, foi recentemente palco da descoberta de um sítio arqueológico do Quilombo Saracura, símbolo da luta e da ancestralidade negra no Brasil.

* Este conteúdo foi desenvolvido em parceria com o coletivo Flores de Baobá, que busca divulgar, compartilhar e colaborar para a expansão de todas as vertentes da literatura de mulheres negras brasileiras.

Cerca de 60 escritoras negras de todas as idades, com publicações solo, em antologias, coletâneas, zines, revistas, blogs ou mesmo sem publicação formal, participaram de um encontro em São Paulo para reforçar a representatividade negra na literatura nacional.

O evento “Escritoras Negras Existem” procurou celebrar a produção literária de mulheres negras e contou com atividades culturais no final do mês de julho na região central de São Paulo. Entre as ações foram realizados um sarau com a leitura e declamação de textos, venda de livros e a produção da segunda edição de uma foto tradicional com todas as participantes.

Dezenas de escritoras negras se reuniram em São Paulo para reafirmar a importância da diversidade na literatura Foto: @SheilaSignario

As mulheres negras são o maior grupo populacional do Brasil: 60,6 milhões de pessoas, sendo 11,30 milhões de pretas e 49,3 milhões de pardas – 28,3% da população, de acordo com o Censo de 2022 do (IBGE). Mesmo assim, apenas três autoras conquistaram maior representatividade, como a pioneira Maria Firmina dos Reis, com o romance Úrsula (1859); Carolina Maria de Jesus, autora de Quarto de Despejo: diário de uma favelada (1960); e Maria da Conceição Evaristo de Brito, que começou a publicar somente em 2003.

O encontro foi promovido e idealizado pelo coletivo de escritoras negras Flores de Baobá em comemoração ao mês da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Os objetivos centrais foram semelhantes aos da primeira edição do encontro, realizado em 2022: aquilombar as escritoras negras e lutar contra a invisibilidade de autoras negras no mercado editorial.

A principal motivação do grupo é a trajetória das escritoras que vieram antes delas, abrindo caminhos para a visibilidade e a representatividade. “Se, em 2022, o Flores de Baobá quis responder a uma ausência de representação, em 2024 nós festejamos a nossa presença e pluralidade. O espírito foi mais celebrativo que combativo”, avalia a professora Catita, escrivinhadora, como gosta de se apresentar, e co-fundadora do Coletivo de Escritoras Negras Flores de Baobá.

“Mais do que resistência (sem desmerecer sua ainda necessidade), nosso encontro foi de existência. Essa diferença é fundamental para seguirmos”, diz Catita.

O encontro foi realizado nas proximidades da Escadaria do Bixiga, na região central de São Paulo. O bairro, conhecido por sua forte presença negra e resistência cultural, foi recentemente palco da descoberta de um sítio arqueológico do Quilombo Saracura, símbolo da luta e da ancestralidade negra no Brasil.

* Este conteúdo foi desenvolvido em parceria com o coletivo Flores de Baobá, que busca divulgar, compartilhar e colaborar para a expansão de todas as vertentes da literatura de mulheres negras brasileiras.

Cerca de 60 escritoras negras de todas as idades, com publicações solo, em antologias, coletâneas, zines, revistas, blogs ou mesmo sem publicação formal, participaram de um encontro em São Paulo para reforçar a representatividade negra na literatura nacional.

O evento “Escritoras Negras Existem” procurou celebrar a produção literária de mulheres negras e contou com atividades culturais no final do mês de julho na região central de São Paulo. Entre as ações foram realizados um sarau com a leitura e declamação de textos, venda de livros e a produção da segunda edição de uma foto tradicional com todas as participantes.

Dezenas de escritoras negras se reuniram em São Paulo para reafirmar a importância da diversidade na literatura Foto: @SheilaSignario

As mulheres negras são o maior grupo populacional do Brasil: 60,6 milhões de pessoas, sendo 11,30 milhões de pretas e 49,3 milhões de pardas – 28,3% da população, de acordo com o Censo de 2022 do (IBGE). Mesmo assim, apenas três autoras conquistaram maior representatividade, como a pioneira Maria Firmina dos Reis, com o romance Úrsula (1859); Carolina Maria de Jesus, autora de Quarto de Despejo: diário de uma favelada (1960); e Maria da Conceição Evaristo de Brito, que começou a publicar somente em 2003.

O encontro foi promovido e idealizado pelo coletivo de escritoras negras Flores de Baobá em comemoração ao mês da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Os objetivos centrais foram semelhantes aos da primeira edição do encontro, realizado em 2022: aquilombar as escritoras negras e lutar contra a invisibilidade de autoras negras no mercado editorial.

A principal motivação do grupo é a trajetória das escritoras que vieram antes delas, abrindo caminhos para a visibilidade e a representatividade. “Se, em 2022, o Flores de Baobá quis responder a uma ausência de representação, em 2024 nós festejamos a nossa presença e pluralidade. O espírito foi mais celebrativo que combativo”, avalia a professora Catita, escrivinhadora, como gosta de se apresentar, e co-fundadora do Coletivo de Escritoras Negras Flores de Baobá.

“Mais do que resistência (sem desmerecer sua ainda necessidade), nosso encontro foi de existência. Essa diferença é fundamental para seguirmos”, diz Catita.

O encontro foi realizado nas proximidades da Escadaria do Bixiga, na região central de São Paulo. O bairro, conhecido por sua forte presença negra e resistência cultural, foi recentemente palco da descoberta de um sítio arqueológico do Quilombo Saracura, símbolo da luta e da ancestralidade negra no Brasil.

* Este conteúdo foi desenvolvido em parceria com o coletivo Flores de Baobá, que busca divulgar, compartilhar e colaborar para a expansão de todas as vertentes da literatura de mulheres negras brasileiras.

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