Marginal Pinheiros: Prefeitura de SP abre licitação para prolongar via por mais 8 km; entenda


O novo trecho, às margens dos Rios Pinheiros e Jurubatuba, vai da Avenida Guido Caloi, na altura da Ponte João Dias, até a Ponte Vitorino Goulart, em Interlagos

Por Ítalo Lo Re

O prolongamento da Marginal do Pinheiros, na zona sul paulistana, pode finalmente sair do papel. A Prefeitura publicou em edição do Diário Oficial da Cidade edital para contratação de projetos executivos para “esticar” a via por 8 quilômetros. O novo trecho, previsto para ser construído às margens dos Rios Pinheiros e Jurubatuba, vai da Avenida Guido Caloi, na altura da Ponte João Dias, até a Ponte Vitorino Goulart, em Interlagos. A previsão da gestão municipal é de que as propostas sejam abertas no dia 3 de outubro e, após contratados, os projetos sejam finalizados em até sete meses.

A Prefeitura planeja investir cerca de R$ 8 milhões nos estudos de prolongamento da via. Estima-se que mais de 1,3 milhão de pessoas se beneficiem com o projeto. Ainda não há, porém, previsão para início das obras ou de quanto deve ser gasto na execução. “O tempo gasto pelos motoristas entre a Ponte Transamérica e a Avenida Guido Caloi, até a região de Interlagos, diminuirá expressivamente. O trajeto que é feito por dentro dos bairros de Jurubatuba, Santo Amaro, Jardim São Luís e Socorro passará a ser feito pela nova via”, disse em nota oficial.

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Além do prolongamento da Marginal do Pinheiros, ao longo do novo sistema viário também deve ser implementado um parque linear. O espaço, informou a gestão municipal, contará com nova vegetação, passeios públicos, áreas de descanso e contemplação. Uma ciclovia deverá ser implementada em todos os 8 quilômetros de extensão do parque.

A Prefeitura disse que o contrato a ser firmado deve contemplar ainda o desenvolvimento do projeto de uma nova ponte, ao lado da Ponte Transamérica. A construção permitirá o acesso dos carros da Avenida Guido Caloi à Marginal do Pinheiros, no sentido da Rodovia Castello Branco.

Trânsito intenso

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A Marginal do Pinheiros é hoje a segunda via expressa mais importante da cidade, ligando a região de Interlagos à Rodovia Castello Branco. A via também possibilita o acesso às Rodovias dos Imigrantes e Anchieta, por meio da Avenida dos Bandeirantes.

Professor de Arquitetura e Urbanismo da FAAP, Ricardo Nascimento vê a iniciativa com bons olhos. “A população da região há muitos e muitos anos reivindica a ligação”, disse. Atualmente, ao chegar à altura da Ponte Transamérica, os motoristas têm de se deslocar de uma margem para a outra do Rio Pinheiros. Com poucas alternativas para deslocamento, as vias da região costumam ter trânsito intenso.

Hoje, motoristas ao chegar à região têm de se deslocar de uma margem para a outra do Rio Pinheiros. Foto: Werther Santana/Estadão
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Projetos de prolongamento da Marginal do Pinheiros, diante disso, já foram ventilados em gestões anteriores, mas a necessidade de fazer a intervenção, explica o professor, ficou ainda maior nos últimos anos. “A região explodiu em termos imobiliários, com uma população residencial, faculdades, cooperativas”, disse, citando o avanço da região de Santo Amaro e a proximidade com polos econômicos, como a Faria Lima.

“Esse prolongamento é muito benéfico, principalmente porque também vai se enganchar com várias obras do governo do Estado, que estão requalificando um outro trecho, que vai até a Ponte do Jaguaré (no Butantã)”, completou Nascimento. “A iniciativa privada, ao mesmo tempo, tem enorme interesse em realizar investimentos na região, porque, além de beneficiar pessoas, trazem lucro.”

A percepção é parecida com a do arquiteto e consultor de mobilidade Flamínio Fichmann. “O aproveitamento dessa área é bastante interessante, porque é um espaço vazio e, se a gente olhar o tráfego, do outro lado do rio a gente vê sinais de congestionamento”, afirmou. “Então, o prolongamento vem para contribuir principalmente com o transporte individual, fazendo uma ligação da Marginal até a região de Interlagos, com o autódromo e tudo, que é bastante carente nesse sentido.”

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Voltado para o coletivo

Mas Fichmann aproveita para fazer um adendo. “Seria muito interessante se pudesse destinar parte do investimento na calha viária para o transporte público, seja um BRT ou aeromóvel”, disse. Segundo ele, por mais que se tenha a Linha 9-Esmeralda passando pela região atualmente, há uma sobrecarga em horários de pico e as alternativas de ônibus são limitadas na região.

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Diante disso, continuou, a possibilidade de se fazer uma reserva desse investimento no coletivo poderia levar a cidade “ganhar ainda mais”. “Pode favorecer até mesmo quem usa o transporte ferroviário (CPTM), já que você dilui o movimento nos vagões e oferece mais alternativas”, afirmou. “Com a dinamização da linha sul, que vai no eixo pelas Marginais até a região de Osasco e Carapicuíba, houve uma adesão muito grande da população. Essa linha foi uma das que maior sucesso teve com os investimentos.”

Propostas de outras gestões

A proposta de “esticar” a Marginal do Pinheiros não é novidade: em 2018, uma iniciativa integrou um projeto urbanístico proposto pela gestão João Doria (PSDB). Antes, chegou a ser anunciada em 2012 pelo ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) – a estimativa da Prefeitura na época era que o projeto custaria R$ 470 milhões. Nenhum dos planos, porém, saiu do papel.

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Como ponto de partida, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) informou que vai contratar revisão, atualização e complementação de um projeto básico elaborado pela pasta há 20 anos, na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT), além de providenciar o desenvolvimento do projeto executivo. Após a aprovação das propostas, as obras serão licitadas pela Prefeitura, mas ainda não há prazo para isso ser feito.

O prolongamento da Marginal do Pinheiros, na zona sul paulistana, pode finalmente sair do papel. A Prefeitura publicou em edição do Diário Oficial da Cidade edital para contratação de projetos executivos para “esticar” a via por 8 quilômetros. O novo trecho, previsto para ser construído às margens dos Rios Pinheiros e Jurubatuba, vai da Avenida Guido Caloi, na altura da Ponte João Dias, até a Ponte Vitorino Goulart, em Interlagos. A previsão da gestão municipal é de que as propostas sejam abertas no dia 3 de outubro e, após contratados, os projetos sejam finalizados em até sete meses.

A Prefeitura planeja investir cerca de R$ 8 milhões nos estudos de prolongamento da via. Estima-se que mais de 1,3 milhão de pessoas se beneficiem com o projeto. Ainda não há, porém, previsão para início das obras ou de quanto deve ser gasto na execução. “O tempo gasto pelos motoristas entre a Ponte Transamérica e a Avenida Guido Caloi, até a região de Interlagos, diminuirá expressivamente. O trajeto que é feito por dentro dos bairros de Jurubatuba, Santo Amaro, Jardim São Luís e Socorro passará a ser feito pela nova via”, disse em nota oficial.

Além do prolongamento da Marginal do Pinheiros, ao longo do novo sistema viário também deve ser implementado um parque linear. O espaço, informou a gestão municipal, contará com nova vegetação, passeios públicos, áreas de descanso e contemplação. Uma ciclovia deverá ser implementada em todos os 8 quilômetros de extensão do parque.

A Prefeitura disse que o contrato a ser firmado deve contemplar ainda o desenvolvimento do projeto de uma nova ponte, ao lado da Ponte Transamérica. A construção permitirá o acesso dos carros da Avenida Guido Caloi à Marginal do Pinheiros, no sentido da Rodovia Castello Branco.

Trânsito intenso

A Marginal do Pinheiros é hoje a segunda via expressa mais importante da cidade, ligando a região de Interlagos à Rodovia Castello Branco. A via também possibilita o acesso às Rodovias dos Imigrantes e Anchieta, por meio da Avenida dos Bandeirantes.

Professor de Arquitetura e Urbanismo da FAAP, Ricardo Nascimento vê a iniciativa com bons olhos. “A população da região há muitos e muitos anos reivindica a ligação”, disse. Atualmente, ao chegar à altura da Ponte Transamérica, os motoristas têm de se deslocar de uma margem para a outra do Rio Pinheiros. Com poucas alternativas para deslocamento, as vias da região costumam ter trânsito intenso.

Hoje, motoristas ao chegar à região têm de se deslocar de uma margem para a outra do Rio Pinheiros. Foto: Werther Santana/Estadão

Projetos de prolongamento da Marginal do Pinheiros, diante disso, já foram ventilados em gestões anteriores, mas a necessidade de fazer a intervenção, explica o professor, ficou ainda maior nos últimos anos. “A região explodiu em termos imobiliários, com uma população residencial, faculdades, cooperativas”, disse, citando o avanço da região de Santo Amaro e a proximidade com polos econômicos, como a Faria Lima.

“Esse prolongamento é muito benéfico, principalmente porque também vai se enganchar com várias obras do governo do Estado, que estão requalificando um outro trecho, que vai até a Ponte do Jaguaré (no Butantã)”, completou Nascimento. “A iniciativa privada, ao mesmo tempo, tem enorme interesse em realizar investimentos na região, porque, além de beneficiar pessoas, trazem lucro.”

A percepção é parecida com a do arquiteto e consultor de mobilidade Flamínio Fichmann. “O aproveitamento dessa área é bastante interessante, porque é um espaço vazio e, se a gente olhar o tráfego, do outro lado do rio a gente vê sinais de congestionamento”, afirmou. “Então, o prolongamento vem para contribuir principalmente com o transporte individual, fazendo uma ligação da Marginal até a região de Interlagos, com o autódromo e tudo, que é bastante carente nesse sentido.”

Voltado para o coletivo

Mas Fichmann aproveita para fazer um adendo. “Seria muito interessante se pudesse destinar parte do investimento na calha viária para o transporte público, seja um BRT ou aeromóvel”, disse. Segundo ele, por mais que se tenha a Linha 9-Esmeralda passando pela região atualmente, há uma sobrecarga em horários de pico e as alternativas de ônibus são limitadas na região.

Diante disso, continuou, a possibilidade de se fazer uma reserva desse investimento no coletivo poderia levar a cidade “ganhar ainda mais”. “Pode favorecer até mesmo quem usa o transporte ferroviário (CPTM), já que você dilui o movimento nos vagões e oferece mais alternativas”, afirmou. “Com a dinamização da linha sul, que vai no eixo pelas Marginais até a região de Osasco e Carapicuíba, houve uma adesão muito grande da população. Essa linha foi uma das que maior sucesso teve com os investimentos.”

Propostas de outras gestões

A proposta de “esticar” a Marginal do Pinheiros não é novidade: em 2018, uma iniciativa integrou um projeto urbanístico proposto pela gestão João Doria (PSDB). Antes, chegou a ser anunciada em 2012 pelo ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) – a estimativa da Prefeitura na época era que o projeto custaria R$ 470 milhões. Nenhum dos planos, porém, saiu do papel.

Como ponto de partida, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) informou que vai contratar revisão, atualização e complementação de um projeto básico elaborado pela pasta há 20 anos, na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT), além de providenciar o desenvolvimento do projeto executivo. Após a aprovação das propostas, as obras serão licitadas pela Prefeitura, mas ainda não há prazo para isso ser feito.

O prolongamento da Marginal do Pinheiros, na zona sul paulistana, pode finalmente sair do papel. A Prefeitura publicou em edição do Diário Oficial da Cidade edital para contratação de projetos executivos para “esticar” a via por 8 quilômetros. O novo trecho, previsto para ser construído às margens dos Rios Pinheiros e Jurubatuba, vai da Avenida Guido Caloi, na altura da Ponte João Dias, até a Ponte Vitorino Goulart, em Interlagos. A previsão da gestão municipal é de que as propostas sejam abertas no dia 3 de outubro e, após contratados, os projetos sejam finalizados em até sete meses.

A Prefeitura planeja investir cerca de R$ 8 milhões nos estudos de prolongamento da via. Estima-se que mais de 1,3 milhão de pessoas se beneficiem com o projeto. Ainda não há, porém, previsão para início das obras ou de quanto deve ser gasto na execução. “O tempo gasto pelos motoristas entre a Ponte Transamérica e a Avenida Guido Caloi, até a região de Interlagos, diminuirá expressivamente. O trajeto que é feito por dentro dos bairros de Jurubatuba, Santo Amaro, Jardim São Luís e Socorro passará a ser feito pela nova via”, disse em nota oficial.

Além do prolongamento da Marginal do Pinheiros, ao longo do novo sistema viário também deve ser implementado um parque linear. O espaço, informou a gestão municipal, contará com nova vegetação, passeios públicos, áreas de descanso e contemplação. Uma ciclovia deverá ser implementada em todos os 8 quilômetros de extensão do parque.

A Prefeitura disse que o contrato a ser firmado deve contemplar ainda o desenvolvimento do projeto de uma nova ponte, ao lado da Ponte Transamérica. A construção permitirá o acesso dos carros da Avenida Guido Caloi à Marginal do Pinheiros, no sentido da Rodovia Castello Branco.

Trânsito intenso

A Marginal do Pinheiros é hoje a segunda via expressa mais importante da cidade, ligando a região de Interlagos à Rodovia Castello Branco. A via também possibilita o acesso às Rodovias dos Imigrantes e Anchieta, por meio da Avenida dos Bandeirantes.

Professor de Arquitetura e Urbanismo da FAAP, Ricardo Nascimento vê a iniciativa com bons olhos. “A população da região há muitos e muitos anos reivindica a ligação”, disse. Atualmente, ao chegar à altura da Ponte Transamérica, os motoristas têm de se deslocar de uma margem para a outra do Rio Pinheiros. Com poucas alternativas para deslocamento, as vias da região costumam ter trânsito intenso.

Hoje, motoristas ao chegar à região têm de se deslocar de uma margem para a outra do Rio Pinheiros. Foto: Werther Santana/Estadão

Projetos de prolongamento da Marginal do Pinheiros, diante disso, já foram ventilados em gestões anteriores, mas a necessidade de fazer a intervenção, explica o professor, ficou ainda maior nos últimos anos. “A região explodiu em termos imobiliários, com uma população residencial, faculdades, cooperativas”, disse, citando o avanço da região de Santo Amaro e a proximidade com polos econômicos, como a Faria Lima.

“Esse prolongamento é muito benéfico, principalmente porque também vai se enganchar com várias obras do governo do Estado, que estão requalificando um outro trecho, que vai até a Ponte do Jaguaré (no Butantã)”, completou Nascimento. “A iniciativa privada, ao mesmo tempo, tem enorme interesse em realizar investimentos na região, porque, além de beneficiar pessoas, trazem lucro.”

A percepção é parecida com a do arquiteto e consultor de mobilidade Flamínio Fichmann. “O aproveitamento dessa área é bastante interessante, porque é um espaço vazio e, se a gente olhar o tráfego, do outro lado do rio a gente vê sinais de congestionamento”, afirmou. “Então, o prolongamento vem para contribuir principalmente com o transporte individual, fazendo uma ligação da Marginal até a região de Interlagos, com o autódromo e tudo, que é bastante carente nesse sentido.”

Voltado para o coletivo

Mas Fichmann aproveita para fazer um adendo. “Seria muito interessante se pudesse destinar parte do investimento na calha viária para o transporte público, seja um BRT ou aeromóvel”, disse. Segundo ele, por mais que se tenha a Linha 9-Esmeralda passando pela região atualmente, há uma sobrecarga em horários de pico e as alternativas de ônibus são limitadas na região.

Diante disso, continuou, a possibilidade de se fazer uma reserva desse investimento no coletivo poderia levar a cidade “ganhar ainda mais”. “Pode favorecer até mesmo quem usa o transporte ferroviário (CPTM), já que você dilui o movimento nos vagões e oferece mais alternativas”, afirmou. “Com a dinamização da linha sul, que vai no eixo pelas Marginais até a região de Osasco e Carapicuíba, houve uma adesão muito grande da população. Essa linha foi uma das que maior sucesso teve com os investimentos.”

Propostas de outras gestões

A proposta de “esticar” a Marginal do Pinheiros não é novidade: em 2018, uma iniciativa integrou um projeto urbanístico proposto pela gestão João Doria (PSDB). Antes, chegou a ser anunciada em 2012 pelo ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) – a estimativa da Prefeitura na época era que o projeto custaria R$ 470 milhões. Nenhum dos planos, porém, saiu do papel.

Como ponto de partida, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) informou que vai contratar revisão, atualização e complementação de um projeto básico elaborado pela pasta há 20 anos, na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT), além de providenciar o desenvolvimento do projeto executivo. Após a aprovação das propostas, as obras serão licitadas pela Prefeitura, mas ainda não há prazo para isso ser feito.

O prolongamento da Marginal do Pinheiros, na zona sul paulistana, pode finalmente sair do papel. A Prefeitura publicou em edição do Diário Oficial da Cidade edital para contratação de projetos executivos para “esticar” a via por 8 quilômetros. O novo trecho, previsto para ser construído às margens dos Rios Pinheiros e Jurubatuba, vai da Avenida Guido Caloi, na altura da Ponte João Dias, até a Ponte Vitorino Goulart, em Interlagos. A previsão da gestão municipal é de que as propostas sejam abertas no dia 3 de outubro e, após contratados, os projetos sejam finalizados em até sete meses.

A Prefeitura planeja investir cerca de R$ 8 milhões nos estudos de prolongamento da via. Estima-se que mais de 1,3 milhão de pessoas se beneficiem com o projeto. Ainda não há, porém, previsão para início das obras ou de quanto deve ser gasto na execução. “O tempo gasto pelos motoristas entre a Ponte Transamérica e a Avenida Guido Caloi, até a região de Interlagos, diminuirá expressivamente. O trajeto que é feito por dentro dos bairros de Jurubatuba, Santo Amaro, Jardim São Luís e Socorro passará a ser feito pela nova via”, disse em nota oficial.

Além do prolongamento da Marginal do Pinheiros, ao longo do novo sistema viário também deve ser implementado um parque linear. O espaço, informou a gestão municipal, contará com nova vegetação, passeios públicos, áreas de descanso e contemplação. Uma ciclovia deverá ser implementada em todos os 8 quilômetros de extensão do parque.

A Prefeitura disse que o contrato a ser firmado deve contemplar ainda o desenvolvimento do projeto de uma nova ponte, ao lado da Ponte Transamérica. A construção permitirá o acesso dos carros da Avenida Guido Caloi à Marginal do Pinheiros, no sentido da Rodovia Castello Branco.

Trânsito intenso

A Marginal do Pinheiros é hoje a segunda via expressa mais importante da cidade, ligando a região de Interlagos à Rodovia Castello Branco. A via também possibilita o acesso às Rodovias dos Imigrantes e Anchieta, por meio da Avenida dos Bandeirantes.

Professor de Arquitetura e Urbanismo da FAAP, Ricardo Nascimento vê a iniciativa com bons olhos. “A população da região há muitos e muitos anos reivindica a ligação”, disse. Atualmente, ao chegar à altura da Ponte Transamérica, os motoristas têm de se deslocar de uma margem para a outra do Rio Pinheiros. Com poucas alternativas para deslocamento, as vias da região costumam ter trânsito intenso.

Hoje, motoristas ao chegar à região têm de se deslocar de uma margem para a outra do Rio Pinheiros. Foto: Werther Santana/Estadão

Projetos de prolongamento da Marginal do Pinheiros, diante disso, já foram ventilados em gestões anteriores, mas a necessidade de fazer a intervenção, explica o professor, ficou ainda maior nos últimos anos. “A região explodiu em termos imobiliários, com uma população residencial, faculdades, cooperativas”, disse, citando o avanço da região de Santo Amaro e a proximidade com polos econômicos, como a Faria Lima.

“Esse prolongamento é muito benéfico, principalmente porque também vai se enganchar com várias obras do governo do Estado, que estão requalificando um outro trecho, que vai até a Ponte do Jaguaré (no Butantã)”, completou Nascimento. “A iniciativa privada, ao mesmo tempo, tem enorme interesse em realizar investimentos na região, porque, além de beneficiar pessoas, trazem lucro.”

A percepção é parecida com a do arquiteto e consultor de mobilidade Flamínio Fichmann. “O aproveitamento dessa área é bastante interessante, porque é um espaço vazio e, se a gente olhar o tráfego, do outro lado do rio a gente vê sinais de congestionamento”, afirmou. “Então, o prolongamento vem para contribuir principalmente com o transporte individual, fazendo uma ligação da Marginal até a região de Interlagos, com o autódromo e tudo, que é bastante carente nesse sentido.”

Voltado para o coletivo

Mas Fichmann aproveita para fazer um adendo. “Seria muito interessante se pudesse destinar parte do investimento na calha viária para o transporte público, seja um BRT ou aeromóvel”, disse. Segundo ele, por mais que se tenha a Linha 9-Esmeralda passando pela região atualmente, há uma sobrecarga em horários de pico e as alternativas de ônibus são limitadas na região.

Diante disso, continuou, a possibilidade de se fazer uma reserva desse investimento no coletivo poderia levar a cidade “ganhar ainda mais”. “Pode favorecer até mesmo quem usa o transporte ferroviário (CPTM), já que você dilui o movimento nos vagões e oferece mais alternativas”, afirmou. “Com a dinamização da linha sul, que vai no eixo pelas Marginais até a região de Osasco e Carapicuíba, houve uma adesão muito grande da população. Essa linha foi uma das que maior sucesso teve com os investimentos.”

Propostas de outras gestões

A proposta de “esticar” a Marginal do Pinheiros não é novidade: em 2018, uma iniciativa integrou um projeto urbanístico proposto pela gestão João Doria (PSDB). Antes, chegou a ser anunciada em 2012 pelo ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) – a estimativa da Prefeitura na época era que o projeto custaria R$ 470 milhões. Nenhum dos planos, porém, saiu do papel.

Como ponto de partida, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) informou que vai contratar revisão, atualização e complementação de um projeto básico elaborado pela pasta há 20 anos, na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT), além de providenciar o desenvolvimento do projeto executivo. Após a aprovação das propostas, as obras serão licitadas pela Prefeitura, mas ainda não há prazo para isso ser feito.

O prolongamento da Marginal do Pinheiros, na zona sul paulistana, pode finalmente sair do papel. A Prefeitura publicou em edição do Diário Oficial da Cidade edital para contratação de projetos executivos para “esticar” a via por 8 quilômetros. O novo trecho, previsto para ser construído às margens dos Rios Pinheiros e Jurubatuba, vai da Avenida Guido Caloi, na altura da Ponte João Dias, até a Ponte Vitorino Goulart, em Interlagos. A previsão da gestão municipal é de que as propostas sejam abertas no dia 3 de outubro e, após contratados, os projetos sejam finalizados em até sete meses.

A Prefeitura planeja investir cerca de R$ 8 milhões nos estudos de prolongamento da via. Estima-se que mais de 1,3 milhão de pessoas se beneficiem com o projeto. Ainda não há, porém, previsão para início das obras ou de quanto deve ser gasto na execução. “O tempo gasto pelos motoristas entre a Ponte Transamérica e a Avenida Guido Caloi, até a região de Interlagos, diminuirá expressivamente. O trajeto que é feito por dentro dos bairros de Jurubatuba, Santo Amaro, Jardim São Luís e Socorro passará a ser feito pela nova via”, disse em nota oficial.

Além do prolongamento da Marginal do Pinheiros, ao longo do novo sistema viário também deve ser implementado um parque linear. O espaço, informou a gestão municipal, contará com nova vegetação, passeios públicos, áreas de descanso e contemplação. Uma ciclovia deverá ser implementada em todos os 8 quilômetros de extensão do parque.

A Prefeitura disse que o contrato a ser firmado deve contemplar ainda o desenvolvimento do projeto de uma nova ponte, ao lado da Ponte Transamérica. A construção permitirá o acesso dos carros da Avenida Guido Caloi à Marginal do Pinheiros, no sentido da Rodovia Castello Branco.

Trânsito intenso

A Marginal do Pinheiros é hoje a segunda via expressa mais importante da cidade, ligando a região de Interlagos à Rodovia Castello Branco. A via também possibilita o acesso às Rodovias dos Imigrantes e Anchieta, por meio da Avenida dos Bandeirantes.

Professor de Arquitetura e Urbanismo da FAAP, Ricardo Nascimento vê a iniciativa com bons olhos. “A população da região há muitos e muitos anos reivindica a ligação”, disse. Atualmente, ao chegar à altura da Ponte Transamérica, os motoristas têm de se deslocar de uma margem para a outra do Rio Pinheiros. Com poucas alternativas para deslocamento, as vias da região costumam ter trânsito intenso.

Hoje, motoristas ao chegar à região têm de se deslocar de uma margem para a outra do Rio Pinheiros. Foto: Werther Santana/Estadão

Projetos de prolongamento da Marginal do Pinheiros, diante disso, já foram ventilados em gestões anteriores, mas a necessidade de fazer a intervenção, explica o professor, ficou ainda maior nos últimos anos. “A região explodiu em termos imobiliários, com uma população residencial, faculdades, cooperativas”, disse, citando o avanço da região de Santo Amaro e a proximidade com polos econômicos, como a Faria Lima.

“Esse prolongamento é muito benéfico, principalmente porque também vai se enganchar com várias obras do governo do Estado, que estão requalificando um outro trecho, que vai até a Ponte do Jaguaré (no Butantã)”, completou Nascimento. “A iniciativa privada, ao mesmo tempo, tem enorme interesse em realizar investimentos na região, porque, além de beneficiar pessoas, trazem lucro.”

A percepção é parecida com a do arquiteto e consultor de mobilidade Flamínio Fichmann. “O aproveitamento dessa área é bastante interessante, porque é um espaço vazio e, se a gente olhar o tráfego, do outro lado do rio a gente vê sinais de congestionamento”, afirmou. “Então, o prolongamento vem para contribuir principalmente com o transporte individual, fazendo uma ligação da Marginal até a região de Interlagos, com o autódromo e tudo, que é bastante carente nesse sentido.”

Voltado para o coletivo

Mas Fichmann aproveita para fazer um adendo. “Seria muito interessante se pudesse destinar parte do investimento na calha viária para o transporte público, seja um BRT ou aeromóvel”, disse. Segundo ele, por mais que se tenha a Linha 9-Esmeralda passando pela região atualmente, há uma sobrecarga em horários de pico e as alternativas de ônibus são limitadas na região.

Diante disso, continuou, a possibilidade de se fazer uma reserva desse investimento no coletivo poderia levar a cidade “ganhar ainda mais”. “Pode favorecer até mesmo quem usa o transporte ferroviário (CPTM), já que você dilui o movimento nos vagões e oferece mais alternativas”, afirmou. “Com a dinamização da linha sul, que vai no eixo pelas Marginais até a região de Osasco e Carapicuíba, houve uma adesão muito grande da população. Essa linha foi uma das que maior sucesso teve com os investimentos.”

Propostas de outras gestões

A proposta de “esticar” a Marginal do Pinheiros não é novidade: em 2018, uma iniciativa integrou um projeto urbanístico proposto pela gestão João Doria (PSDB). Antes, chegou a ser anunciada em 2012 pelo ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) – a estimativa da Prefeitura na época era que o projeto custaria R$ 470 milhões. Nenhum dos planos, porém, saiu do papel.

Como ponto de partida, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) informou que vai contratar revisão, atualização e complementação de um projeto básico elaborado pela pasta há 20 anos, na gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (PT), além de providenciar o desenvolvimento do projeto executivo. Após a aprovação das propostas, as obras serão licitadas pela Prefeitura, mas ainda não há prazo para isso ser feito.

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