Delator do PCC denunciou corrupção policial 8 dias antes de ser executado em aeroporto, diz TV


Antônio Vinícius Lopes Gritzbach declarou à Corregedoria da Polícia Civil que havia sido roubado por investigadores, de acordo com o programa ‘Fantástico’; SSP diz que ‘todas as circunstâncias do caso são investigadas’

Por Redação

Oito dias antes de ser executado na última sexta-feira, 8, com dez tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos, o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach tinha denunciado à Corregedoria da Polícia Civil que havia sido roubado por investigadores. De acordo com reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 10, Gritzbach contou que, quando ele foi preso, no início de 2022, acusado de mandar matar um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), policiais levaram uma bolsa com R$ 20 mil de sua casa e uma caixa com uma coleção de relógios luxuosos. O estojo foi devolvido, mas com cinco relógios a menos.

Ainda segundo a reportagem, o empresário reconheceu um desses relógios em fotos nas redes sociais de um dos policiais. As imagens, segundo o delator, foram apagadas depois da denúncia.

Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi assassinado a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Foto: Polícia Civil/Divulgação
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, acompanha o caso. “Nós estamos proibidos de revelar o teor, inclusive esse depoimento que ele deu na Corregedoria faz parte do acordo de delação premiada. E isso foi muito recentemente, ainda está em apuração por parte da Corregedoria”, disse à TV Globo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.

Como o Estadão mostrou, o empresário, em seu acordo de delação premiada, entregou aos promotores do Gaeco, um áudio de 4 minutos e 59 segundos de duração com denúncias de corrupção policial. A conversa se dá entre um investigador não identificado que trabalhava no Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e o advogado Ahmed Hassan, o Mude, acusado de ser ligado à cúpula da facção, e foi gravada pelo próprio Gritzbach sem o conhecimento dos outros dois no escritório dele.

O policial procurou Gritzbach para alertá-lo sobre os planos para matá-lo. Ele pôs o telefone no viva voz para conversar com um advogado acusado de lavar dinheiro da cúpula da facção. No bate-papo por telefone, o advogado concorda em aumentar o prêmio de R$ 300 mil para R$ 3 milhões pela morte do empresário.

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O Estadão não conseguiu localizar o advogado, que sempre negou as acusações quando foi ouvido pela polícia. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que “todas as circunstâncias do caso são investigadas”. Em nota, afirmou ainda que “as corregedorias das polícias Civil e Militar apuram a atuação de seus agentes no caso.”

Investigação

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A Polícia Civil de São Paulo apreendeu os celulares dos quatro agentes da Polícia Militar incumbidos de fazer a segurança particular do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach. O objetivo é averiguar um possível envolvimento dos seguranças com o caso.

Conforme as informações preliminares do caso, Gritzbach havia acabado de chegar de viagem com a namorada no aeroporto e seria recebido pelo filho e um grupo de quatro seguranças, composto por PMs que faziam a proteção do empresário. No caminho para o aeroporto, porém, um dos carros usados por eles teria supostamente apresentado falha mecânica. Três dos seguranças, então, teriam ficado com o veículo em um posto de gasolina. Assim, somente um estava no aeroporto na hora do atentado.

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Uma das linhas de investigação, que ainda está em fase preliminar, busca entender se os agentes não teriam deixado o policial exposto no aeroporto intencionalmente. Os celulares dos quatro integrantes da escolta e da namorada de Gritzbach foram apreendidos pelo DHPP, de acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública.

Os policiais militares que pertenciam à equipe de segurança da vítima já prestaram depoimento para a Polícia Civil e também na Corregedoria da PM. Eles foram afastados de suas atividades operacionais durante as investigações e ficarão em expediente administrativo a pedido da Corregedoria. A namorada da vítima também foi ouvida pelos investigadores. As corregedorias das Polícias Civil e Militar apuram a atuação dos agentes.

Oito dias antes de ser executado na última sexta-feira, 8, com dez tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos, o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach tinha denunciado à Corregedoria da Polícia Civil que havia sido roubado por investigadores. De acordo com reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 10, Gritzbach contou que, quando ele foi preso, no início de 2022, acusado de mandar matar um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), policiais levaram uma bolsa com R$ 20 mil de sua casa e uma caixa com uma coleção de relógios luxuosos. O estojo foi devolvido, mas com cinco relógios a menos.

Ainda segundo a reportagem, o empresário reconheceu um desses relógios em fotos nas redes sociais de um dos policiais. As imagens, segundo o delator, foram apagadas depois da denúncia.

Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi assassinado a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Foto: Polícia Civil/Divulgação

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, acompanha o caso. “Nós estamos proibidos de revelar o teor, inclusive esse depoimento que ele deu na Corregedoria faz parte do acordo de delação premiada. E isso foi muito recentemente, ainda está em apuração por parte da Corregedoria”, disse à TV Globo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.

Como o Estadão mostrou, o empresário, em seu acordo de delação premiada, entregou aos promotores do Gaeco, um áudio de 4 minutos e 59 segundos de duração com denúncias de corrupção policial. A conversa se dá entre um investigador não identificado que trabalhava no Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e o advogado Ahmed Hassan, o Mude, acusado de ser ligado à cúpula da facção, e foi gravada pelo próprio Gritzbach sem o conhecimento dos outros dois no escritório dele.

O policial procurou Gritzbach para alertá-lo sobre os planos para matá-lo. Ele pôs o telefone no viva voz para conversar com um advogado acusado de lavar dinheiro da cúpula da facção. No bate-papo por telefone, o advogado concorda em aumentar o prêmio de R$ 300 mil para R$ 3 milhões pela morte do empresário.

O Estadão não conseguiu localizar o advogado, que sempre negou as acusações quando foi ouvido pela polícia. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que “todas as circunstâncias do caso são investigadas”. Em nota, afirmou ainda que “as corregedorias das polícias Civil e Militar apuram a atuação de seus agentes no caso.”

Investigação

A Polícia Civil de São Paulo apreendeu os celulares dos quatro agentes da Polícia Militar incumbidos de fazer a segurança particular do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach. O objetivo é averiguar um possível envolvimento dos seguranças com o caso.

Conforme as informações preliminares do caso, Gritzbach havia acabado de chegar de viagem com a namorada no aeroporto e seria recebido pelo filho e um grupo de quatro seguranças, composto por PMs que faziam a proteção do empresário. No caminho para o aeroporto, porém, um dos carros usados por eles teria supostamente apresentado falha mecânica. Três dos seguranças, então, teriam ficado com o veículo em um posto de gasolina. Assim, somente um estava no aeroporto na hora do atentado.

Uma das linhas de investigação, que ainda está em fase preliminar, busca entender se os agentes não teriam deixado o policial exposto no aeroporto intencionalmente. Os celulares dos quatro integrantes da escolta e da namorada de Gritzbach foram apreendidos pelo DHPP, de acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública.

Os policiais militares que pertenciam à equipe de segurança da vítima já prestaram depoimento para a Polícia Civil e também na Corregedoria da PM. Eles foram afastados de suas atividades operacionais durante as investigações e ficarão em expediente administrativo a pedido da Corregedoria. A namorada da vítima também foi ouvida pelos investigadores. As corregedorias das Polícias Civil e Militar apuram a atuação dos agentes.

Oito dias antes de ser executado na última sexta-feira, 8, com dez tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos, o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach tinha denunciado à Corregedoria da Polícia Civil que havia sido roubado por investigadores. De acordo com reportagem exibida pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo, 10, Gritzbach contou que, quando ele foi preso, no início de 2022, acusado de mandar matar um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), policiais levaram uma bolsa com R$ 20 mil de sua casa e uma caixa com uma coleção de relógios luxuosos. O estojo foi devolvido, mas com cinco relógios a menos.

Ainda segundo a reportagem, o empresário reconheceu um desses relógios em fotos nas redes sociais de um dos policiais. As imagens, segundo o delator, foram apagadas depois da denúncia.

Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi assassinado a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Foto: Polícia Civil/Divulgação

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, acompanha o caso. “Nós estamos proibidos de revelar o teor, inclusive esse depoimento que ele deu na Corregedoria faz parte do acordo de delação premiada. E isso foi muito recentemente, ainda está em apuração por parte da Corregedoria”, disse à TV Globo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.

Como o Estadão mostrou, o empresário, em seu acordo de delação premiada, entregou aos promotores do Gaeco, um áudio de 4 minutos e 59 segundos de duração com denúncias de corrupção policial. A conversa se dá entre um investigador não identificado que trabalhava no Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e o advogado Ahmed Hassan, o Mude, acusado de ser ligado à cúpula da facção, e foi gravada pelo próprio Gritzbach sem o conhecimento dos outros dois no escritório dele.

O policial procurou Gritzbach para alertá-lo sobre os planos para matá-lo. Ele pôs o telefone no viva voz para conversar com um advogado acusado de lavar dinheiro da cúpula da facção. No bate-papo por telefone, o advogado concorda em aumentar o prêmio de R$ 300 mil para R$ 3 milhões pela morte do empresário.

O Estadão não conseguiu localizar o advogado, que sempre negou as acusações quando foi ouvido pela polícia. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que “todas as circunstâncias do caso são investigadas”. Em nota, afirmou ainda que “as corregedorias das polícias Civil e Militar apuram a atuação de seus agentes no caso.”

Investigação

A Polícia Civil de São Paulo apreendeu os celulares dos quatro agentes da Polícia Militar incumbidos de fazer a segurança particular do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach. O objetivo é averiguar um possível envolvimento dos seguranças com o caso.

Conforme as informações preliminares do caso, Gritzbach havia acabado de chegar de viagem com a namorada no aeroporto e seria recebido pelo filho e um grupo de quatro seguranças, composto por PMs que faziam a proteção do empresário. No caminho para o aeroporto, porém, um dos carros usados por eles teria supostamente apresentado falha mecânica. Três dos seguranças, então, teriam ficado com o veículo em um posto de gasolina. Assim, somente um estava no aeroporto na hora do atentado.

Uma das linhas de investigação, que ainda está em fase preliminar, busca entender se os agentes não teriam deixado o policial exposto no aeroporto intencionalmente. Os celulares dos quatro integrantes da escolta e da namorada de Gritzbach foram apreendidos pelo DHPP, de acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública.

Os policiais militares que pertenciam à equipe de segurança da vítima já prestaram depoimento para a Polícia Civil e também na Corregedoria da PM. Eles foram afastados de suas atividades operacionais durante as investigações e ficarão em expediente administrativo a pedido da Corregedoria. A namorada da vítima também foi ouvida pelos investigadores. As corregedorias das Polícias Civil e Militar apuram a atuação dos agentes.

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