Helicóptero é localizado em SP: qual foi a mudança de estratégia que facilitou o resgate?


Aeronave foi encontrada nesta sexta-feira pela polícia. Os quatro ocupantes morreram. Operação contou com informações do sinal de celular das vítimas

Por Ítalo Lo Re
Atualização:

A Polícia Militar de São Paulo localizou na manhã desta sexta-feira, 12, o helicóptero que estava desaparecido havia mais de dez dias após decolar da capital paulista com destino a Ilhabela, no litoral norte do Estado. Foram localizados ainda os quatro corpos dos ocupantes da aeronave, que ainda passam por identificação.

De acordo com a PM, a aeronave foi localizada pelo Águia 24 em uma área de mata na região de Paraibuna. O perímetro passou a ser alvo de buscas específicas da Polícia Militar após uma triangulação do sinal de antenas de celular feita pelo serviço de inteligência da Polícia Civil.

“Todos que estavam à bordo estão naquela região e estão mortos, infelizmente”, disse o coronel Ronaldo Barreto, comandante da Aviação da PM. Os quatro corpos foram encontrados junto aos destroços da aeronave. Ainda não há a informação se morreram no momento da queda ou posteriormente.

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Helicóptero que desapareceu em viagem para o litoral norte de SP é localizado após 12 dias de buscas. Foto: Reprodução/X (antigo Twitter)/Polícia Militar de SP

Quando o helicóptero foi encontrado?

O helicóptero foi localizado às 9h15. Após a identificação, foi necessária a ajuda de outra aeronave para acessar o local. Até o fim da manhã desta sexta, havia quatro policiais do Comando da Aviação da PM já em solo, infiltrados por meio do guincho elétrico do Águia.

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“Nós pousamos próximos e estamos verificando como é o acesso para o local, para que as tropas terrestres, tanto Polícia Civil como Técnico-Científica e Corpo de Bombeiros, que forem acessar o local, tenham esse acesso”, disse o coronel Ronaldo Barreto.

O que será feito agora?

Conforme o delegado Paulo Pilz, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) da Polícia Civil, a Delegacia Seccional de Jacareí irá instaurar inquérito policial para averiguar a ocorrência. Ainda não se sabe, por exemplo, quais foram os motivos que levaram ao acidente.

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Um ponto já apurado é que a aeronave não tinha caixa preta (sistema de registro de voz), o que facilitaria os trabalhos de busca. “Para a aviação em geral, é muito importante ter um rastreador à bordo e os celulares terem um aplicativo de localização. São coisas simples nos dias de hoje.”

Qual foi a mudança de estratégia que ajudou a PM a encontrar o helicóptero?

Segundo Ronaldo Barreto, a Polícia Civil delimitou um perímetro mais específico para fazer as buscas, com base em informações de inteligência obtidas ao longo das investigações. Para isso, contou inclusive com informações da geolocalização dos celulares das vítimas.

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“A Polícia Civil foi lá e demarcou o limite máximo de 12 quilômetros, que seria o ‘sítio de busca’. Isso facilitou a nossa busca e a nossa mudança de tática em razão do que a gente vinha aplicando antes e que não estava dando certo”, disse Barreto.

Com base nisso, a PM realizou estudos mais aprofundados e delimitou cinco quadrantes de buscas. “A gente deslocou daqui hoje com a ideia de que a gente não ia sair de lá enquanto todos os quadrantes fossem averiguados minuciosamente até o limite que a meteorologia nos permitisse”, disse.

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Na prática, a área de buscas foi reduzida de 5 mil metros quadrados para um raio de 12 quilômetros, o que alterou a forma de procurar do helicóptero Águia. “Uma grande mudança tática da PM foi fazer um voo mais baixo, mais lento e mais minucioso em razão da delimitação do local”, disse Barreto. O helicóptero desaparecido foi encontrado em sobrevoo pelo segundo quadrante.

Como foi feita a delimitação da área pela Polícia Civil?

“Foi feita uma aproximação pelo sinal de transmissão dos celulares. É uma área aproximada, que vai da torre (onde os últimos sinais foram captados) até 12 quilômetros”, disse Pilz. “Nós limitamos essa estação de rádio-base por outras estações de rádio-base ao redor, uma vez que, se (o sinal) estivesse próximo das outras, acionaria aquelas, e não essa específica.”

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Esquema de quadrantes montado para nortear buscas por helicóptero desaparecido, encontrado na área A3 Foto: Polícia Militar de São Paulo

Segundo Pilz, essa averiguação levou em conta apenas os sinais de geolocalização dos aparelhos telefônicos. “Não tem áudio, não tem dados, apenas o sinal do celular (...) Nós pegamos os sinais dos quatro telefones, e juntamos uma média entre os quatro”, disse o delegado.

Com a localização da aeronave, Pilz afirmou que a delegacia de Paraibuna, a Seccional de Jacareí e técnicos do Instituto Médito Legal (IML) vão fazer a perícia dos corpos no local. Posteriormente, eles serão extraídos do local e encaminhados ainda para o IML, para uma nova rodada de averiguações.

Neste momento, uma equipe de três integrantes do Corpo de Bombeiros também está em deslocamento para a área onde o helicóptero foi encontrado, segundo atualização divulgada durante a tarde desta sexta. Além disso, estão indo para o local representantes do Instituto de Criminalística e do Seripa IV, braço investigativo da Força Aérea Brasileira (FAB).

O helicóptero estava retornando para São Paulo?

A hipótese principal é que a aeronave estava tentando regressar para São Paulo quando a queda ocorreu, mas os motivos do acidente ainda vão ser melhor averiguados. “Estava com proa para São Paulo, para o Campo de Marte, pela sequência de antenas e horários por onde ele passou”, disse Pilz.

“Ele (o helicóptero) saiu, voou um pouquinho, ficou tentando escapar das nuvens com a intenção de retornar para São Paulo, não de prosseguir para Ilhabela, e não conseguiu, infelizmente”, acrescentou o delegado. Segundo ele, agora cabe à perícia determinar qual foi o horário da queda da aeronave.

A Polícia Civil afirmou ainda que chegou a ir até o local de mata onde Letícia Rodzewics Sakumoto, uma das vítimas, mandou uma foto para o namorado. “Tempo ruim”, “não dá para passar” e “medo” foram algumas das atualizações da jovem sobre a viagem. Antes de deixar de responder, ela também mandou um vídeo da neblina na região e relatou ainda que a aeronave iria voltar para a capital paulista, por conta da dificuldade de chegar até Ilhabela.

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“Nós pousamos nesse local, um dos pontos plotados que nós tínhamos nas nossas buscas era esse local de pouso, que está muito próximo da (Rodovia dos) Tamoios”, afirmou. A área em questão, disse o delegado ao Estadão, também fica em Paraibuna, a uma distância de 10 quilômetros de onde a aeronave foi encontrada e a poucos minutos quando se de helicóptero. “Era mais uma peça do quebra-cabeça.”

A Polícia Militar de São Paulo localizou na manhã desta sexta-feira, 12, o helicóptero que estava desaparecido havia mais de dez dias após decolar da capital paulista com destino a Ilhabela, no litoral norte do Estado. Foram localizados ainda os quatro corpos dos ocupantes da aeronave, que ainda passam por identificação.

De acordo com a PM, a aeronave foi localizada pelo Águia 24 em uma área de mata na região de Paraibuna. O perímetro passou a ser alvo de buscas específicas da Polícia Militar após uma triangulação do sinal de antenas de celular feita pelo serviço de inteligência da Polícia Civil.

“Todos que estavam à bordo estão naquela região e estão mortos, infelizmente”, disse o coronel Ronaldo Barreto, comandante da Aviação da PM. Os quatro corpos foram encontrados junto aos destroços da aeronave. Ainda não há a informação se morreram no momento da queda ou posteriormente.

Helicóptero que desapareceu em viagem para o litoral norte de SP é localizado após 12 dias de buscas. Foto: Reprodução/X (antigo Twitter)/Polícia Militar de SP

Quando o helicóptero foi encontrado?

O helicóptero foi localizado às 9h15. Após a identificação, foi necessária a ajuda de outra aeronave para acessar o local. Até o fim da manhã desta sexta, havia quatro policiais do Comando da Aviação da PM já em solo, infiltrados por meio do guincho elétrico do Águia.

“Nós pousamos próximos e estamos verificando como é o acesso para o local, para que as tropas terrestres, tanto Polícia Civil como Técnico-Científica e Corpo de Bombeiros, que forem acessar o local, tenham esse acesso”, disse o coronel Ronaldo Barreto.

O que será feito agora?

Conforme o delegado Paulo Pilz, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) da Polícia Civil, a Delegacia Seccional de Jacareí irá instaurar inquérito policial para averiguar a ocorrência. Ainda não se sabe, por exemplo, quais foram os motivos que levaram ao acidente.

Um ponto já apurado é que a aeronave não tinha caixa preta (sistema de registro de voz), o que facilitaria os trabalhos de busca. “Para a aviação em geral, é muito importante ter um rastreador à bordo e os celulares terem um aplicativo de localização. São coisas simples nos dias de hoje.”

Qual foi a mudança de estratégia que ajudou a PM a encontrar o helicóptero?

Segundo Ronaldo Barreto, a Polícia Civil delimitou um perímetro mais específico para fazer as buscas, com base em informações de inteligência obtidas ao longo das investigações. Para isso, contou inclusive com informações da geolocalização dos celulares das vítimas.

“A Polícia Civil foi lá e demarcou o limite máximo de 12 quilômetros, que seria o ‘sítio de busca’. Isso facilitou a nossa busca e a nossa mudança de tática em razão do que a gente vinha aplicando antes e que não estava dando certo”, disse Barreto.

Com base nisso, a PM realizou estudos mais aprofundados e delimitou cinco quadrantes de buscas. “A gente deslocou daqui hoje com a ideia de que a gente não ia sair de lá enquanto todos os quadrantes fossem averiguados minuciosamente até o limite que a meteorologia nos permitisse”, disse.

Na prática, a área de buscas foi reduzida de 5 mil metros quadrados para um raio de 12 quilômetros, o que alterou a forma de procurar do helicóptero Águia. “Uma grande mudança tática da PM foi fazer um voo mais baixo, mais lento e mais minucioso em razão da delimitação do local”, disse Barreto. O helicóptero desaparecido foi encontrado em sobrevoo pelo segundo quadrante.

Como foi feita a delimitação da área pela Polícia Civil?

“Foi feita uma aproximação pelo sinal de transmissão dos celulares. É uma área aproximada, que vai da torre (onde os últimos sinais foram captados) até 12 quilômetros”, disse Pilz. “Nós limitamos essa estação de rádio-base por outras estações de rádio-base ao redor, uma vez que, se (o sinal) estivesse próximo das outras, acionaria aquelas, e não essa específica.”

Esquema de quadrantes montado para nortear buscas por helicóptero desaparecido, encontrado na área A3 Foto: Polícia Militar de São Paulo

Segundo Pilz, essa averiguação levou em conta apenas os sinais de geolocalização dos aparelhos telefônicos. “Não tem áudio, não tem dados, apenas o sinal do celular (...) Nós pegamos os sinais dos quatro telefones, e juntamos uma média entre os quatro”, disse o delegado.

Com a localização da aeronave, Pilz afirmou que a delegacia de Paraibuna, a Seccional de Jacareí e técnicos do Instituto Médito Legal (IML) vão fazer a perícia dos corpos no local. Posteriormente, eles serão extraídos do local e encaminhados ainda para o IML, para uma nova rodada de averiguações.

Neste momento, uma equipe de três integrantes do Corpo de Bombeiros também está em deslocamento para a área onde o helicóptero foi encontrado, segundo atualização divulgada durante a tarde desta sexta. Além disso, estão indo para o local representantes do Instituto de Criminalística e do Seripa IV, braço investigativo da Força Aérea Brasileira (FAB).

O helicóptero estava retornando para São Paulo?

A hipótese principal é que a aeronave estava tentando regressar para São Paulo quando a queda ocorreu, mas os motivos do acidente ainda vão ser melhor averiguados. “Estava com proa para São Paulo, para o Campo de Marte, pela sequência de antenas e horários por onde ele passou”, disse Pilz.

“Ele (o helicóptero) saiu, voou um pouquinho, ficou tentando escapar das nuvens com a intenção de retornar para São Paulo, não de prosseguir para Ilhabela, e não conseguiu, infelizmente”, acrescentou o delegado. Segundo ele, agora cabe à perícia determinar qual foi o horário da queda da aeronave.

A Polícia Civil afirmou ainda que chegou a ir até o local de mata onde Letícia Rodzewics Sakumoto, uma das vítimas, mandou uma foto para o namorado. “Tempo ruim”, “não dá para passar” e “medo” foram algumas das atualizações da jovem sobre a viagem. Antes de deixar de responder, ela também mandou um vídeo da neblina na região e relatou ainda que a aeronave iria voltar para a capital paulista, por conta da dificuldade de chegar até Ilhabela.

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“Nós pousamos nesse local, um dos pontos plotados que nós tínhamos nas nossas buscas era esse local de pouso, que está muito próximo da (Rodovia dos) Tamoios”, afirmou. A área em questão, disse o delegado ao Estadão, também fica em Paraibuna, a uma distância de 10 quilômetros de onde a aeronave foi encontrada e a poucos minutos quando se de helicóptero. “Era mais uma peça do quebra-cabeça.”

A Polícia Militar de São Paulo localizou na manhã desta sexta-feira, 12, o helicóptero que estava desaparecido havia mais de dez dias após decolar da capital paulista com destino a Ilhabela, no litoral norte do Estado. Foram localizados ainda os quatro corpos dos ocupantes da aeronave, que ainda passam por identificação.

De acordo com a PM, a aeronave foi localizada pelo Águia 24 em uma área de mata na região de Paraibuna. O perímetro passou a ser alvo de buscas específicas da Polícia Militar após uma triangulação do sinal de antenas de celular feita pelo serviço de inteligência da Polícia Civil.

“Todos que estavam à bordo estão naquela região e estão mortos, infelizmente”, disse o coronel Ronaldo Barreto, comandante da Aviação da PM. Os quatro corpos foram encontrados junto aos destroços da aeronave. Ainda não há a informação se morreram no momento da queda ou posteriormente.

Helicóptero que desapareceu em viagem para o litoral norte de SP é localizado após 12 dias de buscas. Foto: Reprodução/X (antigo Twitter)/Polícia Militar de SP

Quando o helicóptero foi encontrado?

O helicóptero foi localizado às 9h15. Após a identificação, foi necessária a ajuda de outra aeronave para acessar o local. Até o fim da manhã desta sexta, havia quatro policiais do Comando da Aviação da PM já em solo, infiltrados por meio do guincho elétrico do Águia.

“Nós pousamos próximos e estamos verificando como é o acesso para o local, para que as tropas terrestres, tanto Polícia Civil como Técnico-Científica e Corpo de Bombeiros, que forem acessar o local, tenham esse acesso”, disse o coronel Ronaldo Barreto.

O que será feito agora?

Conforme o delegado Paulo Pilz, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) da Polícia Civil, a Delegacia Seccional de Jacareí irá instaurar inquérito policial para averiguar a ocorrência. Ainda não se sabe, por exemplo, quais foram os motivos que levaram ao acidente.

Um ponto já apurado é que a aeronave não tinha caixa preta (sistema de registro de voz), o que facilitaria os trabalhos de busca. “Para a aviação em geral, é muito importante ter um rastreador à bordo e os celulares terem um aplicativo de localização. São coisas simples nos dias de hoje.”

Qual foi a mudança de estratégia que ajudou a PM a encontrar o helicóptero?

Segundo Ronaldo Barreto, a Polícia Civil delimitou um perímetro mais específico para fazer as buscas, com base em informações de inteligência obtidas ao longo das investigações. Para isso, contou inclusive com informações da geolocalização dos celulares das vítimas.

“A Polícia Civil foi lá e demarcou o limite máximo de 12 quilômetros, que seria o ‘sítio de busca’. Isso facilitou a nossa busca e a nossa mudança de tática em razão do que a gente vinha aplicando antes e que não estava dando certo”, disse Barreto.

Com base nisso, a PM realizou estudos mais aprofundados e delimitou cinco quadrantes de buscas. “A gente deslocou daqui hoje com a ideia de que a gente não ia sair de lá enquanto todos os quadrantes fossem averiguados minuciosamente até o limite que a meteorologia nos permitisse”, disse.

Na prática, a área de buscas foi reduzida de 5 mil metros quadrados para um raio de 12 quilômetros, o que alterou a forma de procurar do helicóptero Águia. “Uma grande mudança tática da PM foi fazer um voo mais baixo, mais lento e mais minucioso em razão da delimitação do local”, disse Barreto. O helicóptero desaparecido foi encontrado em sobrevoo pelo segundo quadrante.

Como foi feita a delimitação da área pela Polícia Civil?

“Foi feita uma aproximação pelo sinal de transmissão dos celulares. É uma área aproximada, que vai da torre (onde os últimos sinais foram captados) até 12 quilômetros”, disse Pilz. “Nós limitamos essa estação de rádio-base por outras estações de rádio-base ao redor, uma vez que, se (o sinal) estivesse próximo das outras, acionaria aquelas, e não essa específica.”

Esquema de quadrantes montado para nortear buscas por helicóptero desaparecido, encontrado na área A3 Foto: Polícia Militar de São Paulo

Segundo Pilz, essa averiguação levou em conta apenas os sinais de geolocalização dos aparelhos telefônicos. “Não tem áudio, não tem dados, apenas o sinal do celular (...) Nós pegamos os sinais dos quatro telefones, e juntamos uma média entre os quatro”, disse o delegado.

Com a localização da aeronave, Pilz afirmou que a delegacia de Paraibuna, a Seccional de Jacareí e técnicos do Instituto Médito Legal (IML) vão fazer a perícia dos corpos no local. Posteriormente, eles serão extraídos do local e encaminhados ainda para o IML, para uma nova rodada de averiguações.

Neste momento, uma equipe de três integrantes do Corpo de Bombeiros também está em deslocamento para a área onde o helicóptero foi encontrado, segundo atualização divulgada durante a tarde desta sexta. Além disso, estão indo para o local representantes do Instituto de Criminalística e do Seripa IV, braço investigativo da Força Aérea Brasileira (FAB).

O helicóptero estava retornando para São Paulo?

A hipótese principal é que a aeronave estava tentando regressar para São Paulo quando a queda ocorreu, mas os motivos do acidente ainda vão ser melhor averiguados. “Estava com proa para São Paulo, para o Campo de Marte, pela sequência de antenas e horários por onde ele passou”, disse Pilz.

“Ele (o helicóptero) saiu, voou um pouquinho, ficou tentando escapar das nuvens com a intenção de retornar para São Paulo, não de prosseguir para Ilhabela, e não conseguiu, infelizmente”, acrescentou o delegado. Segundo ele, agora cabe à perícia determinar qual foi o horário da queda da aeronave.

A Polícia Civil afirmou ainda que chegou a ir até o local de mata onde Letícia Rodzewics Sakumoto, uma das vítimas, mandou uma foto para o namorado. “Tempo ruim”, “não dá para passar” e “medo” foram algumas das atualizações da jovem sobre a viagem. Antes de deixar de responder, ela também mandou um vídeo da neblina na região e relatou ainda que a aeronave iria voltar para a capital paulista, por conta da dificuldade de chegar até Ilhabela.

Seu navegador não suporta esse video.

“Nós pousamos nesse local, um dos pontos plotados que nós tínhamos nas nossas buscas era esse local de pouso, que está muito próximo da (Rodovia dos) Tamoios”, afirmou. A área em questão, disse o delegado ao Estadão, também fica em Paraibuna, a uma distância de 10 quilômetros de onde a aeronave foi encontrada e a poucos minutos quando se de helicóptero. “Era mais uma peça do quebra-cabeça.”

A Polícia Militar de São Paulo localizou na manhã desta sexta-feira, 12, o helicóptero que estava desaparecido havia mais de dez dias após decolar da capital paulista com destino a Ilhabela, no litoral norte do Estado. Foram localizados ainda os quatro corpos dos ocupantes da aeronave, que ainda passam por identificação.

De acordo com a PM, a aeronave foi localizada pelo Águia 24 em uma área de mata na região de Paraibuna. O perímetro passou a ser alvo de buscas específicas da Polícia Militar após uma triangulação do sinal de antenas de celular feita pelo serviço de inteligência da Polícia Civil.

“Todos que estavam à bordo estão naquela região e estão mortos, infelizmente”, disse o coronel Ronaldo Barreto, comandante da Aviação da PM. Os quatro corpos foram encontrados junto aos destroços da aeronave. Ainda não há a informação se morreram no momento da queda ou posteriormente.

Helicóptero que desapareceu em viagem para o litoral norte de SP é localizado após 12 dias de buscas. Foto: Reprodução/X (antigo Twitter)/Polícia Militar de SP

Quando o helicóptero foi encontrado?

O helicóptero foi localizado às 9h15. Após a identificação, foi necessária a ajuda de outra aeronave para acessar o local. Até o fim da manhã desta sexta, havia quatro policiais do Comando da Aviação da PM já em solo, infiltrados por meio do guincho elétrico do Águia.

“Nós pousamos próximos e estamos verificando como é o acesso para o local, para que as tropas terrestres, tanto Polícia Civil como Técnico-Científica e Corpo de Bombeiros, que forem acessar o local, tenham esse acesso”, disse o coronel Ronaldo Barreto.

O que será feito agora?

Conforme o delegado Paulo Pilz, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) da Polícia Civil, a Delegacia Seccional de Jacareí irá instaurar inquérito policial para averiguar a ocorrência. Ainda não se sabe, por exemplo, quais foram os motivos que levaram ao acidente.

Um ponto já apurado é que a aeronave não tinha caixa preta (sistema de registro de voz), o que facilitaria os trabalhos de busca. “Para a aviação em geral, é muito importante ter um rastreador à bordo e os celulares terem um aplicativo de localização. São coisas simples nos dias de hoje.”

Qual foi a mudança de estratégia que ajudou a PM a encontrar o helicóptero?

Segundo Ronaldo Barreto, a Polícia Civil delimitou um perímetro mais específico para fazer as buscas, com base em informações de inteligência obtidas ao longo das investigações. Para isso, contou inclusive com informações da geolocalização dos celulares das vítimas.

“A Polícia Civil foi lá e demarcou o limite máximo de 12 quilômetros, que seria o ‘sítio de busca’. Isso facilitou a nossa busca e a nossa mudança de tática em razão do que a gente vinha aplicando antes e que não estava dando certo”, disse Barreto.

Com base nisso, a PM realizou estudos mais aprofundados e delimitou cinco quadrantes de buscas. “A gente deslocou daqui hoje com a ideia de que a gente não ia sair de lá enquanto todos os quadrantes fossem averiguados minuciosamente até o limite que a meteorologia nos permitisse”, disse.

Na prática, a área de buscas foi reduzida de 5 mil metros quadrados para um raio de 12 quilômetros, o que alterou a forma de procurar do helicóptero Águia. “Uma grande mudança tática da PM foi fazer um voo mais baixo, mais lento e mais minucioso em razão da delimitação do local”, disse Barreto. O helicóptero desaparecido foi encontrado em sobrevoo pelo segundo quadrante.

Como foi feita a delimitação da área pela Polícia Civil?

“Foi feita uma aproximação pelo sinal de transmissão dos celulares. É uma área aproximada, que vai da torre (onde os últimos sinais foram captados) até 12 quilômetros”, disse Pilz. “Nós limitamos essa estação de rádio-base por outras estações de rádio-base ao redor, uma vez que, se (o sinal) estivesse próximo das outras, acionaria aquelas, e não essa específica.”

Esquema de quadrantes montado para nortear buscas por helicóptero desaparecido, encontrado na área A3 Foto: Polícia Militar de São Paulo

Segundo Pilz, essa averiguação levou em conta apenas os sinais de geolocalização dos aparelhos telefônicos. “Não tem áudio, não tem dados, apenas o sinal do celular (...) Nós pegamos os sinais dos quatro telefones, e juntamos uma média entre os quatro”, disse o delegado.

Com a localização da aeronave, Pilz afirmou que a delegacia de Paraibuna, a Seccional de Jacareí e técnicos do Instituto Médito Legal (IML) vão fazer a perícia dos corpos no local. Posteriormente, eles serão extraídos do local e encaminhados ainda para o IML, para uma nova rodada de averiguações.

Neste momento, uma equipe de três integrantes do Corpo de Bombeiros também está em deslocamento para a área onde o helicóptero foi encontrado, segundo atualização divulgada durante a tarde desta sexta. Além disso, estão indo para o local representantes do Instituto de Criminalística e do Seripa IV, braço investigativo da Força Aérea Brasileira (FAB).

O helicóptero estava retornando para São Paulo?

A hipótese principal é que a aeronave estava tentando regressar para São Paulo quando a queda ocorreu, mas os motivos do acidente ainda vão ser melhor averiguados. “Estava com proa para São Paulo, para o Campo de Marte, pela sequência de antenas e horários por onde ele passou”, disse Pilz.

“Ele (o helicóptero) saiu, voou um pouquinho, ficou tentando escapar das nuvens com a intenção de retornar para São Paulo, não de prosseguir para Ilhabela, e não conseguiu, infelizmente”, acrescentou o delegado. Segundo ele, agora cabe à perícia determinar qual foi o horário da queda da aeronave.

A Polícia Civil afirmou ainda que chegou a ir até o local de mata onde Letícia Rodzewics Sakumoto, uma das vítimas, mandou uma foto para o namorado. “Tempo ruim”, “não dá para passar” e “medo” foram algumas das atualizações da jovem sobre a viagem. Antes de deixar de responder, ela também mandou um vídeo da neblina na região e relatou ainda que a aeronave iria voltar para a capital paulista, por conta da dificuldade de chegar até Ilhabela.

Seu navegador não suporta esse video.

“Nós pousamos nesse local, um dos pontos plotados que nós tínhamos nas nossas buscas era esse local de pouso, que está muito próximo da (Rodovia dos) Tamoios”, afirmou. A área em questão, disse o delegado ao Estadão, também fica em Paraibuna, a uma distância de 10 quilômetros de onde a aeronave foi encontrada e a poucos minutos quando se de helicóptero. “Era mais uma peça do quebra-cabeça.”

A Polícia Militar de São Paulo localizou na manhã desta sexta-feira, 12, o helicóptero que estava desaparecido havia mais de dez dias após decolar da capital paulista com destino a Ilhabela, no litoral norte do Estado. Foram localizados ainda os quatro corpos dos ocupantes da aeronave, que ainda passam por identificação.

De acordo com a PM, a aeronave foi localizada pelo Águia 24 em uma área de mata na região de Paraibuna. O perímetro passou a ser alvo de buscas específicas da Polícia Militar após uma triangulação do sinal de antenas de celular feita pelo serviço de inteligência da Polícia Civil.

“Todos que estavam à bordo estão naquela região e estão mortos, infelizmente”, disse o coronel Ronaldo Barreto, comandante da Aviação da PM. Os quatro corpos foram encontrados junto aos destroços da aeronave. Ainda não há a informação se morreram no momento da queda ou posteriormente.

Helicóptero que desapareceu em viagem para o litoral norte de SP é localizado após 12 dias de buscas. Foto: Reprodução/X (antigo Twitter)/Polícia Militar de SP

Quando o helicóptero foi encontrado?

O helicóptero foi localizado às 9h15. Após a identificação, foi necessária a ajuda de outra aeronave para acessar o local. Até o fim da manhã desta sexta, havia quatro policiais do Comando da Aviação da PM já em solo, infiltrados por meio do guincho elétrico do Águia.

“Nós pousamos próximos e estamos verificando como é o acesso para o local, para que as tropas terrestres, tanto Polícia Civil como Técnico-Científica e Corpo de Bombeiros, que forem acessar o local, tenham esse acesso”, disse o coronel Ronaldo Barreto.

O que será feito agora?

Conforme o delegado Paulo Pilz, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) da Polícia Civil, a Delegacia Seccional de Jacareí irá instaurar inquérito policial para averiguar a ocorrência. Ainda não se sabe, por exemplo, quais foram os motivos que levaram ao acidente.

Um ponto já apurado é que a aeronave não tinha caixa preta (sistema de registro de voz), o que facilitaria os trabalhos de busca. “Para a aviação em geral, é muito importante ter um rastreador à bordo e os celulares terem um aplicativo de localização. São coisas simples nos dias de hoje.”

Qual foi a mudança de estratégia que ajudou a PM a encontrar o helicóptero?

Segundo Ronaldo Barreto, a Polícia Civil delimitou um perímetro mais específico para fazer as buscas, com base em informações de inteligência obtidas ao longo das investigações. Para isso, contou inclusive com informações da geolocalização dos celulares das vítimas.

“A Polícia Civil foi lá e demarcou o limite máximo de 12 quilômetros, que seria o ‘sítio de busca’. Isso facilitou a nossa busca e a nossa mudança de tática em razão do que a gente vinha aplicando antes e que não estava dando certo”, disse Barreto.

Com base nisso, a PM realizou estudos mais aprofundados e delimitou cinco quadrantes de buscas. “A gente deslocou daqui hoje com a ideia de que a gente não ia sair de lá enquanto todos os quadrantes fossem averiguados minuciosamente até o limite que a meteorologia nos permitisse”, disse.

Na prática, a área de buscas foi reduzida de 5 mil metros quadrados para um raio de 12 quilômetros, o que alterou a forma de procurar do helicóptero Águia. “Uma grande mudança tática da PM foi fazer um voo mais baixo, mais lento e mais minucioso em razão da delimitação do local”, disse Barreto. O helicóptero desaparecido foi encontrado em sobrevoo pelo segundo quadrante.

Como foi feita a delimitação da área pela Polícia Civil?

“Foi feita uma aproximação pelo sinal de transmissão dos celulares. É uma área aproximada, que vai da torre (onde os últimos sinais foram captados) até 12 quilômetros”, disse Pilz. “Nós limitamos essa estação de rádio-base por outras estações de rádio-base ao redor, uma vez que, se (o sinal) estivesse próximo das outras, acionaria aquelas, e não essa específica.”

Esquema de quadrantes montado para nortear buscas por helicóptero desaparecido, encontrado na área A3 Foto: Polícia Militar de São Paulo

Segundo Pilz, essa averiguação levou em conta apenas os sinais de geolocalização dos aparelhos telefônicos. “Não tem áudio, não tem dados, apenas o sinal do celular (...) Nós pegamos os sinais dos quatro telefones, e juntamos uma média entre os quatro”, disse o delegado.

Com a localização da aeronave, Pilz afirmou que a delegacia de Paraibuna, a Seccional de Jacareí e técnicos do Instituto Médito Legal (IML) vão fazer a perícia dos corpos no local. Posteriormente, eles serão extraídos do local e encaminhados ainda para o IML, para uma nova rodada de averiguações.

Neste momento, uma equipe de três integrantes do Corpo de Bombeiros também está em deslocamento para a área onde o helicóptero foi encontrado, segundo atualização divulgada durante a tarde desta sexta. Além disso, estão indo para o local representantes do Instituto de Criminalística e do Seripa IV, braço investigativo da Força Aérea Brasileira (FAB).

O helicóptero estava retornando para São Paulo?

A hipótese principal é que a aeronave estava tentando regressar para São Paulo quando a queda ocorreu, mas os motivos do acidente ainda vão ser melhor averiguados. “Estava com proa para São Paulo, para o Campo de Marte, pela sequência de antenas e horários por onde ele passou”, disse Pilz.

“Ele (o helicóptero) saiu, voou um pouquinho, ficou tentando escapar das nuvens com a intenção de retornar para São Paulo, não de prosseguir para Ilhabela, e não conseguiu, infelizmente”, acrescentou o delegado. Segundo ele, agora cabe à perícia determinar qual foi o horário da queda da aeronave.

A Polícia Civil afirmou ainda que chegou a ir até o local de mata onde Letícia Rodzewics Sakumoto, uma das vítimas, mandou uma foto para o namorado. “Tempo ruim”, “não dá para passar” e “medo” foram algumas das atualizações da jovem sobre a viagem. Antes de deixar de responder, ela também mandou um vídeo da neblina na região e relatou ainda que a aeronave iria voltar para a capital paulista, por conta da dificuldade de chegar até Ilhabela.

Seu navegador não suporta esse video.

“Nós pousamos nesse local, um dos pontos plotados que nós tínhamos nas nossas buscas era esse local de pouso, que está muito próximo da (Rodovia dos) Tamoios”, afirmou. A área em questão, disse o delegado ao Estadão, também fica em Paraibuna, a uma distância de 10 quilômetros de onde a aeronave foi encontrada e a poucos minutos quando se de helicóptero. “Era mais uma peça do quebra-cabeça.”

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