Donas e funcionária de creche em São Paulo são condenadas por tortura e maus-tratos contra crianças


Vídeos de bebês imobilizados com um pano motivaram a investigação, iniciada em março do ano passado; defesa das rés vai recorrer da decisão

Por Caio Possati
Atualização:

A Justiça de São Paulo condenou nesta segunda-feira, 27, em primeira instância, as duas donas e uma funcionária da escola infantil Colmeia Mágica, de Vila Formosa, zona leste da capital, pelos crimes de tortura e maus-tratos contra crianças da instituição. A defesa das rés alega que não há prova dos crimes e diz que vai recorrer da sentença.

Roberta Regina Serme, dona da creche, foi condenada a 49 anos e nove meses de reclusão em regime fechado e um ano e quatro meses de detenção em regime inicial semiaberto; Fernanda Carolina Serme, sócia da escola e irmã de Regina, a 13 anos e quatro meses de detenção em regime semiaberto; e Solange Hernandez, funcionária da creche, a 31 anos e 1 mês em regime fechado e 8 meses de detenção em regime semiaberto.

As donas e uma funcionária da escola Colmeia Mágica, da zona leste de SP, foram condenadas a prisão pela Justiça de São Paulo. Foto: Google Street View
continua após a publicidade

O caso, que corre em segredo de Justiça, é investigado desde março do ano passado. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostrando bebês sentados em uma cadeirinha e imobilizados com uma espécie de pano, dispararam a investigação.

Solange poderá recorrer da decisão em liberdade, enquanto as irmãs Roberta e Fernanda vão permanecer detidas, já que elas respondiam o processo presas por risco de fugirem, de acordo com a Justiça.

“Determinada a imposição de pena, é patente o risco de que soltas (Roberta e Fernanda) procurem obstar a aplicação da lei penal, tal como buscaram de início, pondo-se em fuga. Deixo de lhes facultar, assim, o recurso em liberdade”, conforme trecho da sentença, assinada pela juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 23.ª Vara Criminal de São Paulo, do Fórum da Barra Funda, zona oeste da cidade.

continua após a publicidade

A defesa das rés vai recorrer da decisão. De acordo com Eugênio Malavassi, advogado de defesa de Roberta e Fernanda Serme, ”a sentença condenatória contrariou a prova colhida durante a instrução processual, razão pela qual a defensoria técnica vai interpor recurso de apelação”.

Ele diz que não há provas que demonstrem que as irmãs e sócias da creche determinaram fazer o que aparece nos vídeos. “Não há nada nos autos que comprove nenhuma conduta comissiva (uma conduta de ação) da Roberta e nenhuma conduta omissiva da Fernanda”, pontua.

“Não houve delito de tortura e não houve crime de maus-tratos”, afirma o advogado. “Elas não praticaram os crimes afirmados pelo Ministério Público, razão pela qual vamos buscar a absolvição perante o Tribunal de Justiça”.

continua após a publicidade

A Justiça de São Paulo julgou de forma parcial a denúncia feita pelo Ministério Público, que ainda acusa as rés dos crimes de associação criminosa, constrangimento e de colocar a vida das crianças em risco. O MP-SP diz que “tomou ciência da sentença” nesta segunda e que vai “analisar se irá recorrer da decisão”.

Até a publicação deste texto, a defesa de Solange não retornou os contatos da reportagem.

continua após a publicidade

.

A Justiça de São Paulo condenou nesta segunda-feira, 27, em primeira instância, as duas donas e uma funcionária da escola infantil Colmeia Mágica, de Vila Formosa, zona leste da capital, pelos crimes de tortura e maus-tratos contra crianças da instituição. A defesa das rés alega que não há prova dos crimes e diz que vai recorrer da sentença.

Roberta Regina Serme, dona da creche, foi condenada a 49 anos e nove meses de reclusão em regime fechado e um ano e quatro meses de detenção em regime inicial semiaberto; Fernanda Carolina Serme, sócia da escola e irmã de Regina, a 13 anos e quatro meses de detenção em regime semiaberto; e Solange Hernandez, funcionária da creche, a 31 anos e 1 mês em regime fechado e 8 meses de detenção em regime semiaberto.

As donas e uma funcionária da escola Colmeia Mágica, da zona leste de SP, foram condenadas a prisão pela Justiça de São Paulo. Foto: Google Street View

O caso, que corre em segredo de Justiça, é investigado desde março do ano passado. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostrando bebês sentados em uma cadeirinha e imobilizados com uma espécie de pano, dispararam a investigação.

Solange poderá recorrer da decisão em liberdade, enquanto as irmãs Roberta e Fernanda vão permanecer detidas, já que elas respondiam o processo presas por risco de fugirem, de acordo com a Justiça.

“Determinada a imposição de pena, é patente o risco de que soltas (Roberta e Fernanda) procurem obstar a aplicação da lei penal, tal como buscaram de início, pondo-se em fuga. Deixo de lhes facultar, assim, o recurso em liberdade”, conforme trecho da sentença, assinada pela juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 23.ª Vara Criminal de São Paulo, do Fórum da Barra Funda, zona oeste da cidade.

A defesa das rés vai recorrer da decisão. De acordo com Eugênio Malavassi, advogado de defesa de Roberta e Fernanda Serme, ”a sentença condenatória contrariou a prova colhida durante a instrução processual, razão pela qual a defensoria técnica vai interpor recurso de apelação”.

Ele diz que não há provas que demonstrem que as irmãs e sócias da creche determinaram fazer o que aparece nos vídeos. “Não há nada nos autos que comprove nenhuma conduta comissiva (uma conduta de ação) da Roberta e nenhuma conduta omissiva da Fernanda”, pontua.

“Não houve delito de tortura e não houve crime de maus-tratos”, afirma o advogado. “Elas não praticaram os crimes afirmados pelo Ministério Público, razão pela qual vamos buscar a absolvição perante o Tribunal de Justiça”.

A Justiça de São Paulo julgou de forma parcial a denúncia feita pelo Ministério Público, que ainda acusa as rés dos crimes de associação criminosa, constrangimento e de colocar a vida das crianças em risco. O MP-SP diz que “tomou ciência da sentença” nesta segunda e que vai “analisar se irá recorrer da decisão”.

Até a publicação deste texto, a defesa de Solange não retornou os contatos da reportagem.

.

A Justiça de São Paulo condenou nesta segunda-feira, 27, em primeira instância, as duas donas e uma funcionária da escola infantil Colmeia Mágica, de Vila Formosa, zona leste da capital, pelos crimes de tortura e maus-tratos contra crianças da instituição. A defesa das rés alega que não há prova dos crimes e diz que vai recorrer da sentença.

Roberta Regina Serme, dona da creche, foi condenada a 49 anos e nove meses de reclusão em regime fechado e um ano e quatro meses de detenção em regime inicial semiaberto; Fernanda Carolina Serme, sócia da escola e irmã de Regina, a 13 anos e quatro meses de detenção em regime semiaberto; e Solange Hernandez, funcionária da creche, a 31 anos e 1 mês em regime fechado e 8 meses de detenção em regime semiaberto.

As donas e uma funcionária da escola Colmeia Mágica, da zona leste de SP, foram condenadas a prisão pela Justiça de São Paulo. Foto: Google Street View

O caso, que corre em segredo de Justiça, é investigado desde março do ano passado. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostrando bebês sentados em uma cadeirinha e imobilizados com uma espécie de pano, dispararam a investigação.

Solange poderá recorrer da decisão em liberdade, enquanto as irmãs Roberta e Fernanda vão permanecer detidas, já que elas respondiam o processo presas por risco de fugirem, de acordo com a Justiça.

“Determinada a imposição de pena, é patente o risco de que soltas (Roberta e Fernanda) procurem obstar a aplicação da lei penal, tal como buscaram de início, pondo-se em fuga. Deixo de lhes facultar, assim, o recurso em liberdade”, conforme trecho da sentença, assinada pela juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 23.ª Vara Criminal de São Paulo, do Fórum da Barra Funda, zona oeste da cidade.

A defesa das rés vai recorrer da decisão. De acordo com Eugênio Malavassi, advogado de defesa de Roberta e Fernanda Serme, ”a sentença condenatória contrariou a prova colhida durante a instrução processual, razão pela qual a defensoria técnica vai interpor recurso de apelação”.

Ele diz que não há provas que demonstrem que as irmãs e sócias da creche determinaram fazer o que aparece nos vídeos. “Não há nada nos autos que comprove nenhuma conduta comissiva (uma conduta de ação) da Roberta e nenhuma conduta omissiva da Fernanda”, pontua.

“Não houve delito de tortura e não houve crime de maus-tratos”, afirma o advogado. “Elas não praticaram os crimes afirmados pelo Ministério Público, razão pela qual vamos buscar a absolvição perante o Tribunal de Justiça”.

A Justiça de São Paulo julgou de forma parcial a denúncia feita pelo Ministério Público, que ainda acusa as rés dos crimes de associação criminosa, constrangimento e de colocar a vida das crianças em risco. O MP-SP diz que “tomou ciência da sentença” nesta segunda e que vai “analisar se irá recorrer da decisão”.

Até a publicação deste texto, a defesa de Solange não retornou os contatos da reportagem.

.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.