ABU DABI - Em reuniões de negócios em Abu Dabi, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), apresentou nesta segunda-feira, 13, 55 projetos de privatizações ou concessões a representantes de fundos de investimentos árabes. Na lista, destaque especial para os complexos de Interlagos e Anhembi, o Estádio do Pacaembu e os 29 terminais de ônibus existentes na cidade.
Segundo o tucano, ao serem privatizados, os terminais passarão a ter ar-condicionado, creches municipais, unidades do Poupatempo e pequenos centros comerciais. O modelo está sendo desenhado em três opções diferentes: privatização, concessão ou Parceria Público-Privada (PPP).
O negócio se torna atrativo, segundo Doria, em função do número de passageiros que frequentam os terminais. O tucano ressaltou ainda outra oportunidade neste segmento: a privatização do bilhete único, que pode virar um cartão multiuso.
O plano foi detalhado, por exemplo, ao diretor-geral da Câmara de Comércio de Abu Dabi, Mohamed H. Al Muhairi. Em reunião com Doria, o diretor sinalizou que pretende visitar o Brasil em maio para conhecer de perto as oportunidades. Os dois ainda falaram sobre a paixão pelo futebol - e Doria aproveitou para citar o Santos, seu time do coração.
Nenhum negócio foi fechado com Muhairi, mas Doria ouviu dele um incentivo. "Este é o futuro", disse o diretor em relação ao pacote de privatizações apresentado pelo tucano.
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O mesmo procedimento foi adotado pelo prefeito quando reunido com representantes dos fundos de investimentos Mubadala e Adia. Na manhã desta segunda-feira, Doria recebeu a notícia de que um escritório do Mubadala, que já tem sede no Rio, deve ser aberto em São Paulo.
Acompanhado pelo embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Paulo César Meira de Vasconcellos, Doria visitou nesta segunda-feira o Autódromo de Abu Dabi, considerando exemplo para Interlagos.
O prefeito de São Paulo se reuniu por cerca de uma hora com o presidente da Abu Dhabi Motorsports, Al Tareq Al Ameri. A empresa é uma das responsáveis por gerir o complexo onde fica o autódromo árabe. Doria foi conhecer o modelo de gestão do local, que é estatal, mas com administração privada.
* A REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DO GOVERNO DOS EMIRADOS ÁRABES UNIDOS E DA EMIRATES AIRLINES