Linha 4-Amarela do Metrô tem plano de novas estações: onde devem ser e para quando estão previstas?


Se cronograma for cumprido, pela primeira vez o sistema metroviário vai ultrapassar os limites da capital para chegar a outra cidade da região metropolitana

Por José Maria Tomazela

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) recebeu pedido de licença prévia para obras de extensão da Linha 4 – Amarela até Taboão da Serra. A solicitação é um passo para estender o Metrô ao primeiro município fora da capital.

O projeto prevê duas novas estações, uma em Taboão e outra na Chácara do Jockey, na região do Butantã, zona oeste da capital. A promessa de levar a Linha 4 até à cidade da Grande São Paulo foi feita algumas vezes desde 2011 pelo governo paulista (que na época tinha à frente Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República pelo PSB), mas ainda não saiu do papel.

O pedido foi protocolado na Cetesb pela concessionária ViaQuatro, operadora da linha, para atestar a viabilidade ambiental do empreendimento. A companhia informa aguardar o envio das informações complementares para dar prosseguimento à análise técnica.

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Estação Chácara do Jockey ficará localizada no cruzamento viário da avenida Francisco Morato com a avenida Monsenhor Manfredo Leite Foto: Taba Benedicto/Estadão

A Secretaria de Parcerias em Investimentos do Estado informou que autorizou estudos para a extensão da Linha 4 – Amarela com duas novas estações – Chácara do Jockey e Taboão da Serra – em janeiro.

  • A previsão da pasta é de que as obras comecem em dezembro de 2024 e as operações se iniciem em 2028, com investimentos previstos de mais de R$ 3 bilhões.
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A legislação ambiental prevê condicionantes e medidas mitigatórias a serem cumpridas pelo empreendedor durante a fase de avaliação das licenças de instalação e operação. O início das obras será autorizado após a emissão da licença de instalação.

“Neste momento, a SPI, via Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões, prepara o aditivo para assinatura que dará a liberação oficial para a execução dos projetos executivos”, disse a Secretaria de Parcerias em Investimentos.

  • Atualmente, a Linha 4 – Amarela do metrô tem 12,8 quilômetros, indo da região da Luz, no centro da capital, ao distrito de Vila Sônia, na zona oeste.
  • Os trens atendem 11 estações.
  • Com a construção das duas novas estações, o número vai passar para 13 e a extensão atual da linha aumentará para 16,1 quilômetros. A previsão é de que o novo trecho acrescente ao metrô mais de 80 mil passageiros por dia.
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Caberá à concessionária construir a estação Chácara do Jockey, que será próxima ao Parque Chácara do Jockey, na Avenida Professor Francisco Morato, na Vila Sônia. A estação de Taboão da Serra será construída ao lado da nova prefeitura da cidade, em terreno que pertenceu à indústria de cosméticos Niasi.

Previsão é de que a estação de Taboão da Serra fique ao lado da nova prefeitura da cidade Foto: Taba Benedicto/Estadão
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Se o cronograma for cumprido, a Linha 4 – Amarela deverá ser a primeira a ultrapassar os limites da capital paulista para chegar a outra cidade da Região Metropolitana.

As sondagens de solo, necessárias para os cálculos do projeto, foram iniciadas em terreno da antiga Niasi e da extinta Sorana Sul e no Parque Santos Dumont, segundo a prefeitura de Taboão da Serra. O município informou que irá colaborar com a a execução da obra.

O terminal terá acessos pela Sorana Sul e pelo lado oposto da rodovia Régis Bittencourt, que acaba de ser municipalizada no trecho que corta a cidade. Além da estação do metrô, Taboão da Serra deve ganhar um terminal de ônibus intermunicipal para atender também os passageiros de Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra e Embu-Guaçu.

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As sondagens para a construção da estação de Taboão da Serra do metrô foram iniciadas Foto: Prefeitura de Taboão da Serra/Divulgação

Contraponto à Nova Raposo

Para o engenheiro civil Ivan Carlos Maglio, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em planejamento urbano, a chegada do metrô a Taboão da Serra terá impacto positivo na cidade, que está em vias de aprovar seu novo plano diretor. “Haverá mudanças importantes na estrutura urbana central, com a valorização das áreas adjacentes”, disse.

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Ele lembra que o metrô chega no momento em que o trecho urbano da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116) passa a ser de responsabilidade do município. “Com o metrô chegando e a Régis sendo transformada em via urbana, haverá sinergia positiva para a cidade. Causará também impacto na mobilidade de cidades vizinhas”, avaliou.

Já as obras da extensão da Linha 4-Amarela do metrô em São Paulo, segundo o especialista, servem de contraponto para o projeto da Nova Raposo, lançado pelo governo estadual. “Por ser uma obra basicamente subterrânea, o metrô causa menos impacto do que a construção de marginais na Raposo, previstas no projeto.

“Expandir o metrô para além dos limites da capital é uma visão mais moderna do ponto de vista de mobilidade, privilegiando o transporte público, sem potencializar o uso de rodovias, como é o conceito do projeto Nova Raposo”, disse.

A municipalização do trecho de 6,5 km da Régis (do km 268,9 ao km 275,4), em Taboão da Serra, teve o processo concluído em fevereiro deste ano. A prefeitura já passou a administrar o trecho e anunciou obras, como a iluminação das margens e construção de seis passagens de nível interligando os bairros. Está prevista a construção de uma passagem subterrânea sob a Régis para permitir o acesso ao metrô sem cruzar as pistas da antiga rodovia.

Reivindicação de longa data

A extensão de uma linha do metrô paulistano à cidade é reivindicada pela população de Taboão da Serra desde meados da década de 2000. Os primeiros planos para estender a linha do metrô até Taboão da Serra foram anunciados em 2010, com a previsão de que o ramal chegaria à cidade vizinha em 2014.

Em março de 2011, durante a inauguração da Estação Butantã, na capital, o então governador Geraldo Alckmin, na época no PSDB, anunciou estudos para levar a linha amarela a Taboão da Serra. Na época, o custo previsto era de R$ 1,2 bilhão e se pensava em uma parceria público-privada. O projeto já previa uma estação intermediária na região da Chácara do Jockey.

Em março de 2020, foi lançada na Assembleia Legislativa de São Paulo uma frente parlamentar em defesa da extensão da linha 4 do metrô ao município de Taboão da Serra. Em maio de 2022, o então governador Rodrigo Garcia (PSDB) visitou o município e anunciou que as obras seriam iniciadas em 2024, já prevendo as duas novas estações. Um ano depois, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou ter autorizado a elaboração do projeto executivo para que a obra saísse do papel.

A reportagem entrou em contato com a ViaQuatro e aguarda retorno.

Como será a estação Chácara do Jockey

  • A Estação Chácara do Jockey ficará localizada no cruzamento viário da Avenida Francisco Morato com a avenida Monsenhor Manfredo Leite, no distrito de Vila Sônia, ocupando área de 16 mil metros quadrados.
  • A parte subterrânea da estação será construída com o sistema de vala a céu aberto para assegurar iluminação e ventilação natural. Foi projetada uma cobertura de vidro ao longo da vala. Ao final da rampa haverá um bicicletário com 120 lugares.

Como será a estação Taboão da Serra

  • A estação do metrô em Taboão da Serra será predominantemente subterrânea e construída com a escavação de cinco poços circulares, em modelo semelhante à estação do Brooklin, na capital. Serão três pisos subterrâneos com plataformas de embarque e mezaninos, e dois pisos acima da superfície.
  • A estação ocupará terreno de 30 mil metros quadrados ao lado da rodovia Régis Bittencourt (hoje municipalizada) e deverá contar com terminal de ônibus.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) recebeu pedido de licença prévia para obras de extensão da Linha 4 – Amarela até Taboão da Serra. A solicitação é um passo para estender o Metrô ao primeiro município fora da capital.

O projeto prevê duas novas estações, uma em Taboão e outra na Chácara do Jockey, na região do Butantã, zona oeste da capital. A promessa de levar a Linha 4 até à cidade da Grande São Paulo foi feita algumas vezes desde 2011 pelo governo paulista (que na época tinha à frente Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República pelo PSB), mas ainda não saiu do papel.

O pedido foi protocolado na Cetesb pela concessionária ViaQuatro, operadora da linha, para atestar a viabilidade ambiental do empreendimento. A companhia informa aguardar o envio das informações complementares para dar prosseguimento à análise técnica.

Estação Chácara do Jockey ficará localizada no cruzamento viário da avenida Francisco Morato com a avenida Monsenhor Manfredo Leite Foto: Taba Benedicto/Estadão

A Secretaria de Parcerias em Investimentos do Estado informou que autorizou estudos para a extensão da Linha 4 – Amarela com duas novas estações – Chácara do Jockey e Taboão da Serra – em janeiro.

  • A previsão da pasta é de que as obras comecem em dezembro de 2024 e as operações se iniciem em 2028, com investimentos previstos de mais de R$ 3 bilhões.

A legislação ambiental prevê condicionantes e medidas mitigatórias a serem cumpridas pelo empreendedor durante a fase de avaliação das licenças de instalação e operação. O início das obras será autorizado após a emissão da licença de instalação.

“Neste momento, a SPI, via Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões, prepara o aditivo para assinatura que dará a liberação oficial para a execução dos projetos executivos”, disse a Secretaria de Parcerias em Investimentos.

  • Atualmente, a Linha 4 – Amarela do metrô tem 12,8 quilômetros, indo da região da Luz, no centro da capital, ao distrito de Vila Sônia, na zona oeste.
  • Os trens atendem 11 estações.
  • Com a construção das duas novas estações, o número vai passar para 13 e a extensão atual da linha aumentará para 16,1 quilômetros. A previsão é de que o novo trecho acrescente ao metrô mais de 80 mil passageiros por dia.

Caberá à concessionária construir a estação Chácara do Jockey, que será próxima ao Parque Chácara do Jockey, na Avenida Professor Francisco Morato, na Vila Sônia. A estação de Taboão da Serra será construída ao lado da nova prefeitura da cidade, em terreno que pertenceu à indústria de cosméticos Niasi.

Previsão é de que a estação de Taboão da Serra fique ao lado da nova prefeitura da cidade Foto: Taba Benedicto/Estadão

Se o cronograma for cumprido, a Linha 4 – Amarela deverá ser a primeira a ultrapassar os limites da capital paulista para chegar a outra cidade da Região Metropolitana.

As sondagens de solo, necessárias para os cálculos do projeto, foram iniciadas em terreno da antiga Niasi e da extinta Sorana Sul e no Parque Santos Dumont, segundo a prefeitura de Taboão da Serra. O município informou que irá colaborar com a a execução da obra.

O terminal terá acessos pela Sorana Sul e pelo lado oposto da rodovia Régis Bittencourt, que acaba de ser municipalizada no trecho que corta a cidade. Além da estação do metrô, Taboão da Serra deve ganhar um terminal de ônibus intermunicipal para atender também os passageiros de Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra e Embu-Guaçu.

As sondagens para a construção da estação de Taboão da Serra do metrô foram iniciadas Foto: Prefeitura de Taboão da Serra/Divulgação

Contraponto à Nova Raposo

Para o engenheiro civil Ivan Carlos Maglio, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em planejamento urbano, a chegada do metrô a Taboão da Serra terá impacto positivo na cidade, que está em vias de aprovar seu novo plano diretor. “Haverá mudanças importantes na estrutura urbana central, com a valorização das áreas adjacentes”, disse.

Ele lembra que o metrô chega no momento em que o trecho urbano da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116) passa a ser de responsabilidade do município. “Com o metrô chegando e a Régis sendo transformada em via urbana, haverá sinergia positiva para a cidade. Causará também impacto na mobilidade de cidades vizinhas”, avaliou.

Já as obras da extensão da Linha 4-Amarela do metrô em São Paulo, segundo o especialista, servem de contraponto para o projeto da Nova Raposo, lançado pelo governo estadual. “Por ser uma obra basicamente subterrânea, o metrô causa menos impacto do que a construção de marginais na Raposo, previstas no projeto.

“Expandir o metrô para além dos limites da capital é uma visão mais moderna do ponto de vista de mobilidade, privilegiando o transporte público, sem potencializar o uso de rodovias, como é o conceito do projeto Nova Raposo”, disse.

A municipalização do trecho de 6,5 km da Régis (do km 268,9 ao km 275,4), em Taboão da Serra, teve o processo concluído em fevereiro deste ano. A prefeitura já passou a administrar o trecho e anunciou obras, como a iluminação das margens e construção de seis passagens de nível interligando os bairros. Está prevista a construção de uma passagem subterrânea sob a Régis para permitir o acesso ao metrô sem cruzar as pistas da antiga rodovia.

Reivindicação de longa data

A extensão de uma linha do metrô paulistano à cidade é reivindicada pela população de Taboão da Serra desde meados da década de 2000. Os primeiros planos para estender a linha do metrô até Taboão da Serra foram anunciados em 2010, com a previsão de que o ramal chegaria à cidade vizinha em 2014.

Em março de 2011, durante a inauguração da Estação Butantã, na capital, o então governador Geraldo Alckmin, na época no PSDB, anunciou estudos para levar a linha amarela a Taboão da Serra. Na época, o custo previsto era de R$ 1,2 bilhão e se pensava em uma parceria público-privada. O projeto já previa uma estação intermediária na região da Chácara do Jockey.

Em março de 2020, foi lançada na Assembleia Legislativa de São Paulo uma frente parlamentar em defesa da extensão da linha 4 do metrô ao município de Taboão da Serra. Em maio de 2022, o então governador Rodrigo Garcia (PSDB) visitou o município e anunciou que as obras seriam iniciadas em 2024, já prevendo as duas novas estações. Um ano depois, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou ter autorizado a elaboração do projeto executivo para que a obra saísse do papel.

A reportagem entrou em contato com a ViaQuatro e aguarda retorno.

Como será a estação Chácara do Jockey

  • A Estação Chácara do Jockey ficará localizada no cruzamento viário da Avenida Francisco Morato com a avenida Monsenhor Manfredo Leite, no distrito de Vila Sônia, ocupando área de 16 mil metros quadrados.
  • A parte subterrânea da estação será construída com o sistema de vala a céu aberto para assegurar iluminação e ventilação natural. Foi projetada uma cobertura de vidro ao longo da vala. Ao final da rampa haverá um bicicletário com 120 lugares.

Como será a estação Taboão da Serra

  • A estação do metrô em Taboão da Serra será predominantemente subterrânea e construída com a escavação de cinco poços circulares, em modelo semelhante à estação do Brooklin, na capital. Serão três pisos subterrâneos com plataformas de embarque e mezaninos, e dois pisos acima da superfície.
  • A estação ocupará terreno de 30 mil metros quadrados ao lado da rodovia Régis Bittencourt (hoje municipalizada) e deverá contar com terminal de ônibus.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) recebeu pedido de licença prévia para obras de extensão da Linha 4 – Amarela até Taboão da Serra. A solicitação é um passo para estender o Metrô ao primeiro município fora da capital.

O projeto prevê duas novas estações, uma em Taboão e outra na Chácara do Jockey, na região do Butantã, zona oeste da capital. A promessa de levar a Linha 4 até à cidade da Grande São Paulo foi feita algumas vezes desde 2011 pelo governo paulista (que na época tinha à frente Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República pelo PSB), mas ainda não saiu do papel.

O pedido foi protocolado na Cetesb pela concessionária ViaQuatro, operadora da linha, para atestar a viabilidade ambiental do empreendimento. A companhia informa aguardar o envio das informações complementares para dar prosseguimento à análise técnica.

Estação Chácara do Jockey ficará localizada no cruzamento viário da avenida Francisco Morato com a avenida Monsenhor Manfredo Leite Foto: Taba Benedicto/Estadão

A Secretaria de Parcerias em Investimentos do Estado informou que autorizou estudos para a extensão da Linha 4 – Amarela com duas novas estações – Chácara do Jockey e Taboão da Serra – em janeiro.

  • A previsão da pasta é de que as obras comecem em dezembro de 2024 e as operações se iniciem em 2028, com investimentos previstos de mais de R$ 3 bilhões.

A legislação ambiental prevê condicionantes e medidas mitigatórias a serem cumpridas pelo empreendedor durante a fase de avaliação das licenças de instalação e operação. O início das obras será autorizado após a emissão da licença de instalação.

“Neste momento, a SPI, via Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões, prepara o aditivo para assinatura que dará a liberação oficial para a execução dos projetos executivos”, disse a Secretaria de Parcerias em Investimentos.

  • Atualmente, a Linha 4 – Amarela do metrô tem 12,8 quilômetros, indo da região da Luz, no centro da capital, ao distrito de Vila Sônia, na zona oeste.
  • Os trens atendem 11 estações.
  • Com a construção das duas novas estações, o número vai passar para 13 e a extensão atual da linha aumentará para 16,1 quilômetros. A previsão é de que o novo trecho acrescente ao metrô mais de 80 mil passageiros por dia.

Caberá à concessionária construir a estação Chácara do Jockey, que será próxima ao Parque Chácara do Jockey, na Avenida Professor Francisco Morato, na Vila Sônia. A estação de Taboão da Serra será construída ao lado da nova prefeitura da cidade, em terreno que pertenceu à indústria de cosméticos Niasi.

Previsão é de que a estação de Taboão da Serra fique ao lado da nova prefeitura da cidade Foto: Taba Benedicto/Estadão

Se o cronograma for cumprido, a Linha 4 – Amarela deverá ser a primeira a ultrapassar os limites da capital paulista para chegar a outra cidade da Região Metropolitana.

As sondagens de solo, necessárias para os cálculos do projeto, foram iniciadas em terreno da antiga Niasi e da extinta Sorana Sul e no Parque Santos Dumont, segundo a prefeitura de Taboão da Serra. O município informou que irá colaborar com a a execução da obra.

O terminal terá acessos pela Sorana Sul e pelo lado oposto da rodovia Régis Bittencourt, que acaba de ser municipalizada no trecho que corta a cidade. Além da estação do metrô, Taboão da Serra deve ganhar um terminal de ônibus intermunicipal para atender também os passageiros de Embu das Artes, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra e Embu-Guaçu.

As sondagens para a construção da estação de Taboão da Serra do metrô foram iniciadas Foto: Prefeitura de Taboão da Serra/Divulgação

Contraponto à Nova Raposo

Para o engenheiro civil Ivan Carlos Maglio, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em planejamento urbano, a chegada do metrô a Taboão da Serra terá impacto positivo na cidade, que está em vias de aprovar seu novo plano diretor. “Haverá mudanças importantes na estrutura urbana central, com a valorização das áreas adjacentes”, disse.

Ele lembra que o metrô chega no momento em que o trecho urbano da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116) passa a ser de responsabilidade do município. “Com o metrô chegando e a Régis sendo transformada em via urbana, haverá sinergia positiva para a cidade. Causará também impacto na mobilidade de cidades vizinhas”, avaliou.

Já as obras da extensão da Linha 4-Amarela do metrô em São Paulo, segundo o especialista, servem de contraponto para o projeto da Nova Raposo, lançado pelo governo estadual. “Por ser uma obra basicamente subterrânea, o metrô causa menos impacto do que a construção de marginais na Raposo, previstas no projeto.

“Expandir o metrô para além dos limites da capital é uma visão mais moderna do ponto de vista de mobilidade, privilegiando o transporte público, sem potencializar o uso de rodovias, como é o conceito do projeto Nova Raposo”, disse.

A municipalização do trecho de 6,5 km da Régis (do km 268,9 ao km 275,4), em Taboão da Serra, teve o processo concluído em fevereiro deste ano. A prefeitura já passou a administrar o trecho e anunciou obras, como a iluminação das margens e construção de seis passagens de nível interligando os bairros. Está prevista a construção de uma passagem subterrânea sob a Régis para permitir o acesso ao metrô sem cruzar as pistas da antiga rodovia.

Reivindicação de longa data

A extensão de uma linha do metrô paulistano à cidade é reivindicada pela população de Taboão da Serra desde meados da década de 2000. Os primeiros planos para estender a linha do metrô até Taboão da Serra foram anunciados em 2010, com a previsão de que o ramal chegaria à cidade vizinha em 2014.

Em março de 2011, durante a inauguração da Estação Butantã, na capital, o então governador Geraldo Alckmin, na época no PSDB, anunciou estudos para levar a linha amarela a Taboão da Serra. Na época, o custo previsto era de R$ 1,2 bilhão e se pensava em uma parceria público-privada. O projeto já previa uma estação intermediária na região da Chácara do Jockey.

Em março de 2020, foi lançada na Assembleia Legislativa de São Paulo uma frente parlamentar em defesa da extensão da linha 4 do metrô ao município de Taboão da Serra. Em maio de 2022, o então governador Rodrigo Garcia (PSDB) visitou o município e anunciou que as obras seriam iniciadas em 2024, já prevendo as duas novas estações. Um ano depois, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou ter autorizado a elaboração do projeto executivo para que a obra saísse do papel.

A reportagem entrou em contato com a ViaQuatro e aguarda retorno.

Como será a estação Chácara do Jockey

  • A Estação Chácara do Jockey ficará localizada no cruzamento viário da Avenida Francisco Morato com a avenida Monsenhor Manfredo Leite, no distrito de Vila Sônia, ocupando área de 16 mil metros quadrados.
  • A parte subterrânea da estação será construída com o sistema de vala a céu aberto para assegurar iluminação e ventilação natural. Foi projetada uma cobertura de vidro ao longo da vala. Ao final da rampa haverá um bicicletário com 120 lugares.

Como será a estação Taboão da Serra

  • A estação do metrô em Taboão da Serra será predominantemente subterrânea e construída com a escavação de cinco poços circulares, em modelo semelhante à estação do Brooklin, na capital. Serão três pisos subterrâneos com plataformas de embarque e mezaninos, e dois pisos acima da superfície.
  • A estação ocupará terreno de 30 mil metros quadrados ao lado da rodovia Régis Bittencourt (hoje municipalizada) e deverá contar com terminal de ônibus.

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