Falta de luz deixa 1,2 mi sem água na Grande São Paulo e na capital


Problema em 2 estações afeta Taboão, Embu, Itapecerica e partes de Cotia e das zonas oeste e sul, segundo Eletropaulo e Sabesp

Por André Magnabosco e Karin Sato
O problema atingiu as Estações Jardim São Luiz e João XXIII e deixa800 mil pessoas sem água Foto: JF Dorio/Estadão

continua após a publicidade

Atualizada às 23h30

SÃO PAULO - Ao menos 1,2 milhão de pessoas ficaram sem água nesta quinta-feira,22, durante todo o dia em cinco cidades da região metropolitana de São Paulo. Em meio à atual crise hídrica, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) apressou-se em atribuiu o problema à AES Eletropaulo: uma queda de árvore causou uma falha de energia que paralisou as bombas de duas estações elevatórias. A retirada do tronco entraria pela madrugada e a previsão é de que alguns lugares fiquem sem água até domingo.

continua após a publicidade

O problema atingiu parte das zonas oeste e sul da capital, além das cidades de Cotia, Embu, Taboão da Serra e Itapecerica da Serra. O fornecimento de água se encerrou nas primeiras horas da manhã. 

continua após a publicidade

Os principais afetados pelo desabastecimento foram comerciantes, que tiveram de fechar os estabelecimentos mais cedo, interromper parte das atividades ou gastar com caminhões-pipa. “Compramos 25 mil litros para encher nossas nove caixas de água. Se não fosse isso, teríamos fechado”, conta José Francinaldo Gomes, de 35 anos, gerente de uma padaria no Rio Pequeno, zona oeste da capital. Mesmo assim, o comércio deixou de assar 3.500 pães e 10 quilos de pão de queijo, por causa da falta de luz. 

Em outros casos, os comércios mantiveram as atividades até as caixas d’água ficarem secas. “A gente até tentou economizar para ir usando a reserva, mas teve uma hora que não teve jeito”, contou a cozinheira Alessandra Zavonelli, de 37 anos, funcionária de uma lanchonete que fechou ontem às 15 horas.

continua após a publicidade

Entre consumidores residenciais, o impacto do problema foi reduzido justamente por causa das reservas das caixas d’água. A água não acabou também porque muitos deles, avisados da falha, não fizeram tarefas básicas. “Deixei de lavar roupa e acumulei a louça na pia”, afirmou a aposentada Maria Ferreira de Oliveira, de 67 anos, também moradora da zono oeste.

continua após a publicidade

O caso expõe mais uma vez a fragilidade da rede aérea paulistana. Na semana passada, cerca de 800 mil pessoas já haviam ficado sem energia por sucessivas quedas de energia na rede da Eletropaulo (mais informações nesta página). 

Causas. Ontem, a AES Eletropaulo confirmou que houve interrupção no fornecimento de luz para as estações elevatórias de água João XXIII e Jardim São Luiz, ambas na capital, e afirmou que o problema foi causado pela queda de uma árvore na rede aérea. A fiação da Avenida Engenheiro Heitor Antônio Eiras Garcia, no Rio Pequeno, zona oeste, não é aterrada, e se rompeu quando a árvore caiu, por volta das 4 horas de ontem. 

continua após a publicidade

O trânsito na via, ligação com a Rodovia Raposo Tavares, foi parcialmente interrompido para os reparos. “Equipes de eletricistas, enviadas nove minutos depois do início da interrupção de energia, não puderam concluir reparos na rede sem que a árvore fosse removida, responsabilidade do Corpo de Bombeiros, que foi acionado no meio da manhã”, diz a nota oficial da Eletropaulo. 

Ocorre que os bombeiros só chegaram ao meio-dia, ainda segundo a nota da Eletropaulo. E apareceram sem os equipamentos adequados. “Uma equipe constatou que o equipamento disponível não era suficiente para atuar no desmonte de uma árvore daquela proporção, entre 20 e 25 metros de altura”, narra o texto. “Dada a gravidade do caso, a AES Eletropaulo também acionou o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), para que a ocorrência pudesse ser priorizada. Às 17h30, nova equipe do Corpo de Bombeiros chegou ao local.”

Antes desse horário, entretanto, a concessionária havia tentado fazer reparos de emergência e a luz chegou a voltar na região da Estação João XXIII (que atende as cidades citadas da Grande São Paulo), “mas ainda com tensão insuficiente para a retomada do funcionamento da estação”, conforme a Sabesp. Assim, as pessoas ficaram com luz e sem água.

O Corpo de Bombeiros rebateu a AES Eletropaulo e explicou que foi acionado somente às 11h15. Além disso, a corporação informou que primeiro foi feita uma avaliação da gravidade do estado da árvore e, ao longo do dia, equipes foram encaminhadas ao local. À noite, havia 18 homens trabalhando na remoção do tronco. A previsão é de que os trabalhos se estendessem até hoje de manhã. Após o restabelecimento da energia, a Sabesp deu prazo de 48 horas para solucionar todos os cortes de água.

Outra estação. Já no caso da Estação Jardim São Luiz, a falha de energia durou até as 10 horas. “A previsão é de que o abastecimento nesses bairros seja normalizado de forma gradual até a madrugada, com mais demora para a água chegar aos locais mais altos e distantes das estações”, disse a Sabesp. 

A empresa não deu detalhes sobre o restabelecimento do abastecimento, mas sua assessoria negou que a eventual queda de pressão no sistema, decorrente das manobras adotadas para reduzir a retirada de água das represas, tivesse ligação com a demora. Durante a crise, a companhia de abastecimento estadual ainda recomendou “que os moradores evitem o desperdício e usem de forma consciente o volume de suas caixas d’água”, como as pessoas já estavam fazendo por conta própria. 

O problema atingiu as Estações Jardim São Luiz e João XXIII e deixa800 mil pessoas sem água Foto: JF Dorio/Estadão

Atualizada às 23h30

SÃO PAULO - Ao menos 1,2 milhão de pessoas ficaram sem água nesta quinta-feira,22, durante todo o dia em cinco cidades da região metropolitana de São Paulo. Em meio à atual crise hídrica, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) apressou-se em atribuiu o problema à AES Eletropaulo: uma queda de árvore causou uma falha de energia que paralisou as bombas de duas estações elevatórias. A retirada do tronco entraria pela madrugada e a previsão é de que alguns lugares fiquem sem água até domingo.

O problema atingiu parte das zonas oeste e sul da capital, além das cidades de Cotia, Embu, Taboão da Serra e Itapecerica da Serra. O fornecimento de água se encerrou nas primeiras horas da manhã. 

Os principais afetados pelo desabastecimento foram comerciantes, que tiveram de fechar os estabelecimentos mais cedo, interromper parte das atividades ou gastar com caminhões-pipa. “Compramos 25 mil litros para encher nossas nove caixas de água. Se não fosse isso, teríamos fechado”, conta José Francinaldo Gomes, de 35 anos, gerente de uma padaria no Rio Pequeno, zona oeste da capital. Mesmo assim, o comércio deixou de assar 3.500 pães e 10 quilos de pão de queijo, por causa da falta de luz. 

Em outros casos, os comércios mantiveram as atividades até as caixas d’água ficarem secas. “A gente até tentou economizar para ir usando a reserva, mas teve uma hora que não teve jeito”, contou a cozinheira Alessandra Zavonelli, de 37 anos, funcionária de uma lanchonete que fechou ontem às 15 horas.

Entre consumidores residenciais, o impacto do problema foi reduzido justamente por causa das reservas das caixas d’água. A água não acabou também porque muitos deles, avisados da falha, não fizeram tarefas básicas. “Deixei de lavar roupa e acumulei a louça na pia”, afirmou a aposentada Maria Ferreira de Oliveira, de 67 anos, também moradora da zono oeste.

O caso expõe mais uma vez a fragilidade da rede aérea paulistana. Na semana passada, cerca de 800 mil pessoas já haviam ficado sem energia por sucessivas quedas de energia na rede da Eletropaulo (mais informações nesta página). 

Causas. Ontem, a AES Eletropaulo confirmou que houve interrupção no fornecimento de luz para as estações elevatórias de água João XXIII e Jardim São Luiz, ambas na capital, e afirmou que o problema foi causado pela queda de uma árvore na rede aérea. A fiação da Avenida Engenheiro Heitor Antônio Eiras Garcia, no Rio Pequeno, zona oeste, não é aterrada, e se rompeu quando a árvore caiu, por volta das 4 horas de ontem. 

O trânsito na via, ligação com a Rodovia Raposo Tavares, foi parcialmente interrompido para os reparos. “Equipes de eletricistas, enviadas nove minutos depois do início da interrupção de energia, não puderam concluir reparos na rede sem que a árvore fosse removida, responsabilidade do Corpo de Bombeiros, que foi acionado no meio da manhã”, diz a nota oficial da Eletropaulo. 

Ocorre que os bombeiros só chegaram ao meio-dia, ainda segundo a nota da Eletropaulo. E apareceram sem os equipamentos adequados. “Uma equipe constatou que o equipamento disponível não era suficiente para atuar no desmonte de uma árvore daquela proporção, entre 20 e 25 metros de altura”, narra o texto. “Dada a gravidade do caso, a AES Eletropaulo também acionou o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), para que a ocorrência pudesse ser priorizada. Às 17h30, nova equipe do Corpo de Bombeiros chegou ao local.”

Antes desse horário, entretanto, a concessionária havia tentado fazer reparos de emergência e a luz chegou a voltar na região da Estação João XXIII (que atende as cidades citadas da Grande São Paulo), “mas ainda com tensão insuficiente para a retomada do funcionamento da estação”, conforme a Sabesp. Assim, as pessoas ficaram com luz e sem água.

O Corpo de Bombeiros rebateu a AES Eletropaulo e explicou que foi acionado somente às 11h15. Além disso, a corporação informou que primeiro foi feita uma avaliação da gravidade do estado da árvore e, ao longo do dia, equipes foram encaminhadas ao local. À noite, havia 18 homens trabalhando na remoção do tronco. A previsão é de que os trabalhos se estendessem até hoje de manhã. Após o restabelecimento da energia, a Sabesp deu prazo de 48 horas para solucionar todos os cortes de água.

Outra estação. Já no caso da Estação Jardim São Luiz, a falha de energia durou até as 10 horas. “A previsão é de que o abastecimento nesses bairros seja normalizado de forma gradual até a madrugada, com mais demora para a água chegar aos locais mais altos e distantes das estações”, disse a Sabesp. 

A empresa não deu detalhes sobre o restabelecimento do abastecimento, mas sua assessoria negou que a eventual queda de pressão no sistema, decorrente das manobras adotadas para reduzir a retirada de água das represas, tivesse ligação com a demora. Durante a crise, a companhia de abastecimento estadual ainda recomendou “que os moradores evitem o desperdício e usem de forma consciente o volume de suas caixas d’água”, como as pessoas já estavam fazendo por conta própria. 

O problema atingiu as Estações Jardim São Luiz e João XXIII e deixa800 mil pessoas sem água Foto: JF Dorio/Estadão

Atualizada às 23h30

SÃO PAULO - Ao menos 1,2 milhão de pessoas ficaram sem água nesta quinta-feira,22, durante todo o dia em cinco cidades da região metropolitana de São Paulo. Em meio à atual crise hídrica, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) apressou-se em atribuiu o problema à AES Eletropaulo: uma queda de árvore causou uma falha de energia que paralisou as bombas de duas estações elevatórias. A retirada do tronco entraria pela madrugada e a previsão é de que alguns lugares fiquem sem água até domingo.

O problema atingiu parte das zonas oeste e sul da capital, além das cidades de Cotia, Embu, Taboão da Serra e Itapecerica da Serra. O fornecimento de água se encerrou nas primeiras horas da manhã. 

Os principais afetados pelo desabastecimento foram comerciantes, que tiveram de fechar os estabelecimentos mais cedo, interromper parte das atividades ou gastar com caminhões-pipa. “Compramos 25 mil litros para encher nossas nove caixas de água. Se não fosse isso, teríamos fechado”, conta José Francinaldo Gomes, de 35 anos, gerente de uma padaria no Rio Pequeno, zona oeste da capital. Mesmo assim, o comércio deixou de assar 3.500 pães e 10 quilos de pão de queijo, por causa da falta de luz. 

Em outros casos, os comércios mantiveram as atividades até as caixas d’água ficarem secas. “A gente até tentou economizar para ir usando a reserva, mas teve uma hora que não teve jeito”, contou a cozinheira Alessandra Zavonelli, de 37 anos, funcionária de uma lanchonete que fechou ontem às 15 horas.

Entre consumidores residenciais, o impacto do problema foi reduzido justamente por causa das reservas das caixas d’água. A água não acabou também porque muitos deles, avisados da falha, não fizeram tarefas básicas. “Deixei de lavar roupa e acumulei a louça na pia”, afirmou a aposentada Maria Ferreira de Oliveira, de 67 anos, também moradora da zono oeste.

O caso expõe mais uma vez a fragilidade da rede aérea paulistana. Na semana passada, cerca de 800 mil pessoas já haviam ficado sem energia por sucessivas quedas de energia na rede da Eletropaulo (mais informações nesta página). 

Causas. Ontem, a AES Eletropaulo confirmou que houve interrupção no fornecimento de luz para as estações elevatórias de água João XXIII e Jardim São Luiz, ambas na capital, e afirmou que o problema foi causado pela queda de uma árvore na rede aérea. A fiação da Avenida Engenheiro Heitor Antônio Eiras Garcia, no Rio Pequeno, zona oeste, não é aterrada, e se rompeu quando a árvore caiu, por volta das 4 horas de ontem. 

O trânsito na via, ligação com a Rodovia Raposo Tavares, foi parcialmente interrompido para os reparos. “Equipes de eletricistas, enviadas nove minutos depois do início da interrupção de energia, não puderam concluir reparos na rede sem que a árvore fosse removida, responsabilidade do Corpo de Bombeiros, que foi acionado no meio da manhã”, diz a nota oficial da Eletropaulo. 

Ocorre que os bombeiros só chegaram ao meio-dia, ainda segundo a nota da Eletropaulo. E apareceram sem os equipamentos adequados. “Uma equipe constatou que o equipamento disponível não era suficiente para atuar no desmonte de uma árvore daquela proporção, entre 20 e 25 metros de altura”, narra o texto. “Dada a gravidade do caso, a AES Eletropaulo também acionou o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), para que a ocorrência pudesse ser priorizada. Às 17h30, nova equipe do Corpo de Bombeiros chegou ao local.”

Antes desse horário, entretanto, a concessionária havia tentado fazer reparos de emergência e a luz chegou a voltar na região da Estação João XXIII (que atende as cidades citadas da Grande São Paulo), “mas ainda com tensão insuficiente para a retomada do funcionamento da estação”, conforme a Sabesp. Assim, as pessoas ficaram com luz e sem água.

O Corpo de Bombeiros rebateu a AES Eletropaulo e explicou que foi acionado somente às 11h15. Além disso, a corporação informou que primeiro foi feita uma avaliação da gravidade do estado da árvore e, ao longo do dia, equipes foram encaminhadas ao local. À noite, havia 18 homens trabalhando na remoção do tronco. A previsão é de que os trabalhos se estendessem até hoje de manhã. Após o restabelecimento da energia, a Sabesp deu prazo de 48 horas para solucionar todos os cortes de água.

Outra estação. Já no caso da Estação Jardim São Luiz, a falha de energia durou até as 10 horas. “A previsão é de que o abastecimento nesses bairros seja normalizado de forma gradual até a madrugada, com mais demora para a água chegar aos locais mais altos e distantes das estações”, disse a Sabesp. 

A empresa não deu detalhes sobre o restabelecimento do abastecimento, mas sua assessoria negou que a eventual queda de pressão no sistema, decorrente das manobras adotadas para reduzir a retirada de água das represas, tivesse ligação com a demora. Durante a crise, a companhia de abastecimento estadual ainda recomendou “que os moradores evitem o desperdício e usem de forma consciente o volume de suas caixas d’água”, como as pessoas já estavam fazendo por conta própria. 

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.