Dados de roubos e furtos em SP foram divulgados com erro ao longo de 2022, aponta auditoria


Conforme revisão realizada pelo governo do Estado, houve variação em todos os meses do ano, com oscilações tanto para mais quanto para menos

Por Ítalo Lo Re
Atualização:

Resultado parcial de auditoria realizada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo aponta que os dados de roubos e furtos no Estado foram divulgados com erro ao longo do último ano pelo governo paulista. Conforme nota técnica publicada nesta semana, houve variação em todos os meses de 2022, com oscilações tanto para mais quanto para menos.

A auditoria está sendo realizada pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) a partir da base disponibilizada no último ano à Secretaria de Segurança Pública pela Polícia Civil, que agrega os boletins de ocorrência. A previsão é que todos os indicadores sejam revistos até dezembro deste ano, com a análise de dados de crimes como estupro, homicídio e latrocínio.

Blitz da Operação Sufoco, criada no ano passado para combater a alta de roubos no Estado de São Paulo Foto: Marcelo Chello/Estadão
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Os resultados parciais indicam que o Estado teve 4,8 mil roubos e furtos de veículo a mais em 2022 do que o divulgado no ano passado, quando Rodrigo Garcia (PSDB) e João Doria (ex-PSDB e hoje sem partido) estiveram à frente do Palácio dos Bandeirantes. Foram 138,4 mil crimes desse tipo, e não 133,6 mil, segundo a nota técnica.

Por outro lado, houve 5,2 mil roubos e furtos a menos do que divulgado anteriormente, segundo o documento. Foram 799,3 mil ocorrências desse tipo no ano passado, em vez de 804,5 mil. O somatório geral dos crimes patrimoniais seguiu a mesma tendência, com 943.984 registros no ano passado, e não 944.425. Os resultados divulgados nesta semana são preliminares e ainda estão sujeitos a ajustes.

O governo atribui as variações a uma troca de sistemas. “Os valores divulgados anteriormente foram apurados manualmente pelas diversas Unidade Policiais, conforme preconizado pela Resolução 160/01, enquanto a presente auditoria está obtendo os dados por meio de sistemas informatizados”, diz a nota. A SSP aponta que não houve alteração de metodologia.

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O documento argumenta que, ao implementar novos sistemas, “é comum enfrentar desafios e irregularidades que requerem ajustes e melhorias contínuas”. “A transição do antigo sistema de registros criminais, o Registro Digital de Ocorrências (RDO) para o Sistema de Polícia Judiciária (SPJ) fornece agora uma base rastreável, com potencial para aprimorar a qualidade dos dados e fornecer um acompanhamento mais adequado da realidade da Segurança Pública no Estado”, acrescenta.

Veja abaixo quais foram as variações

  • Furtos: 562.610 registros, e não 564.940
  • Furtos de veículo: 96.662 registros, e não 92.912
  • Roubos: 236.644 registros, e não 239.513
  • Roubos a banco: 16 registros
  • Roubos a carga: 6.331 registros, e não 6.371
  • Roubos de veículo: 41.721 registros, e não 40.673
  • Crimes contra o patrimônio: 943.984 registros, e não 944.425
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Dados de roubos e furtos em SP foram divulgados com erro ao longo de 2022, aponta auditoria Foto: Reprodução/Nota técnica-SSP

A auditoria é feita por um grupo de trabalho (GT) responsável pela revisão dos indicadores criminais, conforme instituído por resolução da SSP. Participam representantes da secretaria, da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Polícia Técnico-Científica. Segundo a secretaria, a divulgação dos resultados finais ocorrerá até o fim do ano, após a conclusão da revisão e validação de todos os indicadores criminais.

“Essa alteração da contabilização de estatísticas vai ser positiva, vai trazer mais rastreabilidade e confiança para as estatísticas”, afirmou ao Estadão Bruno Langeani, diretor do Instituto Sou da Paz. “Mas, na nossa opinião, o governo pecou muito, e deixa aí uma sombra de incerteza, pelo fato de que não há controle externo sobre o que está sendo feito.”

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Ele afirma que, como as estatísticas criminais impactam desde questões políticas até a bonificação de policiais, a gestão dos dados requer cuidado redobrado, inclusive na composição do grupo do trabalho. “Não há pessoas externas, sociedade civil ou institutos de pesquisa para ajudar tanto a melhorar essa revisão, como também trazer algum controle social sobre essas mudanças”, disse.

Revisão dos dados foi anunciada em maio

A revisão dos índices criminais foi anunciada pelo governo do Estado no fim de maio deste ano. Na ocasião, a Secretaria da Segurança Pública, chefiada atualmente pelo capitão Guilherme Derrite, afirmou ter encontrado divergências nos dados estatísticos criminais de abril deste ano ao compará-los com índices divulgados no mesmo mês do ano anterior.

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“A Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da SSP identificou que parte das ocorrências de roubos e furtos de veículo em diferentes regiões do Estado foram registradas equivocadamente em outros indicadores, impactando diretamente os dados de crimes patrimoniais consolidados no período”, afirmou a secretaria em comunicado.

Em nota, a assessoria do ex-governador Rodrigo Garcia disse que “o trabalho de auditoria dos dados é e deve ser feito constantemente”. “Só reforça o compromisso com a transparência e comprova a capacidade técnica da CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento), composta por policiais de carreira”, disse. O ex-governador João Doria informou, também por meio da assessoria, que não comentaria o assunto.

Resultado parcial de auditoria realizada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo aponta que os dados de roubos e furtos no Estado foram divulgados com erro ao longo do último ano pelo governo paulista. Conforme nota técnica publicada nesta semana, houve variação em todos os meses de 2022, com oscilações tanto para mais quanto para menos.

A auditoria está sendo realizada pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) a partir da base disponibilizada no último ano à Secretaria de Segurança Pública pela Polícia Civil, que agrega os boletins de ocorrência. A previsão é que todos os indicadores sejam revistos até dezembro deste ano, com a análise de dados de crimes como estupro, homicídio e latrocínio.

Blitz da Operação Sufoco, criada no ano passado para combater a alta de roubos no Estado de São Paulo Foto: Marcelo Chello/Estadão

Os resultados parciais indicam que o Estado teve 4,8 mil roubos e furtos de veículo a mais em 2022 do que o divulgado no ano passado, quando Rodrigo Garcia (PSDB) e João Doria (ex-PSDB e hoje sem partido) estiveram à frente do Palácio dos Bandeirantes. Foram 138,4 mil crimes desse tipo, e não 133,6 mil, segundo a nota técnica.

Por outro lado, houve 5,2 mil roubos e furtos a menos do que divulgado anteriormente, segundo o documento. Foram 799,3 mil ocorrências desse tipo no ano passado, em vez de 804,5 mil. O somatório geral dos crimes patrimoniais seguiu a mesma tendência, com 943.984 registros no ano passado, e não 944.425. Os resultados divulgados nesta semana são preliminares e ainda estão sujeitos a ajustes.

O governo atribui as variações a uma troca de sistemas. “Os valores divulgados anteriormente foram apurados manualmente pelas diversas Unidade Policiais, conforme preconizado pela Resolução 160/01, enquanto a presente auditoria está obtendo os dados por meio de sistemas informatizados”, diz a nota. A SSP aponta que não houve alteração de metodologia.

O documento argumenta que, ao implementar novos sistemas, “é comum enfrentar desafios e irregularidades que requerem ajustes e melhorias contínuas”. “A transição do antigo sistema de registros criminais, o Registro Digital de Ocorrências (RDO) para o Sistema de Polícia Judiciária (SPJ) fornece agora uma base rastreável, com potencial para aprimorar a qualidade dos dados e fornecer um acompanhamento mais adequado da realidade da Segurança Pública no Estado”, acrescenta.

Veja abaixo quais foram as variações

  • Furtos: 562.610 registros, e não 564.940
  • Furtos de veículo: 96.662 registros, e não 92.912
  • Roubos: 236.644 registros, e não 239.513
  • Roubos a banco: 16 registros
  • Roubos a carga: 6.331 registros, e não 6.371
  • Roubos de veículo: 41.721 registros, e não 40.673
  • Crimes contra o patrimônio: 943.984 registros, e não 944.425
Dados de roubos e furtos em SP foram divulgados com erro ao longo de 2022, aponta auditoria Foto: Reprodução/Nota técnica-SSP

A auditoria é feita por um grupo de trabalho (GT) responsável pela revisão dos indicadores criminais, conforme instituído por resolução da SSP. Participam representantes da secretaria, da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Polícia Técnico-Científica. Segundo a secretaria, a divulgação dos resultados finais ocorrerá até o fim do ano, após a conclusão da revisão e validação de todos os indicadores criminais.

“Essa alteração da contabilização de estatísticas vai ser positiva, vai trazer mais rastreabilidade e confiança para as estatísticas”, afirmou ao Estadão Bruno Langeani, diretor do Instituto Sou da Paz. “Mas, na nossa opinião, o governo pecou muito, e deixa aí uma sombra de incerteza, pelo fato de que não há controle externo sobre o que está sendo feito.”

Ele afirma que, como as estatísticas criminais impactam desde questões políticas até a bonificação de policiais, a gestão dos dados requer cuidado redobrado, inclusive na composição do grupo do trabalho. “Não há pessoas externas, sociedade civil ou institutos de pesquisa para ajudar tanto a melhorar essa revisão, como também trazer algum controle social sobre essas mudanças”, disse.

Revisão dos dados foi anunciada em maio

A revisão dos índices criminais foi anunciada pelo governo do Estado no fim de maio deste ano. Na ocasião, a Secretaria da Segurança Pública, chefiada atualmente pelo capitão Guilherme Derrite, afirmou ter encontrado divergências nos dados estatísticos criminais de abril deste ano ao compará-los com índices divulgados no mesmo mês do ano anterior.

“A Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da SSP identificou que parte das ocorrências de roubos e furtos de veículo em diferentes regiões do Estado foram registradas equivocadamente em outros indicadores, impactando diretamente os dados de crimes patrimoniais consolidados no período”, afirmou a secretaria em comunicado.

Em nota, a assessoria do ex-governador Rodrigo Garcia disse que “o trabalho de auditoria dos dados é e deve ser feito constantemente”. “Só reforça o compromisso com a transparência e comprova a capacidade técnica da CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento), composta por policiais de carreira”, disse. O ex-governador João Doria informou, também por meio da assessoria, que não comentaria o assunto.

Resultado parcial de auditoria realizada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo aponta que os dados de roubos e furtos no Estado foram divulgados com erro ao longo do último ano pelo governo paulista. Conforme nota técnica publicada nesta semana, houve variação em todos os meses de 2022, com oscilações tanto para mais quanto para menos.

A auditoria está sendo realizada pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) a partir da base disponibilizada no último ano à Secretaria de Segurança Pública pela Polícia Civil, que agrega os boletins de ocorrência. A previsão é que todos os indicadores sejam revistos até dezembro deste ano, com a análise de dados de crimes como estupro, homicídio e latrocínio.

Blitz da Operação Sufoco, criada no ano passado para combater a alta de roubos no Estado de São Paulo Foto: Marcelo Chello/Estadão

Os resultados parciais indicam que o Estado teve 4,8 mil roubos e furtos de veículo a mais em 2022 do que o divulgado no ano passado, quando Rodrigo Garcia (PSDB) e João Doria (ex-PSDB e hoje sem partido) estiveram à frente do Palácio dos Bandeirantes. Foram 138,4 mil crimes desse tipo, e não 133,6 mil, segundo a nota técnica.

Por outro lado, houve 5,2 mil roubos e furtos a menos do que divulgado anteriormente, segundo o documento. Foram 799,3 mil ocorrências desse tipo no ano passado, em vez de 804,5 mil. O somatório geral dos crimes patrimoniais seguiu a mesma tendência, com 943.984 registros no ano passado, e não 944.425. Os resultados divulgados nesta semana são preliminares e ainda estão sujeitos a ajustes.

O governo atribui as variações a uma troca de sistemas. “Os valores divulgados anteriormente foram apurados manualmente pelas diversas Unidade Policiais, conforme preconizado pela Resolução 160/01, enquanto a presente auditoria está obtendo os dados por meio de sistemas informatizados”, diz a nota. A SSP aponta que não houve alteração de metodologia.

O documento argumenta que, ao implementar novos sistemas, “é comum enfrentar desafios e irregularidades que requerem ajustes e melhorias contínuas”. “A transição do antigo sistema de registros criminais, o Registro Digital de Ocorrências (RDO) para o Sistema de Polícia Judiciária (SPJ) fornece agora uma base rastreável, com potencial para aprimorar a qualidade dos dados e fornecer um acompanhamento mais adequado da realidade da Segurança Pública no Estado”, acrescenta.

Veja abaixo quais foram as variações

  • Furtos: 562.610 registros, e não 564.940
  • Furtos de veículo: 96.662 registros, e não 92.912
  • Roubos: 236.644 registros, e não 239.513
  • Roubos a banco: 16 registros
  • Roubos a carga: 6.331 registros, e não 6.371
  • Roubos de veículo: 41.721 registros, e não 40.673
  • Crimes contra o patrimônio: 943.984 registros, e não 944.425
Dados de roubos e furtos em SP foram divulgados com erro ao longo de 2022, aponta auditoria Foto: Reprodução/Nota técnica-SSP

A auditoria é feita por um grupo de trabalho (GT) responsável pela revisão dos indicadores criminais, conforme instituído por resolução da SSP. Participam representantes da secretaria, da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Polícia Técnico-Científica. Segundo a secretaria, a divulgação dos resultados finais ocorrerá até o fim do ano, após a conclusão da revisão e validação de todos os indicadores criminais.

“Essa alteração da contabilização de estatísticas vai ser positiva, vai trazer mais rastreabilidade e confiança para as estatísticas”, afirmou ao Estadão Bruno Langeani, diretor do Instituto Sou da Paz. “Mas, na nossa opinião, o governo pecou muito, e deixa aí uma sombra de incerteza, pelo fato de que não há controle externo sobre o que está sendo feito.”

Ele afirma que, como as estatísticas criminais impactam desde questões políticas até a bonificação de policiais, a gestão dos dados requer cuidado redobrado, inclusive na composição do grupo do trabalho. “Não há pessoas externas, sociedade civil ou institutos de pesquisa para ajudar tanto a melhorar essa revisão, como também trazer algum controle social sobre essas mudanças”, disse.

Revisão dos dados foi anunciada em maio

A revisão dos índices criminais foi anunciada pelo governo do Estado no fim de maio deste ano. Na ocasião, a Secretaria da Segurança Pública, chefiada atualmente pelo capitão Guilherme Derrite, afirmou ter encontrado divergências nos dados estatísticos criminais de abril deste ano ao compará-los com índices divulgados no mesmo mês do ano anterior.

“A Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da SSP identificou que parte das ocorrências de roubos e furtos de veículo em diferentes regiões do Estado foram registradas equivocadamente em outros indicadores, impactando diretamente os dados de crimes patrimoniais consolidados no período”, afirmou a secretaria em comunicado.

Em nota, a assessoria do ex-governador Rodrigo Garcia disse que “o trabalho de auditoria dos dados é e deve ser feito constantemente”. “Só reforça o compromisso com a transparência e comprova a capacidade técnica da CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento), composta por policiais de carreira”, disse. O ex-governador João Doria informou, também por meio da assessoria, que não comentaria o assunto.

Resultado parcial de auditoria realizada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo aponta que os dados de roubos e furtos no Estado foram divulgados com erro ao longo do último ano pelo governo paulista. Conforme nota técnica publicada nesta semana, houve variação em todos os meses de 2022, com oscilações tanto para mais quanto para menos.

A auditoria está sendo realizada pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) a partir da base disponibilizada no último ano à Secretaria de Segurança Pública pela Polícia Civil, que agrega os boletins de ocorrência. A previsão é que todos os indicadores sejam revistos até dezembro deste ano, com a análise de dados de crimes como estupro, homicídio e latrocínio.

Blitz da Operação Sufoco, criada no ano passado para combater a alta de roubos no Estado de São Paulo Foto: Marcelo Chello/Estadão

Os resultados parciais indicam que o Estado teve 4,8 mil roubos e furtos de veículo a mais em 2022 do que o divulgado no ano passado, quando Rodrigo Garcia (PSDB) e João Doria (ex-PSDB e hoje sem partido) estiveram à frente do Palácio dos Bandeirantes. Foram 138,4 mil crimes desse tipo, e não 133,6 mil, segundo a nota técnica.

Por outro lado, houve 5,2 mil roubos e furtos a menos do que divulgado anteriormente, segundo o documento. Foram 799,3 mil ocorrências desse tipo no ano passado, em vez de 804,5 mil. O somatório geral dos crimes patrimoniais seguiu a mesma tendência, com 943.984 registros no ano passado, e não 944.425. Os resultados divulgados nesta semana são preliminares e ainda estão sujeitos a ajustes.

O governo atribui as variações a uma troca de sistemas. “Os valores divulgados anteriormente foram apurados manualmente pelas diversas Unidade Policiais, conforme preconizado pela Resolução 160/01, enquanto a presente auditoria está obtendo os dados por meio de sistemas informatizados”, diz a nota. A SSP aponta que não houve alteração de metodologia.

O documento argumenta que, ao implementar novos sistemas, “é comum enfrentar desafios e irregularidades que requerem ajustes e melhorias contínuas”. “A transição do antigo sistema de registros criminais, o Registro Digital de Ocorrências (RDO) para o Sistema de Polícia Judiciária (SPJ) fornece agora uma base rastreável, com potencial para aprimorar a qualidade dos dados e fornecer um acompanhamento mais adequado da realidade da Segurança Pública no Estado”, acrescenta.

Veja abaixo quais foram as variações

  • Furtos: 562.610 registros, e não 564.940
  • Furtos de veículo: 96.662 registros, e não 92.912
  • Roubos: 236.644 registros, e não 239.513
  • Roubos a banco: 16 registros
  • Roubos a carga: 6.331 registros, e não 6.371
  • Roubos de veículo: 41.721 registros, e não 40.673
  • Crimes contra o patrimônio: 943.984 registros, e não 944.425
Dados de roubos e furtos em SP foram divulgados com erro ao longo de 2022, aponta auditoria Foto: Reprodução/Nota técnica-SSP

A auditoria é feita por um grupo de trabalho (GT) responsável pela revisão dos indicadores criminais, conforme instituído por resolução da SSP. Participam representantes da secretaria, da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Polícia Técnico-Científica. Segundo a secretaria, a divulgação dos resultados finais ocorrerá até o fim do ano, após a conclusão da revisão e validação de todos os indicadores criminais.

“Essa alteração da contabilização de estatísticas vai ser positiva, vai trazer mais rastreabilidade e confiança para as estatísticas”, afirmou ao Estadão Bruno Langeani, diretor do Instituto Sou da Paz. “Mas, na nossa opinião, o governo pecou muito, e deixa aí uma sombra de incerteza, pelo fato de que não há controle externo sobre o que está sendo feito.”

Ele afirma que, como as estatísticas criminais impactam desde questões políticas até a bonificação de policiais, a gestão dos dados requer cuidado redobrado, inclusive na composição do grupo do trabalho. “Não há pessoas externas, sociedade civil ou institutos de pesquisa para ajudar tanto a melhorar essa revisão, como também trazer algum controle social sobre essas mudanças”, disse.

Revisão dos dados foi anunciada em maio

A revisão dos índices criminais foi anunciada pelo governo do Estado no fim de maio deste ano. Na ocasião, a Secretaria da Segurança Pública, chefiada atualmente pelo capitão Guilherme Derrite, afirmou ter encontrado divergências nos dados estatísticos criminais de abril deste ano ao compará-los com índices divulgados no mesmo mês do ano anterior.

“A Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da SSP identificou que parte das ocorrências de roubos e furtos de veículo em diferentes regiões do Estado foram registradas equivocadamente em outros indicadores, impactando diretamente os dados de crimes patrimoniais consolidados no período”, afirmou a secretaria em comunicado.

Em nota, a assessoria do ex-governador Rodrigo Garcia disse que “o trabalho de auditoria dos dados é e deve ser feito constantemente”. “Só reforça o compromisso com a transparência e comprova a capacidade técnica da CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento), composta por policiais de carreira”, disse. O ex-governador João Doria informou, também por meio da assessoria, que não comentaria o assunto.

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