Litoral norte de SP: Nº de mortos sobe para 48 e buscas são retomadas após novas chuvas


Equipes ainda fazem balanço de desaparecidos - último número divulgado é de 36

Por Redação
Atualização:

O número de mortos após o forte temporal no litoral norte paulista durante o carnaval subiu para 48, informou a major Luciana Soares, porta-voz do Corpo de Bombeiros, à Rádio Eldorado. Segundo ela, após as buscas serem interrompidas por causa de novas chuvas nesta terça-feira, 21, os trabalhos de procura por desaparecidos foram retomados por volta das 5 horas desta quarta-feira, 22.

De acordo com a major, ainda há riscos, mas as análises técnicas mostram que neste momento eles estão sob controle. Luciana afirma que há locais de ainda difícil acesso e há ajuda dos militares para chegar a esses pontos. São quase 200 bombeiros, além de cerca de 100 agentes do Exército, envolvidos nas operações. “A maior dificuldade é depender da condição climática”, diz a major. Muitas vezes, acrescenta, os bombeiros são obrigados a parar por causa da volta das chuvas.

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A quantidade de desaparecidos, segundo ela, é de 36, mas ainda não foi feita atualização da lista após serem achados corpos. “Não temos como precisar (quando será) o término dessa operação”, afirma. “É bem possível que esse atendimento se estenda por meses.” Sobre a possibilidade de encontrar desaparecidos ainda com vida, a major afirmou que isso depende da obstrução das vias aéreas das vítimas.

Equipes de resgate trabalham na Barra do Sahy, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Foto: Nelson Almeida/AFP

Dos 48 óbitos confirmados, 47 ocorreram em São Sebastião e um em Ubatuba. Equipes do município de São Sebastião com psicólogas e assistentes sociais fazem um trabalho de acolhimento dos familiares das vítimas. Vinte e seis corpos (26) já foram identificados e liberados para o sepultamento. São 10 homens adultos, nove mulheres adultas e sete crianças, segundo balanço do governo de São Paulo divulgado nesta manhã. Atualmente, há mais de 1.730 desalojados e 766 desabrigados em todo Estado

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Os temporais na região se tornaram os maiores registrados na história do Brasil. De acordo com o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), as chuvas que caíram no último sábado, 18, e domingo, 19, resultaram no acumulado de 682 mm em Bertioga e 626 mm em São Sebastião, maiores valores acumulados já registrados no País.

Praia da Baleia, em São Sebastião, fica ‘manchada’ de lama após chuvas

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Praia da Baleia, em São Sebastião, fica ‘manchada’ de lama após chuvas

Foto: Wesley Gonsalves/Estadão
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Praia da Baleia, em São Sebastião, fica ‘manchada’ de lama após chuvas

Foto: Wesley Gonsalves/Estadão
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Praia da Baleia, em São Sebastião, fica ‘manchada’ de lama após chuvas

Foto: Wesley Gonsalves/Estadão
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Praia da Baleia, em São Sebastião, fica ‘manchada’ de lama após chuvas

Foto: Wesley Gonsalves/Estadão

Ocupação desordenada

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Com a valorização de locais como Barra do Sahy, Baleia e Juquehy, o adensamento construtivo tem avançado em direção às encostas, desde moradias mais vulneráveis até condomínios de médio e alto padrão.

Dados extraídos da plataforma MapBiomas mostram uma urbanização crescente nas quatro cidades do litoral norte. Em São Sebastião, que concentra a maior parte das vítimas das chuvas, a área urbanizada mais do que quadruplicou (345,8%) desde 1985, chegando a 1.810 hectares em 2021. Imagens de satélite mostram a abertura de novas vias, o adensamento construtivo e a expansão para a Serra do Mar.

O número de mortos após o forte temporal no litoral norte paulista durante o carnaval subiu para 48, informou a major Luciana Soares, porta-voz do Corpo de Bombeiros, à Rádio Eldorado. Segundo ela, após as buscas serem interrompidas por causa de novas chuvas nesta terça-feira, 21, os trabalhos de procura por desaparecidos foram retomados por volta das 5 horas desta quarta-feira, 22.

De acordo com a major, ainda há riscos, mas as análises técnicas mostram que neste momento eles estão sob controle. Luciana afirma que há locais de ainda difícil acesso e há ajuda dos militares para chegar a esses pontos. São quase 200 bombeiros, além de cerca de 100 agentes do Exército, envolvidos nas operações. “A maior dificuldade é depender da condição climática”, diz a major. Muitas vezes, acrescenta, os bombeiros são obrigados a parar por causa da volta das chuvas.

A quantidade de desaparecidos, segundo ela, é de 36, mas ainda não foi feita atualização da lista após serem achados corpos. “Não temos como precisar (quando será) o término dessa operação”, afirma. “É bem possível que esse atendimento se estenda por meses.” Sobre a possibilidade de encontrar desaparecidos ainda com vida, a major afirmou que isso depende da obstrução das vias aéreas das vítimas.

Equipes de resgate trabalham na Barra do Sahy, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Foto: Nelson Almeida/AFP

Dos 48 óbitos confirmados, 47 ocorreram em São Sebastião e um em Ubatuba. Equipes do município de São Sebastião com psicólogas e assistentes sociais fazem um trabalho de acolhimento dos familiares das vítimas. Vinte e seis corpos (26) já foram identificados e liberados para o sepultamento. São 10 homens adultos, nove mulheres adultas e sete crianças, segundo balanço do governo de São Paulo divulgado nesta manhã. Atualmente, há mais de 1.730 desalojados e 766 desabrigados em todo Estado

Os temporais na região se tornaram os maiores registrados na história do Brasil. De acordo com o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), as chuvas que caíram no último sábado, 18, e domingo, 19, resultaram no acumulado de 682 mm em Bertioga e 626 mm em São Sebastião, maiores valores acumulados já registrados no País.

Praia da Baleia, em São Sebastião, fica ‘manchada’ de lama após chuvas

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Foto: Wesley Gonsalves/Estadão
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Foto: Wesley Gonsalves/Estadão
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Praia da Baleia, em São Sebastião, fica ‘manchada’ de lama após chuvas

Foto: Wesley Gonsalves/Estadão
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Praia da Baleia, em São Sebastião, fica ‘manchada’ de lama após chuvas

Foto: Wesley Gonsalves/Estadão

Ocupação desordenada

Com a valorização de locais como Barra do Sahy, Baleia e Juquehy, o adensamento construtivo tem avançado em direção às encostas, desde moradias mais vulneráveis até condomínios de médio e alto padrão.

Dados extraídos da plataforma MapBiomas mostram uma urbanização crescente nas quatro cidades do litoral norte. Em São Sebastião, que concentra a maior parte das vítimas das chuvas, a área urbanizada mais do que quadruplicou (345,8%) desde 1985, chegando a 1.810 hectares em 2021. Imagens de satélite mostram a abertura de novas vias, o adensamento construtivo e a expansão para a Serra do Mar.

O número de mortos após o forte temporal no litoral norte paulista durante o carnaval subiu para 48, informou a major Luciana Soares, porta-voz do Corpo de Bombeiros, à Rádio Eldorado. Segundo ela, após as buscas serem interrompidas por causa de novas chuvas nesta terça-feira, 21, os trabalhos de procura por desaparecidos foram retomados por volta das 5 horas desta quarta-feira, 22.

De acordo com a major, ainda há riscos, mas as análises técnicas mostram que neste momento eles estão sob controle. Luciana afirma que há locais de ainda difícil acesso e há ajuda dos militares para chegar a esses pontos. São quase 200 bombeiros, além de cerca de 100 agentes do Exército, envolvidos nas operações. “A maior dificuldade é depender da condição climática”, diz a major. Muitas vezes, acrescenta, os bombeiros são obrigados a parar por causa da volta das chuvas.

A quantidade de desaparecidos, segundo ela, é de 36, mas ainda não foi feita atualização da lista após serem achados corpos. “Não temos como precisar (quando será) o término dessa operação”, afirma. “É bem possível que esse atendimento se estenda por meses.” Sobre a possibilidade de encontrar desaparecidos ainda com vida, a major afirmou que isso depende da obstrução das vias aéreas das vítimas.

Equipes de resgate trabalham na Barra do Sahy, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo. Foto: Nelson Almeida/AFP

Dos 48 óbitos confirmados, 47 ocorreram em São Sebastião e um em Ubatuba. Equipes do município de São Sebastião com psicólogas e assistentes sociais fazem um trabalho de acolhimento dos familiares das vítimas. Vinte e seis corpos (26) já foram identificados e liberados para o sepultamento. São 10 homens adultos, nove mulheres adultas e sete crianças, segundo balanço do governo de São Paulo divulgado nesta manhã. Atualmente, há mais de 1.730 desalojados e 766 desabrigados em todo Estado

Os temporais na região se tornaram os maiores registrados na história do Brasil. De acordo com o Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), as chuvas que caíram no último sábado, 18, e domingo, 19, resultaram no acumulado de 682 mm em Bertioga e 626 mm em São Sebastião, maiores valores acumulados já registrados no País.

Praia da Baleia, em São Sebastião, fica ‘manchada’ de lama após chuvas

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Foto: Wesley Gonsalves/Estadão
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Foto: Wesley Gonsalves/Estadão
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Praia da Baleia, em São Sebastião, fica ‘manchada’ de lama após chuvas

Foto: Wesley Gonsalves/Estadão
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Praia da Baleia, em São Sebastião, fica ‘manchada’ de lama após chuvas

Foto: Wesley Gonsalves/Estadão

Ocupação desordenada

Com a valorização de locais como Barra do Sahy, Baleia e Juquehy, o adensamento construtivo tem avançado em direção às encostas, desde moradias mais vulneráveis até condomínios de médio e alto padrão.

Dados extraídos da plataforma MapBiomas mostram uma urbanização crescente nas quatro cidades do litoral norte. Em São Sebastião, que concentra a maior parte das vítimas das chuvas, a área urbanizada mais do que quadruplicou (345,8%) desde 1985, chegando a 1.810 hectares em 2021. Imagens de satélite mostram a abertura de novas vias, o adensamento construtivo e a expansão para a Serra do Mar.

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