Por causa da greve unificada anunciada para esta terça-feira, 28, que inclui a interrupção dos serviços de transporte da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a Prefeitura de São Paulo decretou ponto facultativo. A administração também informou que vai suspender o rodízio de veículos e vai disponibilizar mais ônibus na capital enquanto as mobilizações estiverem em curso. Acompanhe aqui o funcionamento das linhas nesta terça.
A decisão foi anunciada na tarde desta segunda-feira, 27. Em nota, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) informou que a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT) e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspenderam o rodízio de veículos durante toda terça.
As restrições de Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF) permanecem, bem como as proibições de circulação de veículos nas faixas e corredores de ônibus. As vagas rotativas de Zona Azul também não sofrerão alterações.
De acordo com Nunes, a frota de ônibus será reforçada com mais 200 veículos (passará de 11.934 para 12.134) que ajudarão no transporte da população. Os itinerários de algumas linhas que costumam ter estações de metrô e trem como pontos finais também serão ampliados com o objetivo de levar os passageiros para regiões centrais e mais próximas de locais onde há maior concentração de comércio e serviços.
A Prefeitura informou também que cirurgias, exames e consultas médicas poderão ser remarcadas. A Secretaria Municipal da Saúde vai entrar em contato com os pacientes para reprogramar os procedimento para, no máximo, semana que vem. “Com isso, o paciente não volta para a fila do Sistema de Regulação de vagas”, informou administração em nota.
O funcionamento de escolas, unidades de saúde, serviços de segurança urbana, de assistência social, de serviço funerário e demais atividades consideradas fundamentais não serão paralisados. De acordo com o prefeito, a decisão de manter as escolas abertas deve-se ao volume muito grande de crianças que precisam do acolhimentos nas creches, que também funcionarão normalmente.
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Confirmada para esta terça, a greve de metroviários e ferroviários inclui também funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), professores da rede estadual de ensino e profissionais de outros serviços, como Fundação Casa.
Os manifestantes convocaram o movimento como forma de protesto às medidas adotadas pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatizar serviços com a Sabesp, e linhas do Metrô e da CPTM. As categorias também defendem que esse processo precisa ser feito por meio de um plebiscito, pedem para que o governo recontrate funcionários do Metrô demitidos por conta de paralisações anteriores.
Em comunicado divulgado na noite desta segunda-feira, o governo do Estado chamou a paralisação de “uma greve abusiva e política dos sindicatos de trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Sabesp”. O movimento, segundo o governo, deve deixar mais de 4,6 milhões de passageiros sem acesso ao transporte sobre trilhos e provocar perdas de mais de R$ 60 milhões ao comércio nesta terça-feira.
“Ao ignorarem a lei que rege o direito à greve, os sindicalistas tornam toda uma população refém de interesses políticos e corporativos. Em menos de dois meses, tal prática inescrupulosa já prejudicou milhões de pessoas tanto na greve do dia 3 de outubro como no feriado do dia 12 do último mês. E o mesmo acontecerá de novo nesta terça”, diz trecho do comunicado.
Nesta segunda, 27, a Justiça determinou que os metroviários e ferroviários trabalhem, respectivamente, com 80% e 85% do efetivo nos horários de pico, e com 60% nos demais períodos. Os funcionários da Sabesp também estão sendo ordenados, judicialmente, a não paralisar 100% das atividades e manter a operação de serviços essenciais durante toda terça.
Se as medidas forem descumpridas, os sindicatos de cada categoria estão sujeito a pagar uma multa de até R$ 700 mil. Questionado, o sindicato dos metroviários afirmam que vai recorrer da decisão. A reportagem não conseguiu retorno das demais categoriais.