SÃO PAULO - A Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo vai começar a fazer audiências públicas para discutir a licitação que vai reorganizar as cerca de 1,2 mil linhas de ônibus da cidade a partir do mês que vem, segundo informou nesta tarde o titular da Pasta, Jilmar Tatto. A minuta do edital, que prevê repasses de até R$ 6 bilhões por ano, será colocada em consulta pública em abril. A expectativa é que a troca das empresas, adiada em mais de um ano, será realizada em julho.
Além de mudar as empresas que operam os ônibus - um setor controlado há décadas por quatro grupos empresariais - o secretário Tatto confirmou que irá retirar do sistema as cooperativas de ônibus. As lotações não serão operadas mais por cooperados, mas sim por empresas, constituídas em Sociedades de Propósitos Específicos (SPEs).
O secretário Tatto confirmou, em entrevista para o portal da Folha de S. Paulo, que o objetivo da Prefeitura é atrair operadores de ônibus de fora do País para operar as linhas da cidade. Os coletivos terão de ter ar condicionado e tecnologias embarcadas, como wi-fi.
Para facilitar a atração dessas empresas, a Prefeitura determinou a compra, no mês passado, dos terrenos usados pelas garagens das empresas - terrenos que barateavam a permanência no sistema das empresas que já estão aqui e encarecia a chegada de outras empresas.