Família leva 4 horas até descobrir que adolescente estava entre vítimas em Suzano


Douglas Murilo Celestino foi confundido com colega por problema com documentos; tios do jovem contam que ele havia pedido à família para ser trocado de colégio

Por Fabiana Cambricoli
Massacre em escola deixou mortos e feridos Foto: Felipe Rau/Estadão

Foram quatro horas de angústia e informações desencontradas até que a família de Douglas Murilo Celestino, de 17 anos, recebesse a notícia que não queria: o aluno do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Raul Brasil era uma das vítimas do atentado da manhã dessa quarta-feira, 13, em Suzano, na Grande São Paulo.

Douglas foi baleado na cabeça e socorrido ao Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, mas, no momento do resgate, estava próximo ao RG de outro aluno e foi identificado como José Victor.

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Mais ou menos no mesmo horário, por volta das dez horas, um tio de Douglas, professor em outra escola de Suzano, começava a ser informado pelos alunos de um ataque no colégio próximo. "Não conseguia mais dar aula porque os alunos começaram a receber mensagens, fotos e vídeos no WhatsApp", conta Robson Belchior Chaves, de 42 anos. "Quando deu 11 horas, minha esposa me ligou falando que estava com a mãe do Douglas e que ele não atendia o celular", diz.

Aí começou a via-crucis da família. Primeiro seguiram ao colégio e foram informados de que o aluno tinha sido socorrido ao hospital de Mogi das Cruzes. Chegando lá, como o estudante havia sido identificado como José Victor, a família retornou a Suzano sem uma pista de onde o garoto estava.

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G.T.Mentra e atira em um grupo de alunos, acertando dois e a coordenadora

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Após muitas informações desencontradas, a família tentou novamente contatar o jovem pelo celular. "Só que dessa vez foi uma funcionária do hospital que atendeu o telefone e pediu que a gente fosse para lá", conta Chaves. Por volta das 14 horas, a família retornou ao centro de saúde e foi informada sobre a morte.

Segundo tios do adolescente, Douglas, embora tivesse muitos amigos na escola, havia pedido recentemente à família para ser trocado de colégio. "Estava tendo muitos casos de indisciplina, bagunça e ele era mais tranquilo, um menino muito dócil", diz Chaves.

Evangélico, Douglas, além da escola regular, fazia aulas de informática e de futebol. Ao terminar o ensino médio, no  final deste ano, pretendia tentar ingressar no curso de computação em uma universidade.

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Fã de videogames, costumava ir à casa do amigo Gustavo, de 16 anos, para jogar. O colega escapou por pouco dos atiradores. "Ele cruzou com um dos atiradores quando estava correndo, pulou o muro da escola para fugir e correu para casa. Só machucou um dedo da mão. Foi um livramento de Deus", conta o pai de Gustavo, o corretor de imóveis José Roberto Oliveira Santos, de 49 anos. "Ele chegou em casa, me ligou e disse 'pai, aconteceu uma tragédia, eu escapei por um milagre, mas acho que o (Douglas) Murilo não conseguiu'."

Os dois jovens eram amigos desde os cinco anos e estudavam na mesma sala. "Ele vivia lá em casa. Meu filho está em choque", diz Santos.

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Câmeras de segurança de casas próximas ao local, registram o momento da fuga de vários alunos durante a ação dos atiradores.

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Velório

Douglas Murilo Celestino, de 17 anos, baleado na cabeça, será a primeira vítima do massacre de Suzano a ser velada. Ele é único dos cinco alunos assassinados que não será velado na Arena Suzano, onde está previsto um velório coletivo das vítimas da tragédia. Evangélica, a família optou por realizar a cerimônia em uma igreja Assembleia de Deus de Suzano a partir de 1 hora desta quinta.Os demais estudantes mortos serão velados na arena a partir das 7 horas.

Massacre em escola deixou mortos e feridos Foto: Felipe Rau/Estadão

Foram quatro horas de angústia e informações desencontradas até que a família de Douglas Murilo Celestino, de 17 anos, recebesse a notícia que não queria: o aluno do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Raul Brasil era uma das vítimas do atentado da manhã dessa quarta-feira, 13, em Suzano, na Grande São Paulo.

Douglas foi baleado na cabeça e socorrido ao Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, mas, no momento do resgate, estava próximo ao RG de outro aluno e foi identificado como José Victor.

Mais ou menos no mesmo horário, por volta das dez horas, um tio de Douglas, professor em outra escola de Suzano, começava a ser informado pelos alunos de um ataque no colégio próximo. "Não conseguia mais dar aula porque os alunos começaram a receber mensagens, fotos e vídeos no WhatsApp", conta Robson Belchior Chaves, de 42 anos. "Quando deu 11 horas, minha esposa me ligou falando que estava com a mãe do Douglas e que ele não atendia o celular", diz.

Aí começou a via-crucis da família. Primeiro seguiram ao colégio e foram informados de que o aluno tinha sido socorrido ao hospital de Mogi das Cruzes. Chegando lá, como o estudante havia sido identificado como José Victor, a família retornou a Suzano sem uma pista de onde o garoto estava.

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Após muitas informações desencontradas, a família tentou novamente contatar o jovem pelo celular. "Só que dessa vez foi uma funcionária do hospital que atendeu o telefone e pediu que a gente fosse para lá", conta Chaves. Por volta das 14 horas, a família retornou ao centro de saúde e foi informada sobre a morte.

Segundo tios do adolescente, Douglas, embora tivesse muitos amigos na escola, havia pedido recentemente à família para ser trocado de colégio. "Estava tendo muitos casos de indisciplina, bagunça e ele era mais tranquilo, um menino muito dócil", diz Chaves.

Evangélico, Douglas, além da escola regular, fazia aulas de informática e de futebol. Ao terminar o ensino médio, no  final deste ano, pretendia tentar ingressar no curso de computação em uma universidade.

Fã de videogames, costumava ir à casa do amigo Gustavo, de 16 anos, para jogar. O colega escapou por pouco dos atiradores. "Ele cruzou com um dos atiradores quando estava correndo, pulou o muro da escola para fugir e correu para casa. Só machucou um dedo da mão. Foi um livramento de Deus", conta o pai de Gustavo, o corretor de imóveis José Roberto Oliveira Santos, de 49 anos. "Ele chegou em casa, me ligou e disse 'pai, aconteceu uma tragédia, eu escapei por um milagre, mas acho que o (Douglas) Murilo não conseguiu'."

Os dois jovens eram amigos desde os cinco anos e estudavam na mesma sala. "Ele vivia lá em casa. Meu filho está em choque", diz Santos.

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Velório

Douglas Murilo Celestino, de 17 anos, baleado na cabeça, será a primeira vítima do massacre de Suzano a ser velada. Ele é único dos cinco alunos assassinados que não será velado na Arena Suzano, onde está previsto um velório coletivo das vítimas da tragédia. Evangélica, a família optou por realizar a cerimônia em uma igreja Assembleia de Deus de Suzano a partir de 1 hora desta quinta.Os demais estudantes mortos serão velados na arena a partir das 7 horas.

Massacre em escola deixou mortos e feridos Foto: Felipe Rau/Estadão

Foram quatro horas de angústia e informações desencontradas até que a família de Douglas Murilo Celestino, de 17 anos, recebesse a notícia que não queria: o aluno do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Raul Brasil era uma das vítimas do atentado da manhã dessa quarta-feira, 13, em Suzano, na Grande São Paulo.

Douglas foi baleado na cabeça e socorrido ao Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, mas, no momento do resgate, estava próximo ao RG de outro aluno e foi identificado como José Victor.

Mais ou menos no mesmo horário, por volta das dez horas, um tio de Douglas, professor em outra escola de Suzano, começava a ser informado pelos alunos de um ataque no colégio próximo. "Não conseguia mais dar aula porque os alunos começaram a receber mensagens, fotos e vídeos no WhatsApp", conta Robson Belchior Chaves, de 42 anos. "Quando deu 11 horas, minha esposa me ligou falando que estava com a mãe do Douglas e que ele não atendia o celular", diz.

Aí começou a via-crucis da família. Primeiro seguiram ao colégio e foram informados de que o aluno tinha sido socorrido ao hospital de Mogi das Cruzes. Chegando lá, como o estudante havia sido identificado como José Victor, a família retornou a Suzano sem uma pista de onde o garoto estava.

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Após muitas informações desencontradas, a família tentou novamente contatar o jovem pelo celular. "Só que dessa vez foi uma funcionária do hospital que atendeu o telefone e pediu que a gente fosse para lá", conta Chaves. Por volta das 14 horas, a família retornou ao centro de saúde e foi informada sobre a morte.

Segundo tios do adolescente, Douglas, embora tivesse muitos amigos na escola, havia pedido recentemente à família para ser trocado de colégio. "Estava tendo muitos casos de indisciplina, bagunça e ele era mais tranquilo, um menino muito dócil", diz Chaves.

Evangélico, Douglas, além da escola regular, fazia aulas de informática e de futebol. Ao terminar o ensino médio, no  final deste ano, pretendia tentar ingressar no curso de computação em uma universidade.

Fã de videogames, costumava ir à casa do amigo Gustavo, de 16 anos, para jogar. O colega escapou por pouco dos atiradores. "Ele cruzou com um dos atiradores quando estava correndo, pulou o muro da escola para fugir e correu para casa. Só machucou um dedo da mão. Foi um livramento de Deus", conta o pai de Gustavo, o corretor de imóveis José Roberto Oliveira Santos, de 49 anos. "Ele chegou em casa, me ligou e disse 'pai, aconteceu uma tragédia, eu escapei por um milagre, mas acho que o (Douglas) Murilo não conseguiu'."

Os dois jovens eram amigos desde os cinco anos e estudavam na mesma sala. "Ele vivia lá em casa. Meu filho está em choque", diz Santos.

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Douglas Murilo Celestino, de 17 anos, baleado na cabeça, será a primeira vítima do massacre de Suzano a ser velada. Ele é único dos cinco alunos assassinados que não será velado na Arena Suzano, onde está previsto um velório coletivo das vítimas da tragédia. Evangélica, a família optou por realizar a cerimônia em uma igreja Assembleia de Deus de Suzano a partir de 1 hora desta quinta.Os demais estudantes mortos serão velados na arena a partir das 7 horas.

Massacre em escola deixou mortos e feridos Foto: Felipe Rau/Estadão

Foram quatro horas de angústia e informações desencontradas até que a família de Douglas Murilo Celestino, de 17 anos, recebesse a notícia que não queria: o aluno do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Raul Brasil era uma das vítimas do atentado da manhã dessa quarta-feira, 13, em Suzano, na Grande São Paulo.

Douglas foi baleado na cabeça e socorrido ao Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, mas, no momento do resgate, estava próximo ao RG de outro aluno e foi identificado como José Victor.

Mais ou menos no mesmo horário, por volta das dez horas, um tio de Douglas, professor em outra escola de Suzano, começava a ser informado pelos alunos de um ataque no colégio próximo. "Não conseguia mais dar aula porque os alunos começaram a receber mensagens, fotos e vídeos no WhatsApp", conta Robson Belchior Chaves, de 42 anos. "Quando deu 11 horas, minha esposa me ligou falando que estava com a mãe do Douglas e que ele não atendia o celular", diz.

Aí começou a via-crucis da família. Primeiro seguiram ao colégio e foram informados de que o aluno tinha sido socorrido ao hospital de Mogi das Cruzes. Chegando lá, como o estudante havia sido identificado como José Victor, a família retornou a Suzano sem uma pista de onde o garoto estava.

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G.T.Mentra e atira em um grupo de alunos, acertando dois e a coordenadora

Após muitas informações desencontradas, a família tentou novamente contatar o jovem pelo celular. "Só que dessa vez foi uma funcionária do hospital que atendeu o telefone e pediu que a gente fosse para lá", conta Chaves. Por volta das 14 horas, a família retornou ao centro de saúde e foi informada sobre a morte.

Segundo tios do adolescente, Douglas, embora tivesse muitos amigos na escola, havia pedido recentemente à família para ser trocado de colégio. "Estava tendo muitos casos de indisciplina, bagunça e ele era mais tranquilo, um menino muito dócil", diz Chaves.

Evangélico, Douglas, além da escola regular, fazia aulas de informática e de futebol. Ao terminar o ensino médio, no  final deste ano, pretendia tentar ingressar no curso de computação em uma universidade.

Fã de videogames, costumava ir à casa do amigo Gustavo, de 16 anos, para jogar. O colega escapou por pouco dos atiradores. "Ele cruzou com um dos atiradores quando estava correndo, pulou o muro da escola para fugir e correu para casa. Só machucou um dedo da mão. Foi um livramento de Deus", conta o pai de Gustavo, o corretor de imóveis José Roberto Oliveira Santos, de 49 anos. "Ele chegou em casa, me ligou e disse 'pai, aconteceu uma tragédia, eu escapei por um milagre, mas acho que o (Douglas) Murilo não conseguiu'."

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