Federação de bares e restaurantes vai processar Enel por apagão: ‘Quem paga o prejuízo?’


‘Perdemos quase tudo que tínhamos na loja’, diz gerente de padaria que só agora conseguiu alugar um gerador porque, segundo ele diz, ‘não dá para esperar a Enel’; cerca de 900 mil clientes continuam sem luz em São Paulo

Por Redação
Atualização:

A Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de SP) diz que vai processar a Enel por prejuízos causados pelo apagão que atinge a capital e a região metropolitana desde o temporal de sexta-feira, 11. Cerca de 900 mil clientes continuam sem luz neste domingo, pelo terceiro dia consecutivo.

O órgão, que representa 502 mil estabelecimentos, diz que metade deles fica nas regiões afetadas - e muitos ainda estão impossibilitados de funcionar.

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A primeira medida da Fhoresp será notificar a Enel. Depois, a federação vai mediar ações individuais de seus associados na Justiça. “Quem é que paga o prejuízo?”, questionou em nota o diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto.

Restaurante sem energia elétrica na Praça Benedito Calixto em São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

Os danos têm sido ainda mais significativos neste fim de semana, quando a movimentação em endereços gastronômicos chega a triplicar, segundo dados da Fhoresp. A Enel não deu um prazo para o religamento total do serviço, mas alguns clientes foram informados de que a luz só será restabelecida na segunda-feira, 14.

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No entorno da Vila Madalena, na zona oeste, o bar Ó do Borogodó está fechado desde o temporal, na sexta-feira. A energia somente foi restabelecida na manhã deste domingo, 13, segundo uma das sócias, Stefania Gola Piacentini. “Não abrimos na sexta, não tinha como: é um lugar fechado. Não tinha como abrir sem ar condicionado, cerveja... E era um breu, porque não tinha também iluminação pública”, relata ao Estadão.

Com a falta de luz, a água escorreu dos freezers, mas os danos ainda estão sendo contabilizados. “Os impactos, a gente vai ver. Mas, certamente, perdi um freezer de comida”, diz. “O prejuízo é gigante, porque tenho que pagar toda a equipe de funcionários que veio aqui na sexta e no sábado, mas não trabalhou, os músicos... Todo o nosso faturamento vem da sexta e do sábado. Ainda não sei como vou arcar com isso”, completa.

Padaria relata dificuldade de contato com a Enel

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Valmir é gerente de uma padaria na Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, que desde a noite de sexta está sem energia elétrica. Ele relata as dificuldades de contato com a distribuidora. “Começamos a ligar na Enel para saber se eles tinham alguma informação de que horas [a energia] ia voltar. Eles sempre davam um horário, ‘daqui a duas horas, daqui a três horas’. Depois não conseguimos mais contato, dificilmente conseguimos falar com algum atendente deles”, afirma ao Estadão.

“Nosso prejuízo é quase incalculável, porque perdemos quase tudo que nós tínhamos na loja”.

Valmir, gerente de padaria sem energia elétrica na R. Teodoro Sampaio, em Pinheiros Foto: Werther Santana/Estadão
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O profissional também enfrentou problemas para alugar um gerador em cima da hora. “Hoje conseguimos alugar o gerador de uma empresa, mas que ainda não chegou. Estamos aguardando. E infelizmente vamos ter que aguardar, porque esperar pela Enel não dá mais”, diz.

A Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de SP) diz que vai processar a Enel por prejuízos causados pelo apagão que atinge a capital e a região metropolitana desde o temporal de sexta-feira, 11. Cerca de 900 mil clientes continuam sem luz neste domingo, pelo terceiro dia consecutivo.

O órgão, que representa 502 mil estabelecimentos, diz que metade deles fica nas regiões afetadas - e muitos ainda estão impossibilitados de funcionar.

A primeira medida da Fhoresp será notificar a Enel. Depois, a federação vai mediar ações individuais de seus associados na Justiça. “Quem é que paga o prejuízo?”, questionou em nota o diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto.

Restaurante sem energia elétrica na Praça Benedito Calixto em São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

Os danos têm sido ainda mais significativos neste fim de semana, quando a movimentação em endereços gastronômicos chega a triplicar, segundo dados da Fhoresp. A Enel não deu um prazo para o religamento total do serviço, mas alguns clientes foram informados de que a luz só será restabelecida na segunda-feira, 14.

No entorno da Vila Madalena, na zona oeste, o bar Ó do Borogodó está fechado desde o temporal, na sexta-feira. A energia somente foi restabelecida na manhã deste domingo, 13, segundo uma das sócias, Stefania Gola Piacentini. “Não abrimos na sexta, não tinha como: é um lugar fechado. Não tinha como abrir sem ar condicionado, cerveja... E era um breu, porque não tinha também iluminação pública”, relata ao Estadão.

Com a falta de luz, a água escorreu dos freezers, mas os danos ainda estão sendo contabilizados. “Os impactos, a gente vai ver. Mas, certamente, perdi um freezer de comida”, diz. “O prejuízo é gigante, porque tenho que pagar toda a equipe de funcionários que veio aqui na sexta e no sábado, mas não trabalhou, os músicos... Todo o nosso faturamento vem da sexta e do sábado. Ainda não sei como vou arcar com isso”, completa.

Padaria relata dificuldade de contato com a Enel

Valmir é gerente de uma padaria na Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, que desde a noite de sexta está sem energia elétrica. Ele relata as dificuldades de contato com a distribuidora. “Começamos a ligar na Enel para saber se eles tinham alguma informação de que horas [a energia] ia voltar. Eles sempre davam um horário, ‘daqui a duas horas, daqui a três horas’. Depois não conseguimos mais contato, dificilmente conseguimos falar com algum atendente deles”, afirma ao Estadão.

“Nosso prejuízo é quase incalculável, porque perdemos quase tudo que nós tínhamos na loja”.

Valmir, gerente de padaria sem energia elétrica na R. Teodoro Sampaio, em Pinheiros Foto: Werther Santana/Estadão

O profissional também enfrentou problemas para alugar um gerador em cima da hora. “Hoje conseguimos alugar o gerador de uma empresa, mas que ainda não chegou. Estamos aguardando. E infelizmente vamos ter que aguardar, porque esperar pela Enel não dá mais”, diz.

A Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de SP) diz que vai processar a Enel por prejuízos causados pelo apagão que atinge a capital e a região metropolitana desde o temporal de sexta-feira, 11. Cerca de 900 mil clientes continuam sem luz neste domingo, pelo terceiro dia consecutivo.

O órgão, que representa 502 mil estabelecimentos, diz que metade deles fica nas regiões afetadas - e muitos ainda estão impossibilitados de funcionar.

A primeira medida da Fhoresp será notificar a Enel. Depois, a federação vai mediar ações individuais de seus associados na Justiça. “Quem é que paga o prejuízo?”, questionou em nota o diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto.

Restaurante sem energia elétrica na Praça Benedito Calixto em São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

Os danos têm sido ainda mais significativos neste fim de semana, quando a movimentação em endereços gastronômicos chega a triplicar, segundo dados da Fhoresp. A Enel não deu um prazo para o religamento total do serviço, mas alguns clientes foram informados de que a luz só será restabelecida na segunda-feira, 14.

No entorno da Vila Madalena, na zona oeste, o bar Ó do Borogodó está fechado desde o temporal, na sexta-feira. A energia somente foi restabelecida na manhã deste domingo, 13, segundo uma das sócias, Stefania Gola Piacentini. “Não abrimos na sexta, não tinha como: é um lugar fechado. Não tinha como abrir sem ar condicionado, cerveja... E era um breu, porque não tinha também iluminação pública”, relata ao Estadão.

Com a falta de luz, a água escorreu dos freezers, mas os danos ainda estão sendo contabilizados. “Os impactos, a gente vai ver. Mas, certamente, perdi um freezer de comida”, diz. “O prejuízo é gigante, porque tenho que pagar toda a equipe de funcionários que veio aqui na sexta e no sábado, mas não trabalhou, os músicos... Todo o nosso faturamento vem da sexta e do sábado. Ainda não sei como vou arcar com isso”, completa.

Padaria relata dificuldade de contato com a Enel

Valmir é gerente de uma padaria na Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, que desde a noite de sexta está sem energia elétrica. Ele relata as dificuldades de contato com a distribuidora. “Começamos a ligar na Enel para saber se eles tinham alguma informação de que horas [a energia] ia voltar. Eles sempre davam um horário, ‘daqui a duas horas, daqui a três horas’. Depois não conseguimos mais contato, dificilmente conseguimos falar com algum atendente deles”, afirma ao Estadão.

“Nosso prejuízo é quase incalculável, porque perdemos quase tudo que nós tínhamos na loja”.

Valmir, gerente de padaria sem energia elétrica na R. Teodoro Sampaio, em Pinheiros Foto: Werther Santana/Estadão

O profissional também enfrentou problemas para alugar um gerador em cima da hora. “Hoje conseguimos alugar o gerador de uma empresa, mas que ainda não chegou. Estamos aguardando. E infelizmente vamos ter que aguardar, porque esperar pela Enel não dá mais”, diz.

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