SOROCABA – Um homem foi morto pela Polícia Militar depois de invadir um hospital e atacar a facadas a equipe médica e pacientes, na madrugada de sexta-feira, 7, em Américo Brasiliense, interior de São Paulo. Sete pessoas ficaram feridas, entre elas o diretor clínico do hospital, mas não correm risco de morrer. Segundo a PM, o autor havia se desentendido com outras pessoas na igreja do bairro São Judas Tadeu duas horas antes do ataque.
A polícia chegou a ser acionada e foi à igreja, mas não prendeu ninguém. A informação é de que o homem, aparentemente sob o efeito de drogas, estava importunando outras pessoas. De acordo com o major Alan Esteves Fernando Gouvêa, horas depois do incidente na igreja o homem invadiu o hospital. Ele estava alterado e brandia a faca tentando atingir outras pessoas.
“Ele é usuário de drogas e, até onde sabemos, não havia qualquer outra motivação para ele agir como agiu. Ele entrou em surto e passou a agredir as pessoas em volta”, disse. A Polícia Civil informou que vai pedir laudo toxicológico, em complemento ao laudo necroscópico que será elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML), na tentativa de definir a motivação do ataque.
O ataque no Hospital Municipal José Nigro Neto aconteceu pouco antes das 2 horas. O homem entrou na unidade médica alegando que passava mal, falando alto e aparentando descontrole. Ele já recebia atendimento quando sacou uma faca e atacou a equipe médica. Pacientes que tentaram contê-lo também foram feridos. O agressor já deixava a unidade quando uma viatura da Polícia Militar que estava nas imediações chegou ao local.
Ao ver a polícia, ele fez uma enfermeira refém e ameaçava matá-la. O policial iniciou uma negociação para que ele largasse a faca, mas o homem se recusava. Quando a refém conseguiu se desvencilhar, o policial fez dois disparos. Atingido, o agressor chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Entre as sete pessoas feridas está o médico Ezequiel Rios Ariza, diretor clínico do hospital. Ele foi atingido por uma facada no quadril, passou por uma cirurgia e não corre risco de morte. Seu estado de saúde era estável. Outro ferido permanecia internado no Hospital São Paulo. A enfermeira tomada como refém não ficou ferida.
A prefeitura de Américo Brasiliense lamentou a violência, se solidarizou com as vítimas e disse que a segurança na unidade hospitalar já foi reforçada.