Garota de 15 anos cobra R$ 5


Por Renato Machado, Vitor Hugo Brandalise e José Maria Tomazela

Em cabine de caminhão, no posto abandonado ou num quarto alugado. O preço do programa com adolescentes varia de acordo com o local onde se oferecem. Nas boates de beira de estrada, para onde são levadas por aliciadores, garotas de 16 e 17 anos cobram entre R$ 30 e R$ 50. Se o programa for na rua, embaixo de viadutos ou em galpões abandonados, meninas de 15 anos se oferecem por até R$ 5.Na região de Lorena, a 176 quilômetros de São Paulo, adolescentes se perdem entre prostitutas adultas e travestis em busca de trocados. Todos são viciados em crack. Onde é o programa? "Lá atrás do muro do posto", diz uma menina. As garotas mentem a idade e usam documentos falsos para ficar em postos de gasolina e boates. Em uma casa noturna em Atibaia, próximo ao acesso à Rodovia Fernão Dias, a menina T. admitiu fazer programas desde os 16 anos e ter chegado ao local com 17, usando uma identidade "f" (falsa). "Um amigo do dono conseguiu para mim", contou. "Precisei para começar."No Vale do Ribeira, meninas de até 13 anos fazem programa a menos de um quilômetro do centro de Registro, a 194 km de São Paulo. À noite, fazem ponto num posto de combustível abandonado, ou se oferecem a motoristas que buscam drogas. A concorrência é tanta que nem esperam a noite cair. Quase todas são viciadas em crack, segundo o Conselho Tutelar da cidade, e entregam o corpo para manter o vício. "Está destruindo a vida das crianças e a gente se sente impotente", disse a conselheira Maria José Stronoga.2 PERGUNTAS PARA...Ana Maria Drummond, Diretora executiva da Childhood Brasil1. Com o mapeamento em mãos, o que deve ser feito para combater o problema?O mapeamento é o primeiro e um dos passos mais importantes. É difícil elaborar um plano de ação só com base em denúncias de exploração sexual. Agora é preciso capacitar uma rede de proteção, fortalecendo os conselhos tutelares, por exemplo. Depois é preciso integrar as diversas entidades para que trabalhem em conjunto. 2. Mas isso não parece difícil de se concretizar? Não há medidas que já poderiam ser implementadas? Uma ação repressiva pode até ter resultado imediato. Mas não acaba com o problema, que migra para outros lugares. Uma ação local é bem possível de ser feita. Mas é preciso fortalecer os órgãos nacionalmente e integrá-los. Isso deve ser iniciado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

Em cabine de caminhão, no posto abandonado ou num quarto alugado. O preço do programa com adolescentes varia de acordo com o local onde se oferecem. Nas boates de beira de estrada, para onde são levadas por aliciadores, garotas de 16 e 17 anos cobram entre R$ 30 e R$ 50. Se o programa for na rua, embaixo de viadutos ou em galpões abandonados, meninas de 15 anos se oferecem por até R$ 5.Na região de Lorena, a 176 quilômetros de São Paulo, adolescentes se perdem entre prostitutas adultas e travestis em busca de trocados. Todos são viciados em crack. Onde é o programa? "Lá atrás do muro do posto", diz uma menina. As garotas mentem a idade e usam documentos falsos para ficar em postos de gasolina e boates. Em uma casa noturna em Atibaia, próximo ao acesso à Rodovia Fernão Dias, a menina T. admitiu fazer programas desde os 16 anos e ter chegado ao local com 17, usando uma identidade "f" (falsa). "Um amigo do dono conseguiu para mim", contou. "Precisei para começar."No Vale do Ribeira, meninas de até 13 anos fazem programa a menos de um quilômetro do centro de Registro, a 194 km de São Paulo. À noite, fazem ponto num posto de combustível abandonado, ou se oferecem a motoristas que buscam drogas. A concorrência é tanta que nem esperam a noite cair. Quase todas são viciadas em crack, segundo o Conselho Tutelar da cidade, e entregam o corpo para manter o vício. "Está destruindo a vida das crianças e a gente se sente impotente", disse a conselheira Maria José Stronoga.2 PERGUNTAS PARA...Ana Maria Drummond, Diretora executiva da Childhood Brasil1. Com o mapeamento em mãos, o que deve ser feito para combater o problema?O mapeamento é o primeiro e um dos passos mais importantes. É difícil elaborar um plano de ação só com base em denúncias de exploração sexual. Agora é preciso capacitar uma rede de proteção, fortalecendo os conselhos tutelares, por exemplo. Depois é preciso integrar as diversas entidades para que trabalhem em conjunto. 2. Mas isso não parece difícil de se concretizar? Não há medidas que já poderiam ser implementadas? Uma ação repressiva pode até ter resultado imediato. Mas não acaba com o problema, que migra para outros lugares. Uma ação local é bem possível de ser feita. Mas é preciso fortalecer os órgãos nacionalmente e integrá-los. Isso deve ser iniciado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

Em cabine de caminhão, no posto abandonado ou num quarto alugado. O preço do programa com adolescentes varia de acordo com o local onde se oferecem. Nas boates de beira de estrada, para onde são levadas por aliciadores, garotas de 16 e 17 anos cobram entre R$ 30 e R$ 50. Se o programa for na rua, embaixo de viadutos ou em galpões abandonados, meninas de 15 anos se oferecem por até R$ 5.Na região de Lorena, a 176 quilômetros de São Paulo, adolescentes se perdem entre prostitutas adultas e travestis em busca de trocados. Todos são viciados em crack. Onde é o programa? "Lá atrás do muro do posto", diz uma menina. As garotas mentem a idade e usam documentos falsos para ficar em postos de gasolina e boates. Em uma casa noturna em Atibaia, próximo ao acesso à Rodovia Fernão Dias, a menina T. admitiu fazer programas desde os 16 anos e ter chegado ao local com 17, usando uma identidade "f" (falsa). "Um amigo do dono conseguiu para mim", contou. "Precisei para começar."No Vale do Ribeira, meninas de até 13 anos fazem programa a menos de um quilômetro do centro de Registro, a 194 km de São Paulo. À noite, fazem ponto num posto de combustível abandonado, ou se oferecem a motoristas que buscam drogas. A concorrência é tanta que nem esperam a noite cair. Quase todas são viciadas em crack, segundo o Conselho Tutelar da cidade, e entregam o corpo para manter o vício. "Está destruindo a vida das crianças e a gente se sente impotente", disse a conselheira Maria José Stronoga.2 PERGUNTAS PARA...Ana Maria Drummond, Diretora executiva da Childhood Brasil1. Com o mapeamento em mãos, o que deve ser feito para combater o problema?O mapeamento é o primeiro e um dos passos mais importantes. É difícil elaborar um plano de ação só com base em denúncias de exploração sexual. Agora é preciso capacitar uma rede de proteção, fortalecendo os conselhos tutelares, por exemplo. Depois é preciso integrar as diversas entidades para que trabalhem em conjunto. 2. Mas isso não parece difícil de se concretizar? Não há medidas que já poderiam ser implementadas? Uma ação repressiva pode até ter resultado imediato. Mas não acaba com o problema, que migra para outros lugares. Uma ação local é bem possível de ser feita. Mas é preciso fortalecer os órgãos nacionalmente e integrá-los. Isso deve ser iniciado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

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