Moradores de condomínio em Vinhedo onde avião da Voepass caiu vivem trauma e temem pelo futuro


Residencial, com 48 lotes, foi implantado na década de 1980 e fica na rota de aviões que utilizam o Aeroporto Internacional de Campinas

Por José Maria Tomazela e Ítalo Lo Re
Atualização:

Moradores já temem pelo futuro do condomínio residencial Recanto Florido, em Vinhedo, no interior de São Paulo. O local ficou marcado por uma tragédia que entrou no noticiário mundial após o acidente com o avião da Voepass, que deixou 62 pessoas mortas, na última sexta-feira, 9. O condomínio está na rota de aviões que usam o Aeroporto Internacional de Campinas, o que pode agravar o trauma dos moradores.

Duas famílias proprietárias de imóvel no local já deixaram o condomínio. Uma delas, dona da casa que foi atingida, se mudou para a casa de parentes. Outra, que é vizinha, está morando em um hotel.

Avião da Voepass caiu no meio do condomínio Recanto Florido Foto: Andre Penner/AP
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O condomínio, com 48 lotes grandes e arborizados, foi implantado na década de 1980, quando a região vivia uma febre de condomínios horizontais fechados, procurados sobretudo por famílias abastadas de São Paulo, em busca de segurança.

O engenheiro Eduardo Borges, que trepresenta a associação dos moradores, disse que o impacto do acidente no condomínio vai ficar para sempre, mas ele não acredita em esvaziamento. “Estamos acostumados com o sobrevoo de aviões, pois estamos a 11 quilômetros do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Aqui é uma rota de aviões, passam muitos cargueiros, até de madrugada.”

Apesar disso, segundo ele, a situação é nova e inesperada e ainda não se sabe o que vai acontecer daqui para a frente. “Estou há 10 anos aqui e nem eu, nem os moradores com quem conversei podíamos imaginar uma tragédia como esta justamente aqui. No dia do fato, pelo ruído dos motores, a gente percebe que o piloto tenta se deslocar para uma área mais aberta”, disse ele, que tem 50 anos.

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Borges acredita que a superação será mais difícil para as famílias que moram próximas ao local da queda. “O impacto maior foi para o proprietário do lote onde o avião veio a se chocar com o solo. Ele estava na residência, não sofreu nenhum ferimento grave, mas ficou em estado de choque. Talvez ele não volte para a casa, mas ainda é cedo para falar”. O morador, Luiz Augusto de Oliveira, não foi localizado pela reportagem.

Eduardo Borges disse não acreditar em esvaziamento do condomínio Foto: Alex Silva /Estadão

O representante da associação disse ter conversado com a maioria dos moradores e não viu disposição para deixar o condomínio. “Talvez alguns moradores possam estar pensando nisso, como a moradora vizinha do local da queda. Ela saiu do Recanto Florido e, como ficou muito traumatizada, foi para um hotel e está tentando se estabilizar”, disse. “Ela viu a queda e parte da hélice do avião caiu na casa dela. O fato é que todos estamos de luto. É preciso um tempo para assimilar.”

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Neste domingo, 11, Dia dos Pais, com a saída dos bombeiros e da maioria dos policiais, o Recanto Florido estava com pouco movimento. A maioria dos moradores que costumava caminhar pelas trilhas internas ou sair com os cães para a rua permanecia no interior das casas.

Borges contou que quatro imóveis foram cedidos pelos moradores para o trabalho do Corpo de Bombeiros e equipes de resgate. Ele se emocionou quando os bombeiros deram um grito de alívio ao conseguiram retirar o último corpo do avião. “O momento que mais impactou os bombeiros foi quando retiraram os corpos do pai e da criança dos escombros”.

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A síndica do condomínio, Roberta Henrique, de 38 anos, disse à reportagem neste sábado, 10, um dia após o acidente, que alguns moradores já não estavam por lá. Além da queda do avião, o fluxo intenso de veículos do Corpo de Bombeiros e de outras autoridades bagunçaram a rotina por lá. “É um cenário bem triste, e algumas pessoas realmente não estão no condomínio”, disse.

“O maior trabalho de todos é inclusive manter a segurança do local, porque aqui existem moradores que foram muito abalados e estão muito abalados”, acrescentou. Ela contou que, apesar disso, aqueles que permaneceram se organizaram em uma frente de solidariedade para oferecer café, água potável e ceder os banheiros das próprias casas às equipes que atuam no local.

A conselheira Silvia Bongiovanni, dirigente da associação de moradores do condomínio, disse que os moradores também se sentem vítimas da tragédia. “Também estamos vivendo um momento dificil, uma tragédia que fica até dificil acreditar. Uma cidade maravilhosa, um condomínio esplêndido e de repente somos arrebatados pela realidade de 62 corpos em nossos quintais. Não foi só um barulho, um avião, são vidas”, disse, ao falar pela primeira vez após o acidente.

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Ela disse que a área continuará interditada até o final da perícia e do trabalho de descontaminação. “O cenário não é bonito de se ver e não vai ser fácil passar tudo isso. Nosso primeiro foco era a retirada dos corpos para que as famílias pudessem velar, por isso restringimos inclusive a entrada de visitantes”, afirmou. A associação está organizando um culto ecumênico para as vítimas que será realizado em frente ao condominio provavelmente no próximo sábado, 17. Os familiares das vítimas serão convidados. “Os parentes das vítimas são os mais abalados, mas aqui também estamos muito abalados”, disse.

Ainda não se sabe o que será feito com a área impactada pela queda do avião. Os destroços atingiram uma área de 30 metros de comprimento por 20 de largura no quintal da casa. Um pedaço da cauda do avião ficou sobre o terreno vizinho. De acordo com os bombeiros essa é uma área considerada contaminada, por conta dos incêndios, com explosões e a queima dos corpos e de combustíveis, além dos componentes da aeronave.

No bairro Capela, onde fica o condomínio, o clima ainda é de consternação pela tragédia. O padre Willian Lopes está convocando os moradores para missa de 7o. dia em homenagem às vítimas, que será realizada na próxima sexta-feira, 16, na igreja na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, que atende o bairro. “Desde a sexta-feira, em todas as missas estamos pedindo a Deus pela memória dos mortos e conforto para os familiares”, disse o padre. “Nossa comunidade também foi muito impactada e está em orações.”

Moradores já temem pelo futuro do condomínio residencial Recanto Florido, em Vinhedo, no interior de São Paulo. O local ficou marcado por uma tragédia que entrou no noticiário mundial após o acidente com o avião da Voepass, que deixou 62 pessoas mortas, na última sexta-feira, 9. O condomínio está na rota de aviões que usam o Aeroporto Internacional de Campinas, o que pode agravar o trauma dos moradores.

Duas famílias proprietárias de imóvel no local já deixaram o condomínio. Uma delas, dona da casa que foi atingida, se mudou para a casa de parentes. Outra, que é vizinha, está morando em um hotel.

Avião da Voepass caiu no meio do condomínio Recanto Florido Foto: Andre Penner/AP

O condomínio, com 48 lotes grandes e arborizados, foi implantado na década de 1980, quando a região vivia uma febre de condomínios horizontais fechados, procurados sobretudo por famílias abastadas de São Paulo, em busca de segurança.

O engenheiro Eduardo Borges, que trepresenta a associação dos moradores, disse que o impacto do acidente no condomínio vai ficar para sempre, mas ele não acredita em esvaziamento. “Estamos acostumados com o sobrevoo de aviões, pois estamos a 11 quilômetros do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Aqui é uma rota de aviões, passam muitos cargueiros, até de madrugada.”

Apesar disso, segundo ele, a situação é nova e inesperada e ainda não se sabe o que vai acontecer daqui para a frente. “Estou há 10 anos aqui e nem eu, nem os moradores com quem conversei podíamos imaginar uma tragédia como esta justamente aqui. No dia do fato, pelo ruído dos motores, a gente percebe que o piloto tenta se deslocar para uma área mais aberta”, disse ele, que tem 50 anos.

Borges acredita que a superação será mais difícil para as famílias que moram próximas ao local da queda. “O impacto maior foi para o proprietário do lote onde o avião veio a se chocar com o solo. Ele estava na residência, não sofreu nenhum ferimento grave, mas ficou em estado de choque. Talvez ele não volte para a casa, mas ainda é cedo para falar”. O morador, Luiz Augusto de Oliveira, não foi localizado pela reportagem.

Eduardo Borges disse não acreditar em esvaziamento do condomínio Foto: Alex Silva /Estadão

O representante da associação disse ter conversado com a maioria dos moradores e não viu disposição para deixar o condomínio. “Talvez alguns moradores possam estar pensando nisso, como a moradora vizinha do local da queda. Ela saiu do Recanto Florido e, como ficou muito traumatizada, foi para um hotel e está tentando se estabilizar”, disse. “Ela viu a queda e parte da hélice do avião caiu na casa dela. O fato é que todos estamos de luto. É preciso um tempo para assimilar.”

Neste domingo, 11, Dia dos Pais, com a saída dos bombeiros e da maioria dos policiais, o Recanto Florido estava com pouco movimento. A maioria dos moradores que costumava caminhar pelas trilhas internas ou sair com os cães para a rua permanecia no interior das casas.

Borges contou que quatro imóveis foram cedidos pelos moradores para o trabalho do Corpo de Bombeiros e equipes de resgate. Ele se emocionou quando os bombeiros deram um grito de alívio ao conseguiram retirar o último corpo do avião. “O momento que mais impactou os bombeiros foi quando retiraram os corpos do pai e da criança dos escombros”.

A síndica do condomínio, Roberta Henrique, de 38 anos, disse à reportagem neste sábado, 10, um dia após o acidente, que alguns moradores já não estavam por lá. Além da queda do avião, o fluxo intenso de veículos do Corpo de Bombeiros e de outras autoridades bagunçaram a rotina por lá. “É um cenário bem triste, e algumas pessoas realmente não estão no condomínio”, disse.

“O maior trabalho de todos é inclusive manter a segurança do local, porque aqui existem moradores que foram muito abalados e estão muito abalados”, acrescentou. Ela contou que, apesar disso, aqueles que permaneceram se organizaram em uma frente de solidariedade para oferecer café, água potável e ceder os banheiros das próprias casas às equipes que atuam no local.

A conselheira Silvia Bongiovanni, dirigente da associação de moradores do condomínio, disse que os moradores também se sentem vítimas da tragédia. “Também estamos vivendo um momento dificil, uma tragédia que fica até dificil acreditar. Uma cidade maravilhosa, um condomínio esplêndido e de repente somos arrebatados pela realidade de 62 corpos em nossos quintais. Não foi só um barulho, um avião, são vidas”, disse, ao falar pela primeira vez após o acidente.

Ela disse que a área continuará interditada até o final da perícia e do trabalho de descontaminação. “O cenário não é bonito de se ver e não vai ser fácil passar tudo isso. Nosso primeiro foco era a retirada dos corpos para que as famílias pudessem velar, por isso restringimos inclusive a entrada de visitantes”, afirmou. A associação está organizando um culto ecumênico para as vítimas que será realizado em frente ao condominio provavelmente no próximo sábado, 17. Os familiares das vítimas serão convidados. “Os parentes das vítimas são os mais abalados, mas aqui também estamos muito abalados”, disse.

Ainda não se sabe o que será feito com a área impactada pela queda do avião. Os destroços atingiram uma área de 30 metros de comprimento por 20 de largura no quintal da casa. Um pedaço da cauda do avião ficou sobre o terreno vizinho. De acordo com os bombeiros essa é uma área considerada contaminada, por conta dos incêndios, com explosões e a queima dos corpos e de combustíveis, além dos componentes da aeronave.

No bairro Capela, onde fica o condomínio, o clima ainda é de consternação pela tragédia. O padre Willian Lopes está convocando os moradores para missa de 7o. dia em homenagem às vítimas, que será realizada na próxima sexta-feira, 16, na igreja na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, que atende o bairro. “Desde a sexta-feira, em todas as missas estamos pedindo a Deus pela memória dos mortos e conforto para os familiares”, disse o padre. “Nossa comunidade também foi muito impactada e está em orações.”

Moradores já temem pelo futuro do condomínio residencial Recanto Florido, em Vinhedo, no interior de São Paulo. O local ficou marcado por uma tragédia que entrou no noticiário mundial após o acidente com o avião da Voepass, que deixou 62 pessoas mortas, na última sexta-feira, 9. O condomínio está na rota de aviões que usam o Aeroporto Internacional de Campinas, o que pode agravar o trauma dos moradores.

Duas famílias proprietárias de imóvel no local já deixaram o condomínio. Uma delas, dona da casa que foi atingida, se mudou para a casa de parentes. Outra, que é vizinha, está morando em um hotel.

Avião da Voepass caiu no meio do condomínio Recanto Florido Foto: Andre Penner/AP

O condomínio, com 48 lotes grandes e arborizados, foi implantado na década de 1980, quando a região vivia uma febre de condomínios horizontais fechados, procurados sobretudo por famílias abastadas de São Paulo, em busca de segurança.

O engenheiro Eduardo Borges, que trepresenta a associação dos moradores, disse que o impacto do acidente no condomínio vai ficar para sempre, mas ele não acredita em esvaziamento. “Estamos acostumados com o sobrevoo de aviões, pois estamos a 11 quilômetros do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Aqui é uma rota de aviões, passam muitos cargueiros, até de madrugada.”

Apesar disso, segundo ele, a situação é nova e inesperada e ainda não se sabe o que vai acontecer daqui para a frente. “Estou há 10 anos aqui e nem eu, nem os moradores com quem conversei podíamos imaginar uma tragédia como esta justamente aqui. No dia do fato, pelo ruído dos motores, a gente percebe que o piloto tenta se deslocar para uma área mais aberta”, disse ele, que tem 50 anos.

Borges acredita que a superação será mais difícil para as famílias que moram próximas ao local da queda. “O impacto maior foi para o proprietário do lote onde o avião veio a se chocar com o solo. Ele estava na residência, não sofreu nenhum ferimento grave, mas ficou em estado de choque. Talvez ele não volte para a casa, mas ainda é cedo para falar”. O morador, Luiz Augusto de Oliveira, não foi localizado pela reportagem.

Eduardo Borges disse não acreditar em esvaziamento do condomínio Foto: Alex Silva /Estadão

O representante da associação disse ter conversado com a maioria dos moradores e não viu disposição para deixar o condomínio. “Talvez alguns moradores possam estar pensando nisso, como a moradora vizinha do local da queda. Ela saiu do Recanto Florido e, como ficou muito traumatizada, foi para um hotel e está tentando se estabilizar”, disse. “Ela viu a queda e parte da hélice do avião caiu na casa dela. O fato é que todos estamos de luto. É preciso um tempo para assimilar.”

Neste domingo, 11, Dia dos Pais, com a saída dos bombeiros e da maioria dos policiais, o Recanto Florido estava com pouco movimento. A maioria dos moradores que costumava caminhar pelas trilhas internas ou sair com os cães para a rua permanecia no interior das casas.

Borges contou que quatro imóveis foram cedidos pelos moradores para o trabalho do Corpo de Bombeiros e equipes de resgate. Ele se emocionou quando os bombeiros deram um grito de alívio ao conseguiram retirar o último corpo do avião. “O momento que mais impactou os bombeiros foi quando retiraram os corpos do pai e da criança dos escombros”.

A síndica do condomínio, Roberta Henrique, de 38 anos, disse à reportagem neste sábado, 10, um dia após o acidente, que alguns moradores já não estavam por lá. Além da queda do avião, o fluxo intenso de veículos do Corpo de Bombeiros e de outras autoridades bagunçaram a rotina por lá. “É um cenário bem triste, e algumas pessoas realmente não estão no condomínio”, disse.

“O maior trabalho de todos é inclusive manter a segurança do local, porque aqui existem moradores que foram muito abalados e estão muito abalados”, acrescentou. Ela contou que, apesar disso, aqueles que permaneceram se organizaram em uma frente de solidariedade para oferecer café, água potável e ceder os banheiros das próprias casas às equipes que atuam no local.

A conselheira Silvia Bongiovanni, dirigente da associação de moradores do condomínio, disse que os moradores também se sentem vítimas da tragédia. “Também estamos vivendo um momento dificil, uma tragédia que fica até dificil acreditar. Uma cidade maravilhosa, um condomínio esplêndido e de repente somos arrebatados pela realidade de 62 corpos em nossos quintais. Não foi só um barulho, um avião, são vidas”, disse, ao falar pela primeira vez após o acidente.

Ela disse que a área continuará interditada até o final da perícia e do trabalho de descontaminação. “O cenário não é bonito de se ver e não vai ser fácil passar tudo isso. Nosso primeiro foco era a retirada dos corpos para que as famílias pudessem velar, por isso restringimos inclusive a entrada de visitantes”, afirmou. A associação está organizando um culto ecumênico para as vítimas que será realizado em frente ao condominio provavelmente no próximo sábado, 17. Os familiares das vítimas serão convidados. “Os parentes das vítimas são os mais abalados, mas aqui também estamos muito abalados”, disse.

Ainda não se sabe o que será feito com a área impactada pela queda do avião. Os destroços atingiram uma área de 30 metros de comprimento por 20 de largura no quintal da casa. Um pedaço da cauda do avião ficou sobre o terreno vizinho. De acordo com os bombeiros essa é uma área considerada contaminada, por conta dos incêndios, com explosões e a queima dos corpos e de combustíveis, além dos componentes da aeronave.

No bairro Capela, onde fica o condomínio, o clima ainda é de consternação pela tragédia. O padre Willian Lopes está convocando os moradores para missa de 7o. dia em homenagem às vítimas, que será realizada na próxima sexta-feira, 16, na igreja na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, que atende o bairro. “Desde a sexta-feira, em todas as missas estamos pedindo a Deus pela memória dos mortos e conforto para os familiares”, disse o padre. “Nossa comunidade também foi muito impactada e está em orações.”

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