Falta de luz pelo 4º dia afeta 530 mil imóveis em SP: ‘Comprei gelo para armazenar remédio’


Segundo a Enel, na capital são 354 mil impactados; equipes receberam reforço de Rio, Ceará e mais distribuidoras, mas ainda não há prazo de retomada total; apagão prejudica abastecimento de água

Por Renata Okumura
Atualização:

Ao menos 530 mil imóveis, entre residências e comércios, da Grande São Paulo continuam sem luz, conforme boletim atualizado pela Enel Distribuição São Paulo na manhã desta segunda-feira, 14, no quarto dia após o temporal que deixou vários pontos da região sem energia elétrica. A companhia afirma que na capital paulista ainda são cerca de 354 mil clientes impactados.

A empresa não dá previsão para restabelecimento total do fornecimento. Apenas informou que equipes de outras regiões do País estão colaborando com a situação. “As equipes em campo receberam reforço do Rio de Janeiro e do Ceará e de outras distribuidoras”, sem detalhar quais são as empresas e a quantidade do efetivo extra.

Até 5h40 desta segunda-feira, segundo a Enel, 1,5 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado. No pico do apagão, mais de 2,1 milhões ficaram sem luz após a tempestade com ventania na noite de sexta-feira, 11, com rajadas que chegaram a 107,6 km/h.

continua após a publicidade
Tempestade derrubou árvore sobre carros na Rua Catão, bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo. Árvore foi removida, mas ainda falta luz na região. Foto: Werther Santana/Estadão - 12/10/2024

Na Lapa, árvore caída sobre poste afetou rotina

Um dos moradores que ainda continua sem luz é o aposentado Paulo Afonso Alves Ferreira, de 78 anos, que mora na Rua Catão, na região da Lapa, zona oeste da cidade. Segundo ele, a energia acabou por volta das 20 horas de sexta-feira. Uma árvore caiu em cima da fiação elétrica, na altura do número 1.130, quebrando as fases de alta tensão primária e secundária.

continua após a publicidade

“Desde então, estamos sem luz. A subprefeitura da região veio na madrugada e no sábado, a árvore já havia sido retirada. Funcionários da Enel ficaram de voltar para consertar a fiação quebrada, mas até o momento não retornaram. Já são quatro dias sem luz”, disse o aposentado.

Paulo Afonso Álvares, morador da Rua Catão, no bairro da Lapa, ainda permanece sem energia nesta segunda-feira, 14. Foto: Werther Santana/Estadão

“Tem uma senhora de 89 anos que mora comigo, mas estamos bem. Temos uma cachorrinha diabética, mas estou comprando gelo e armazenando o medicamento dentro da geladeira. Tive dificuldade para encontrar gelo, diante da grande procura, mas estamos nos virando”, afirmou ele, que também armazena os alimentos da mesma forma.

continua após a publicidade

Ferreira cita que, apesar da indignação, também considera que há pessoas em situação pior. “Uma senhora passou aqui pela rua e comentou de moradores da região sem luz e que dependem de oxigênio para sobreviver. É desesperador. A Enel deu provas que não consegue manter São Paulo.”

Procurada, a Enel não se manifestou sobre a situação relatada pelo morador. Disse que está fazendo levantamento dos bairros mais afetados no momento. Até a noite anterior, eram muitos os relatos de falta de energia na região de Santo Amaro, Socorro e Jardim São Luiz, todos na zona sul da cidade.

Regisrto de falta de luz no cruzamento da Avenida Henrique Schaumann com a Rua Teodoro Sampaio. Foto: Werther Santana/Estadão - 13/10/2024
continua após a publicidade

Entre os municípios mais afetados pela falta de luz:

  • Capital paulista: 354 mil
  • Cotia: 36,9mil
  • Taboão da Serra: 32,7 mil
  • São Bernardo do Campo: 28,1 mil
continua após a publicidade

Em São Paulo, entidades e moradores se mobilizam para cobrar e até mesmo processar a distribuidora de energia elétrica Enel. A falta de luz tem gerado prejuízos, sobretudo ao comércio.

No domingo, 13, o diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval de Araujo Feitosa Neto, disse que considera a reação da Enel ao apagão aquém das expectativas. Na avaliação da agência, os trabalhos de atendimento à população foram, inclusive, mais lentos do que no blecaute de novembro do ano passado, quando mais de 2 milhões de clientes também ficaram no escuro.

Restaurante sem energia elétrica na Rua Teodoro Sampaio.  Foto: Werther Santana/Estadão - 13/10/2024
continua após a publicidade

Falta de energia prejudica abastecimento de água

Os efeitos da falta de energia no abastecimento de água ainda persistem nesta segunda-feira. A interrupção do fornecimento de eletricidade afeta o funcionamento de estações elevatórias e boosters, equipamentos que transportam a água para locais mais altos, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

A companhia orienta a todos os moradores o uso consciente da água em toda a região metropolitana, uma vez que o sistema de abastecimento é integrado.

Nesta segunda-feira, o impacto da falta de energia na distribuição de água ocorre em regiões de São Paulo, Cotia, Santo André, Embu das Artes, Cajamar e Mauá.

O fornecimento de água pode ser afetado nas seguintes regiões:

  • Capital: Americanópolis, Vila Clara, Capão Redondo (parte), Pirajussara (parte), Jardim Mimás, Jardim Aeroporto, Jardim Antártica, Jardim Peri, Jardim Peri Alto e Jardim Santa Cruz;
  • Cotia: Jardim Atalaia;
  • Santo André: Jardim São Gabriel, Jardim Santo André, Jardim Marek, Jardim Santo Antônio de Pádua e Cidade São Jorge;
  • Cajamar: Jordanésia;
  • Embu das Artes: Jardim Vila Alegre;
  • Mauá: Zaíra, Vila Tavares, Sítio Bela Vista, Jardim Cruzeiro, Jardim São Gabriel, Jardim Miranda D’Aviz, Jardim Paranavaí, Jardim Alto da Boa Vista, Jardim Zaíra-Macuco, Jardim Zaíra, Parque das Américas.

Ocorrências e solicitações podem ser registradas na Central de Atendimento pelo telefone 0800 055 0195 (ligação gratuita), também pelo WhatsApp 11 3388-8000 e pela Agência Virtual no site www.sabesp.com.br.

Ao menos 530 mil imóveis, entre residências e comércios, da Grande São Paulo continuam sem luz, conforme boletim atualizado pela Enel Distribuição São Paulo na manhã desta segunda-feira, 14, no quarto dia após o temporal que deixou vários pontos da região sem energia elétrica. A companhia afirma que na capital paulista ainda são cerca de 354 mil clientes impactados.

A empresa não dá previsão para restabelecimento total do fornecimento. Apenas informou que equipes de outras regiões do País estão colaborando com a situação. “As equipes em campo receberam reforço do Rio de Janeiro e do Ceará e de outras distribuidoras”, sem detalhar quais são as empresas e a quantidade do efetivo extra.

Até 5h40 desta segunda-feira, segundo a Enel, 1,5 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado. No pico do apagão, mais de 2,1 milhões ficaram sem luz após a tempestade com ventania na noite de sexta-feira, 11, com rajadas que chegaram a 107,6 km/h.

Tempestade derrubou árvore sobre carros na Rua Catão, bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo. Árvore foi removida, mas ainda falta luz na região. Foto: Werther Santana/Estadão - 12/10/2024

Na Lapa, árvore caída sobre poste afetou rotina

Um dos moradores que ainda continua sem luz é o aposentado Paulo Afonso Alves Ferreira, de 78 anos, que mora na Rua Catão, na região da Lapa, zona oeste da cidade. Segundo ele, a energia acabou por volta das 20 horas de sexta-feira. Uma árvore caiu em cima da fiação elétrica, na altura do número 1.130, quebrando as fases de alta tensão primária e secundária.

“Desde então, estamos sem luz. A subprefeitura da região veio na madrugada e no sábado, a árvore já havia sido retirada. Funcionários da Enel ficaram de voltar para consertar a fiação quebrada, mas até o momento não retornaram. Já são quatro dias sem luz”, disse o aposentado.

Paulo Afonso Álvares, morador da Rua Catão, no bairro da Lapa, ainda permanece sem energia nesta segunda-feira, 14. Foto: Werther Santana/Estadão

“Tem uma senhora de 89 anos que mora comigo, mas estamos bem. Temos uma cachorrinha diabética, mas estou comprando gelo e armazenando o medicamento dentro da geladeira. Tive dificuldade para encontrar gelo, diante da grande procura, mas estamos nos virando”, afirmou ele, que também armazena os alimentos da mesma forma.

Ferreira cita que, apesar da indignação, também considera que há pessoas em situação pior. “Uma senhora passou aqui pela rua e comentou de moradores da região sem luz e que dependem de oxigênio para sobreviver. É desesperador. A Enel deu provas que não consegue manter São Paulo.”

Procurada, a Enel não se manifestou sobre a situação relatada pelo morador. Disse que está fazendo levantamento dos bairros mais afetados no momento. Até a noite anterior, eram muitos os relatos de falta de energia na região de Santo Amaro, Socorro e Jardim São Luiz, todos na zona sul da cidade.

Regisrto de falta de luz no cruzamento da Avenida Henrique Schaumann com a Rua Teodoro Sampaio. Foto: Werther Santana/Estadão - 13/10/2024

Entre os municípios mais afetados pela falta de luz:

  • Capital paulista: 354 mil
  • Cotia: 36,9mil
  • Taboão da Serra: 32,7 mil
  • São Bernardo do Campo: 28,1 mil

Em São Paulo, entidades e moradores se mobilizam para cobrar e até mesmo processar a distribuidora de energia elétrica Enel. A falta de luz tem gerado prejuízos, sobretudo ao comércio.

No domingo, 13, o diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval de Araujo Feitosa Neto, disse que considera a reação da Enel ao apagão aquém das expectativas. Na avaliação da agência, os trabalhos de atendimento à população foram, inclusive, mais lentos do que no blecaute de novembro do ano passado, quando mais de 2 milhões de clientes também ficaram no escuro.

Restaurante sem energia elétrica na Rua Teodoro Sampaio.  Foto: Werther Santana/Estadão - 13/10/2024

Falta de energia prejudica abastecimento de água

Os efeitos da falta de energia no abastecimento de água ainda persistem nesta segunda-feira. A interrupção do fornecimento de eletricidade afeta o funcionamento de estações elevatórias e boosters, equipamentos que transportam a água para locais mais altos, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

A companhia orienta a todos os moradores o uso consciente da água em toda a região metropolitana, uma vez que o sistema de abastecimento é integrado.

Nesta segunda-feira, o impacto da falta de energia na distribuição de água ocorre em regiões de São Paulo, Cotia, Santo André, Embu das Artes, Cajamar e Mauá.

O fornecimento de água pode ser afetado nas seguintes regiões:

  • Capital: Americanópolis, Vila Clara, Capão Redondo (parte), Pirajussara (parte), Jardim Mimás, Jardim Aeroporto, Jardim Antártica, Jardim Peri, Jardim Peri Alto e Jardim Santa Cruz;
  • Cotia: Jardim Atalaia;
  • Santo André: Jardim São Gabriel, Jardim Santo André, Jardim Marek, Jardim Santo Antônio de Pádua e Cidade São Jorge;
  • Cajamar: Jordanésia;
  • Embu das Artes: Jardim Vila Alegre;
  • Mauá: Zaíra, Vila Tavares, Sítio Bela Vista, Jardim Cruzeiro, Jardim São Gabriel, Jardim Miranda D’Aviz, Jardim Paranavaí, Jardim Alto da Boa Vista, Jardim Zaíra-Macuco, Jardim Zaíra, Parque das Américas.

Ocorrências e solicitações podem ser registradas na Central de Atendimento pelo telefone 0800 055 0195 (ligação gratuita), também pelo WhatsApp 11 3388-8000 e pela Agência Virtual no site www.sabesp.com.br.

Ao menos 530 mil imóveis, entre residências e comércios, da Grande São Paulo continuam sem luz, conforme boletim atualizado pela Enel Distribuição São Paulo na manhã desta segunda-feira, 14, no quarto dia após o temporal que deixou vários pontos da região sem energia elétrica. A companhia afirma que na capital paulista ainda são cerca de 354 mil clientes impactados.

A empresa não dá previsão para restabelecimento total do fornecimento. Apenas informou que equipes de outras regiões do País estão colaborando com a situação. “As equipes em campo receberam reforço do Rio de Janeiro e do Ceará e de outras distribuidoras”, sem detalhar quais são as empresas e a quantidade do efetivo extra.

Até 5h40 desta segunda-feira, segundo a Enel, 1,5 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado. No pico do apagão, mais de 2,1 milhões ficaram sem luz após a tempestade com ventania na noite de sexta-feira, 11, com rajadas que chegaram a 107,6 km/h.

Tempestade derrubou árvore sobre carros na Rua Catão, bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo. Árvore foi removida, mas ainda falta luz na região. Foto: Werther Santana/Estadão - 12/10/2024

Na Lapa, árvore caída sobre poste afetou rotina

Um dos moradores que ainda continua sem luz é o aposentado Paulo Afonso Alves Ferreira, de 78 anos, que mora na Rua Catão, na região da Lapa, zona oeste da cidade. Segundo ele, a energia acabou por volta das 20 horas de sexta-feira. Uma árvore caiu em cima da fiação elétrica, na altura do número 1.130, quebrando as fases de alta tensão primária e secundária.

“Desde então, estamos sem luz. A subprefeitura da região veio na madrugada e no sábado, a árvore já havia sido retirada. Funcionários da Enel ficaram de voltar para consertar a fiação quebrada, mas até o momento não retornaram. Já são quatro dias sem luz”, disse o aposentado.

Paulo Afonso Álvares, morador da Rua Catão, no bairro da Lapa, ainda permanece sem energia nesta segunda-feira, 14. Foto: Werther Santana/Estadão

“Tem uma senhora de 89 anos que mora comigo, mas estamos bem. Temos uma cachorrinha diabética, mas estou comprando gelo e armazenando o medicamento dentro da geladeira. Tive dificuldade para encontrar gelo, diante da grande procura, mas estamos nos virando”, afirmou ele, que também armazena os alimentos da mesma forma.

Ferreira cita que, apesar da indignação, também considera que há pessoas em situação pior. “Uma senhora passou aqui pela rua e comentou de moradores da região sem luz e que dependem de oxigênio para sobreviver. É desesperador. A Enel deu provas que não consegue manter São Paulo.”

Procurada, a Enel não se manifestou sobre a situação relatada pelo morador. Disse que está fazendo levantamento dos bairros mais afetados no momento. Até a noite anterior, eram muitos os relatos de falta de energia na região de Santo Amaro, Socorro e Jardim São Luiz, todos na zona sul da cidade.

Regisrto de falta de luz no cruzamento da Avenida Henrique Schaumann com a Rua Teodoro Sampaio. Foto: Werther Santana/Estadão - 13/10/2024

Entre os municípios mais afetados pela falta de luz:

  • Capital paulista: 354 mil
  • Cotia: 36,9mil
  • Taboão da Serra: 32,7 mil
  • São Bernardo do Campo: 28,1 mil

Em São Paulo, entidades e moradores se mobilizam para cobrar e até mesmo processar a distribuidora de energia elétrica Enel. A falta de luz tem gerado prejuízos, sobretudo ao comércio.

No domingo, 13, o diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval de Araujo Feitosa Neto, disse que considera a reação da Enel ao apagão aquém das expectativas. Na avaliação da agência, os trabalhos de atendimento à população foram, inclusive, mais lentos do que no blecaute de novembro do ano passado, quando mais de 2 milhões de clientes também ficaram no escuro.

Restaurante sem energia elétrica na Rua Teodoro Sampaio.  Foto: Werther Santana/Estadão - 13/10/2024

Falta de energia prejudica abastecimento de água

Os efeitos da falta de energia no abastecimento de água ainda persistem nesta segunda-feira. A interrupção do fornecimento de eletricidade afeta o funcionamento de estações elevatórias e boosters, equipamentos que transportam a água para locais mais altos, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

A companhia orienta a todos os moradores o uso consciente da água em toda a região metropolitana, uma vez que o sistema de abastecimento é integrado.

Nesta segunda-feira, o impacto da falta de energia na distribuição de água ocorre em regiões de São Paulo, Cotia, Santo André, Embu das Artes, Cajamar e Mauá.

O fornecimento de água pode ser afetado nas seguintes regiões:

  • Capital: Americanópolis, Vila Clara, Capão Redondo (parte), Pirajussara (parte), Jardim Mimás, Jardim Aeroporto, Jardim Antártica, Jardim Peri, Jardim Peri Alto e Jardim Santa Cruz;
  • Cotia: Jardim Atalaia;
  • Santo André: Jardim São Gabriel, Jardim Santo André, Jardim Marek, Jardim Santo Antônio de Pádua e Cidade São Jorge;
  • Cajamar: Jordanésia;
  • Embu das Artes: Jardim Vila Alegre;
  • Mauá: Zaíra, Vila Tavares, Sítio Bela Vista, Jardim Cruzeiro, Jardim São Gabriel, Jardim Miranda D’Aviz, Jardim Paranavaí, Jardim Alto da Boa Vista, Jardim Zaíra-Macuco, Jardim Zaíra, Parque das Américas.

Ocorrências e solicitações podem ser registradas na Central de Atendimento pelo telefone 0800 055 0195 (ligação gratuita), também pelo WhatsApp 11 3388-8000 e pela Agência Virtual no site www.sabesp.com.br.

Ao menos 530 mil imóveis, entre residências e comércios, da Grande São Paulo continuam sem luz, conforme boletim atualizado pela Enel Distribuição São Paulo na manhã desta segunda-feira, 14, no quarto dia após o temporal que deixou vários pontos da região sem energia elétrica. A companhia afirma que na capital paulista ainda são cerca de 354 mil clientes impactados.

A empresa não dá previsão para restabelecimento total do fornecimento. Apenas informou que equipes de outras regiões do País estão colaborando com a situação. “As equipes em campo receberam reforço do Rio de Janeiro e do Ceará e de outras distribuidoras”, sem detalhar quais são as empresas e a quantidade do efetivo extra.

Até 5h40 desta segunda-feira, segundo a Enel, 1,5 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado. No pico do apagão, mais de 2,1 milhões ficaram sem luz após a tempestade com ventania na noite de sexta-feira, 11, com rajadas que chegaram a 107,6 km/h.

Tempestade derrubou árvore sobre carros na Rua Catão, bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo. Árvore foi removida, mas ainda falta luz na região. Foto: Werther Santana/Estadão - 12/10/2024

Na Lapa, árvore caída sobre poste afetou rotina

Um dos moradores que ainda continua sem luz é o aposentado Paulo Afonso Alves Ferreira, de 78 anos, que mora na Rua Catão, na região da Lapa, zona oeste da cidade. Segundo ele, a energia acabou por volta das 20 horas de sexta-feira. Uma árvore caiu em cima da fiação elétrica, na altura do número 1.130, quebrando as fases de alta tensão primária e secundária.

“Desde então, estamos sem luz. A subprefeitura da região veio na madrugada e no sábado, a árvore já havia sido retirada. Funcionários da Enel ficaram de voltar para consertar a fiação quebrada, mas até o momento não retornaram. Já são quatro dias sem luz”, disse o aposentado.

Paulo Afonso Álvares, morador da Rua Catão, no bairro da Lapa, ainda permanece sem energia nesta segunda-feira, 14. Foto: Werther Santana/Estadão

“Tem uma senhora de 89 anos que mora comigo, mas estamos bem. Temos uma cachorrinha diabética, mas estou comprando gelo e armazenando o medicamento dentro da geladeira. Tive dificuldade para encontrar gelo, diante da grande procura, mas estamos nos virando”, afirmou ele, que também armazena os alimentos da mesma forma.

Ferreira cita que, apesar da indignação, também considera que há pessoas em situação pior. “Uma senhora passou aqui pela rua e comentou de moradores da região sem luz e que dependem de oxigênio para sobreviver. É desesperador. A Enel deu provas que não consegue manter São Paulo.”

Procurada, a Enel não se manifestou sobre a situação relatada pelo morador. Disse que está fazendo levantamento dos bairros mais afetados no momento. Até a noite anterior, eram muitos os relatos de falta de energia na região de Santo Amaro, Socorro e Jardim São Luiz, todos na zona sul da cidade.

Regisrto de falta de luz no cruzamento da Avenida Henrique Schaumann com a Rua Teodoro Sampaio. Foto: Werther Santana/Estadão - 13/10/2024

Entre os municípios mais afetados pela falta de luz:

  • Capital paulista: 354 mil
  • Cotia: 36,9mil
  • Taboão da Serra: 32,7 mil
  • São Bernardo do Campo: 28,1 mil

Em São Paulo, entidades e moradores se mobilizam para cobrar e até mesmo processar a distribuidora de energia elétrica Enel. A falta de luz tem gerado prejuízos, sobretudo ao comércio.

No domingo, 13, o diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval de Araujo Feitosa Neto, disse que considera a reação da Enel ao apagão aquém das expectativas. Na avaliação da agência, os trabalhos de atendimento à população foram, inclusive, mais lentos do que no blecaute de novembro do ano passado, quando mais de 2 milhões de clientes também ficaram no escuro.

Restaurante sem energia elétrica na Rua Teodoro Sampaio.  Foto: Werther Santana/Estadão - 13/10/2024

Falta de energia prejudica abastecimento de água

Os efeitos da falta de energia no abastecimento de água ainda persistem nesta segunda-feira. A interrupção do fornecimento de eletricidade afeta o funcionamento de estações elevatórias e boosters, equipamentos que transportam a água para locais mais altos, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

A companhia orienta a todos os moradores o uso consciente da água em toda a região metropolitana, uma vez que o sistema de abastecimento é integrado.

Nesta segunda-feira, o impacto da falta de energia na distribuição de água ocorre em regiões de São Paulo, Cotia, Santo André, Embu das Artes, Cajamar e Mauá.

O fornecimento de água pode ser afetado nas seguintes regiões:

  • Capital: Americanópolis, Vila Clara, Capão Redondo (parte), Pirajussara (parte), Jardim Mimás, Jardim Aeroporto, Jardim Antártica, Jardim Peri, Jardim Peri Alto e Jardim Santa Cruz;
  • Cotia: Jardim Atalaia;
  • Santo André: Jardim São Gabriel, Jardim Santo André, Jardim Marek, Jardim Santo Antônio de Pádua e Cidade São Jorge;
  • Cajamar: Jordanésia;
  • Embu das Artes: Jardim Vila Alegre;
  • Mauá: Zaíra, Vila Tavares, Sítio Bela Vista, Jardim Cruzeiro, Jardim São Gabriel, Jardim Miranda D’Aviz, Jardim Paranavaí, Jardim Alto da Boa Vista, Jardim Zaíra-Macuco, Jardim Zaíra, Parque das Américas.

Ocorrências e solicitações podem ser registradas na Central de Atendimento pelo telefone 0800 055 0195 (ligação gratuita), também pelo WhatsApp 11 3388-8000 e pela Agência Virtual no site www.sabesp.com.br.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.