Covid-19: Cidade de São Paulo registra primeiro caso da nova variante conhecida como Arcturus


Paciente é um homem de 75 anos de idade, acamado e com comorbidades, que apresentou os sintomas de síndrome gripal e febre persistente; OMS monitora notificações pelo mundo

Por Caio Possati e Renata Okumura
Atualização:

A cidade de São Paulo confirmou na segunda-feira, 1º, o primeiro caso da variante XBB.1.16 da covid-19, conhecida como Arcturus. Trata-se de um paciente do sexo masculino de 75 anos de idade, acamado e com comorbidades, que apresentou sintomas de síndrome gripal e febre persistente em 7 de abril, sendo encaminhado, posteriormente, para atendimento em um hospital privado da capital paulista. O homem, que teve alta médica na quinta-feira passada, 27, possui o esquema vacinal completo contra o novo coronavírus, inclusive, com a dose da Pfizer bivalente. O caso foi notificado oficialmente na última sexta-feira, 28.

Sequenciada pela primeira vez na Índia em janeiro deste ano, e hoje presente em quase 40 países. A linhagem vem sendo tratada desde meados de abril como uma variante de interesse (VOI, na sigla em inglês), pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em função da sua rápida disseminação nas últimas semanas.

Entre os principais sintomas causados pela nova variante estão:

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  • Irritação nos olhos (parecida com conjuntivite)
  • Tosse seca
  • Episódios febris

“Até o momento não apresentou gravidade ou aumento no número de casos na cidade de São Paulo”, disse ainda a Secretaria municipal da Saúde de São Paulo, ao reforçar a importância de a população completar o esquema vacinal contra a covid-19, inclusive com a Pfizer bivalente, para se proteger contra formas graves da doença.

A vacinação com o imunizante está disponível para pessoas acima de 50 anos, maiores de 12 anos com imunossupressão ou com comorbidades, indígenas, gestantes e puérperas, residentes em instituições de longa permanência e funcionários desses equipamentos da cidade de São Paulo, profissionais da saúde, pessoas com deficiência física permanente, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, além da população em situação de rua. Pessoas acima de 40 anos também poderão buscar a injeção atualizada da Pfizer a partir desta quarta-feira, 3, nos postos da capital paulista.

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Na chamada xepa da vacina, podem receber o imunizante as pessoas acima de 18 anos, cadastradas previamente na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, caso haja doses remanescentes ao fim do dia. As vacinas estão disponíveis das 7h às 19h em todas as UBSs e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, de segunda a sexta-feira, e nas AMAs/UBSs Integradas aos sábados, no mesmo horário. Clique aqui para mais informações.

Até o momento, na capital, foram aplicadas 1.248.675 doses do imunizante, segundo dados divulgados até segunda-feira.

Em 24 de abril, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação da vacina bivalente da covid-19 para toda a população acima de 18 anos no País. No entanto, em razão da disponibilidade de imunizantes, Estados e municípios têm adotado estratégias diferentes. Na capital paulista, está funcionando por escalonamento de faixas etárias.

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Secretaria municipal da Saúde de São Paulo reforça a importância de a população se vacinar contra a covid-19. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Conheça a nova variante da covid-19

Embora provoque sintomas diferentes em comparação com cepas passadas, como conjuntivite e quadros de febre alta, a nova linhagem não apresentou, até o momento, potencial para causar novas ondas de mortes e hospitalizações, ou então gerar riscos mais graves à saúde dos infectados, segundo especialistas. E as atuais vacinas disponíveis, de acordo com um epidemiologista ouvido pelo Estadão, dão conta de garantir a proteção contra a variante recém-descoberta.

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A Arcturus é uma linhagem que descende da BA.2 - que por sua vez derivou da Ômicron - e por causa da sua rápida disseminação em alguns países no mundo, como Índia e Estados Unidos, a OMS mudou, no último dia 17, o tipo de classificação de “variante de monitoramento” para “variante de interesse”. A linhagem já foi sequenciada em quase 40 países, incluindo Austrália, Canadá e Reino Unido.

Globalmente, houve um aumento semanal na prevalência da Arcturus no mundo, segundo dados apresentados pela OMS. Entre o final de fevereiro e início de março deste ano, a prevalência da XBB.1.16 era de 0,52%. Atualmente, o índice subiu para 4,31%. A linhagem mais comum atualmente é a XBB.1.5, também conhecida como Kraken, com 45%.

Para o epidemiologista Jesem Orellana, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), embora não se possa afirmar que a nova variante provoque “um desastre sanitário, tal como foi a Gama (P.1), na América do Sul”, a Arcturus coloca em xeque o plano de declarar o fim da pandemia.

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“A XBB.1.16 é mais uma VOI. Longe de ser irrelevante, mostra como o SARS-COV-2 não deixa de mudar sua estrutura genética para versões que lhe permitem maior longevidade”, disse o especialista.

Orellana diz que as atuais vacinas distribuídas no Brasil são capazes de proteger a população da nova nova variante. “Não há grande razão para pensarmos que vacinas como a bivalente deixarão de ser altamente efetivas para casos graves e morte por covid-19. Por enquanto, todas as vacinas seguem funcionando bem”, disse ele.

A Arcturus, segundo o especialista, “mostra que o vírus seguirá infectando muitas pessoas e matando outras, especialmente não vacinados, incompletamente vacinados e grupos de maior risco, como idosos e imunossuprimidos, por exemplo”.

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A cidade de São Paulo confirmou na segunda-feira, 1º, o primeiro caso da variante XBB.1.16 da covid-19, conhecida como Arcturus. Trata-se de um paciente do sexo masculino de 75 anos de idade, acamado e com comorbidades, que apresentou sintomas de síndrome gripal e febre persistente em 7 de abril, sendo encaminhado, posteriormente, para atendimento em um hospital privado da capital paulista. O homem, que teve alta médica na quinta-feira passada, 27, possui o esquema vacinal completo contra o novo coronavírus, inclusive, com a dose da Pfizer bivalente. O caso foi notificado oficialmente na última sexta-feira, 28.

Sequenciada pela primeira vez na Índia em janeiro deste ano, e hoje presente em quase 40 países. A linhagem vem sendo tratada desde meados de abril como uma variante de interesse (VOI, na sigla em inglês), pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em função da sua rápida disseminação nas últimas semanas.

Entre os principais sintomas causados pela nova variante estão:

  • Irritação nos olhos (parecida com conjuntivite)
  • Tosse seca
  • Episódios febris

“Até o momento não apresentou gravidade ou aumento no número de casos na cidade de São Paulo”, disse ainda a Secretaria municipal da Saúde de São Paulo, ao reforçar a importância de a população completar o esquema vacinal contra a covid-19, inclusive com a Pfizer bivalente, para se proteger contra formas graves da doença.

A vacinação com o imunizante está disponível para pessoas acima de 50 anos, maiores de 12 anos com imunossupressão ou com comorbidades, indígenas, gestantes e puérperas, residentes em instituições de longa permanência e funcionários desses equipamentos da cidade de São Paulo, profissionais da saúde, pessoas com deficiência física permanente, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, além da população em situação de rua. Pessoas acima de 40 anos também poderão buscar a injeção atualizada da Pfizer a partir desta quarta-feira, 3, nos postos da capital paulista.

Na chamada xepa da vacina, podem receber o imunizante as pessoas acima de 18 anos, cadastradas previamente na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, caso haja doses remanescentes ao fim do dia. As vacinas estão disponíveis das 7h às 19h em todas as UBSs e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, de segunda a sexta-feira, e nas AMAs/UBSs Integradas aos sábados, no mesmo horário. Clique aqui para mais informações.

Até o momento, na capital, foram aplicadas 1.248.675 doses do imunizante, segundo dados divulgados até segunda-feira.

Em 24 de abril, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação da vacina bivalente da covid-19 para toda a população acima de 18 anos no País. No entanto, em razão da disponibilidade de imunizantes, Estados e municípios têm adotado estratégias diferentes. Na capital paulista, está funcionando por escalonamento de faixas etárias.

Secretaria municipal da Saúde de São Paulo reforça a importância de a população se vacinar contra a covid-19. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Conheça a nova variante da covid-19

Embora provoque sintomas diferentes em comparação com cepas passadas, como conjuntivite e quadros de febre alta, a nova linhagem não apresentou, até o momento, potencial para causar novas ondas de mortes e hospitalizações, ou então gerar riscos mais graves à saúde dos infectados, segundo especialistas. E as atuais vacinas disponíveis, de acordo com um epidemiologista ouvido pelo Estadão, dão conta de garantir a proteção contra a variante recém-descoberta.

A Arcturus é uma linhagem que descende da BA.2 - que por sua vez derivou da Ômicron - e por causa da sua rápida disseminação em alguns países no mundo, como Índia e Estados Unidos, a OMS mudou, no último dia 17, o tipo de classificação de “variante de monitoramento” para “variante de interesse”. A linhagem já foi sequenciada em quase 40 países, incluindo Austrália, Canadá e Reino Unido.

Globalmente, houve um aumento semanal na prevalência da Arcturus no mundo, segundo dados apresentados pela OMS. Entre o final de fevereiro e início de março deste ano, a prevalência da XBB.1.16 era de 0,52%. Atualmente, o índice subiu para 4,31%. A linhagem mais comum atualmente é a XBB.1.5, também conhecida como Kraken, com 45%.

Para o epidemiologista Jesem Orellana, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), embora não se possa afirmar que a nova variante provoque “um desastre sanitário, tal como foi a Gama (P.1), na América do Sul”, a Arcturus coloca em xeque o plano de declarar o fim da pandemia.

“A XBB.1.16 é mais uma VOI. Longe de ser irrelevante, mostra como o SARS-COV-2 não deixa de mudar sua estrutura genética para versões que lhe permitem maior longevidade”, disse o especialista.

Orellana diz que as atuais vacinas distribuídas no Brasil são capazes de proteger a população da nova nova variante. “Não há grande razão para pensarmos que vacinas como a bivalente deixarão de ser altamente efetivas para casos graves e morte por covid-19. Por enquanto, todas as vacinas seguem funcionando bem”, disse ele.

A Arcturus, segundo o especialista, “mostra que o vírus seguirá infectando muitas pessoas e matando outras, especialmente não vacinados, incompletamente vacinados e grupos de maior risco, como idosos e imunossuprimidos, por exemplo”.

A cidade de São Paulo confirmou na segunda-feira, 1º, o primeiro caso da variante XBB.1.16 da covid-19, conhecida como Arcturus. Trata-se de um paciente do sexo masculino de 75 anos de idade, acamado e com comorbidades, que apresentou sintomas de síndrome gripal e febre persistente em 7 de abril, sendo encaminhado, posteriormente, para atendimento em um hospital privado da capital paulista. O homem, que teve alta médica na quinta-feira passada, 27, possui o esquema vacinal completo contra o novo coronavírus, inclusive, com a dose da Pfizer bivalente. O caso foi notificado oficialmente na última sexta-feira, 28.

Sequenciada pela primeira vez na Índia em janeiro deste ano, e hoje presente em quase 40 países. A linhagem vem sendo tratada desde meados de abril como uma variante de interesse (VOI, na sigla em inglês), pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em função da sua rápida disseminação nas últimas semanas.

Entre os principais sintomas causados pela nova variante estão:

  • Irritação nos olhos (parecida com conjuntivite)
  • Tosse seca
  • Episódios febris

“Até o momento não apresentou gravidade ou aumento no número de casos na cidade de São Paulo”, disse ainda a Secretaria municipal da Saúde de São Paulo, ao reforçar a importância de a população completar o esquema vacinal contra a covid-19, inclusive com a Pfizer bivalente, para se proteger contra formas graves da doença.

A vacinação com o imunizante está disponível para pessoas acima de 50 anos, maiores de 12 anos com imunossupressão ou com comorbidades, indígenas, gestantes e puérperas, residentes em instituições de longa permanência e funcionários desses equipamentos da cidade de São Paulo, profissionais da saúde, pessoas com deficiência física permanente, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, além da população em situação de rua. Pessoas acima de 40 anos também poderão buscar a injeção atualizada da Pfizer a partir desta quarta-feira, 3, nos postos da capital paulista.

Na chamada xepa da vacina, podem receber o imunizante as pessoas acima de 18 anos, cadastradas previamente na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, caso haja doses remanescentes ao fim do dia. As vacinas estão disponíveis das 7h às 19h em todas as UBSs e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, de segunda a sexta-feira, e nas AMAs/UBSs Integradas aos sábados, no mesmo horário. Clique aqui para mais informações.

Até o momento, na capital, foram aplicadas 1.248.675 doses do imunizante, segundo dados divulgados até segunda-feira.

Em 24 de abril, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação da vacina bivalente da covid-19 para toda a população acima de 18 anos no País. No entanto, em razão da disponibilidade de imunizantes, Estados e municípios têm adotado estratégias diferentes. Na capital paulista, está funcionando por escalonamento de faixas etárias.

Secretaria municipal da Saúde de São Paulo reforça a importância de a população se vacinar contra a covid-19. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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Embora provoque sintomas diferentes em comparação com cepas passadas, como conjuntivite e quadros de febre alta, a nova linhagem não apresentou, até o momento, potencial para causar novas ondas de mortes e hospitalizações, ou então gerar riscos mais graves à saúde dos infectados, segundo especialistas. E as atuais vacinas disponíveis, de acordo com um epidemiologista ouvido pelo Estadão, dão conta de garantir a proteção contra a variante recém-descoberta.

A Arcturus é uma linhagem que descende da BA.2 - que por sua vez derivou da Ômicron - e por causa da sua rápida disseminação em alguns países no mundo, como Índia e Estados Unidos, a OMS mudou, no último dia 17, o tipo de classificação de “variante de monitoramento” para “variante de interesse”. A linhagem já foi sequenciada em quase 40 países, incluindo Austrália, Canadá e Reino Unido.

Globalmente, houve um aumento semanal na prevalência da Arcturus no mundo, segundo dados apresentados pela OMS. Entre o final de fevereiro e início de março deste ano, a prevalência da XBB.1.16 era de 0,52%. Atualmente, o índice subiu para 4,31%. A linhagem mais comum atualmente é a XBB.1.5, também conhecida como Kraken, com 45%.

Para o epidemiologista Jesem Orellana, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), embora não se possa afirmar que a nova variante provoque “um desastre sanitário, tal como foi a Gama (P.1), na América do Sul”, a Arcturus coloca em xeque o plano de declarar o fim da pandemia.

“A XBB.1.16 é mais uma VOI. Longe de ser irrelevante, mostra como o SARS-COV-2 não deixa de mudar sua estrutura genética para versões que lhe permitem maior longevidade”, disse o especialista.

Orellana diz que as atuais vacinas distribuídas no Brasil são capazes de proteger a população da nova nova variante. “Não há grande razão para pensarmos que vacinas como a bivalente deixarão de ser altamente efetivas para casos graves e morte por covid-19. Por enquanto, todas as vacinas seguem funcionando bem”, disse ele.

A Arcturus, segundo o especialista, “mostra que o vírus seguirá infectando muitas pessoas e matando outras, especialmente não vacinados, incompletamente vacinados e grupos de maior risco, como idosos e imunossuprimidos, por exemplo”.

A cidade de São Paulo confirmou na segunda-feira, 1º, o primeiro caso da variante XBB.1.16 da covid-19, conhecida como Arcturus. Trata-se de um paciente do sexo masculino de 75 anos de idade, acamado e com comorbidades, que apresentou sintomas de síndrome gripal e febre persistente em 7 de abril, sendo encaminhado, posteriormente, para atendimento em um hospital privado da capital paulista. O homem, que teve alta médica na quinta-feira passada, 27, possui o esquema vacinal completo contra o novo coronavírus, inclusive, com a dose da Pfizer bivalente. O caso foi notificado oficialmente na última sexta-feira, 28.

Sequenciada pela primeira vez na Índia em janeiro deste ano, e hoje presente em quase 40 países. A linhagem vem sendo tratada desde meados de abril como uma variante de interesse (VOI, na sigla em inglês), pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em função da sua rápida disseminação nas últimas semanas.

Entre os principais sintomas causados pela nova variante estão:

  • Irritação nos olhos (parecida com conjuntivite)
  • Tosse seca
  • Episódios febris

“Até o momento não apresentou gravidade ou aumento no número de casos na cidade de São Paulo”, disse ainda a Secretaria municipal da Saúde de São Paulo, ao reforçar a importância de a população completar o esquema vacinal contra a covid-19, inclusive com a Pfizer bivalente, para se proteger contra formas graves da doença.

A vacinação com o imunizante está disponível para pessoas acima de 50 anos, maiores de 12 anos com imunossupressão ou com comorbidades, indígenas, gestantes e puérperas, residentes em instituições de longa permanência e funcionários desses equipamentos da cidade de São Paulo, profissionais da saúde, pessoas com deficiência física permanente, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, além da população em situação de rua. Pessoas acima de 40 anos também poderão buscar a injeção atualizada da Pfizer a partir desta quarta-feira, 3, nos postos da capital paulista.

Na chamada xepa da vacina, podem receber o imunizante as pessoas acima de 18 anos, cadastradas previamente na Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, caso haja doses remanescentes ao fim do dia. As vacinas estão disponíveis das 7h às 19h em todas as UBSs e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, de segunda a sexta-feira, e nas AMAs/UBSs Integradas aos sábados, no mesmo horário. Clique aqui para mais informações.

Até o momento, na capital, foram aplicadas 1.248.675 doses do imunizante, segundo dados divulgados até segunda-feira.

Em 24 de abril, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação da vacina bivalente da covid-19 para toda a população acima de 18 anos no País. No entanto, em razão da disponibilidade de imunizantes, Estados e municípios têm adotado estratégias diferentes. Na capital paulista, está funcionando por escalonamento de faixas etárias.

Secretaria municipal da Saúde de São Paulo reforça a importância de a população se vacinar contra a covid-19. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Conheça a nova variante da covid-19

Embora provoque sintomas diferentes em comparação com cepas passadas, como conjuntivite e quadros de febre alta, a nova linhagem não apresentou, até o momento, potencial para causar novas ondas de mortes e hospitalizações, ou então gerar riscos mais graves à saúde dos infectados, segundo especialistas. E as atuais vacinas disponíveis, de acordo com um epidemiologista ouvido pelo Estadão, dão conta de garantir a proteção contra a variante recém-descoberta.

A Arcturus é uma linhagem que descende da BA.2 - que por sua vez derivou da Ômicron - e por causa da sua rápida disseminação em alguns países no mundo, como Índia e Estados Unidos, a OMS mudou, no último dia 17, o tipo de classificação de “variante de monitoramento” para “variante de interesse”. A linhagem já foi sequenciada em quase 40 países, incluindo Austrália, Canadá e Reino Unido.

Globalmente, houve um aumento semanal na prevalência da Arcturus no mundo, segundo dados apresentados pela OMS. Entre o final de fevereiro e início de março deste ano, a prevalência da XBB.1.16 era de 0,52%. Atualmente, o índice subiu para 4,31%. A linhagem mais comum atualmente é a XBB.1.5, também conhecida como Kraken, com 45%.

Para o epidemiologista Jesem Orellana, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), embora não se possa afirmar que a nova variante provoque “um desastre sanitário, tal como foi a Gama (P.1), na América do Sul”, a Arcturus coloca em xeque o plano de declarar o fim da pandemia.

“A XBB.1.16 é mais uma VOI. Longe de ser irrelevante, mostra como o SARS-COV-2 não deixa de mudar sua estrutura genética para versões que lhe permitem maior longevidade”, disse o especialista.

Orellana diz que as atuais vacinas distribuídas no Brasil são capazes de proteger a população da nova nova variante. “Não há grande razão para pensarmos que vacinas como a bivalente deixarão de ser altamente efetivas para casos graves e morte por covid-19. Por enquanto, todas as vacinas seguem funcionando bem”, disse ele.

A Arcturus, segundo o especialista, “mostra que o vírus seguirá infectando muitas pessoas e matando outras, especialmente não vacinados, incompletamente vacinados e grupos de maior risco, como idosos e imunossuprimidos, por exemplo”.

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