A Prefeitura de São Paulo iniciou neste sábado, 16, o processo de demolição do prédio de dez andares que começou a pegar fogo no último domingo nas imediações da Rua 25 de Março, no centro da capital. Os dois primeiros dias serão de preparação do espaço, com limpeza, retirada de escombros e escoramento das vigas dos andares.
Será uma demolição mecânica ou manual, ou seja, os operários vão ser elevados por guindastes para destruir a estrutura de cima para baixo. O procedimento começará pelos andares superiores, do 10º até o 7º andar.
Vistorias feitas por drones nos últimos dias mostram que a entrada no prédio é segura no momento, mas ainda existem riscos de pequenos desabamentos. Marcos Monteiro, secretário de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo, classifica a operação como “delicada”.
“A análise dos dados coletados nas vistorias apontou que a estrutura está estabilizada após o término do combate às chamas. O risco de desabamentos pontuais permanece", diz nota da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb).
O andamento da obra vai definir se será necessário derrubar o prédio todo – essa é a intenção inicial do poder municipal. Mas existe a possibilidade de que ele seja demolido apenas parcialmente. O Estadão apurou que a demolição total deve durar até seis meses.
Cerca de 20 funcionários da empresa G2O Gerenciamento e Obras, especializada em demolições e contratada emergencialmente para as obras, vão montar um canteiro de obras logo pela manhã na Rua Barão de Duprat, a rua de trás.
O prédio do número 78 da Rua Comendador Abdo Schahim, onde o incêndio começou, será isolado por tapumes. Um véu deve ser colocado no alto do prédio para impedir que os escombros se desloquem para os outros prédios – a rua é paralela à Rua 25 de Março.
Também pela manhã, peritos da Polícia Científica e da Prefeitura realizam uma vistoria técnica. A implosão, que seria um processo mais rápido, foi descartada por causa dos abalos que causariam aos edifícios vizinhos. As chamas foram extintas apenas na quarta-feira, mais de 60 horas depois do início dos trabalhos do Corpo de Bombeiros. O prédio tinha 79 salas comerciais onde funcionavam lojas, escritórios e depósitos.