Estado planeja rebaixar mais o Tietê e o Pinheiros e construir 160 piscinões


Obras para conter danos com chuvas compõem um amplo conjunto de ações previstas para os próximos 20 anos no terceiro Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê

Por Adriana Ferraz e Fabio Leite

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) planeja aprofundar mais uma vez a calha do Rio Tietê, rebaixar parte do Rio Pinheiros e fazer mais 160 piscinões para evitar enchentes na capital e em cidades da Grande São Paulo. As obras compõem um conjunto de ações previstas para os próximos 20 anos, no 3.º Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê (PDMAT 3), concluído em 2014 e avaliado em R$ 13,5 bilhões.

Pela proposta, o governo faria a escavação do fundo da calha do Tietê em até 2,5 metros entre a Barragem da Penha, na zona leste da capital, e a Usina Hidrelétrica Edgard de Souza, em Santana do Parnaíba. O trabalho aumentaria a seção de escoamento e a declividade do canal e, consequentemente, a capacidade de vazão do rio, evitando ou ao menos amenizando alagamentos em dias de chuva intensa, como aconteceu na madrugada de sexta-feira em três pontos da Marginal pela primeira vez desde 2011.

Tietê. Proposta prevê escavação do fundo da calha do rio em até 2,5 metros entre a zona leste e Santana do Parnaíba Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Avaliado em R$ 4 bilhões, o projeto é o mais caro do plano e considerado necessário para proteger áreas de várzea ocupadas, como a Vila Itaim e o Jardim Pantanal, que sofrem constantemente com enchentes na zona leste. Se sair do papel, será a segunda grande intervenção desse tipo no Tietê.

Em 1998, com o mesmo objetivo de evitar enchentes, o Estado iniciou um programa de aprofundamento e ampliação da calha do rio com financiamento internacional. Ao todo, 24,5 km foram reformados até 2006, quando o projeto foi entregue por Alckmin após R$ 1,7 bilhão de investimento. Com a obra, dividida em duas fases, o leito do Tietê ficou, em média, 2,5 metros mais profundo e ganhou o dobro de largura.

Para evitar novos casos de transbordamento, o governo prevê outras intervenções no rio, como a escavação de um túnel de 5,5 km para proteger a cidade de Pirapora do Bom Jesus. A obra teria início na margem direita do reservatório da cidade e acabaria 10 km após a barragem Edgar de Souza. O custo estimado é de R$ 1 bilhão.

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O plano completo prevê ainda o rebaixamento de até 4 metros da calha do Rio Pinheiros, na altura da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), que também alagou na sexta-feira, estragando pelo menos 200 toneladas de frutas.

Chuvas deixam mortos na Grande São Paulo

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Franco da Rocha

Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação
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Foto: Felipe Rau/Estadão
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Foto: MARCEL NAVES/ESTADÃO
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Foto: José Patrício/Estadão
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Itatiba

Foto: Clelia Lima
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Campinas

Foto: Divulgação

Piscinões. As demais ações estão divididas ao longo dos outros rios que compõem a Bacia do Alto Tietê, como Aricanduva, Juqueri, Pirajuçara e Tamanduateí. O PDMAT 3 prevê a construção de 160 piscinões para retenção de água, além de substituição de galerias e implementação de novos canais.

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Só na bacia do Juqueri, onde ficam as cidades de Franco da Rocha e Mairiporã, afetadas por enchentes na sexta, a proposta é construir 45 reservatórios com capacidade para armazenar até 5,6 bilhões de litros, a um custo de R$ 1,9 bilhão. O próprio plano destaca que a maior parte dessas obras já havia sido prevista nas versões anteriores, em 1998 e 2009.

Segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), responsável pelo plano, o objetivo é “diagnosticar e analisar o atual sistema de macrodrenagem da região e propor um conjunto de soluções capazes de reduzir os efeitos das cheias”. O órgão, contudo, não estimou o prazo de início e término das obras.

Para Jorge Giroldo, professor de engenharia do Centro Universitário da FEI, as ações são benéficas, mas insuficientes. “É difícil aprofundar mais a calha do Tietê e não restam tantas áreas para fazer piscinões. A solução no futuro será fazer retenção de água dentro de casa, como fazem na Europa”, diz.

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) planeja aprofundar mais uma vez a calha do Rio Tietê, rebaixar parte do Rio Pinheiros e fazer mais 160 piscinões para evitar enchentes na capital e em cidades da Grande São Paulo. As obras compõem um conjunto de ações previstas para os próximos 20 anos, no 3.º Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê (PDMAT 3), concluído em 2014 e avaliado em R$ 13,5 bilhões.

Pela proposta, o governo faria a escavação do fundo da calha do Tietê em até 2,5 metros entre a Barragem da Penha, na zona leste da capital, e a Usina Hidrelétrica Edgard de Souza, em Santana do Parnaíba. O trabalho aumentaria a seção de escoamento e a declividade do canal e, consequentemente, a capacidade de vazão do rio, evitando ou ao menos amenizando alagamentos em dias de chuva intensa, como aconteceu na madrugada de sexta-feira em três pontos da Marginal pela primeira vez desde 2011.

Tietê. Proposta prevê escavação do fundo da calha do rio em até 2,5 metros entre a zona leste e Santana do Parnaíba Foto: Hélvio Romero/Estadão

Avaliado em R$ 4 bilhões, o projeto é o mais caro do plano e considerado necessário para proteger áreas de várzea ocupadas, como a Vila Itaim e o Jardim Pantanal, que sofrem constantemente com enchentes na zona leste. Se sair do papel, será a segunda grande intervenção desse tipo no Tietê.

Em 1998, com o mesmo objetivo de evitar enchentes, o Estado iniciou um programa de aprofundamento e ampliação da calha do rio com financiamento internacional. Ao todo, 24,5 km foram reformados até 2006, quando o projeto foi entregue por Alckmin após R$ 1,7 bilhão de investimento. Com a obra, dividida em duas fases, o leito do Tietê ficou, em média, 2,5 metros mais profundo e ganhou o dobro de largura.

Para evitar novos casos de transbordamento, o governo prevê outras intervenções no rio, como a escavação de um túnel de 5,5 km para proteger a cidade de Pirapora do Bom Jesus. A obra teria início na margem direita do reservatório da cidade e acabaria 10 km após a barragem Edgar de Souza. O custo estimado é de R$ 1 bilhão.

O plano completo prevê ainda o rebaixamento de até 4 metros da calha do Rio Pinheiros, na altura da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), que também alagou na sexta-feira, estragando pelo menos 200 toneladas de frutas.

Chuvas deixam mortos na Grande São Paulo

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Só na bacia do Juqueri, onde ficam as cidades de Franco da Rocha e Mairiporã, afetadas por enchentes na sexta, a proposta é construir 45 reservatórios com capacidade para armazenar até 5,6 bilhões de litros, a um custo de R$ 1,9 bilhão. O próprio plano destaca que a maior parte dessas obras já havia sido prevista nas versões anteriores, em 1998 e 2009.

Segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), responsável pelo plano, o objetivo é “diagnosticar e analisar o atual sistema de macrodrenagem da região e propor um conjunto de soluções capazes de reduzir os efeitos das cheias”. O órgão, contudo, não estimou o prazo de início e término das obras.

Para Jorge Giroldo, professor de engenharia do Centro Universitário da FEI, as ações são benéficas, mas insuficientes. “É difícil aprofundar mais a calha do Tietê e não restam tantas áreas para fazer piscinões. A solução no futuro será fazer retenção de água dentro de casa, como fazem na Europa”, diz.

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) planeja aprofundar mais uma vez a calha do Rio Tietê, rebaixar parte do Rio Pinheiros e fazer mais 160 piscinões para evitar enchentes na capital e em cidades da Grande São Paulo. As obras compõem um conjunto de ações previstas para os próximos 20 anos, no 3.º Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê (PDMAT 3), concluído em 2014 e avaliado em R$ 13,5 bilhões.

Pela proposta, o governo faria a escavação do fundo da calha do Tietê em até 2,5 metros entre a Barragem da Penha, na zona leste da capital, e a Usina Hidrelétrica Edgard de Souza, em Santana do Parnaíba. O trabalho aumentaria a seção de escoamento e a declividade do canal e, consequentemente, a capacidade de vazão do rio, evitando ou ao menos amenizando alagamentos em dias de chuva intensa, como aconteceu na madrugada de sexta-feira em três pontos da Marginal pela primeira vez desde 2011.

Tietê. Proposta prevê escavação do fundo da calha do rio em até 2,5 metros entre a zona leste e Santana do Parnaíba Foto: Hélvio Romero/Estadão

Avaliado em R$ 4 bilhões, o projeto é o mais caro do plano e considerado necessário para proteger áreas de várzea ocupadas, como a Vila Itaim e o Jardim Pantanal, que sofrem constantemente com enchentes na zona leste. Se sair do papel, será a segunda grande intervenção desse tipo no Tietê.

Em 1998, com o mesmo objetivo de evitar enchentes, o Estado iniciou um programa de aprofundamento e ampliação da calha do rio com financiamento internacional. Ao todo, 24,5 km foram reformados até 2006, quando o projeto foi entregue por Alckmin após R$ 1,7 bilhão de investimento. Com a obra, dividida em duas fases, o leito do Tietê ficou, em média, 2,5 metros mais profundo e ganhou o dobro de largura.

Para evitar novos casos de transbordamento, o governo prevê outras intervenções no rio, como a escavação de um túnel de 5,5 km para proteger a cidade de Pirapora do Bom Jesus. A obra teria início na margem direita do reservatório da cidade e acabaria 10 km após a barragem Edgar de Souza. O custo estimado é de R$ 1 bilhão.

O plano completo prevê ainda o rebaixamento de até 4 metros da calha do Rio Pinheiros, na altura da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), que também alagou na sexta-feira, estragando pelo menos 200 toneladas de frutas.

Chuvas deixam mortos na Grande São Paulo

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Só na bacia do Juqueri, onde ficam as cidades de Franco da Rocha e Mairiporã, afetadas por enchentes na sexta, a proposta é construir 45 reservatórios com capacidade para armazenar até 5,6 bilhões de litros, a um custo de R$ 1,9 bilhão. O próprio plano destaca que a maior parte dessas obras já havia sido prevista nas versões anteriores, em 1998 e 2009.

Segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), responsável pelo plano, o objetivo é “diagnosticar e analisar o atual sistema de macrodrenagem da região e propor um conjunto de soluções capazes de reduzir os efeitos das cheias”. O órgão, contudo, não estimou o prazo de início e término das obras.

Para Jorge Giroldo, professor de engenharia do Centro Universitário da FEI, as ações são benéficas, mas insuficientes. “É difícil aprofundar mais a calha do Tietê e não restam tantas áreas para fazer piscinões. A solução no futuro será fazer retenção de água dentro de casa, como fazem na Europa”, diz.

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