Delator do PCC denunciou que policiais pediram R$ 40 milhões para livrá-lo de acusação de homicídios


Depoimento foi dado por Antonio Vinicius Gritzbach à Corregedoria dias antes de ser morto no Aeroporto de Guarulhos; segundo empresário, agentes que tentaram acharcá-lo atuavam no DHPP, setor que o investigava por duplo assassinato de traficantes

Por Marcelo Godoy
Atualização:

O delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Antonio Vinicius Gritzbach, afirmou à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo que dois agentes que o investigavam por um duplo assassinato pediram R$ 40 milhões de propina para livrá-lo da acusação. Segundo o empresário, os policiais que tentaram acharcá-lo eram do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A Polícia Civil afastou das atividades operacionais seis policiais citados por Gritzbach em sua delação.

Gritzbach foi morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos Foto: Italo Lo Re/Estadão
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O depoimento foi dado por Gritzbach à Corregedoria dias antes de ele ser executado no Aeroporto de Guarulhos com tiros de fuzil. O delator foi investigado pelo duplo homicídio de um dos líderes da facção, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e seu segurança, Antonio Corona Neto, o Sem Sangue.

Os dois foram assassinados no Tatuapé, na zona leste paulistana, em dezembro de 2021. Gritzbach reconheceu a lavagem de dinheiro pelo PCC em depoimentos às autoridades, mas sempre negou ser o mandante desses homicídios.

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Segundo o delator, o montante de R$ 40 milhões não foi entregue aos policiais, mas Gritzbach chegou a pagar R$ 1 milhão, após negociar a redução do preço da propina. O dinheiro teria sido entregue em um restaurante na zona leste por um empresário dono de uma loja de automóveis.

Gritzbach foi atraído para ‘tribunal do crime’

Enquanto era investigado pelo DHPP em razão do duplo homicídio, Gritzbach foi atraído para uma armadilha por dois policiais do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). O que seria um encontro com os agentes teria se transformado em um sequestro para que o empresário fosse submetido ao tribunal do PCC.

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Gritzbach conseguiu convencer seus captores de que, se fosse morto, eles nunca mais teriam acesso às criptomoedas em poder do empresário – ele teria investido R$ 100 milhões de Cara Preta em criptoativos.

Liberado pelos criminosos, Gritzbach denunciou o sequestro ao DHPP, em 2022. Os policiais, então, teriam decidido extorquir R$ 10 milhões dos acusados: Rafael Maeda, o Japonês do PCC, e o empresário Danilo Tripa. Cada um teria pagado R$ 5 milhões de propina para que o inquérito fosse arquivado.

Outro caso relatado por Gritzbach em seu depoimento foi o desaparecimento de sete relógios, avaliados em cerca de R$ 700 mil. Os relógios estavam em uma maleta que foi apreendida pelos policiais do DHPP quando Gritzbach foi preso, em 2023, sob a acusação de ser o mandante da morte de Cara Preta.

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De acordo com o delator, um dos policiais que se apropriou dos itens publicava fotografias em redes sociais usando os relógios.

O delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Antonio Vinicius Gritzbach, afirmou à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo que dois agentes que o investigavam por um duplo assassinato pediram R$ 40 milhões de propina para livrá-lo da acusação. Segundo o empresário, os policiais que tentaram acharcá-lo eram do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A Polícia Civil afastou das atividades operacionais seis policiais citados por Gritzbach em sua delação.

Gritzbach foi morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos Foto: Italo Lo Re/Estadão

O depoimento foi dado por Gritzbach à Corregedoria dias antes de ele ser executado no Aeroporto de Guarulhos com tiros de fuzil. O delator foi investigado pelo duplo homicídio de um dos líderes da facção, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e seu segurança, Antonio Corona Neto, o Sem Sangue.

Os dois foram assassinados no Tatuapé, na zona leste paulistana, em dezembro de 2021. Gritzbach reconheceu a lavagem de dinheiro pelo PCC em depoimentos às autoridades, mas sempre negou ser o mandante desses homicídios.

Segundo o delator, o montante de R$ 40 milhões não foi entregue aos policiais, mas Gritzbach chegou a pagar R$ 1 milhão, após negociar a redução do preço da propina. O dinheiro teria sido entregue em um restaurante na zona leste por um empresário dono de uma loja de automóveis.

Gritzbach foi atraído para ‘tribunal do crime’

Enquanto era investigado pelo DHPP em razão do duplo homicídio, Gritzbach foi atraído para uma armadilha por dois policiais do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). O que seria um encontro com os agentes teria se transformado em um sequestro para que o empresário fosse submetido ao tribunal do PCC.

Gritzbach conseguiu convencer seus captores de que, se fosse morto, eles nunca mais teriam acesso às criptomoedas em poder do empresário – ele teria investido R$ 100 milhões de Cara Preta em criptoativos.

Liberado pelos criminosos, Gritzbach denunciou o sequestro ao DHPP, em 2022. Os policiais, então, teriam decidido extorquir R$ 10 milhões dos acusados: Rafael Maeda, o Japonês do PCC, e o empresário Danilo Tripa. Cada um teria pagado R$ 5 milhões de propina para que o inquérito fosse arquivado.

Outro caso relatado por Gritzbach em seu depoimento foi o desaparecimento de sete relógios, avaliados em cerca de R$ 700 mil. Os relógios estavam em uma maleta que foi apreendida pelos policiais do DHPP quando Gritzbach foi preso, em 2023, sob a acusação de ser o mandante da morte de Cara Preta.

De acordo com o delator, um dos policiais que se apropriou dos itens publicava fotografias em redes sociais usando os relógios.

O delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Antonio Vinicius Gritzbach, afirmou à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo que dois agentes que o investigavam por um duplo assassinato pediram R$ 40 milhões de propina para livrá-lo da acusação. Segundo o empresário, os policiais que tentaram acharcá-lo eram do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A Polícia Civil afastou das atividades operacionais seis policiais citados por Gritzbach em sua delação.

Gritzbach foi morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos Foto: Italo Lo Re/Estadão

O depoimento foi dado por Gritzbach à Corregedoria dias antes de ele ser executado no Aeroporto de Guarulhos com tiros de fuzil. O delator foi investigado pelo duplo homicídio de um dos líderes da facção, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e seu segurança, Antonio Corona Neto, o Sem Sangue.

Os dois foram assassinados no Tatuapé, na zona leste paulistana, em dezembro de 2021. Gritzbach reconheceu a lavagem de dinheiro pelo PCC em depoimentos às autoridades, mas sempre negou ser o mandante desses homicídios.

Segundo o delator, o montante de R$ 40 milhões não foi entregue aos policiais, mas Gritzbach chegou a pagar R$ 1 milhão, após negociar a redução do preço da propina. O dinheiro teria sido entregue em um restaurante na zona leste por um empresário dono de uma loja de automóveis.

Gritzbach foi atraído para ‘tribunal do crime’

Enquanto era investigado pelo DHPP em razão do duplo homicídio, Gritzbach foi atraído para uma armadilha por dois policiais do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). O que seria um encontro com os agentes teria se transformado em um sequestro para que o empresário fosse submetido ao tribunal do PCC.

Gritzbach conseguiu convencer seus captores de que, se fosse morto, eles nunca mais teriam acesso às criptomoedas em poder do empresário – ele teria investido R$ 100 milhões de Cara Preta em criptoativos.

Liberado pelos criminosos, Gritzbach denunciou o sequestro ao DHPP, em 2022. Os policiais, então, teriam decidido extorquir R$ 10 milhões dos acusados: Rafael Maeda, o Japonês do PCC, e o empresário Danilo Tripa. Cada um teria pagado R$ 5 milhões de propina para que o inquérito fosse arquivado.

Outro caso relatado por Gritzbach em seu depoimento foi o desaparecimento de sete relógios, avaliados em cerca de R$ 700 mil. Os relógios estavam em uma maleta que foi apreendida pelos policiais do DHPP quando Gritzbach foi preso, em 2023, sob a acusação de ser o mandante da morte de Cara Preta.

De acordo com o delator, um dos policiais que se apropriou dos itens publicava fotografias em redes sociais usando os relógios.

O delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Antonio Vinicius Gritzbach, afirmou à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo que dois agentes que o investigavam por um duplo assassinato pediram R$ 40 milhões de propina para livrá-lo da acusação. Segundo o empresário, os policiais que tentaram acharcá-lo eram do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A Polícia Civil afastou das atividades operacionais seis policiais citados por Gritzbach em sua delação.

Gritzbach foi morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos Foto: Italo Lo Re/Estadão

O depoimento foi dado por Gritzbach à Corregedoria dias antes de ele ser executado no Aeroporto de Guarulhos com tiros de fuzil. O delator foi investigado pelo duplo homicídio de um dos líderes da facção, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e seu segurança, Antonio Corona Neto, o Sem Sangue.

Os dois foram assassinados no Tatuapé, na zona leste paulistana, em dezembro de 2021. Gritzbach reconheceu a lavagem de dinheiro pelo PCC em depoimentos às autoridades, mas sempre negou ser o mandante desses homicídios.

Segundo o delator, o montante de R$ 40 milhões não foi entregue aos policiais, mas Gritzbach chegou a pagar R$ 1 milhão, após negociar a redução do preço da propina. O dinheiro teria sido entregue em um restaurante na zona leste por um empresário dono de uma loja de automóveis.

Gritzbach foi atraído para ‘tribunal do crime’

Enquanto era investigado pelo DHPP em razão do duplo homicídio, Gritzbach foi atraído para uma armadilha por dois policiais do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). O que seria um encontro com os agentes teria se transformado em um sequestro para que o empresário fosse submetido ao tribunal do PCC.

Gritzbach conseguiu convencer seus captores de que, se fosse morto, eles nunca mais teriam acesso às criptomoedas em poder do empresário – ele teria investido R$ 100 milhões de Cara Preta em criptoativos.

Liberado pelos criminosos, Gritzbach denunciou o sequestro ao DHPP, em 2022. Os policiais, então, teriam decidido extorquir R$ 10 milhões dos acusados: Rafael Maeda, o Japonês do PCC, e o empresário Danilo Tripa. Cada um teria pagado R$ 5 milhões de propina para que o inquérito fosse arquivado.

Outro caso relatado por Gritzbach em seu depoimento foi o desaparecimento de sete relógios, avaliados em cerca de R$ 700 mil. Os relógios estavam em uma maleta que foi apreendida pelos policiais do DHPP quando Gritzbach foi preso, em 2023, sob a acusação de ser o mandante da morte de Cara Preta.

De acordo com o delator, um dos policiais que se apropriou dos itens publicava fotografias em redes sociais usando os relógios.

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