Fiesp e Zumbi dos Palmares premiam projetos contra o racismo digital; conheça os vencedores


Hackathon ‘Desconstruindo o Racismo nas Relações Digitais’ promoveu maratona em busca de soluções; primeiro colocado ganhará R$ 50 mil

Por Gonçalo Junior
Atualização:

Imagine uma plataforma em que mulheres negras contam suas histórias de transição capilar, nas quais deixaram de lado os tratamentos químicos, como alisamentos e tinturas, e assumiram a aparência natural dos seus cabelos. Ao relatar essa experiência de empoderamento, elas inspiram seguidoras, criam uma rede e se tornam microinfluenciadoras. A mesma plataforma traz tutoriais, produtos e serviços que auxiliam na transição e valorizam a beleza da mulher negra, o que gera renda, engajamento, visibilidade e crescimento para a própria plataforma e as influencers.

Esse projeto foi o vencedor do hackathon “Desconstruindo o Racismo nas Relações Digitais”, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Universidade do Zumbi dos Palmares neste final de semana, dias 28 e 29.

A Fiesp e a Universidade do Zumbi dos Palmares promoveram um hackathon em busca de soluções contra o racismo digital. Foto: Werther Santana/Estadão
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Ao longo de mais de 30 horas, 75 candidatos, entre desenvolvedores, programadores, designers, profissionais de comunicação, marketing e da área comercial, aceitaram o desafio de desconstruir as agressões e a intolerância racial manifestadas nas redes sociais, e-commerce, ensino a distância e outros canais de relacionamento mediados por soluções tecnológicas.

Na prática, os participantes – negros e brancos, estudantes e profissionais – buscaram construir um ambiente de diversidade, inclusão e equidade na tecnologia.

O primeiro colocado, a equipe Djeli, responsável pelo projeto associado à transição capilar, receberá R$ 50 mil em forma de pacote de aceleração por seis meses, com hospedagem no Ecossistema Black, hub de inovação da Universidade Zumbi dos Palmares, uma assistente virtual Alexa para cada membro do time e um almoço de networking com diretores da Fiesp e da universidade. Os 2º e 3º colocados também vão participar do encontro.

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Hackathon promovido pela Fiesp e a Universidade do Zumbi dos Palmares sobre racismo digital recebeu 300 inscrições e selecionou 75 participantes Foto: Werther Santana/Estadão

A equipe Quero Resposta foi a segunda colocada com uma plataforma de acolhimento de denúncias de racismo e intolerância. Além de permitir que os usuários apontem casos de discriminação, a plataforma classifica e ranqueia empresas ou serviços denunciados. A terceira colocação foi conquistada pela equipe UNIHUB, que desenvolveu uma plataforma para identificar sites e aplicativos que disseminam discursos de ódio e intolerância no ambiente escolar. Ela poderá ser alimentada pelos alunos e pela comunidade, permitindo o combate contínuo a essas práticas.

Essa foi a 11ª edição do hackathon promovido pela Fiesp. Pierre Ziade, diretor titular do Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria e Acelera Fiesp, explica que a entidade promove esses eventos sobre temas de relevância para que as soluções possam impactar positivamente o ambiente de negócios ou algum ecossistema. O dirigente classifica como positivo o hackathon sobre racismo digital.

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“Um hackathon produz embriões que precisam ser desenvolvidos e acelerados para se concretizar, mas foi difícil escolher vencedores. Tivemos ótimas ideias”, afirma Pierre Ziade, diretor titular do Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria e Acelera Fiesp.

Transformação digital a partir da diversidade

Inspirado nos três pilares do programa #RacismoZero da Universidade Zumbi dos Palmares – ser antirracista, promover ambientes seguros e acolher as vítimas de racismo, preconceito e discriminação – o hackathon deste final de semana marcou o lançamento do Ecossistema Black, que vai operar as plataformas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Universidade Zumbi dos Palmares.

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O Ecossistema é formado por três escolas (Saberes Ancestrais, Mudanças Climáticas e Sustentabilidade, Negócios Inclusivos), dois Institutos (Observatório do Negro e DataZumbi), pelo movimento #RacismoZero e pela Agenda2030 das Populações Negras.

Carlos Beltrão, CEO do Ecossistema Black e head de criatividade, estratégia e inovação da Zumbi, afirma que se trata do primeiro hub brasileiro de inovação acessível, empreendedorismo inclusivo e transformação digital pela diversidade. Os três projetos vencedores serão os primeiros negócios externos incubados no hub. As outras iniciativas também serão incorporadas.

“A desconstrução do racismo que nos propusemos a fazer, enquanto processo, pode ser aplicada aos demais tipos de violência que desumanizam as pessoas pela condição de ‘diferentes’ ou ‘fora do padrão’ há centenas de anos. E todos os participantes entenderam isso no hackathon. Não vamos desperdiçar essa sensibilidade e muito menos o talento de cada um deles”, diz.

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Conheça as equipes vencedoras do hackathon Fiesp e Zumbi dos Palmares:

1º Lugar: DJELI

Anthony Thomas Mendes Martins, Erica Inacia de Lima, Lais Carvalho Santos Ribeiro, Lilian Carvalho Santos Ribeiro e Marcos Vinicius Moura Ferreira.

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A equipe Djeli foi a vencedora do hackathon para desenvolver soluções contra o racismo digital Foto: Ayrton Vignola

2º Lugar: Quero Resposta

Aline Alves, Ana Cláudia Silva, Bárbara Bischain, Luan Juvêncio e Rafael Seiji.

A equipe Quero Resposta conquistou o segundo lugar no hackathon promovido pela Fiesp e a Universidade Zumbi dos Palmares Foto: Ayrton Vignola

3º Lugar: UNIHUB

Bruno Freitas, Caio Moraes, Daniel Mandira, Jaqueline Ramos e Ruth Mendonça.

Os membros do time UNIHUB alcançaram o terceiro lugar na hackathon Fiesp e Zumbi dos Palmares Foto: Ayrton Vignola

* Este conteúdo foi produzido em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares

Imagine uma plataforma em que mulheres negras contam suas histórias de transição capilar, nas quais deixaram de lado os tratamentos químicos, como alisamentos e tinturas, e assumiram a aparência natural dos seus cabelos. Ao relatar essa experiência de empoderamento, elas inspiram seguidoras, criam uma rede e se tornam microinfluenciadoras. A mesma plataforma traz tutoriais, produtos e serviços que auxiliam na transição e valorizam a beleza da mulher negra, o que gera renda, engajamento, visibilidade e crescimento para a própria plataforma e as influencers.

Esse projeto foi o vencedor do hackathon “Desconstruindo o Racismo nas Relações Digitais”, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Universidade do Zumbi dos Palmares neste final de semana, dias 28 e 29.

A Fiesp e a Universidade do Zumbi dos Palmares promoveram um hackathon em busca de soluções contra o racismo digital. Foto: Werther Santana/Estadão

Ao longo de mais de 30 horas, 75 candidatos, entre desenvolvedores, programadores, designers, profissionais de comunicação, marketing e da área comercial, aceitaram o desafio de desconstruir as agressões e a intolerância racial manifestadas nas redes sociais, e-commerce, ensino a distância e outros canais de relacionamento mediados por soluções tecnológicas.

Na prática, os participantes – negros e brancos, estudantes e profissionais – buscaram construir um ambiente de diversidade, inclusão e equidade na tecnologia.

O primeiro colocado, a equipe Djeli, responsável pelo projeto associado à transição capilar, receberá R$ 50 mil em forma de pacote de aceleração por seis meses, com hospedagem no Ecossistema Black, hub de inovação da Universidade Zumbi dos Palmares, uma assistente virtual Alexa para cada membro do time e um almoço de networking com diretores da Fiesp e da universidade. Os 2º e 3º colocados também vão participar do encontro.

Hackathon promovido pela Fiesp e a Universidade do Zumbi dos Palmares sobre racismo digital recebeu 300 inscrições e selecionou 75 participantes Foto: Werther Santana/Estadão

A equipe Quero Resposta foi a segunda colocada com uma plataforma de acolhimento de denúncias de racismo e intolerância. Além de permitir que os usuários apontem casos de discriminação, a plataforma classifica e ranqueia empresas ou serviços denunciados. A terceira colocação foi conquistada pela equipe UNIHUB, que desenvolveu uma plataforma para identificar sites e aplicativos que disseminam discursos de ódio e intolerância no ambiente escolar. Ela poderá ser alimentada pelos alunos e pela comunidade, permitindo o combate contínuo a essas práticas.

Essa foi a 11ª edição do hackathon promovido pela Fiesp. Pierre Ziade, diretor titular do Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria e Acelera Fiesp, explica que a entidade promove esses eventos sobre temas de relevância para que as soluções possam impactar positivamente o ambiente de negócios ou algum ecossistema. O dirigente classifica como positivo o hackathon sobre racismo digital.

“Um hackathon produz embriões que precisam ser desenvolvidos e acelerados para se concretizar, mas foi difícil escolher vencedores. Tivemos ótimas ideias”, afirma Pierre Ziade, diretor titular do Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria e Acelera Fiesp.

Transformação digital a partir da diversidade

Inspirado nos três pilares do programa #RacismoZero da Universidade Zumbi dos Palmares – ser antirracista, promover ambientes seguros e acolher as vítimas de racismo, preconceito e discriminação – o hackathon deste final de semana marcou o lançamento do Ecossistema Black, que vai operar as plataformas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Universidade Zumbi dos Palmares.

O Ecossistema é formado por três escolas (Saberes Ancestrais, Mudanças Climáticas e Sustentabilidade, Negócios Inclusivos), dois Institutos (Observatório do Negro e DataZumbi), pelo movimento #RacismoZero e pela Agenda2030 das Populações Negras.

Carlos Beltrão, CEO do Ecossistema Black e head de criatividade, estratégia e inovação da Zumbi, afirma que se trata do primeiro hub brasileiro de inovação acessível, empreendedorismo inclusivo e transformação digital pela diversidade. Os três projetos vencedores serão os primeiros negócios externos incubados no hub. As outras iniciativas também serão incorporadas.

“A desconstrução do racismo que nos propusemos a fazer, enquanto processo, pode ser aplicada aos demais tipos de violência que desumanizam as pessoas pela condição de ‘diferentes’ ou ‘fora do padrão’ há centenas de anos. E todos os participantes entenderam isso no hackathon. Não vamos desperdiçar essa sensibilidade e muito menos o talento de cada um deles”, diz.

Conheça as equipes vencedoras do hackathon Fiesp e Zumbi dos Palmares:

1º Lugar: DJELI

Anthony Thomas Mendes Martins, Erica Inacia de Lima, Lais Carvalho Santos Ribeiro, Lilian Carvalho Santos Ribeiro e Marcos Vinicius Moura Ferreira.

A equipe Djeli foi a vencedora do hackathon para desenvolver soluções contra o racismo digital Foto: Ayrton Vignola

2º Lugar: Quero Resposta

Aline Alves, Ana Cláudia Silva, Bárbara Bischain, Luan Juvêncio e Rafael Seiji.

A equipe Quero Resposta conquistou o segundo lugar no hackathon promovido pela Fiesp e a Universidade Zumbi dos Palmares Foto: Ayrton Vignola

3º Lugar: UNIHUB

Bruno Freitas, Caio Moraes, Daniel Mandira, Jaqueline Ramos e Ruth Mendonça.

Os membros do time UNIHUB alcançaram o terceiro lugar na hackathon Fiesp e Zumbi dos Palmares Foto: Ayrton Vignola

* Este conteúdo foi produzido em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares

Imagine uma plataforma em que mulheres negras contam suas histórias de transição capilar, nas quais deixaram de lado os tratamentos químicos, como alisamentos e tinturas, e assumiram a aparência natural dos seus cabelos. Ao relatar essa experiência de empoderamento, elas inspiram seguidoras, criam uma rede e se tornam microinfluenciadoras. A mesma plataforma traz tutoriais, produtos e serviços que auxiliam na transição e valorizam a beleza da mulher negra, o que gera renda, engajamento, visibilidade e crescimento para a própria plataforma e as influencers.

Esse projeto foi o vencedor do hackathon “Desconstruindo o Racismo nas Relações Digitais”, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Universidade do Zumbi dos Palmares neste final de semana, dias 28 e 29.

A Fiesp e a Universidade do Zumbi dos Palmares promoveram um hackathon em busca de soluções contra o racismo digital. Foto: Werther Santana/Estadão

Ao longo de mais de 30 horas, 75 candidatos, entre desenvolvedores, programadores, designers, profissionais de comunicação, marketing e da área comercial, aceitaram o desafio de desconstruir as agressões e a intolerância racial manifestadas nas redes sociais, e-commerce, ensino a distância e outros canais de relacionamento mediados por soluções tecnológicas.

Na prática, os participantes – negros e brancos, estudantes e profissionais – buscaram construir um ambiente de diversidade, inclusão e equidade na tecnologia.

O primeiro colocado, a equipe Djeli, responsável pelo projeto associado à transição capilar, receberá R$ 50 mil em forma de pacote de aceleração por seis meses, com hospedagem no Ecossistema Black, hub de inovação da Universidade Zumbi dos Palmares, uma assistente virtual Alexa para cada membro do time e um almoço de networking com diretores da Fiesp e da universidade. Os 2º e 3º colocados também vão participar do encontro.

Hackathon promovido pela Fiesp e a Universidade do Zumbi dos Palmares sobre racismo digital recebeu 300 inscrições e selecionou 75 participantes Foto: Werther Santana/Estadão

A equipe Quero Resposta foi a segunda colocada com uma plataforma de acolhimento de denúncias de racismo e intolerância. Além de permitir que os usuários apontem casos de discriminação, a plataforma classifica e ranqueia empresas ou serviços denunciados. A terceira colocação foi conquistada pela equipe UNIHUB, que desenvolveu uma plataforma para identificar sites e aplicativos que disseminam discursos de ódio e intolerância no ambiente escolar. Ela poderá ser alimentada pelos alunos e pela comunidade, permitindo o combate contínuo a essas práticas.

Essa foi a 11ª edição do hackathon promovido pela Fiesp. Pierre Ziade, diretor titular do Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria e Acelera Fiesp, explica que a entidade promove esses eventos sobre temas de relevância para que as soluções possam impactar positivamente o ambiente de negócios ou algum ecossistema. O dirigente classifica como positivo o hackathon sobre racismo digital.

“Um hackathon produz embriões que precisam ser desenvolvidos e acelerados para se concretizar, mas foi difícil escolher vencedores. Tivemos ótimas ideias”, afirma Pierre Ziade, diretor titular do Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria e Acelera Fiesp.

Transformação digital a partir da diversidade

Inspirado nos três pilares do programa #RacismoZero da Universidade Zumbi dos Palmares – ser antirracista, promover ambientes seguros e acolher as vítimas de racismo, preconceito e discriminação – o hackathon deste final de semana marcou o lançamento do Ecossistema Black, que vai operar as plataformas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Universidade Zumbi dos Palmares.

O Ecossistema é formado por três escolas (Saberes Ancestrais, Mudanças Climáticas e Sustentabilidade, Negócios Inclusivos), dois Institutos (Observatório do Negro e DataZumbi), pelo movimento #RacismoZero e pela Agenda2030 das Populações Negras.

Carlos Beltrão, CEO do Ecossistema Black e head de criatividade, estratégia e inovação da Zumbi, afirma que se trata do primeiro hub brasileiro de inovação acessível, empreendedorismo inclusivo e transformação digital pela diversidade. Os três projetos vencedores serão os primeiros negócios externos incubados no hub. As outras iniciativas também serão incorporadas.

“A desconstrução do racismo que nos propusemos a fazer, enquanto processo, pode ser aplicada aos demais tipos de violência que desumanizam as pessoas pela condição de ‘diferentes’ ou ‘fora do padrão’ há centenas de anos. E todos os participantes entenderam isso no hackathon. Não vamos desperdiçar essa sensibilidade e muito menos o talento de cada um deles”, diz.

Conheça as equipes vencedoras do hackathon Fiesp e Zumbi dos Palmares:

1º Lugar: DJELI

Anthony Thomas Mendes Martins, Erica Inacia de Lima, Lais Carvalho Santos Ribeiro, Lilian Carvalho Santos Ribeiro e Marcos Vinicius Moura Ferreira.

A equipe Djeli foi a vencedora do hackathon para desenvolver soluções contra o racismo digital Foto: Ayrton Vignola

2º Lugar: Quero Resposta

Aline Alves, Ana Cláudia Silva, Bárbara Bischain, Luan Juvêncio e Rafael Seiji.

A equipe Quero Resposta conquistou o segundo lugar no hackathon promovido pela Fiesp e a Universidade Zumbi dos Palmares Foto: Ayrton Vignola

3º Lugar: UNIHUB

Bruno Freitas, Caio Moraes, Daniel Mandira, Jaqueline Ramos e Ruth Mendonça.

Os membros do time UNIHUB alcançaram o terceiro lugar na hackathon Fiesp e Zumbi dos Palmares Foto: Ayrton Vignola

* Este conteúdo foi produzido em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares

Imagine uma plataforma em que mulheres negras contam suas histórias de transição capilar, nas quais deixaram de lado os tratamentos químicos, como alisamentos e tinturas, e assumiram a aparência natural dos seus cabelos. Ao relatar essa experiência de empoderamento, elas inspiram seguidoras, criam uma rede e se tornam microinfluenciadoras. A mesma plataforma traz tutoriais, produtos e serviços que auxiliam na transição e valorizam a beleza da mulher negra, o que gera renda, engajamento, visibilidade e crescimento para a própria plataforma e as influencers.

Esse projeto foi o vencedor do hackathon “Desconstruindo o Racismo nas Relações Digitais”, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Universidade do Zumbi dos Palmares neste final de semana, dias 28 e 29.

A Fiesp e a Universidade do Zumbi dos Palmares promoveram um hackathon em busca de soluções contra o racismo digital. Foto: Werther Santana/Estadão

Ao longo de mais de 30 horas, 75 candidatos, entre desenvolvedores, programadores, designers, profissionais de comunicação, marketing e da área comercial, aceitaram o desafio de desconstruir as agressões e a intolerância racial manifestadas nas redes sociais, e-commerce, ensino a distância e outros canais de relacionamento mediados por soluções tecnológicas.

Na prática, os participantes – negros e brancos, estudantes e profissionais – buscaram construir um ambiente de diversidade, inclusão e equidade na tecnologia.

O primeiro colocado, a equipe Djeli, responsável pelo projeto associado à transição capilar, receberá R$ 50 mil em forma de pacote de aceleração por seis meses, com hospedagem no Ecossistema Black, hub de inovação da Universidade Zumbi dos Palmares, uma assistente virtual Alexa para cada membro do time e um almoço de networking com diretores da Fiesp e da universidade. Os 2º e 3º colocados também vão participar do encontro.

Hackathon promovido pela Fiesp e a Universidade do Zumbi dos Palmares sobre racismo digital recebeu 300 inscrições e selecionou 75 participantes Foto: Werther Santana/Estadão

A equipe Quero Resposta foi a segunda colocada com uma plataforma de acolhimento de denúncias de racismo e intolerância. Além de permitir que os usuários apontem casos de discriminação, a plataforma classifica e ranqueia empresas ou serviços denunciados. A terceira colocação foi conquistada pela equipe UNIHUB, que desenvolveu uma plataforma para identificar sites e aplicativos que disseminam discursos de ódio e intolerância no ambiente escolar. Ela poderá ser alimentada pelos alunos e pela comunidade, permitindo o combate contínuo a essas práticas.

Essa foi a 11ª edição do hackathon promovido pela Fiesp. Pierre Ziade, diretor titular do Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria e Acelera Fiesp, explica que a entidade promove esses eventos sobre temas de relevância para que as soluções possam impactar positivamente o ambiente de negócios ou algum ecossistema. O dirigente classifica como positivo o hackathon sobre racismo digital.

“Um hackathon produz embriões que precisam ser desenvolvidos e acelerados para se concretizar, mas foi difícil escolher vencedores. Tivemos ótimas ideias”, afirma Pierre Ziade, diretor titular do Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria e Acelera Fiesp.

Transformação digital a partir da diversidade

Inspirado nos três pilares do programa #RacismoZero da Universidade Zumbi dos Palmares – ser antirracista, promover ambientes seguros e acolher as vítimas de racismo, preconceito e discriminação – o hackathon deste final de semana marcou o lançamento do Ecossistema Black, que vai operar as plataformas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Universidade Zumbi dos Palmares.

O Ecossistema é formado por três escolas (Saberes Ancestrais, Mudanças Climáticas e Sustentabilidade, Negócios Inclusivos), dois Institutos (Observatório do Negro e DataZumbi), pelo movimento #RacismoZero e pela Agenda2030 das Populações Negras.

Carlos Beltrão, CEO do Ecossistema Black e head de criatividade, estratégia e inovação da Zumbi, afirma que se trata do primeiro hub brasileiro de inovação acessível, empreendedorismo inclusivo e transformação digital pela diversidade. Os três projetos vencedores serão os primeiros negócios externos incubados no hub. As outras iniciativas também serão incorporadas.

“A desconstrução do racismo que nos propusemos a fazer, enquanto processo, pode ser aplicada aos demais tipos de violência que desumanizam as pessoas pela condição de ‘diferentes’ ou ‘fora do padrão’ há centenas de anos. E todos os participantes entenderam isso no hackathon. Não vamos desperdiçar essa sensibilidade e muito menos o talento de cada um deles”, diz.

Conheça as equipes vencedoras do hackathon Fiesp e Zumbi dos Palmares:

1º Lugar: DJELI

Anthony Thomas Mendes Martins, Erica Inacia de Lima, Lais Carvalho Santos Ribeiro, Lilian Carvalho Santos Ribeiro e Marcos Vinicius Moura Ferreira.

A equipe Djeli foi a vencedora do hackathon para desenvolver soluções contra o racismo digital Foto: Ayrton Vignola

2º Lugar: Quero Resposta

Aline Alves, Ana Cláudia Silva, Bárbara Bischain, Luan Juvêncio e Rafael Seiji.

A equipe Quero Resposta conquistou o segundo lugar no hackathon promovido pela Fiesp e a Universidade Zumbi dos Palmares Foto: Ayrton Vignola

3º Lugar: UNIHUB

Bruno Freitas, Caio Moraes, Daniel Mandira, Jaqueline Ramos e Ruth Mendonça.

Os membros do time UNIHUB alcançaram o terceiro lugar na hackathon Fiesp e Zumbi dos Palmares Foto: Ayrton Vignola

* Este conteúdo foi produzido em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares

Imagine uma plataforma em que mulheres negras contam suas histórias de transição capilar, nas quais deixaram de lado os tratamentos químicos, como alisamentos e tinturas, e assumiram a aparência natural dos seus cabelos. Ao relatar essa experiência de empoderamento, elas inspiram seguidoras, criam uma rede e se tornam microinfluenciadoras. A mesma plataforma traz tutoriais, produtos e serviços que auxiliam na transição e valorizam a beleza da mulher negra, o que gera renda, engajamento, visibilidade e crescimento para a própria plataforma e as influencers.

Esse projeto foi o vencedor do hackathon “Desconstruindo o Racismo nas Relações Digitais”, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Universidade do Zumbi dos Palmares neste final de semana, dias 28 e 29.

A Fiesp e a Universidade do Zumbi dos Palmares promoveram um hackathon em busca de soluções contra o racismo digital. Foto: Werther Santana/Estadão

Ao longo de mais de 30 horas, 75 candidatos, entre desenvolvedores, programadores, designers, profissionais de comunicação, marketing e da área comercial, aceitaram o desafio de desconstruir as agressões e a intolerância racial manifestadas nas redes sociais, e-commerce, ensino a distância e outros canais de relacionamento mediados por soluções tecnológicas.

Na prática, os participantes – negros e brancos, estudantes e profissionais – buscaram construir um ambiente de diversidade, inclusão e equidade na tecnologia.

O primeiro colocado, a equipe Djeli, responsável pelo projeto associado à transição capilar, receberá R$ 50 mil em forma de pacote de aceleração por seis meses, com hospedagem no Ecossistema Black, hub de inovação da Universidade Zumbi dos Palmares, uma assistente virtual Alexa para cada membro do time e um almoço de networking com diretores da Fiesp e da universidade. Os 2º e 3º colocados também vão participar do encontro.

Hackathon promovido pela Fiesp e a Universidade do Zumbi dos Palmares sobre racismo digital recebeu 300 inscrições e selecionou 75 participantes Foto: Werther Santana/Estadão

A equipe Quero Resposta foi a segunda colocada com uma plataforma de acolhimento de denúncias de racismo e intolerância. Além de permitir que os usuários apontem casos de discriminação, a plataforma classifica e ranqueia empresas ou serviços denunciados. A terceira colocação foi conquistada pela equipe UNIHUB, que desenvolveu uma plataforma para identificar sites e aplicativos que disseminam discursos de ódio e intolerância no ambiente escolar. Ela poderá ser alimentada pelos alunos e pela comunidade, permitindo o combate contínuo a essas práticas.

Essa foi a 11ª edição do hackathon promovido pela Fiesp. Pierre Ziade, diretor titular do Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria e Acelera Fiesp, explica que a entidade promove esses eventos sobre temas de relevância para que as soluções possam impactar positivamente o ambiente de negócios ou algum ecossistema. O dirigente classifica como positivo o hackathon sobre racismo digital.

“Um hackathon produz embriões que precisam ser desenvolvidos e acelerados para se concretizar, mas foi difícil escolher vencedores. Tivemos ótimas ideias”, afirma Pierre Ziade, diretor titular do Departamento da Micro, Pequena, Média Indústria e Acelera Fiesp.

Transformação digital a partir da diversidade

Inspirado nos três pilares do programa #RacismoZero da Universidade Zumbi dos Palmares – ser antirracista, promover ambientes seguros e acolher as vítimas de racismo, preconceito e discriminação – o hackathon deste final de semana marcou o lançamento do Ecossistema Black, que vai operar as plataformas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Universidade Zumbi dos Palmares.

O Ecossistema é formado por três escolas (Saberes Ancestrais, Mudanças Climáticas e Sustentabilidade, Negócios Inclusivos), dois Institutos (Observatório do Negro e DataZumbi), pelo movimento #RacismoZero e pela Agenda2030 das Populações Negras.

Carlos Beltrão, CEO do Ecossistema Black e head de criatividade, estratégia e inovação da Zumbi, afirma que se trata do primeiro hub brasileiro de inovação acessível, empreendedorismo inclusivo e transformação digital pela diversidade. Os três projetos vencedores serão os primeiros negócios externos incubados no hub. As outras iniciativas também serão incorporadas.

“A desconstrução do racismo que nos propusemos a fazer, enquanto processo, pode ser aplicada aos demais tipos de violência que desumanizam as pessoas pela condição de ‘diferentes’ ou ‘fora do padrão’ há centenas de anos. E todos os participantes entenderam isso no hackathon. Não vamos desperdiçar essa sensibilidade e muito menos o talento de cada um deles”, diz.

Conheça as equipes vencedoras do hackathon Fiesp e Zumbi dos Palmares:

1º Lugar: DJELI

Anthony Thomas Mendes Martins, Erica Inacia de Lima, Lais Carvalho Santos Ribeiro, Lilian Carvalho Santos Ribeiro e Marcos Vinicius Moura Ferreira.

A equipe Djeli foi a vencedora do hackathon para desenvolver soluções contra o racismo digital Foto: Ayrton Vignola

2º Lugar: Quero Resposta

Aline Alves, Ana Cláudia Silva, Bárbara Bischain, Luan Juvêncio e Rafael Seiji.

A equipe Quero Resposta conquistou o segundo lugar no hackathon promovido pela Fiesp e a Universidade Zumbi dos Palmares Foto: Ayrton Vignola

3º Lugar: UNIHUB

Bruno Freitas, Caio Moraes, Daniel Mandira, Jaqueline Ramos e Ruth Mendonça.

Os membros do time UNIHUB alcançaram o terceiro lugar na hackathon Fiesp e Zumbi dos Palmares Foto: Ayrton Vignola

* Este conteúdo foi produzido em parceria com a Universidade Zumbi dos Palmares

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