Gringos descobrem as festas juninas


Amigos brasileiros apresentam quermesses para estrangeiros; viajantes elogiam comida e música

Por Victor Vieira

SÃO PAULO - De passagem pelo Brasil para ver a Copa, turistas estrangeiros também se renderam à alegria e ao colorido das festas juninas. Fora do estádio e das baladas das cidades-sede, os gringos reservaram um tempo para conhecer a música, a dança e a comida típica das quermesses locais. 

A maioria dos visitantes do exterior chega por indicação ou acompanhada de amigos brasileiros. Entre uma e outra canção sertaneja que tocava no domingo na tradicional quermesse da Igreja do Calvário, em Pinheiros, zona oeste da cidade, era possível ouvir sotaques além do caipira. 

Um deles era o do mexicano José Luis Valério, de 28 anos, que veio assistir de perto às defesas do goleiro mexicano no jogo contra a seleção brasileira. Depois de experimentar feijoada, foi a vez de Valério provar os pinhões juninos, na companhia de amigos brasileiros que conheceu nos Estados Unidos. “Adorei a comida. É diferente da mexicana, com menos pimenta. Há muita variedade”, elogiou ele, que trabalha com comércio eletrônico. 

continua após a publicidade
Arraial. O mexicano José Luis Valério (de blusão do Brasil, à dir.) com os amigos brasileiros Foto: Evelson de Freitas/Estadão

 

“Quis conhecer a festa por ser mais familiar, como me disseram. Antes fomos só em baladas”, contou Valério, que já havia visitado o País no carnaval. Na quermesse do Calvário, segundo ele, viu se repetirem qualidades marcantes do brasileiro. “São sempre abertos e receptivos. E a cultura, em geral, me encanta. Gostei da música sertaneja e do funk”, disse.

continua após a publicidade

O publicitário chileno Diego Cuevas Espinoza, de 27 anos, também foi à festa junina do Calvário a convite de amigos brasileiros. “É interessante conhecer o País mais a fundo”, explica o turista, que veio a São Paulo assistir à partida entre Chile e Holanda. “Em Santiago, as pessoas não são tão próximas. O contato é mais frio. Aqui estão sempre contentes”, afirmou. Segundo ele, que comeu e aprovou as cocadas da festa, no Chile também há quermesses. “Geralmente são nas escolas, com muitas crianças”, disse.

Quem está fora quer entrar. Diferentemente de outros estrangeiros, o francês Ludovic Marcer, de 32 anos, chegou à quermesse por acaso, com dois amigos conterrâneos. “Nós andávamos pela rua ao lado, sem rumo certo, e decidimos entrar. A festa parecia animada”, explicou ele, que não conhecia as tradições de São João, mas já se empolgou com a música.

continua após a publicidade

A experiência positiva no Brasil fez com que Marcer perdesse aos poucos o medo de arriscar passeios fora do circuito turístico. “Avisaram para ter cautela, que era perigoso. Claro que sigo tomando cuidado, mas não tive problemas até agora”, contou o turista, que é professor e mora na Guiana Francesa. 

Embora a presença gringa fosse esperada, não houve preparação especial, com treinamento em idiomas. “Dos nossos voluntários, alguns até sabem inglês. Mas tudo dá certo com mímica e boa vontade”, disse Maria Guedes Faita, uma das organizadoras. Já a competição com a Copa fez a média de público oscilar durante os fins de semana da festa, que começou em maio. Para agradar os apaixonados por futebol, a aposta foi montar telões entre as bandeirolas verdes e amarelas. “Vários assistem aos jogos aqui mesmo”, afirmou Maria. 

SÃO PAULO - De passagem pelo Brasil para ver a Copa, turistas estrangeiros também se renderam à alegria e ao colorido das festas juninas. Fora do estádio e das baladas das cidades-sede, os gringos reservaram um tempo para conhecer a música, a dança e a comida típica das quermesses locais. 

A maioria dos visitantes do exterior chega por indicação ou acompanhada de amigos brasileiros. Entre uma e outra canção sertaneja que tocava no domingo na tradicional quermesse da Igreja do Calvário, em Pinheiros, zona oeste da cidade, era possível ouvir sotaques além do caipira. 

Um deles era o do mexicano José Luis Valério, de 28 anos, que veio assistir de perto às defesas do goleiro mexicano no jogo contra a seleção brasileira. Depois de experimentar feijoada, foi a vez de Valério provar os pinhões juninos, na companhia de amigos brasileiros que conheceu nos Estados Unidos. “Adorei a comida. É diferente da mexicana, com menos pimenta. Há muita variedade”, elogiou ele, que trabalha com comércio eletrônico. 

Arraial. O mexicano José Luis Valério (de blusão do Brasil, à dir.) com os amigos brasileiros Foto: Evelson de Freitas/Estadão

 

“Quis conhecer a festa por ser mais familiar, como me disseram. Antes fomos só em baladas”, contou Valério, que já havia visitado o País no carnaval. Na quermesse do Calvário, segundo ele, viu se repetirem qualidades marcantes do brasileiro. “São sempre abertos e receptivos. E a cultura, em geral, me encanta. Gostei da música sertaneja e do funk”, disse.

O publicitário chileno Diego Cuevas Espinoza, de 27 anos, também foi à festa junina do Calvário a convite de amigos brasileiros. “É interessante conhecer o País mais a fundo”, explica o turista, que veio a São Paulo assistir à partida entre Chile e Holanda. “Em Santiago, as pessoas não são tão próximas. O contato é mais frio. Aqui estão sempre contentes”, afirmou. Segundo ele, que comeu e aprovou as cocadas da festa, no Chile também há quermesses. “Geralmente são nas escolas, com muitas crianças”, disse.

Quem está fora quer entrar. Diferentemente de outros estrangeiros, o francês Ludovic Marcer, de 32 anos, chegou à quermesse por acaso, com dois amigos conterrâneos. “Nós andávamos pela rua ao lado, sem rumo certo, e decidimos entrar. A festa parecia animada”, explicou ele, que não conhecia as tradições de São João, mas já se empolgou com a música.

A experiência positiva no Brasil fez com que Marcer perdesse aos poucos o medo de arriscar passeios fora do circuito turístico. “Avisaram para ter cautela, que era perigoso. Claro que sigo tomando cuidado, mas não tive problemas até agora”, contou o turista, que é professor e mora na Guiana Francesa. 

Embora a presença gringa fosse esperada, não houve preparação especial, com treinamento em idiomas. “Dos nossos voluntários, alguns até sabem inglês. Mas tudo dá certo com mímica e boa vontade”, disse Maria Guedes Faita, uma das organizadoras. Já a competição com a Copa fez a média de público oscilar durante os fins de semana da festa, que começou em maio. Para agradar os apaixonados por futebol, a aposta foi montar telões entre as bandeirolas verdes e amarelas. “Vários assistem aos jogos aqui mesmo”, afirmou Maria. 

SÃO PAULO - De passagem pelo Brasil para ver a Copa, turistas estrangeiros também se renderam à alegria e ao colorido das festas juninas. Fora do estádio e das baladas das cidades-sede, os gringos reservaram um tempo para conhecer a música, a dança e a comida típica das quermesses locais. 

A maioria dos visitantes do exterior chega por indicação ou acompanhada de amigos brasileiros. Entre uma e outra canção sertaneja que tocava no domingo na tradicional quermesse da Igreja do Calvário, em Pinheiros, zona oeste da cidade, era possível ouvir sotaques além do caipira. 

Um deles era o do mexicano José Luis Valério, de 28 anos, que veio assistir de perto às defesas do goleiro mexicano no jogo contra a seleção brasileira. Depois de experimentar feijoada, foi a vez de Valério provar os pinhões juninos, na companhia de amigos brasileiros que conheceu nos Estados Unidos. “Adorei a comida. É diferente da mexicana, com menos pimenta. Há muita variedade”, elogiou ele, que trabalha com comércio eletrônico. 

Arraial. O mexicano José Luis Valério (de blusão do Brasil, à dir.) com os amigos brasileiros Foto: Evelson de Freitas/Estadão

 

“Quis conhecer a festa por ser mais familiar, como me disseram. Antes fomos só em baladas”, contou Valério, que já havia visitado o País no carnaval. Na quermesse do Calvário, segundo ele, viu se repetirem qualidades marcantes do brasileiro. “São sempre abertos e receptivos. E a cultura, em geral, me encanta. Gostei da música sertaneja e do funk”, disse.

O publicitário chileno Diego Cuevas Espinoza, de 27 anos, também foi à festa junina do Calvário a convite de amigos brasileiros. “É interessante conhecer o País mais a fundo”, explica o turista, que veio a São Paulo assistir à partida entre Chile e Holanda. “Em Santiago, as pessoas não são tão próximas. O contato é mais frio. Aqui estão sempre contentes”, afirmou. Segundo ele, que comeu e aprovou as cocadas da festa, no Chile também há quermesses. “Geralmente são nas escolas, com muitas crianças”, disse.

Quem está fora quer entrar. Diferentemente de outros estrangeiros, o francês Ludovic Marcer, de 32 anos, chegou à quermesse por acaso, com dois amigos conterrâneos. “Nós andávamos pela rua ao lado, sem rumo certo, e decidimos entrar. A festa parecia animada”, explicou ele, que não conhecia as tradições de São João, mas já se empolgou com a música.

A experiência positiva no Brasil fez com que Marcer perdesse aos poucos o medo de arriscar passeios fora do circuito turístico. “Avisaram para ter cautela, que era perigoso. Claro que sigo tomando cuidado, mas não tive problemas até agora”, contou o turista, que é professor e mora na Guiana Francesa. 

Embora a presença gringa fosse esperada, não houve preparação especial, com treinamento em idiomas. “Dos nossos voluntários, alguns até sabem inglês. Mas tudo dá certo com mímica e boa vontade”, disse Maria Guedes Faita, uma das organizadoras. Já a competição com a Copa fez a média de público oscilar durante os fins de semana da festa, que começou em maio. Para agradar os apaixonados por futebol, a aposta foi montar telões entre as bandeirolas verdes e amarelas. “Vários assistem aos jogos aqui mesmo”, afirmou Maria. 

Tudo Sobre

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.