Delator do PCC desconfiou estar sendo seguido em viagem por homem que já o ameaçava, diz namorada


Antônio Vinicius Gritzbach foi executado com dez tiros de fuzil após desembarcar em Guarulhos, vindo de Alagoas; reportagem não localizou a defesa

Por Marcelo Godoy
Atualização:

A namorada de Antônio Vinicius Gritzbach, delator do PCC executado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, na sexta-feira, 8, disse em depoimento à polícia que o empresário contou à ela estar desconfiado que o mesmo homem que o ameaçava também o perseguia durante o período em que o casal esteve em São Miguel dos Milagres, em Alagoas. Foi na volta desta viagem que Gritzbach foi executado com dez tiros de fuzil na área de desembarque do Terminal 2 do aeroporto.

O empresário havia firmado acordo de delação premiada com a promessa de entregar esquemas de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e também falou sobre casos de corrupção policial. Entre os bandidos, dizia-se que havia um prêmio de R$ 3 milhões pela cabeça do delator.

Ao menos 27 tiros de fuzil foram disparados contra Antonio Vinicius Lopes Gritzbach na área de desembarque do Aeroporto de Guarulhos; dez acertaram o empresário. Foto: Polícia Civil/Divulgação
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Maria Helena Paiva Antunes declarou aos policiais que conheceu Gritzbach há cerca de um ano e meio por meio do Instagram. Segundo ele, logo que se conheceram iniciaram um relacionamento amoroso. O Estadão não localizou a defesa de Maria Helena.

No depoimento, ela disse que ouvia o namorado conversando ao telefone dizendo que recebia ameaças de morte por mensagem. Na quarta-feira, 6, durante um jantar em São Miguel dos Milagres, o empresário, então, comentou que teria visto um homem muito parecido com um dos que o ameaçavam. Ele, no entanto achava que talvez não fosse a mesmo pessoa porque o suposto criminoso não estava fumando e o homem que o ameaçava fumava demasiadamente.

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À polícia, ela também afirmou ter ouvido Gritzbach conversar ao telefone com uma pessoa que lhe devia dinheiro. Na sequência, dois homens que faziam a segurança do empresário foram até Maceió buscar algumas joias que seriam parte do pagamento desta dívida.

As joias foram apreendidas pela polícia após a morte do delator do PCC. Elas tinham certificado de joalherias como Bulgari, Cristovam Joalheria, Vivara e Cartier e estão avaliadas em R$ 1 milhão. Eram anéis, pulseiras, colares e pingentes com pedras em formato de coração.

No desembarque, em Guarulhos, na sexta-feira, de acordo com Maria Helena, o empresário foi avisado de que o veículo Amarok que faria sua escolta estava com problemas mecânicos. Ela, o namorado e mais dois homens que faziam a segurança do casal, então, saíram juntos, com os agentes poucos passos à frente. Quando caminhavam em direção ao estacionamento, Gritzbach foi alvejado.

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Maria Helena, então, correu para se abrigar na porta em frente ao desembarque.

Investigação

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A força-tarefa criada para apurar a execução do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach afastou mais quatro policiais militares investigados pela Corregedoria da corporação por fazer escolta para o delator. Agora, portanto, são oito PMs investigados. Uma possível participação dos agentes na morte de Gritzbach também não é descartada.

Além deles, a Corregedoria da PM teria identificado, em investigação que já dura um mês, outros quatro agentes que prestavam serviços de escolta para o empresário. Diante disso, foi aberto um inquérito policial militar (IPM) para apurar a conduta dos agentes, segundo a Secretaria da Segurança Pública. A Corregedoria da Polícia Civil também acompanha os policiais civis que foram citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público do Estado.

Com a morte do empresário, o MP pediu a rescisão do acordo de delação de Gritzbach. Os promotores, no entanto, solicitaram autorização para uso das provas que o delator compartilhou. Rescisão é diferente de anulação. O processo de delação é extinto porque pressupõe a participação do réu colaborador, mas o que ele já passou de informação continua tendo validade.

A namorada de Antônio Vinicius Gritzbach, delator do PCC executado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, na sexta-feira, 8, disse em depoimento à polícia que o empresário contou à ela estar desconfiado que o mesmo homem que o ameaçava também o perseguia durante o período em que o casal esteve em São Miguel dos Milagres, em Alagoas. Foi na volta desta viagem que Gritzbach foi executado com dez tiros de fuzil na área de desembarque do Terminal 2 do aeroporto.

O empresário havia firmado acordo de delação premiada com a promessa de entregar esquemas de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e também falou sobre casos de corrupção policial. Entre os bandidos, dizia-se que havia um prêmio de R$ 3 milhões pela cabeça do delator.

Ao menos 27 tiros de fuzil foram disparados contra Antonio Vinicius Lopes Gritzbach na área de desembarque do Aeroporto de Guarulhos; dez acertaram o empresário. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Maria Helena Paiva Antunes declarou aos policiais que conheceu Gritzbach há cerca de um ano e meio por meio do Instagram. Segundo ele, logo que se conheceram iniciaram um relacionamento amoroso. O Estadão não localizou a defesa de Maria Helena.

No depoimento, ela disse que ouvia o namorado conversando ao telefone dizendo que recebia ameaças de morte por mensagem. Na quarta-feira, 6, durante um jantar em São Miguel dos Milagres, o empresário, então, comentou que teria visto um homem muito parecido com um dos que o ameaçavam. Ele, no entanto achava que talvez não fosse a mesmo pessoa porque o suposto criminoso não estava fumando e o homem que o ameaçava fumava demasiadamente.

À polícia, ela também afirmou ter ouvido Gritzbach conversar ao telefone com uma pessoa que lhe devia dinheiro. Na sequência, dois homens que faziam a segurança do empresário foram até Maceió buscar algumas joias que seriam parte do pagamento desta dívida.

As joias foram apreendidas pela polícia após a morte do delator do PCC. Elas tinham certificado de joalherias como Bulgari, Cristovam Joalheria, Vivara e Cartier e estão avaliadas em R$ 1 milhão. Eram anéis, pulseiras, colares e pingentes com pedras em formato de coração.

No desembarque, em Guarulhos, na sexta-feira, de acordo com Maria Helena, o empresário foi avisado de que o veículo Amarok que faria sua escolta estava com problemas mecânicos. Ela, o namorado e mais dois homens que faziam a segurança do casal, então, saíram juntos, com os agentes poucos passos à frente. Quando caminhavam em direção ao estacionamento, Gritzbach foi alvejado.

Maria Helena, então, correu para se abrigar na porta em frente ao desembarque.

Investigação

A força-tarefa criada para apurar a execução do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach afastou mais quatro policiais militares investigados pela Corregedoria da corporação por fazer escolta para o delator. Agora, portanto, são oito PMs investigados. Uma possível participação dos agentes na morte de Gritzbach também não é descartada.

Além deles, a Corregedoria da PM teria identificado, em investigação que já dura um mês, outros quatro agentes que prestavam serviços de escolta para o empresário. Diante disso, foi aberto um inquérito policial militar (IPM) para apurar a conduta dos agentes, segundo a Secretaria da Segurança Pública. A Corregedoria da Polícia Civil também acompanha os policiais civis que foram citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público do Estado.

Com a morte do empresário, o MP pediu a rescisão do acordo de delação de Gritzbach. Os promotores, no entanto, solicitaram autorização para uso das provas que o delator compartilhou. Rescisão é diferente de anulação. O processo de delação é extinto porque pressupõe a participação do réu colaborador, mas o que ele já passou de informação continua tendo validade.

A namorada de Antônio Vinicius Gritzbach, delator do PCC executado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, na sexta-feira, 8, disse em depoimento à polícia que o empresário contou à ela estar desconfiado que o mesmo homem que o ameaçava também o perseguia durante o período em que o casal esteve em São Miguel dos Milagres, em Alagoas. Foi na volta desta viagem que Gritzbach foi executado com dez tiros de fuzil na área de desembarque do Terminal 2 do aeroporto.

O empresário havia firmado acordo de delação premiada com a promessa de entregar esquemas de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e também falou sobre casos de corrupção policial. Entre os bandidos, dizia-se que havia um prêmio de R$ 3 milhões pela cabeça do delator.

Ao menos 27 tiros de fuzil foram disparados contra Antonio Vinicius Lopes Gritzbach na área de desembarque do Aeroporto de Guarulhos; dez acertaram o empresário. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Maria Helena Paiva Antunes declarou aos policiais que conheceu Gritzbach há cerca de um ano e meio por meio do Instagram. Segundo ele, logo que se conheceram iniciaram um relacionamento amoroso. O Estadão não localizou a defesa de Maria Helena.

No depoimento, ela disse que ouvia o namorado conversando ao telefone dizendo que recebia ameaças de morte por mensagem. Na quarta-feira, 6, durante um jantar em São Miguel dos Milagres, o empresário, então, comentou que teria visto um homem muito parecido com um dos que o ameaçavam. Ele, no entanto achava que talvez não fosse a mesmo pessoa porque o suposto criminoso não estava fumando e o homem que o ameaçava fumava demasiadamente.

À polícia, ela também afirmou ter ouvido Gritzbach conversar ao telefone com uma pessoa que lhe devia dinheiro. Na sequência, dois homens que faziam a segurança do empresário foram até Maceió buscar algumas joias que seriam parte do pagamento desta dívida.

As joias foram apreendidas pela polícia após a morte do delator do PCC. Elas tinham certificado de joalherias como Bulgari, Cristovam Joalheria, Vivara e Cartier e estão avaliadas em R$ 1 milhão. Eram anéis, pulseiras, colares e pingentes com pedras em formato de coração.

No desembarque, em Guarulhos, na sexta-feira, de acordo com Maria Helena, o empresário foi avisado de que o veículo Amarok que faria sua escolta estava com problemas mecânicos. Ela, o namorado e mais dois homens que faziam a segurança do casal, então, saíram juntos, com os agentes poucos passos à frente. Quando caminhavam em direção ao estacionamento, Gritzbach foi alvejado.

Maria Helena, então, correu para se abrigar na porta em frente ao desembarque.

Investigação

A força-tarefa criada para apurar a execução do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach afastou mais quatro policiais militares investigados pela Corregedoria da corporação por fazer escolta para o delator. Agora, portanto, são oito PMs investigados. Uma possível participação dos agentes na morte de Gritzbach também não é descartada.

Além deles, a Corregedoria da PM teria identificado, em investigação que já dura um mês, outros quatro agentes que prestavam serviços de escolta para o empresário. Diante disso, foi aberto um inquérito policial militar (IPM) para apurar a conduta dos agentes, segundo a Secretaria da Segurança Pública. A Corregedoria da Polícia Civil também acompanha os policiais civis que foram citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público do Estado.

Com a morte do empresário, o MP pediu a rescisão do acordo de delação de Gritzbach. Os promotores, no entanto, solicitaram autorização para uso das provas que o delator compartilhou. Rescisão é diferente de anulação. O processo de delação é extinto porque pressupõe a participação do réu colaborador, mas o que ele já passou de informação continua tendo validade.

A namorada de Antônio Vinicius Gritzbach, delator do PCC executado no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, na sexta-feira, 8, disse em depoimento à polícia que o empresário contou à ela estar desconfiado que o mesmo homem que o ameaçava também o perseguia durante o período em que o casal esteve em São Miguel dos Milagres, em Alagoas. Foi na volta desta viagem que Gritzbach foi executado com dez tiros de fuzil na área de desembarque do Terminal 2 do aeroporto.

O empresário havia firmado acordo de delação premiada com a promessa de entregar esquemas de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e também falou sobre casos de corrupção policial. Entre os bandidos, dizia-se que havia um prêmio de R$ 3 milhões pela cabeça do delator.

Ao menos 27 tiros de fuzil foram disparados contra Antonio Vinicius Lopes Gritzbach na área de desembarque do Aeroporto de Guarulhos; dez acertaram o empresário. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Maria Helena Paiva Antunes declarou aos policiais que conheceu Gritzbach há cerca de um ano e meio por meio do Instagram. Segundo ele, logo que se conheceram iniciaram um relacionamento amoroso. O Estadão não localizou a defesa de Maria Helena.

No depoimento, ela disse que ouvia o namorado conversando ao telefone dizendo que recebia ameaças de morte por mensagem. Na quarta-feira, 6, durante um jantar em São Miguel dos Milagres, o empresário, então, comentou que teria visto um homem muito parecido com um dos que o ameaçavam. Ele, no entanto achava que talvez não fosse a mesmo pessoa porque o suposto criminoso não estava fumando e o homem que o ameaçava fumava demasiadamente.

À polícia, ela também afirmou ter ouvido Gritzbach conversar ao telefone com uma pessoa que lhe devia dinheiro. Na sequência, dois homens que faziam a segurança do empresário foram até Maceió buscar algumas joias que seriam parte do pagamento desta dívida.

As joias foram apreendidas pela polícia após a morte do delator do PCC. Elas tinham certificado de joalherias como Bulgari, Cristovam Joalheria, Vivara e Cartier e estão avaliadas em R$ 1 milhão. Eram anéis, pulseiras, colares e pingentes com pedras em formato de coração.

No desembarque, em Guarulhos, na sexta-feira, de acordo com Maria Helena, o empresário foi avisado de que o veículo Amarok que faria sua escolta estava com problemas mecânicos. Ela, o namorado e mais dois homens que faziam a segurança do casal, então, saíram juntos, com os agentes poucos passos à frente. Quando caminhavam em direção ao estacionamento, Gritzbach foi alvejado.

Maria Helena, então, correu para se abrigar na porta em frente ao desembarque.

Investigação

A força-tarefa criada para apurar a execução do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach afastou mais quatro policiais militares investigados pela Corregedoria da corporação por fazer escolta para o delator. Agora, portanto, são oito PMs investigados. Uma possível participação dos agentes na morte de Gritzbach também não é descartada.

Além deles, a Corregedoria da PM teria identificado, em investigação que já dura um mês, outros quatro agentes que prestavam serviços de escolta para o empresário. Diante disso, foi aberto um inquérito policial militar (IPM) para apurar a conduta dos agentes, segundo a Secretaria da Segurança Pública. A Corregedoria da Polícia Civil também acompanha os policiais civis que foram citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público do Estado.

Com a morte do empresário, o MP pediu a rescisão do acordo de delação de Gritzbach. Os promotores, no entanto, solicitaram autorização para uso das provas que o delator compartilhou. Rescisão é diferente de anulação. O processo de delação é extinto porque pressupõe a participação do réu colaborador, mas o que ele já passou de informação continua tendo validade.

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