Sobe para 4 as mortes pela PM no Guarujá após retomada da Operação Escudo


Governo anunciou nova ação após assassinato de policial na sexta-feira passada. Mobilização anterior, entre julho e setembro, deixou 28 mortos. Secretaria defende legalidade

Por José Maria Tomazela
Atualização:

Já são pelo menos quatro as mortes em supostos confrontos com a Polícia Militar em Guarujá, no litoral de São Paulo, desde a última sexta-feira, 26, quando houve a retomada da Operação Escudo para prender os autores do assassinato do soldado Marcelo Augusto da Silva. Todos os óbitos aconteceram entre a madrugada e a noite deste domingo, 28.

Na ação mais recente, dois homens, de 56 e 44 anos, foram atingidos por disparos no Sítio Paecara, no distrito de Vicente de Carvalho. De manhã, já haviam sido mortos outros dois suspeitos, de 32 e 26 anos.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou as mortes, mas disse que elas não têm relação direta com a operação. A Ouvidoria da Polícia de São Paulo informou que vai apurar se os óbitos estão diretamente ligados à Operação Escudo.

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A primeira Operação Escudo aconteceu entre julho e setembro do ano passado, após o assassinato de um policial, e resultou na morte de 28 pessoas pela polícia; a secretaria defende a legalidade da atuação policial na região. Dados divulgados pelo governo na sexta-feira, 26, mostraram que as mortes cometidas por policiais em serviço subiram 39,6% em 2023 na comparação com 2022.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), na madrugada de domingo, policiais militares realizavam patrulhamento na Vila Zilda, bairro da periferia do Guarujá, quando se depararam com duas motocicletas em alta velocidade.

PM realizou operação na cidade em agosto após morte de policial da Rota Foto: Taba Benedicto/Estadão - 31/7/2023
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Segundo a pasta, os condutores das motos estariam em atitudes suspeitas e, quando houve uma tentativa de abordagem, na Avenida Prefeito Raphael Vitiello, eles teriam feito disparos de arma de fogo na direção dos policiais. Os PMs revidaram, baleando os suspeitos.

Acionada, uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) constatou a morte dos dois homens. Eles não tiveram a identidade divulgada.

Com a dupla, segundo o registro policial, foram apreendidos um revólver e uma pistola. O caso foi registrado na delegacia da Polícia Civil do Guarujá como mortes decorrente de intervenção policial e excludente de ilicitude, ou seja, os policiais teriam agido no cumprimento do dever.

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A investigação será feita pelo setor de homicídios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos.

Na noite de sábado, 27, policiais do 2º Batalhão de Operações de Polícia (Baep) que participavam da Operação Escudo prenderam um suspeito e apreenderam grande quantidade de drogas em um apartamento, em São Vicente, na Baixada Santista.

Localizado na Cidade Náutica, o imóvel funcionava como entreposto para distribuição da droga, segundo a polícia. Os policiais apreenderam 15,6 kg de maconha, além de cocaína e crack, mais de R$ 11 mil em cédulas e um automóvel que seria usado para o tráfico.

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Em nota, a SSP informou que desencadeou na sexta-feira, 26, a Operação Escudo na região do litoral sul paulista com o objetivo de prender os criminosos que assassinaram o soldado Marcelo Augusto da Silva, do 38º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, na madrugada do dia 26, em Cubatão.

“A operação conta com policiais do batalhão local, em apoio ao batalhão de choque”, disse. Ainda não há um balanço da nova fase da operação.

O policial, de 28 anos, foi abordado por criminosos quando retornava de moto para São Paulo, após ter trabalhado na Operação Verão, que reforça o policiamento no litoral durante a alta temporada.

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O crime aconteceu no trecho de Cubatão da Imigrantes. A polícia recolheu dez cápsulas de vários calibres espalhadas pelo asfalto. A moto do policial não foi levada, mas sua arma desapareceu. Na ocasião, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que o crime não ficaria impune.

Conforme a SSP, as Operações Escudo são deflagradas todas as vezes nas quais criminosos atentam contra o Estado por meio de ataques a policiais. “Têm como objetivo restabelecer a ordem pública e a sensação de segurança na comunidade local, além de identificar e prender os responsáveis pelas ações criminosas contra agentes de segurança paulistas”, afirmou.

Letalidade em alta

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Reportagem do Estadão, com base em dados do Instituto Sou da Paz, mostrou que as mortes cometidas por policiais militares e civis em serviço cresceram 39,6% no Estado de São Paulo. Foram registrados 384 óbitos desse tipo, ante 275 no ano anterior. Em contrapartida, as mortes cujos autores eram agentes de segurança de folga recuaram 17,8%: redução de 146 para 120.

Em nota, a SSP-SP disse que “investe continuamente em treinamento e aquisição de equipamentos” para reduzir a letalidade. Também afirmou que ocorrências dessa natureza são “rigorosamente investigadas” e encaminhadas para análise do Ministério Público e da Justiça.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do homem preso por tráfico em São Vicente.

Já são pelo menos quatro as mortes em supostos confrontos com a Polícia Militar em Guarujá, no litoral de São Paulo, desde a última sexta-feira, 26, quando houve a retomada da Operação Escudo para prender os autores do assassinato do soldado Marcelo Augusto da Silva. Todos os óbitos aconteceram entre a madrugada e a noite deste domingo, 28.

Na ação mais recente, dois homens, de 56 e 44 anos, foram atingidos por disparos no Sítio Paecara, no distrito de Vicente de Carvalho. De manhã, já haviam sido mortos outros dois suspeitos, de 32 e 26 anos.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou as mortes, mas disse que elas não têm relação direta com a operação. A Ouvidoria da Polícia de São Paulo informou que vai apurar se os óbitos estão diretamente ligados à Operação Escudo.

A primeira Operação Escudo aconteceu entre julho e setembro do ano passado, após o assassinato de um policial, e resultou na morte de 28 pessoas pela polícia; a secretaria defende a legalidade da atuação policial na região. Dados divulgados pelo governo na sexta-feira, 26, mostraram que as mortes cometidas por policiais em serviço subiram 39,6% em 2023 na comparação com 2022.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), na madrugada de domingo, policiais militares realizavam patrulhamento na Vila Zilda, bairro da periferia do Guarujá, quando se depararam com duas motocicletas em alta velocidade.

PM realizou operação na cidade em agosto após morte de policial da Rota Foto: Taba Benedicto/Estadão - 31/7/2023

Segundo a pasta, os condutores das motos estariam em atitudes suspeitas e, quando houve uma tentativa de abordagem, na Avenida Prefeito Raphael Vitiello, eles teriam feito disparos de arma de fogo na direção dos policiais. Os PMs revidaram, baleando os suspeitos.

Acionada, uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) constatou a morte dos dois homens. Eles não tiveram a identidade divulgada.

Com a dupla, segundo o registro policial, foram apreendidos um revólver e uma pistola. O caso foi registrado na delegacia da Polícia Civil do Guarujá como mortes decorrente de intervenção policial e excludente de ilicitude, ou seja, os policiais teriam agido no cumprimento do dever.

A investigação será feita pelo setor de homicídios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos.

Na noite de sábado, 27, policiais do 2º Batalhão de Operações de Polícia (Baep) que participavam da Operação Escudo prenderam um suspeito e apreenderam grande quantidade de drogas em um apartamento, em São Vicente, na Baixada Santista.

Localizado na Cidade Náutica, o imóvel funcionava como entreposto para distribuição da droga, segundo a polícia. Os policiais apreenderam 15,6 kg de maconha, além de cocaína e crack, mais de R$ 11 mil em cédulas e um automóvel que seria usado para o tráfico.

Em nota, a SSP informou que desencadeou na sexta-feira, 26, a Operação Escudo na região do litoral sul paulista com o objetivo de prender os criminosos que assassinaram o soldado Marcelo Augusto da Silva, do 38º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, na madrugada do dia 26, em Cubatão.

“A operação conta com policiais do batalhão local, em apoio ao batalhão de choque”, disse. Ainda não há um balanço da nova fase da operação.

O policial, de 28 anos, foi abordado por criminosos quando retornava de moto para São Paulo, após ter trabalhado na Operação Verão, que reforça o policiamento no litoral durante a alta temporada.

O crime aconteceu no trecho de Cubatão da Imigrantes. A polícia recolheu dez cápsulas de vários calibres espalhadas pelo asfalto. A moto do policial não foi levada, mas sua arma desapareceu. Na ocasião, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que o crime não ficaria impune.

Conforme a SSP, as Operações Escudo são deflagradas todas as vezes nas quais criminosos atentam contra o Estado por meio de ataques a policiais. “Têm como objetivo restabelecer a ordem pública e a sensação de segurança na comunidade local, além de identificar e prender os responsáveis pelas ações criminosas contra agentes de segurança paulistas”, afirmou.

Letalidade em alta

Reportagem do Estadão, com base em dados do Instituto Sou da Paz, mostrou que as mortes cometidas por policiais militares e civis em serviço cresceram 39,6% no Estado de São Paulo. Foram registrados 384 óbitos desse tipo, ante 275 no ano anterior. Em contrapartida, as mortes cujos autores eram agentes de segurança de folga recuaram 17,8%: redução de 146 para 120.

Em nota, a SSP-SP disse que “investe continuamente em treinamento e aquisição de equipamentos” para reduzir a letalidade. Também afirmou que ocorrências dessa natureza são “rigorosamente investigadas” e encaminhadas para análise do Ministério Público e da Justiça.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do homem preso por tráfico em São Vicente.

Já são pelo menos quatro as mortes em supostos confrontos com a Polícia Militar em Guarujá, no litoral de São Paulo, desde a última sexta-feira, 26, quando houve a retomada da Operação Escudo para prender os autores do assassinato do soldado Marcelo Augusto da Silva. Todos os óbitos aconteceram entre a madrugada e a noite deste domingo, 28.

Na ação mais recente, dois homens, de 56 e 44 anos, foram atingidos por disparos no Sítio Paecara, no distrito de Vicente de Carvalho. De manhã, já haviam sido mortos outros dois suspeitos, de 32 e 26 anos.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou as mortes, mas disse que elas não têm relação direta com a operação. A Ouvidoria da Polícia de São Paulo informou que vai apurar se os óbitos estão diretamente ligados à Operação Escudo.

A primeira Operação Escudo aconteceu entre julho e setembro do ano passado, após o assassinato de um policial, e resultou na morte de 28 pessoas pela polícia; a secretaria defende a legalidade da atuação policial na região. Dados divulgados pelo governo na sexta-feira, 26, mostraram que as mortes cometidas por policiais em serviço subiram 39,6% em 2023 na comparação com 2022.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), na madrugada de domingo, policiais militares realizavam patrulhamento na Vila Zilda, bairro da periferia do Guarujá, quando se depararam com duas motocicletas em alta velocidade.

PM realizou operação na cidade em agosto após morte de policial da Rota Foto: Taba Benedicto/Estadão - 31/7/2023

Segundo a pasta, os condutores das motos estariam em atitudes suspeitas e, quando houve uma tentativa de abordagem, na Avenida Prefeito Raphael Vitiello, eles teriam feito disparos de arma de fogo na direção dos policiais. Os PMs revidaram, baleando os suspeitos.

Acionada, uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) constatou a morte dos dois homens. Eles não tiveram a identidade divulgada.

Com a dupla, segundo o registro policial, foram apreendidos um revólver e uma pistola. O caso foi registrado na delegacia da Polícia Civil do Guarujá como mortes decorrente de intervenção policial e excludente de ilicitude, ou seja, os policiais teriam agido no cumprimento do dever.

A investigação será feita pelo setor de homicídios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos.

Na noite de sábado, 27, policiais do 2º Batalhão de Operações de Polícia (Baep) que participavam da Operação Escudo prenderam um suspeito e apreenderam grande quantidade de drogas em um apartamento, em São Vicente, na Baixada Santista.

Localizado na Cidade Náutica, o imóvel funcionava como entreposto para distribuição da droga, segundo a polícia. Os policiais apreenderam 15,6 kg de maconha, além de cocaína e crack, mais de R$ 11 mil em cédulas e um automóvel que seria usado para o tráfico.

Em nota, a SSP informou que desencadeou na sexta-feira, 26, a Operação Escudo na região do litoral sul paulista com o objetivo de prender os criminosos que assassinaram o soldado Marcelo Augusto da Silva, do 38º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, na madrugada do dia 26, em Cubatão.

“A operação conta com policiais do batalhão local, em apoio ao batalhão de choque”, disse. Ainda não há um balanço da nova fase da operação.

O policial, de 28 anos, foi abordado por criminosos quando retornava de moto para São Paulo, após ter trabalhado na Operação Verão, que reforça o policiamento no litoral durante a alta temporada.

O crime aconteceu no trecho de Cubatão da Imigrantes. A polícia recolheu dez cápsulas de vários calibres espalhadas pelo asfalto. A moto do policial não foi levada, mas sua arma desapareceu. Na ocasião, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que o crime não ficaria impune.

Conforme a SSP, as Operações Escudo são deflagradas todas as vezes nas quais criminosos atentam contra o Estado por meio de ataques a policiais. “Têm como objetivo restabelecer a ordem pública e a sensação de segurança na comunidade local, além de identificar e prender os responsáveis pelas ações criminosas contra agentes de segurança paulistas”, afirmou.

Letalidade em alta

Reportagem do Estadão, com base em dados do Instituto Sou da Paz, mostrou que as mortes cometidas por policiais militares e civis em serviço cresceram 39,6% no Estado de São Paulo. Foram registrados 384 óbitos desse tipo, ante 275 no ano anterior. Em contrapartida, as mortes cujos autores eram agentes de segurança de folga recuaram 17,8%: redução de 146 para 120.

Em nota, a SSP-SP disse que “investe continuamente em treinamento e aquisição de equipamentos” para reduzir a letalidade. Também afirmou que ocorrências dessa natureza são “rigorosamente investigadas” e encaminhadas para análise do Ministério Público e da Justiça.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do homem preso por tráfico em São Vicente.

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