Enel prevê R$ 20 bilhões de investimentos na rede elétrica, mas não cita enterramento de fios


Concessionária afirma que enterramento de cabos deve seguir critérios técnicos e econômicos e que, quando ocorrem falhas na rede subterrânea, o trabalho de recomposição do serviço é mais complexo

Por Isabela Moya
Atualização:

A Enel Brasil, distribuidora de energia elétrica que abastece São Paulo e a região metropolitana, divulgou nesta quinta-feira, 12, investimentos de R$ 20 bilhões para todo o País até 2026. Deste montante, a concessionária prevê para São Paulo cerca de R$ 2 bilhões por ano, 45% a mais do que a média anual dos últimos últimos seis anos, mas não citou entre as medidas um projeto de enterramento de fios elétricos. A solução é apontada por especialistas como eficaz para evitar apagões em dias de tempestade, como ocorreu no ano passado.

A rede subterrânea é defendida por especialistas, mas envolve desafios logísticos e demanda um investimento alto: só na região central de São Paulo, seriam necessários R$ 20 bilhões, estima a Prefeitura. Também não há consenso sobre quem ficaria responsável por arcar com este custo.

A Enel afirma que o padrão da rede elétrica adotado por todas as distribuidoras no Brasil é de redes aéreas e “apesar da maior confiabilidade do fornecimento de energia proporcionada pelas redes subterrâneas, quando ocorrem falhas, o trabalho de recomposição do serviço é mais complexo, pois exige maior cuidado com as condições de segurança para que os técnicos possam atuar”.

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A companhia esclarece ainda que o enterramento de cabos ocorre “em casos específicos e seguindo critérios técnicos e econômicos quando o investimento é considerado prudente”, já que “os investimentos realizados nas redes de distribuição no País devem prever a razoabilidade dos custos, pois são repassados às tarifas de energia de todos os consumidores nos processos de revisão tarifária das distribuidoras”.

Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) já chegou a sugerir, no ano passado, após o apagão de novembro, a cobrança de uma contribuição opcional dos moradores que tenham condições financeiras para acelerar o enterramento de fios da rede elétrica, em parceria com a administração municipal. Na cidade, a Enel possui 43 mil km de rede de distribuição em toda a área de concessão, sendo 40 mil km aérea e 2,6 mil km subterrânea.

Funcionários da Enel trabalham no restabelecimento de fornecimento de energia elétrica em Moema, na zona sul de São Paulo. Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO - 06/11/2023
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‘Enel está num estágio probatório’, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, durante evento da Enel, que, após os episódios de falta de energia elétrica na cidade de São Paulo, a concessionária está em “estágio probatório” e precisará mostrar, após o verão 2024-2025, que realizou as melhorias no serviço que a empresa se comprometeu.

“A sociedade de São Paulo, é fato, passou por um momento muito dramático no ano passado que indignou o Brasil, de ver muitas famílias sem energia por muitos dias. E, logo que retomamos o diálogo com a Enel, depois daqueles eventos, deixamos claro que a Enel estaria num estágio probatório, ou seja, teria um compromisso com o Brasil de ampliar os seus investimentos, de contratar mão de obra, melhorar qualidade do seu serviço, de apresentar um plano de contingência para atravessar o verão”, declarou o ministro.

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A Enel afirmou que está direcionando cerca de 80% de seu plano de investimentos 2024-2026 para suas distribuidoras de energia para melhorar a qualidade do serviço prestado aos 15 milhões de clientes nas 274 cidades brasileiras que atende, para “garantir um atendimento ágil durante a temporada de chuvas”.

“Até 2026, vamos investir em todo o Brasil cerca de R$ 20 bilhões. Num cenário de mudanças climáticas, como o que vivemos atualmente no mundo, nosso compromisso é atuar em duas frentes: garantir a melhora na qualidade dos serviços ao cliente nas cidades que atendemos e apoiar o Brasil com a transição energética”, afirma o presidente da Enel Brasil, Antonio Scala.

Em casos de falta de energia em serviços essenciais, a companhia afirmou que terá uma frota de cerca de 900 equipamentos, como geradores e subestações móveis, preparadas para abastecer clientes críticos quando necessário, até que a energia seja restabelecida com segurança.

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“Para os casos de contingência, passamos por uma total revisão dos protocolos. Aumentamos nossas parcerias com serviços de previsão climática, agilizamos nossos processos de comunicação aos clientes e a capacidade de atendimento do nosso call center. Ampliamos de forma significativa e antecipada as equipes de campo, que podem aumentar em até mais de 400%, de acordo com as condições climáticas”, afirma Scala.

Em São Paulo, a companhia prometeu um investimento de cerca de R$ 2 bilhões por ano, 45% a mais do que a média anual dos últimos últimos seis anos. Esse valor prevê destinação, principalmente, para modernização e expansão da rede elétrica, o que inclui a reforma da rede de baixa tensão e automação e instalação de mais equipamentos de automação “para uma reação mais ágil em casos de falta de luz, com redução do número de clientes afetados e gerenciamento remoto”, segundo a empresa.

São Paulo deve receber também 600 mil podas na área de concessão da Enel, o dobro do que o executado no ano passado. Até o fim do mês passado foram 375 mil podas.

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A Enel prometeu ainda mais de 1,5 mil novos dispositivos de telecontrole somando as três distribuidoras, sendo 650 em São Paulo.

No Ceará, os investimentos também aumentaram 45% e serão de R$ 1,6 bilhão ao ano. Já no Rio, serão investidos cerca de R$ 1,16 bilhão ao ano até 2026.

Ainda dentro do plano para todo o País até 2026, a companhia afirma que vai contratar 5 mil colaboradores próprios para atuar em campo e integrar 1.650 novos veículos à sua frota nas três distribuidoras, além de intensificar as manutenções preventivas.

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A Enel Brasil, distribuidora de energia elétrica que abastece São Paulo e a região metropolitana, divulgou nesta quinta-feira, 12, investimentos de R$ 20 bilhões para todo o País até 2026. Deste montante, a concessionária prevê para São Paulo cerca de R$ 2 bilhões por ano, 45% a mais do que a média anual dos últimos últimos seis anos, mas não citou entre as medidas um projeto de enterramento de fios elétricos. A solução é apontada por especialistas como eficaz para evitar apagões em dias de tempestade, como ocorreu no ano passado.

A rede subterrânea é defendida por especialistas, mas envolve desafios logísticos e demanda um investimento alto: só na região central de São Paulo, seriam necessários R$ 20 bilhões, estima a Prefeitura. Também não há consenso sobre quem ficaria responsável por arcar com este custo.

A Enel afirma que o padrão da rede elétrica adotado por todas as distribuidoras no Brasil é de redes aéreas e “apesar da maior confiabilidade do fornecimento de energia proporcionada pelas redes subterrâneas, quando ocorrem falhas, o trabalho de recomposição do serviço é mais complexo, pois exige maior cuidado com as condições de segurança para que os técnicos possam atuar”.

A companhia esclarece ainda que o enterramento de cabos ocorre “em casos específicos e seguindo critérios técnicos e econômicos quando o investimento é considerado prudente”, já que “os investimentos realizados nas redes de distribuição no País devem prever a razoabilidade dos custos, pois são repassados às tarifas de energia de todos os consumidores nos processos de revisão tarifária das distribuidoras”.

Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) já chegou a sugerir, no ano passado, após o apagão de novembro, a cobrança de uma contribuição opcional dos moradores que tenham condições financeiras para acelerar o enterramento de fios da rede elétrica, em parceria com a administração municipal. Na cidade, a Enel possui 43 mil km de rede de distribuição em toda a área de concessão, sendo 40 mil km aérea e 2,6 mil km subterrânea.

Funcionários da Enel trabalham no restabelecimento de fornecimento de energia elétrica em Moema, na zona sul de São Paulo. Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO - 06/11/2023

‘Enel está num estágio probatório’, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, durante evento da Enel, que, após os episódios de falta de energia elétrica na cidade de São Paulo, a concessionária está em “estágio probatório” e precisará mostrar, após o verão 2024-2025, que realizou as melhorias no serviço que a empresa se comprometeu.

“A sociedade de São Paulo, é fato, passou por um momento muito dramático no ano passado que indignou o Brasil, de ver muitas famílias sem energia por muitos dias. E, logo que retomamos o diálogo com a Enel, depois daqueles eventos, deixamos claro que a Enel estaria num estágio probatório, ou seja, teria um compromisso com o Brasil de ampliar os seus investimentos, de contratar mão de obra, melhorar qualidade do seu serviço, de apresentar um plano de contingência para atravessar o verão”, declarou o ministro.

A Enel afirmou que está direcionando cerca de 80% de seu plano de investimentos 2024-2026 para suas distribuidoras de energia para melhorar a qualidade do serviço prestado aos 15 milhões de clientes nas 274 cidades brasileiras que atende, para “garantir um atendimento ágil durante a temporada de chuvas”.

“Até 2026, vamos investir em todo o Brasil cerca de R$ 20 bilhões. Num cenário de mudanças climáticas, como o que vivemos atualmente no mundo, nosso compromisso é atuar em duas frentes: garantir a melhora na qualidade dos serviços ao cliente nas cidades que atendemos e apoiar o Brasil com a transição energética”, afirma o presidente da Enel Brasil, Antonio Scala.

Em casos de falta de energia em serviços essenciais, a companhia afirmou que terá uma frota de cerca de 900 equipamentos, como geradores e subestações móveis, preparadas para abastecer clientes críticos quando necessário, até que a energia seja restabelecida com segurança.

“Para os casos de contingência, passamos por uma total revisão dos protocolos. Aumentamos nossas parcerias com serviços de previsão climática, agilizamos nossos processos de comunicação aos clientes e a capacidade de atendimento do nosso call center. Ampliamos de forma significativa e antecipada as equipes de campo, que podem aumentar em até mais de 400%, de acordo com as condições climáticas”, afirma Scala.

Em São Paulo, a companhia prometeu um investimento de cerca de R$ 2 bilhões por ano, 45% a mais do que a média anual dos últimos últimos seis anos. Esse valor prevê destinação, principalmente, para modernização e expansão da rede elétrica, o que inclui a reforma da rede de baixa tensão e automação e instalação de mais equipamentos de automação “para uma reação mais ágil em casos de falta de luz, com redução do número de clientes afetados e gerenciamento remoto”, segundo a empresa.

São Paulo deve receber também 600 mil podas na área de concessão da Enel, o dobro do que o executado no ano passado. Até o fim do mês passado foram 375 mil podas.

A Enel prometeu ainda mais de 1,5 mil novos dispositivos de telecontrole somando as três distribuidoras, sendo 650 em São Paulo.

No Ceará, os investimentos também aumentaram 45% e serão de R$ 1,6 bilhão ao ano. Já no Rio, serão investidos cerca de R$ 1,16 bilhão ao ano até 2026.

Ainda dentro do plano para todo o País até 2026, a companhia afirma que vai contratar 5 mil colaboradores próprios para atuar em campo e integrar 1.650 novos veículos à sua frota nas três distribuidoras, além de intensificar as manutenções preventivas.

A Enel Brasil, distribuidora de energia elétrica que abastece São Paulo e a região metropolitana, divulgou nesta quinta-feira, 12, investimentos de R$ 20 bilhões para todo o País até 2026. Deste montante, a concessionária prevê para São Paulo cerca de R$ 2 bilhões por ano, 45% a mais do que a média anual dos últimos últimos seis anos, mas não citou entre as medidas um projeto de enterramento de fios elétricos. A solução é apontada por especialistas como eficaz para evitar apagões em dias de tempestade, como ocorreu no ano passado.

A rede subterrânea é defendida por especialistas, mas envolve desafios logísticos e demanda um investimento alto: só na região central de São Paulo, seriam necessários R$ 20 bilhões, estima a Prefeitura. Também não há consenso sobre quem ficaria responsável por arcar com este custo.

A Enel afirma que o padrão da rede elétrica adotado por todas as distribuidoras no Brasil é de redes aéreas e “apesar da maior confiabilidade do fornecimento de energia proporcionada pelas redes subterrâneas, quando ocorrem falhas, o trabalho de recomposição do serviço é mais complexo, pois exige maior cuidado com as condições de segurança para que os técnicos possam atuar”.

A companhia esclarece ainda que o enterramento de cabos ocorre “em casos específicos e seguindo critérios técnicos e econômicos quando o investimento é considerado prudente”, já que “os investimentos realizados nas redes de distribuição no País devem prever a razoabilidade dos custos, pois são repassados às tarifas de energia de todos os consumidores nos processos de revisão tarifária das distribuidoras”.

Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) já chegou a sugerir, no ano passado, após o apagão de novembro, a cobrança de uma contribuição opcional dos moradores que tenham condições financeiras para acelerar o enterramento de fios da rede elétrica, em parceria com a administração municipal. Na cidade, a Enel possui 43 mil km de rede de distribuição em toda a área de concessão, sendo 40 mil km aérea e 2,6 mil km subterrânea.

Funcionários da Enel trabalham no restabelecimento de fornecimento de energia elétrica em Moema, na zona sul de São Paulo. Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO - 06/11/2023

‘Enel está num estágio probatório’, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, durante evento da Enel, que, após os episódios de falta de energia elétrica na cidade de São Paulo, a concessionária está em “estágio probatório” e precisará mostrar, após o verão 2024-2025, que realizou as melhorias no serviço que a empresa se comprometeu.

“A sociedade de São Paulo, é fato, passou por um momento muito dramático no ano passado que indignou o Brasil, de ver muitas famílias sem energia por muitos dias. E, logo que retomamos o diálogo com a Enel, depois daqueles eventos, deixamos claro que a Enel estaria num estágio probatório, ou seja, teria um compromisso com o Brasil de ampliar os seus investimentos, de contratar mão de obra, melhorar qualidade do seu serviço, de apresentar um plano de contingência para atravessar o verão”, declarou o ministro.

A Enel afirmou que está direcionando cerca de 80% de seu plano de investimentos 2024-2026 para suas distribuidoras de energia para melhorar a qualidade do serviço prestado aos 15 milhões de clientes nas 274 cidades brasileiras que atende, para “garantir um atendimento ágil durante a temporada de chuvas”.

“Até 2026, vamos investir em todo o Brasil cerca de R$ 20 bilhões. Num cenário de mudanças climáticas, como o que vivemos atualmente no mundo, nosso compromisso é atuar em duas frentes: garantir a melhora na qualidade dos serviços ao cliente nas cidades que atendemos e apoiar o Brasil com a transição energética”, afirma o presidente da Enel Brasil, Antonio Scala.

Em casos de falta de energia em serviços essenciais, a companhia afirmou que terá uma frota de cerca de 900 equipamentos, como geradores e subestações móveis, preparadas para abastecer clientes críticos quando necessário, até que a energia seja restabelecida com segurança.

“Para os casos de contingência, passamos por uma total revisão dos protocolos. Aumentamos nossas parcerias com serviços de previsão climática, agilizamos nossos processos de comunicação aos clientes e a capacidade de atendimento do nosso call center. Ampliamos de forma significativa e antecipada as equipes de campo, que podem aumentar em até mais de 400%, de acordo com as condições climáticas”, afirma Scala.

Em São Paulo, a companhia prometeu um investimento de cerca de R$ 2 bilhões por ano, 45% a mais do que a média anual dos últimos últimos seis anos. Esse valor prevê destinação, principalmente, para modernização e expansão da rede elétrica, o que inclui a reforma da rede de baixa tensão e automação e instalação de mais equipamentos de automação “para uma reação mais ágil em casos de falta de luz, com redução do número de clientes afetados e gerenciamento remoto”, segundo a empresa.

São Paulo deve receber também 600 mil podas na área de concessão da Enel, o dobro do que o executado no ano passado. Até o fim do mês passado foram 375 mil podas.

A Enel prometeu ainda mais de 1,5 mil novos dispositivos de telecontrole somando as três distribuidoras, sendo 650 em São Paulo.

No Ceará, os investimentos também aumentaram 45% e serão de R$ 1,6 bilhão ao ano. Já no Rio, serão investidos cerca de R$ 1,16 bilhão ao ano até 2026.

Ainda dentro do plano para todo o País até 2026, a companhia afirma que vai contratar 5 mil colaboradores próprios para atuar em campo e integrar 1.650 novos veículos à sua frota nas três distribuidoras, além de intensificar as manutenções preventivas.

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