Espera por laudo oficial chega a 2 anos em SP


Imesc emite desde certidões de DNA até atestados de erro médico; com a fila causada pela falta de peritos, há 12 mil processos parados nos fóruns

Por Bruno Ribeiro

JORNAL DA TARDE

O Instituto de Medicina Social e de Criminologia do Estado (Imesc), órgão que deveria abastecer com informações científicas juízes e promotores do Estado de São Paulo, acumula demora de até dois anos por laudos periciais. Com isso, processos estão parados. O Tribunal de Justiça se queixa da lentidão e o Ministério Público Estadual investiga o instituto, ligado à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania.

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O problema, segundo advogados, juízes e promotores de Justiça, é a falta de estrutura. O Imesc não tem peritos suficientes. No ano passado, o órgão atendeu 16,7 mil pessoas, mas só conseguiu emitir 12,5 mil laudos periciais - ou 4.200 menos. O número de pedidos de atendimentos, no entanto, chegou a 40 mil, segundo a própria secretaria.

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O levantamento mais recente do Tribunal de Justiça do Estado, feito em dezembro de 2009, contabilizou cerca de 12 mil processos parados nos fóruns à espera dos laudos. O Imesc emite laudos pedidos pela Justiça que vão de exames de DNA a atestados de lesão por acidente ou erros médicos. É mais usado por cidadãos de baixa renda.

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Em um inquérito aberto pelo Ministério Público em dezembro, há relatos de juízes indignados com a demora. Um juiz da capital diz esperar desde outubro de 2006 por um laudo. "A situação do Imesc é triste, uma vez que ele não responde aos ofícios e mandados judiciais reiteradamente", afirmou em notificação ao MP. Em outro caso, um juiz disse que uma perícia foi feita em dezembro de 2007, mas até setembro do ano passado o laudo não havia sido expedido.

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A falta de estrutura não é uma queixa recente. Há dois anos, em maio de 2008, após ser questionada pelo Tribunal de Justiça sobre a demora, a Secretaria de Justiça já admitia ter capacidade de atender apenas à metade dos pedidos de laudo feitos a cada mês.

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O TJ atribui à demora do Imesc o fato de não ter julgado até o final do ano passado todos os processos abertos até 2005, meta estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça. "Eram processos dos mais variados tipos: paternidade, para receber seguro, lesão incapacitante", diz o juiz João Carlos Sá Moreira de Oliveira, do Núcleo de Planejamento e Gestão do TJ. Ele afirma que o tribunal está montando um sistema online, em contato com o Imesc para agilizar os processos. "Mas, para que seja eficiente, é preciso pessoal", diz, sobre a falta de peritos.

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Denúncia.

A demora motivou uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). A advogada Carmen Patrícia Nogueira Coelho, autora da queixa, diz que o pacto de São José da Costa Rica de direitos humanos, do qual o Brasil é signatário, prevê amplo acesso à Justiça. Para Carmem, a lentidão do Imesc impede isso.

A Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos de São Paulo, que investiga as denúncias, afirma que o Imesc tem até agosto para melhorar o atendimento.

A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania diz que há dois fatores que causam a demora. "Maior demanda da sociedade e um número significativo de pedidos indevidos", que viriam das Justiças Federal e do Trabalho. A pasta cita um parecer da Procuradoria-Geral do Estado para dizer que não atende mais essas instâncias. A secretaria afirma ainda que o Imesc faz mutirões em fins de semana e nos feriados para atender a fila de espera. Segundo a pasta, foi realizado um concurso público para preencher 37 cargos de peritos vagos.

PARA ENTENDER

Os serviços do Imesc são solicitados pela Justiça quando é preciso um laudo que comprove a versão de uma das partes em um processo, por exemplo. Ele emite atestados de quase todos os assuntos ligados à medicina: presos que alegam insanidade mental, pessoas que sofreram algum tipo de lesão, casos de testes de paternidade, ou incapacidade física.

JORNAL DA TARDE

O Instituto de Medicina Social e de Criminologia do Estado (Imesc), órgão que deveria abastecer com informações científicas juízes e promotores do Estado de São Paulo, acumula demora de até dois anos por laudos periciais. Com isso, processos estão parados. O Tribunal de Justiça se queixa da lentidão e o Ministério Público Estadual investiga o instituto, ligado à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania.

O problema, segundo advogados, juízes e promotores de Justiça, é a falta de estrutura. O Imesc não tem peritos suficientes. No ano passado, o órgão atendeu 16,7 mil pessoas, mas só conseguiu emitir 12,5 mil laudos periciais - ou 4.200 menos. O número de pedidos de atendimentos, no entanto, chegou a 40 mil, segundo a própria secretaria.

O levantamento mais recente do Tribunal de Justiça do Estado, feito em dezembro de 2009, contabilizou cerca de 12 mil processos parados nos fóruns à espera dos laudos. O Imesc emite laudos pedidos pela Justiça que vão de exames de DNA a atestados de lesão por acidente ou erros médicos. É mais usado por cidadãos de baixa renda.

Em um inquérito aberto pelo Ministério Público em dezembro, há relatos de juízes indignados com a demora. Um juiz da capital diz esperar desde outubro de 2006 por um laudo. "A situação do Imesc é triste, uma vez que ele não responde aos ofícios e mandados judiciais reiteradamente", afirmou em notificação ao MP. Em outro caso, um juiz disse que uma perícia foi feita em dezembro de 2007, mas até setembro do ano passado o laudo não havia sido expedido.

A falta de estrutura não é uma queixa recente. Há dois anos, em maio de 2008, após ser questionada pelo Tribunal de Justiça sobre a demora, a Secretaria de Justiça já admitia ter capacidade de atender apenas à metade dos pedidos de laudo feitos a cada mês.

O TJ atribui à demora do Imesc o fato de não ter julgado até o final do ano passado todos os processos abertos até 2005, meta estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça. "Eram processos dos mais variados tipos: paternidade, para receber seguro, lesão incapacitante", diz o juiz João Carlos Sá Moreira de Oliveira, do Núcleo de Planejamento e Gestão do TJ. Ele afirma que o tribunal está montando um sistema online, em contato com o Imesc para agilizar os processos. "Mas, para que seja eficiente, é preciso pessoal", diz, sobre a falta de peritos.

Denúncia.

A demora motivou uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). A advogada Carmen Patrícia Nogueira Coelho, autora da queixa, diz que o pacto de São José da Costa Rica de direitos humanos, do qual o Brasil é signatário, prevê amplo acesso à Justiça. Para Carmem, a lentidão do Imesc impede isso.

A Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos de São Paulo, que investiga as denúncias, afirma que o Imesc tem até agosto para melhorar o atendimento.

A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania diz que há dois fatores que causam a demora. "Maior demanda da sociedade e um número significativo de pedidos indevidos", que viriam das Justiças Federal e do Trabalho. A pasta cita um parecer da Procuradoria-Geral do Estado para dizer que não atende mais essas instâncias. A secretaria afirma ainda que o Imesc faz mutirões em fins de semana e nos feriados para atender a fila de espera. Segundo a pasta, foi realizado um concurso público para preencher 37 cargos de peritos vagos.

PARA ENTENDER

Os serviços do Imesc são solicitados pela Justiça quando é preciso um laudo que comprove a versão de uma das partes em um processo, por exemplo. Ele emite atestados de quase todos os assuntos ligados à medicina: presos que alegam insanidade mental, pessoas que sofreram algum tipo de lesão, casos de testes de paternidade, ou incapacidade física.

JORNAL DA TARDE

O Instituto de Medicina Social e de Criminologia do Estado (Imesc), órgão que deveria abastecer com informações científicas juízes e promotores do Estado de São Paulo, acumula demora de até dois anos por laudos periciais. Com isso, processos estão parados. O Tribunal de Justiça se queixa da lentidão e o Ministério Público Estadual investiga o instituto, ligado à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania.

O problema, segundo advogados, juízes e promotores de Justiça, é a falta de estrutura. O Imesc não tem peritos suficientes. No ano passado, o órgão atendeu 16,7 mil pessoas, mas só conseguiu emitir 12,5 mil laudos periciais - ou 4.200 menos. O número de pedidos de atendimentos, no entanto, chegou a 40 mil, segundo a própria secretaria.

O levantamento mais recente do Tribunal de Justiça do Estado, feito em dezembro de 2009, contabilizou cerca de 12 mil processos parados nos fóruns à espera dos laudos. O Imesc emite laudos pedidos pela Justiça que vão de exames de DNA a atestados de lesão por acidente ou erros médicos. É mais usado por cidadãos de baixa renda.

Em um inquérito aberto pelo Ministério Público em dezembro, há relatos de juízes indignados com a demora. Um juiz da capital diz esperar desde outubro de 2006 por um laudo. "A situação do Imesc é triste, uma vez que ele não responde aos ofícios e mandados judiciais reiteradamente", afirmou em notificação ao MP. Em outro caso, um juiz disse que uma perícia foi feita em dezembro de 2007, mas até setembro do ano passado o laudo não havia sido expedido.

A falta de estrutura não é uma queixa recente. Há dois anos, em maio de 2008, após ser questionada pelo Tribunal de Justiça sobre a demora, a Secretaria de Justiça já admitia ter capacidade de atender apenas à metade dos pedidos de laudo feitos a cada mês.

O TJ atribui à demora do Imesc o fato de não ter julgado até o final do ano passado todos os processos abertos até 2005, meta estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça. "Eram processos dos mais variados tipos: paternidade, para receber seguro, lesão incapacitante", diz o juiz João Carlos Sá Moreira de Oliveira, do Núcleo de Planejamento e Gestão do TJ. Ele afirma que o tribunal está montando um sistema online, em contato com o Imesc para agilizar os processos. "Mas, para que seja eficiente, é preciso pessoal", diz, sobre a falta de peritos.

Denúncia.

A demora motivou uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). A advogada Carmen Patrícia Nogueira Coelho, autora da queixa, diz que o pacto de São José da Costa Rica de direitos humanos, do qual o Brasil é signatário, prevê amplo acesso à Justiça. Para Carmem, a lentidão do Imesc impede isso.

A Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos de São Paulo, que investiga as denúncias, afirma que o Imesc tem até agosto para melhorar o atendimento.

A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania diz que há dois fatores que causam a demora. "Maior demanda da sociedade e um número significativo de pedidos indevidos", que viriam das Justiças Federal e do Trabalho. A pasta cita um parecer da Procuradoria-Geral do Estado para dizer que não atende mais essas instâncias. A secretaria afirma ainda que o Imesc faz mutirões em fins de semana e nos feriados para atender a fila de espera. Segundo a pasta, foi realizado um concurso público para preencher 37 cargos de peritos vagos.

PARA ENTENDER

Os serviços do Imesc são solicitados pela Justiça quando é preciso um laudo que comprove a versão de uma das partes em um processo, por exemplo. Ele emite atestados de quase todos os assuntos ligados à medicina: presos que alegam insanidade mental, pessoas que sofreram algum tipo de lesão, casos de testes de paternidade, ou incapacidade física.

JORNAL DA TARDE

O Instituto de Medicina Social e de Criminologia do Estado (Imesc), órgão que deveria abastecer com informações científicas juízes e promotores do Estado de São Paulo, acumula demora de até dois anos por laudos periciais. Com isso, processos estão parados. O Tribunal de Justiça se queixa da lentidão e o Ministério Público Estadual investiga o instituto, ligado à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania.

O problema, segundo advogados, juízes e promotores de Justiça, é a falta de estrutura. O Imesc não tem peritos suficientes. No ano passado, o órgão atendeu 16,7 mil pessoas, mas só conseguiu emitir 12,5 mil laudos periciais - ou 4.200 menos. O número de pedidos de atendimentos, no entanto, chegou a 40 mil, segundo a própria secretaria.

O levantamento mais recente do Tribunal de Justiça do Estado, feito em dezembro de 2009, contabilizou cerca de 12 mil processos parados nos fóruns à espera dos laudos. O Imesc emite laudos pedidos pela Justiça que vão de exames de DNA a atestados de lesão por acidente ou erros médicos. É mais usado por cidadãos de baixa renda.

Em um inquérito aberto pelo Ministério Público em dezembro, há relatos de juízes indignados com a demora. Um juiz da capital diz esperar desde outubro de 2006 por um laudo. "A situação do Imesc é triste, uma vez que ele não responde aos ofícios e mandados judiciais reiteradamente", afirmou em notificação ao MP. Em outro caso, um juiz disse que uma perícia foi feita em dezembro de 2007, mas até setembro do ano passado o laudo não havia sido expedido.

A falta de estrutura não é uma queixa recente. Há dois anos, em maio de 2008, após ser questionada pelo Tribunal de Justiça sobre a demora, a Secretaria de Justiça já admitia ter capacidade de atender apenas à metade dos pedidos de laudo feitos a cada mês.

O TJ atribui à demora do Imesc o fato de não ter julgado até o final do ano passado todos os processos abertos até 2005, meta estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça. "Eram processos dos mais variados tipos: paternidade, para receber seguro, lesão incapacitante", diz o juiz João Carlos Sá Moreira de Oliveira, do Núcleo de Planejamento e Gestão do TJ. Ele afirma que o tribunal está montando um sistema online, em contato com o Imesc para agilizar os processos. "Mas, para que seja eficiente, é preciso pessoal", diz, sobre a falta de peritos.

Denúncia.

A demora motivou uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). A advogada Carmen Patrícia Nogueira Coelho, autora da queixa, diz que o pacto de São José da Costa Rica de direitos humanos, do qual o Brasil é signatário, prevê amplo acesso à Justiça. Para Carmem, a lentidão do Imesc impede isso.

A Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos de São Paulo, que investiga as denúncias, afirma que o Imesc tem até agosto para melhorar o atendimento.

A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania diz que há dois fatores que causam a demora. "Maior demanda da sociedade e um número significativo de pedidos indevidos", que viriam das Justiças Federal e do Trabalho. A pasta cita um parecer da Procuradoria-Geral do Estado para dizer que não atende mais essas instâncias. A secretaria afirma ainda que o Imesc faz mutirões em fins de semana e nos feriados para atender a fila de espera. Segundo a pasta, foi realizado um concurso público para preencher 37 cargos de peritos vagos.

PARA ENTENDER

Os serviços do Imesc são solicitados pela Justiça quando é preciso um laudo que comprove a versão de uma das partes em um processo, por exemplo. Ele emite atestados de quase todos os assuntos ligados à medicina: presos que alegam insanidade mental, pessoas que sofreram algum tipo de lesão, casos de testes de paternidade, ou incapacidade física.

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