Falta de luz em SP: comércio divide aluguel de gerador e moradores tomam banho de caneca


Para restaurantes e lanchonetes, a maior preocupação é manter alimentos refrigerados; Enel e Sabesp dizem atuar para analisar causas do apagão

Por Gonçalo Junior
Atualização:

O apagão que já dura mais de 25 horas em alguns bairros da região central, como Higienópolis, Bela Vista, Cerqueira César, Santa Cecília e Vila Buarque, obriga comerciantes a improvisar para manter os estabelecimentos abertos. Uma das saídas é fazer uma vaquinha e compartilhar o uso de geradores elétricos. Entre os moradores, teve quem precisou tomar banho de caneca.

A Enel Distribuição São Paulo informa que, até o meio da tarde desta terça-feira, 19, restabeleceu o serviço para 95% dos cerca de 35 mil clientes que tiveram o fornecimento de energia afetado.

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Para restaurantes e lanchonetes, a maior preocupação é manter os alimentos refrigerados. O comerciante Áureo Dantas, de 52 anos, fez as contas na ponta do lápis: ficava mais barato alugar um gerador do que arcar com o prejuízo pela perda das mercadorias, principalmente as carnes, sem refrigeração por mais de 24 horas.

Comércio utiliza geradores após 24h do apagão que atingiu a região da Vila Buarque, no centro de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

A saída foi compartilhar o aluguel com o restaurante vizinho, de comida chinesa. Os dois estabelecimentos vão dividir os custos de R$ 2 mil por seis horas de uso ininterrupto. O gerador estava estacionado na porta da lanchonete na manhã desta terça-feira.

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“Sem refrigeração, meu prejuízo seria o triplo”, afirma o dono de uma lanchonete há 14 anos na esquina da Rua Martim Francisco com a Rua Baronesa de Itu, na Vila Buarque.

O empresário Gabriel Almeida, de 30 anos, pensa nessa solução, mas ele quer algo permanente para o restaurante perto da Rua Jaguaribe. “Já pensei em comprar um gerador, parcelado, para guardar para emergências assim. Está se tornando frequente”, lamenta.

Sem geladeira, não havia cerveja ou refrigerante gelados no início da tarde. Os sorvetes foram as primeiras vítimas: não aguentaram o calor e derreteram. O cardápio, obviamente, foi reduzido. Hoje não tem a porção de batatas fritas, por exemplo, um dos itens mais pedidos, porque a fritadeira é elétrica.

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Para outros negócios, o investimento de um gerador não compensa. É o caso da Star Beauty, loja de cosméticos que fica distante duas quadras. Ali, a saída foi atender aos poucos clientes que apareciam às escuras ou na porta da loja – o fundo está um breu.

Lojistas reclamam de prejuízos após novo blecaute Foto: Taba Benedicto/Estadão

Por conta do tamanho do estabelecimento, o desafio maior é permanecer lá dentro com o calor acima dos 30 º C – a loja tem dez ventiladores. Por causa dos transtornos, o horário de funcionamento também deverá ser reduzido, prevê a empresária Ana Oliveira.

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Na manhã desta terça, as funcionárias estavam todas na entrada da loja, quase na calçada. “A gente não aguenta ficar lá dentro, nesse calor e sem ventilador. Quem vai arcar com esse prejuízo?”, questiona.

Entre os moradores, as soluções para um dia inteiro sem luz envolvem banhos de caneca com água que foi esquentada no fogão e recorrer aos vizinhos para recarregar os celulares. Na manhã desta terça-feira, era comum flagrar moradores com os aparelhos na mão em busca de uma tomada.

Foi o caso da vendedora Fabiana Freitas Barbosa, de 38 anos. Ela encontrou ajuda em uma oficina mecânica, que tinha gerador próprio. São novas formas de solidariedade que vão surgindo com a frequência cada vez maior dos apagões.

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A falta de energia elétrica realça outros problemas da região, como os desafios na área de segurança pública. A secretária Miriam Suzi, de 53 anos, conta que pediu a companhia de um vizinho para entrar no prédio em que mora.

A Rua Martim Francisco estava às escuras na noite desta segunda. Moradores contam que a região é um dos focos da chamada gangue da bike, quando ladrões passam em alta velocidade de bicicleta e roubam celulares e bolsas.

“Para tomar banho, precisei esquentar a água no fogão, colocar num balde e levar para o banheiro. É desesperador, tudo sem jeito, pouca água, mas não tinha outra forma”, acrescenta Miriam.

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A Enel informou que clientes prioritários foram atendidos com geradores disponibilizados pela distribuidora, enquanto os técnicos atuavam para concluir os reparos na rede elétrica, que é subterrânea no local.

Equipes da Enel e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) trabalham para analisar as causas da interrupção na região central de São Paulo.

Ainda nesta terça-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou a Enel sobre a capacidade de atuar nas concessões de distribuição de energia no Brasil. O comunicado veio após o novo apagão.

O apagão que já dura mais de 25 horas em alguns bairros da região central, como Higienópolis, Bela Vista, Cerqueira César, Santa Cecília e Vila Buarque, obriga comerciantes a improvisar para manter os estabelecimentos abertos. Uma das saídas é fazer uma vaquinha e compartilhar o uso de geradores elétricos. Entre os moradores, teve quem precisou tomar banho de caneca.

A Enel Distribuição São Paulo informa que, até o meio da tarde desta terça-feira, 19, restabeleceu o serviço para 95% dos cerca de 35 mil clientes que tiveram o fornecimento de energia afetado.

Para restaurantes e lanchonetes, a maior preocupação é manter os alimentos refrigerados. O comerciante Áureo Dantas, de 52 anos, fez as contas na ponta do lápis: ficava mais barato alugar um gerador do que arcar com o prejuízo pela perda das mercadorias, principalmente as carnes, sem refrigeração por mais de 24 horas.

Comércio utiliza geradores após 24h do apagão que atingiu a região da Vila Buarque, no centro de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

A saída foi compartilhar o aluguel com o restaurante vizinho, de comida chinesa. Os dois estabelecimentos vão dividir os custos de R$ 2 mil por seis horas de uso ininterrupto. O gerador estava estacionado na porta da lanchonete na manhã desta terça-feira.

“Sem refrigeração, meu prejuízo seria o triplo”, afirma o dono de uma lanchonete há 14 anos na esquina da Rua Martim Francisco com a Rua Baronesa de Itu, na Vila Buarque.

O empresário Gabriel Almeida, de 30 anos, pensa nessa solução, mas ele quer algo permanente para o restaurante perto da Rua Jaguaribe. “Já pensei em comprar um gerador, parcelado, para guardar para emergências assim. Está se tornando frequente”, lamenta.

Sem geladeira, não havia cerveja ou refrigerante gelados no início da tarde. Os sorvetes foram as primeiras vítimas: não aguentaram o calor e derreteram. O cardápio, obviamente, foi reduzido. Hoje não tem a porção de batatas fritas, por exemplo, um dos itens mais pedidos, porque a fritadeira é elétrica.

Para outros negócios, o investimento de um gerador não compensa. É o caso da Star Beauty, loja de cosméticos que fica distante duas quadras. Ali, a saída foi atender aos poucos clientes que apareciam às escuras ou na porta da loja – o fundo está um breu.

Lojistas reclamam de prejuízos após novo blecaute Foto: Taba Benedicto/Estadão

Por conta do tamanho do estabelecimento, o desafio maior é permanecer lá dentro com o calor acima dos 30 º C – a loja tem dez ventiladores. Por causa dos transtornos, o horário de funcionamento também deverá ser reduzido, prevê a empresária Ana Oliveira.

Na manhã desta terça, as funcionárias estavam todas na entrada da loja, quase na calçada. “A gente não aguenta ficar lá dentro, nesse calor e sem ventilador. Quem vai arcar com esse prejuízo?”, questiona.

Entre os moradores, as soluções para um dia inteiro sem luz envolvem banhos de caneca com água que foi esquentada no fogão e recorrer aos vizinhos para recarregar os celulares. Na manhã desta terça-feira, era comum flagrar moradores com os aparelhos na mão em busca de uma tomada.

Foi o caso da vendedora Fabiana Freitas Barbosa, de 38 anos. Ela encontrou ajuda em uma oficina mecânica, que tinha gerador próprio. São novas formas de solidariedade que vão surgindo com a frequência cada vez maior dos apagões.

A falta de energia elétrica realça outros problemas da região, como os desafios na área de segurança pública. A secretária Miriam Suzi, de 53 anos, conta que pediu a companhia de um vizinho para entrar no prédio em que mora.

A Rua Martim Francisco estava às escuras na noite desta segunda. Moradores contam que a região é um dos focos da chamada gangue da bike, quando ladrões passam em alta velocidade de bicicleta e roubam celulares e bolsas.

“Para tomar banho, precisei esquentar a água no fogão, colocar num balde e levar para o banheiro. É desesperador, tudo sem jeito, pouca água, mas não tinha outra forma”, acrescenta Miriam.

A Enel informou que clientes prioritários foram atendidos com geradores disponibilizados pela distribuidora, enquanto os técnicos atuavam para concluir os reparos na rede elétrica, que é subterrânea no local.

Equipes da Enel e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) trabalham para analisar as causas da interrupção na região central de São Paulo.

Ainda nesta terça-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou a Enel sobre a capacidade de atuar nas concessões de distribuição de energia no Brasil. O comunicado veio após o novo apagão.

O apagão que já dura mais de 25 horas em alguns bairros da região central, como Higienópolis, Bela Vista, Cerqueira César, Santa Cecília e Vila Buarque, obriga comerciantes a improvisar para manter os estabelecimentos abertos. Uma das saídas é fazer uma vaquinha e compartilhar o uso de geradores elétricos. Entre os moradores, teve quem precisou tomar banho de caneca.

A Enel Distribuição São Paulo informa que, até o meio da tarde desta terça-feira, 19, restabeleceu o serviço para 95% dos cerca de 35 mil clientes que tiveram o fornecimento de energia afetado.

Para restaurantes e lanchonetes, a maior preocupação é manter os alimentos refrigerados. O comerciante Áureo Dantas, de 52 anos, fez as contas na ponta do lápis: ficava mais barato alugar um gerador do que arcar com o prejuízo pela perda das mercadorias, principalmente as carnes, sem refrigeração por mais de 24 horas.

Comércio utiliza geradores após 24h do apagão que atingiu a região da Vila Buarque, no centro de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

A saída foi compartilhar o aluguel com o restaurante vizinho, de comida chinesa. Os dois estabelecimentos vão dividir os custos de R$ 2 mil por seis horas de uso ininterrupto. O gerador estava estacionado na porta da lanchonete na manhã desta terça-feira.

“Sem refrigeração, meu prejuízo seria o triplo”, afirma o dono de uma lanchonete há 14 anos na esquina da Rua Martim Francisco com a Rua Baronesa de Itu, na Vila Buarque.

O empresário Gabriel Almeida, de 30 anos, pensa nessa solução, mas ele quer algo permanente para o restaurante perto da Rua Jaguaribe. “Já pensei em comprar um gerador, parcelado, para guardar para emergências assim. Está se tornando frequente”, lamenta.

Sem geladeira, não havia cerveja ou refrigerante gelados no início da tarde. Os sorvetes foram as primeiras vítimas: não aguentaram o calor e derreteram. O cardápio, obviamente, foi reduzido. Hoje não tem a porção de batatas fritas, por exemplo, um dos itens mais pedidos, porque a fritadeira é elétrica.

Para outros negócios, o investimento de um gerador não compensa. É o caso da Star Beauty, loja de cosméticos que fica distante duas quadras. Ali, a saída foi atender aos poucos clientes que apareciam às escuras ou na porta da loja – o fundo está um breu.

Lojistas reclamam de prejuízos após novo blecaute Foto: Taba Benedicto/Estadão

Por conta do tamanho do estabelecimento, o desafio maior é permanecer lá dentro com o calor acima dos 30 º C – a loja tem dez ventiladores. Por causa dos transtornos, o horário de funcionamento também deverá ser reduzido, prevê a empresária Ana Oliveira.

Na manhã desta terça, as funcionárias estavam todas na entrada da loja, quase na calçada. “A gente não aguenta ficar lá dentro, nesse calor e sem ventilador. Quem vai arcar com esse prejuízo?”, questiona.

Entre os moradores, as soluções para um dia inteiro sem luz envolvem banhos de caneca com água que foi esquentada no fogão e recorrer aos vizinhos para recarregar os celulares. Na manhã desta terça-feira, era comum flagrar moradores com os aparelhos na mão em busca de uma tomada.

Foi o caso da vendedora Fabiana Freitas Barbosa, de 38 anos. Ela encontrou ajuda em uma oficina mecânica, que tinha gerador próprio. São novas formas de solidariedade que vão surgindo com a frequência cada vez maior dos apagões.

A falta de energia elétrica realça outros problemas da região, como os desafios na área de segurança pública. A secretária Miriam Suzi, de 53 anos, conta que pediu a companhia de um vizinho para entrar no prédio em que mora.

A Rua Martim Francisco estava às escuras na noite desta segunda. Moradores contam que a região é um dos focos da chamada gangue da bike, quando ladrões passam em alta velocidade de bicicleta e roubam celulares e bolsas.

“Para tomar banho, precisei esquentar a água no fogão, colocar num balde e levar para o banheiro. É desesperador, tudo sem jeito, pouca água, mas não tinha outra forma”, acrescenta Miriam.

A Enel informou que clientes prioritários foram atendidos com geradores disponibilizados pela distribuidora, enquanto os técnicos atuavam para concluir os reparos na rede elétrica, que é subterrânea no local.

Equipes da Enel e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) trabalham para analisar as causas da interrupção na região central de São Paulo.

Ainda nesta terça-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou a Enel sobre a capacidade de atuar nas concessões de distribuição de energia no Brasil. O comunicado veio após o novo apagão.

O apagão que já dura mais de 25 horas em alguns bairros da região central, como Higienópolis, Bela Vista, Cerqueira César, Santa Cecília e Vila Buarque, obriga comerciantes a improvisar para manter os estabelecimentos abertos. Uma das saídas é fazer uma vaquinha e compartilhar o uso de geradores elétricos. Entre os moradores, teve quem precisou tomar banho de caneca.

A Enel Distribuição São Paulo informa que, até o meio da tarde desta terça-feira, 19, restabeleceu o serviço para 95% dos cerca de 35 mil clientes que tiveram o fornecimento de energia afetado.

Para restaurantes e lanchonetes, a maior preocupação é manter os alimentos refrigerados. O comerciante Áureo Dantas, de 52 anos, fez as contas na ponta do lápis: ficava mais barato alugar um gerador do que arcar com o prejuízo pela perda das mercadorias, principalmente as carnes, sem refrigeração por mais de 24 horas.

Comércio utiliza geradores após 24h do apagão que atingiu a região da Vila Buarque, no centro de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

A saída foi compartilhar o aluguel com o restaurante vizinho, de comida chinesa. Os dois estabelecimentos vão dividir os custos de R$ 2 mil por seis horas de uso ininterrupto. O gerador estava estacionado na porta da lanchonete na manhã desta terça-feira.

“Sem refrigeração, meu prejuízo seria o triplo”, afirma o dono de uma lanchonete há 14 anos na esquina da Rua Martim Francisco com a Rua Baronesa de Itu, na Vila Buarque.

O empresário Gabriel Almeida, de 30 anos, pensa nessa solução, mas ele quer algo permanente para o restaurante perto da Rua Jaguaribe. “Já pensei em comprar um gerador, parcelado, para guardar para emergências assim. Está se tornando frequente”, lamenta.

Sem geladeira, não havia cerveja ou refrigerante gelados no início da tarde. Os sorvetes foram as primeiras vítimas: não aguentaram o calor e derreteram. O cardápio, obviamente, foi reduzido. Hoje não tem a porção de batatas fritas, por exemplo, um dos itens mais pedidos, porque a fritadeira é elétrica.

Para outros negócios, o investimento de um gerador não compensa. É o caso da Star Beauty, loja de cosméticos que fica distante duas quadras. Ali, a saída foi atender aos poucos clientes que apareciam às escuras ou na porta da loja – o fundo está um breu.

Lojistas reclamam de prejuízos após novo blecaute Foto: Taba Benedicto/Estadão

Por conta do tamanho do estabelecimento, o desafio maior é permanecer lá dentro com o calor acima dos 30 º C – a loja tem dez ventiladores. Por causa dos transtornos, o horário de funcionamento também deverá ser reduzido, prevê a empresária Ana Oliveira.

Na manhã desta terça, as funcionárias estavam todas na entrada da loja, quase na calçada. “A gente não aguenta ficar lá dentro, nesse calor e sem ventilador. Quem vai arcar com esse prejuízo?”, questiona.

Entre os moradores, as soluções para um dia inteiro sem luz envolvem banhos de caneca com água que foi esquentada no fogão e recorrer aos vizinhos para recarregar os celulares. Na manhã desta terça-feira, era comum flagrar moradores com os aparelhos na mão em busca de uma tomada.

Foi o caso da vendedora Fabiana Freitas Barbosa, de 38 anos. Ela encontrou ajuda em uma oficina mecânica, que tinha gerador próprio. São novas formas de solidariedade que vão surgindo com a frequência cada vez maior dos apagões.

A falta de energia elétrica realça outros problemas da região, como os desafios na área de segurança pública. A secretária Miriam Suzi, de 53 anos, conta que pediu a companhia de um vizinho para entrar no prédio em que mora.

A Rua Martim Francisco estava às escuras na noite desta segunda. Moradores contam que a região é um dos focos da chamada gangue da bike, quando ladrões passam em alta velocidade de bicicleta e roubam celulares e bolsas.

“Para tomar banho, precisei esquentar a água no fogão, colocar num balde e levar para o banheiro. É desesperador, tudo sem jeito, pouca água, mas não tinha outra forma”, acrescenta Miriam.

A Enel informou que clientes prioritários foram atendidos com geradores disponibilizados pela distribuidora, enquanto os técnicos atuavam para concluir os reparos na rede elétrica, que é subterrânea no local.

Equipes da Enel e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) trabalham para analisar as causas da interrupção na região central de São Paulo.

Ainda nesta terça-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou a Enel sobre a capacidade de atuar nas concessões de distribuição de energia no Brasil. O comunicado veio após o novo apagão.

O apagão que já dura mais de 25 horas em alguns bairros da região central, como Higienópolis, Bela Vista, Cerqueira César, Santa Cecília e Vila Buarque, obriga comerciantes a improvisar para manter os estabelecimentos abertos. Uma das saídas é fazer uma vaquinha e compartilhar o uso de geradores elétricos. Entre os moradores, teve quem precisou tomar banho de caneca.

A Enel Distribuição São Paulo informa que, até o meio da tarde desta terça-feira, 19, restabeleceu o serviço para 95% dos cerca de 35 mil clientes que tiveram o fornecimento de energia afetado.

Para restaurantes e lanchonetes, a maior preocupação é manter os alimentos refrigerados. O comerciante Áureo Dantas, de 52 anos, fez as contas na ponta do lápis: ficava mais barato alugar um gerador do que arcar com o prejuízo pela perda das mercadorias, principalmente as carnes, sem refrigeração por mais de 24 horas.

Comércio utiliza geradores após 24h do apagão que atingiu a região da Vila Buarque, no centro de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

A saída foi compartilhar o aluguel com o restaurante vizinho, de comida chinesa. Os dois estabelecimentos vão dividir os custos de R$ 2 mil por seis horas de uso ininterrupto. O gerador estava estacionado na porta da lanchonete na manhã desta terça-feira.

“Sem refrigeração, meu prejuízo seria o triplo”, afirma o dono de uma lanchonete há 14 anos na esquina da Rua Martim Francisco com a Rua Baronesa de Itu, na Vila Buarque.

O empresário Gabriel Almeida, de 30 anos, pensa nessa solução, mas ele quer algo permanente para o restaurante perto da Rua Jaguaribe. “Já pensei em comprar um gerador, parcelado, para guardar para emergências assim. Está se tornando frequente”, lamenta.

Sem geladeira, não havia cerveja ou refrigerante gelados no início da tarde. Os sorvetes foram as primeiras vítimas: não aguentaram o calor e derreteram. O cardápio, obviamente, foi reduzido. Hoje não tem a porção de batatas fritas, por exemplo, um dos itens mais pedidos, porque a fritadeira é elétrica.

Para outros negócios, o investimento de um gerador não compensa. É o caso da Star Beauty, loja de cosméticos que fica distante duas quadras. Ali, a saída foi atender aos poucos clientes que apareciam às escuras ou na porta da loja – o fundo está um breu.

Lojistas reclamam de prejuízos após novo blecaute Foto: Taba Benedicto/Estadão

Por conta do tamanho do estabelecimento, o desafio maior é permanecer lá dentro com o calor acima dos 30 º C – a loja tem dez ventiladores. Por causa dos transtornos, o horário de funcionamento também deverá ser reduzido, prevê a empresária Ana Oliveira.

Na manhã desta terça, as funcionárias estavam todas na entrada da loja, quase na calçada. “A gente não aguenta ficar lá dentro, nesse calor e sem ventilador. Quem vai arcar com esse prejuízo?”, questiona.

Entre os moradores, as soluções para um dia inteiro sem luz envolvem banhos de caneca com água que foi esquentada no fogão e recorrer aos vizinhos para recarregar os celulares. Na manhã desta terça-feira, era comum flagrar moradores com os aparelhos na mão em busca de uma tomada.

Foi o caso da vendedora Fabiana Freitas Barbosa, de 38 anos. Ela encontrou ajuda em uma oficina mecânica, que tinha gerador próprio. São novas formas de solidariedade que vão surgindo com a frequência cada vez maior dos apagões.

A falta de energia elétrica realça outros problemas da região, como os desafios na área de segurança pública. A secretária Miriam Suzi, de 53 anos, conta que pediu a companhia de um vizinho para entrar no prédio em que mora.

A Rua Martim Francisco estava às escuras na noite desta segunda. Moradores contam que a região é um dos focos da chamada gangue da bike, quando ladrões passam em alta velocidade de bicicleta e roubam celulares e bolsas.

“Para tomar banho, precisei esquentar a água no fogão, colocar num balde e levar para o banheiro. É desesperador, tudo sem jeito, pouca água, mas não tinha outra forma”, acrescenta Miriam.

A Enel informou que clientes prioritários foram atendidos com geradores disponibilizados pela distribuidora, enquanto os técnicos atuavam para concluir os reparos na rede elétrica, que é subterrânea no local.

Equipes da Enel e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) trabalham para analisar as causas da interrupção na região central de São Paulo.

Ainda nesta terça-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, cobrou a Enel sobre a capacidade de atuar nas concessões de distribuição de energia no Brasil. O comunicado veio após o novo apagão.

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