Metade das cidades com UTI para covid-19 em São Paulo não tem mais vagas; veja lista


53 de 105 municípios paulistas com leitos de terapia intensiva estão com 100% de ocupação, segundo Governo do Estado; 'única maneira que temos de nos proteger: isolamento social', defendeu coordenador do Centro de Contingência em coletiva

Por Priscila Mengue

Um levantamento do governo de São Paulo aponta que 53 dos 105 municípios com leitos de UTI para pacientes com covid-19 estão com 100% de ocupação nesta quinta-feira, 11. A lista inclui cidades da região metropolitana da capital paulista, como Embu das Artes, Ferraz de Vasconcelos, Mairiporã, Carapicuíba e Poá, e também do interior, como Bauru, Ibitinga, Paulínia e Batatais.

O Estado enfrenta um agravamento da pandemia, com aumento de casos e recorde de óbitos e internações. Para leitos públicos, a última atualização divulgada pelo governo apontava 1.065 pessoas na fila de espera por uma vaga de internação, das quais cerca de 35% precisam de UTI. A maior parte dos 645 municípios paulistas não têm leitos de terapia intensiva e dependem de hospitais de referência regionais.

continua após a publicidade
UTI do Hospital Municipal do M’Boi Mirim durante a pandemia Foto: Werther Santana/Estadão

O aumento de hospitalizações de pacientes jovens tem preocupado o governo. "Hoje, em muitas UTIs, 50% da ocupação já é composta por pessoas com idade menor que 50 anos, ou seja, mais jovens estão sendo comprometidos. Quando digo isso, são jovens de 26, 29, 30 anos que ali estão em estado muitas vezes grave", destacou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, durante coletiva de imprensa.

O Estado tem 9.184 internados em UTI e outros 11.692 em leitos de enfermaria. Gorinchteyn reiterou que a pandemia tem um comportamento diferente do primeiro semestre de 2020, quando era predominante a internação de idosos e pessoas com doenças que “agravavam a condição clínica”. 

continua após a publicidade

Ele voltou a dizer que a ampliação de vagas de internação não é suficiente neste momento. "Nós não podemos só ampliar leitos. Nós estamos fazendo, vamos fazer mais. Nós vamos dar assistência ao máximo que pudermos, mas todos fazem parte dessa história, todos são responsáveis para nós diminuirmos o número de mortes."

Na segunda-feira, 8, o governo havia anunciado 280 novos leitos, metade de UTI, enquanto, na semana anterior, foi divulgada a criação de 500 novas vagas, das quais 339 em terapia intensiva. Segundo o governo, o Estado tinha 3,5 mil leitos de UTI públicos antes da pandemia, número ampliado ao longo dos meses e que chegará a 9,2 mil até abril.

continua após a publicidade

Nesta quinta-feira, o governo anunciou  a instituição da "fase de emergência" no Estado, com novas restrições de atividades, com fechamento de praias, parques e escritórios, além de restrições para escolas e cultos religiosos."É de fundamental importância nós termos paciência neste momento. É muito difícil, depois de um ano, nós pedirmos paciência. Muitos deixaram de realizar os seus sonhos, tiveram o seu comércio absolutamente destruído, faliram, e nós estamos dizendo ainda 'paciência'. Mas nós temos de garantir o nosso maior patrimônio, que é a nossa vida", lamentou o secretário. "Nunca pedimos com tanto clamor: precisamos estar juntos."

Na coletiva, o governo exibiu um vídeo de UTIs lotadas em municípios paulistas, como Botucatu, Bauru, Itapecerica da Serra, Ferraz de Vasconcelos, Osasco, Piracicaba e Presidente Prudente, além da capital paulista (em distritos como Guaianazes, Vila Alpina e Ipiranga). "Faça sua parte", diz o encerramento da gravação.

Neste mês, ao menos 31 pessoas morreram à espera de um leito no Estado, das quais 11 ocorreram em Taboão da Serra e seis em Ribeirão Pires, ambos municípios da Grande São Paulo. A taxa de ocupação é de 87,6% em UTI no Estado, média que é de 86,7% na região metropolitana da capital. Em enfermaria, a ocupação é de 66,1% no Estado enquanto é de 74,2% na Grande São Paulo.

continua após a publicidade

São Paulo bateu o recorde de internações de toda a pandemia na quarta-feira, com 2.690 novas hospitalizações relacionadas à doença em um único dia. O maior registro anterior era de sexta-feira, 5, com 2.484, que já superava o recorde de 2020, de 2.201 internações, em 15 de julho. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 2.378 novas internações por dia, um aumento de 19% em relação à média da semana anterior.

Na terça-feira, 9, e na quarta-feira, 10, o Estado teve os dois maiores registros de óbitos pela doença em 24 horas, com respectivamente 517 e 469 mortes confirmadas. Em 2020, o pico foi de 455 registros em um dia, no mês de agosto. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 319 registros diários. Isso significa um aumento de 32,3% em menos de duas semanas.

João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência, reforçou o cenário preocupante que São Paulo vive. "Se isso não for cumprido nos próximos 15 dias, nós não vamos conseguir acompanhar a velocidade da pandemia colocando mais leitos. Se não conseguirmos implementar essas medidas e não conseguirmos aumentar o isolamento social, muita gente vai morrer”, comentou na coletiva.

continua após a publicidade

“Muita gente com plano de saúde, com o melhor plano de saúde. Não vai ter leito nos hospitais privados. Empreendedores de sucesso morrerão. Com muito dinheiro na conta, mas morrerão. Assim como também morrerão trabalhadores informais, pessoas da classe média, todas. Não vai ter leito para todo mundo. E os médicos vão ter que optar por quem vai ocupar esses leitos”, completou.

“Então, é fundamental que a gente receba todas as recomendações que temos agora. Essa é a única maneira que temos de nos proteger: isolamento social. Só sair de casa quem realmente tiver um motivo muito especial para sair. E, se sair, se proteja ao máximo e pelo mínimo de tempo possível. Não teremos milagres, não teremos soluções que possam ser implementadas nem por governo, nem ninguém. Nós não temos vacina para todo mundo, infelizmente."

 

Um levantamento do governo de São Paulo aponta que 53 dos 105 municípios com leitos de UTI para pacientes com covid-19 estão com 100% de ocupação nesta quinta-feira, 11. A lista inclui cidades da região metropolitana da capital paulista, como Embu das Artes, Ferraz de Vasconcelos, Mairiporã, Carapicuíba e Poá, e também do interior, como Bauru, Ibitinga, Paulínia e Batatais.

O Estado enfrenta um agravamento da pandemia, com aumento de casos e recorde de óbitos e internações. Para leitos públicos, a última atualização divulgada pelo governo apontava 1.065 pessoas na fila de espera por uma vaga de internação, das quais cerca de 35% precisam de UTI. A maior parte dos 645 municípios paulistas não têm leitos de terapia intensiva e dependem de hospitais de referência regionais.

UTI do Hospital Municipal do M’Boi Mirim durante a pandemia Foto: Werther Santana/Estadão

O aumento de hospitalizações de pacientes jovens tem preocupado o governo. "Hoje, em muitas UTIs, 50% da ocupação já é composta por pessoas com idade menor que 50 anos, ou seja, mais jovens estão sendo comprometidos. Quando digo isso, são jovens de 26, 29, 30 anos que ali estão em estado muitas vezes grave", destacou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, durante coletiva de imprensa.

O Estado tem 9.184 internados em UTI e outros 11.692 em leitos de enfermaria. Gorinchteyn reiterou que a pandemia tem um comportamento diferente do primeiro semestre de 2020, quando era predominante a internação de idosos e pessoas com doenças que “agravavam a condição clínica”. 

Ele voltou a dizer que a ampliação de vagas de internação não é suficiente neste momento. "Nós não podemos só ampliar leitos. Nós estamos fazendo, vamos fazer mais. Nós vamos dar assistência ao máximo que pudermos, mas todos fazem parte dessa história, todos são responsáveis para nós diminuirmos o número de mortes."

Na segunda-feira, 8, o governo havia anunciado 280 novos leitos, metade de UTI, enquanto, na semana anterior, foi divulgada a criação de 500 novas vagas, das quais 339 em terapia intensiva. Segundo o governo, o Estado tinha 3,5 mil leitos de UTI públicos antes da pandemia, número ampliado ao longo dos meses e que chegará a 9,2 mil até abril.

Nesta quinta-feira, o governo anunciou  a instituição da "fase de emergência" no Estado, com novas restrições de atividades, com fechamento de praias, parques e escritórios, além de restrições para escolas e cultos religiosos."É de fundamental importância nós termos paciência neste momento. É muito difícil, depois de um ano, nós pedirmos paciência. Muitos deixaram de realizar os seus sonhos, tiveram o seu comércio absolutamente destruído, faliram, e nós estamos dizendo ainda 'paciência'. Mas nós temos de garantir o nosso maior patrimônio, que é a nossa vida", lamentou o secretário. "Nunca pedimos com tanto clamor: precisamos estar juntos."

Na coletiva, o governo exibiu um vídeo de UTIs lotadas em municípios paulistas, como Botucatu, Bauru, Itapecerica da Serra, Ferraz de Vasconcelos, Osasco, Piracicaba e Presidente Prudente, além da capital paulista (em distritos como Guaianazes, Vila Alpina e Ipiranga). "Faça sua parte", diz o encerramento da gravação.

Neste mês, ao menos 31 pessoas morreram à espera de um leito no Estado, das quais 11 ocorreram em Taboão da Serra e seis em Ribeirão Pires, ambos municípios da Grande São Paulo. A taxa de ocupação é de 87,6% em UTI no Estado, média que é de 86,7% na região metropolitana da capital. Em enfermaria, a ocupação é de 66,1% no Estado enquanto é de 74,2% na Grande São Paulo.

São Paulo bateu o recorde de internações de toda a pandemia na quarta-feira, com 2.690 novas hospitalizações relacionadas à doença em um único dia. O maior registro anterior era de sexta-feira, 5, com 2.484, que já superava o recorde de 2020, de 2.201 internações, em 15 de julho. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 2.378 novas internações por dia, um aumento de 19% em relação à média da semana anterior.

Na terça-feira, 9, e na quarta-feira, 10, o Estado teve os dois maiores registros de óbitos pela doença em 24 horas, com respectivamente 517 e 469 mortes confirmadas. Em 2020, o pico foi de 455 registros em um dia, no mês de agosto. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 319 registros diários. Isso significa um aumento de 32,3% em menos de duas semanas.

João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência, reforçou o cenário preocupante que São Paulo vive. "Se isso não for cumprido nos próximos 15 dias, nós não vamos conseguir acompanhar a velocidade da pandemia colocando mais leitos. Se não conseguirmos implementar essas medidas e não conseguirmos aumentar o isolamento social, muita gente vai morrer”, comentou na coletiva.

“Muita gente com plano de saúde, com o melhor plano de saúde. Não vai ter leito nos hospitais privados. Empreendedores de sucesso morrerão. Com muito dinheiro na conta, mas morrerão. Assim como também morrerão trabalhadores informais, pessoas da classe média, todas. Não vai ter leito para todo mundo. E os médicos vão ter que optar por quem vai ocupar esses leitos”, completou.

“Então, é fundamental que a gente receba todas as recomendações que temos agora. Essa é a única maneira que temos de nos proteger: isolamento social. Só sair de casa quem realmente tiver um motivo muito especial para sair. E, se sair, se proteja ao máximo e pelo mínimo de tempo possível. Não teremos milagres, não teremos soluções que possam ser implementadas nem por governo, nem ninguém. Nós não temos vacina para todo mundo, infelizmente."

 

Um levantamento do governo de São Paulo aponta que 53 dos 105 municípios com leitos de UTI para pacientes com covid-19 estão com 100% de ocupação nesta quinta-feira, 11. A lista inclui cidades da região metropolitana da capital paulista, como Embu das Artes, Ferraz de Vasconcelos, Mairiporã, Carapicuíba e Poá, e também do interior, como Bauru, Ibitinga, Paulínia e Batatais.

O Estado enfrenta um agravamento da pandemia, com aumento de casos e recorde de óbitos e internações. Para leitos públicos, a última atualização divulgada pelo governo apontava 1.065 pessoas na fila de espera por uma vaga de internação, das quais cerca de 35% precisam de UTI. A maior parte dos 645 municípios paulistas não têm leitos de terapia intensiva e dependem de hospitais de referência regionais.

UTI do Hospital Municipal do M’Boi Mirim durante a pandemia Foto: Werther Santana/Estadão

O aumento de hospitalizações de pacientes jovens tem preocupado o governo. "Hoje, em muitas UTIs, 50% da ocupação já é composta por pessoas com idade menor que 50 anos, ou seja, mais jovens estão sendo comprometidos. Quando digo isso, são jovens de 26, 29, 30 anos que ali estão em estado muitas vezes grave", destacou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, durante coletiva de imprensa.

O Estado tem 9.184 internados em UTI e outros 11.692 em leitos de enfermaria. Gorinchteyn reiterou que a pandemia tem um comportamento diferente do primeiro semestre de 2020, quando era predominante a internação de idosos e pessoas com doenças que “agravavam a condição clínica”. 

Ele voltou a dizer que a ampliação de vagas de internação não é suficiente neste momento. "Nós não podemos só ampliar leitos. Nós estamos fazendo, vamos fazer mais. Nós vamos dar assistência ao máximo que pudermos, mas todos fazem parte dessa história, todos são responsáveis para nós diminuirmos o número de mortes."

Na segunda-feira, 8, o governo havia anunciado 280 novos leitos, metade de UTI, enquanto, na semana anterior, foi divulgada a criação de 500 novas vagas, das quais 339 em terapia intensiva. Segundo o governo, o Estado tinha 3,5 mil leitos de UTI públicos antes da pandemia, número ampliado ao longo dos meses e que chegará a 9,2 mil até abril.

Nesta quinta-feira, o governo anunciou  a instituição da "fase de emergência" no Estado, com novas restrições de atividades, com fechamento de praias, parques e escritórios, além de restrições para escolas e cultos religiosos."É de fundamental importância nós termos paciência neste momento. É muito difícil, depois de um ano, nós pedirmos paciência. Muitos deixaram de realizar os seus sonhos, tiveram o seu comércio absolutamente destruído, faliram, e nós estamos dizendo ainda 'paciência'. Mas nós temos de garantir o nosso maior patrimônio, que é a nossa vida", lamentou o secretário. "Nunca pedimos com tanto clamor: precisamos estar juntos."

Na coletiva, o governo exibiu um vídeo de UTIs lotadas em municípios paulistas, como Botucatu, Bauru, Itapecerica da Serra, Ferraz de Vasconcelos, Osasco, Piracicaba e Presidente Prudente, além da capital paulista (em distritos como Guaianazes, Vila Alpina e Ipiranga). "Faça sua parte", diz o encerramento da gravação.

Neste mês, ao menos 31 pessoas morreram à espera de um leito no Estado, das quais 11 ocorreram em Taboão da Serra e seis em Ribeirão Pires, ambos municípios da Grande São Paulo. A taxa de ocupação é de 87,6% em UTI no Estado, média que é de 86,7% na região metropolitana da capital. Em enfermaria, a ocupação é de 66,1% no Estado enquanto é de 74,2% na Grande São Paulo.

São Paulo bateu o recorde de internações de toda a pandemia na quarta-feira, com 2.690 novas hospitalizações relacionadas à doença em um único dia. O maior registro anterior era de sexta-feira, 5, com 2.484, que já superava o recorde de 2020, de 2.201 internações, em 15 de julho. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 2.378 novas internações por dia, um aumento de 19% em relação à média da semana anterior.

Na terça-feira, 9, e na quarta-feira, 10, o Estado teve os dois maiores registros de óbitos pela doença em 24 horas, com respectivamente 517 e 469 mortes confirmadas. Em 2020, o pico foi de 455 registros em um dia, no mês de agosto. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 319 registros diários. Isso significa um aumento de 32,3% em menos de duas semanas.

João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência, reforçou o cenário preocupante que São Paulo vive. "Se isso não for cumprido nos próximos 15 dias, nós não vamos conseguir acompanhar a velocidade da pandemia colocando mais leitos. Se não conseguirmos implementar essas medidas e não conseguirmos aumentar o isolamento social, muita gente vai morrer”, comentou na coletiva.

“Muita gente com plano de saúde, com o melhor plano de saúde. Não vai ter leito nos hospitais privados. Empreendedores de sucesso morrerão. Com muito dinheiro na conta, mas morrerão. Assim como também morrerão trabalhadores informais, pessoas da classe média, todas. Não vai ter leito para todo mundo. E os médicos vão ter que optar por quem vai ocupar esses leitos”, completou.

“Então, é fundamental que a gente receba todas as recomendações que temos agora. Essa é a única maneira que temos de nos proteger: isolamento social. Só sair de casa quem realmente tiver um motivo muito especial para sair. E, se sair, se proteja ao máximo e pelo mínimo de tempo possível. Não teremos milagres, não teremos soluções que possam ser implementadas nem por governo, nem ninguém. Nós não temos vacina para todo mundo, infelizmente."

 

Um levantamento do governo de São Paulo aponta que 53 dos 105 municípios com leitos de UTI para pacientes com covid-19 estão com 100% de ocupação nesta quinta-feira, 11. A lista inclui cidades da região metropolitana da capital paulista, como Embu das Artes, Ferraz de Vasconcelos, Mairiporã, Carapicuíba e Poá, e também do interior, como Bauru, Ibitinga, Paulínia e Batatais.

O Estado enfrenta um agravamento da pandemia, com aumento de casos e recorde de óbitos e internações. Para leitos públicos, a última atualização divulgada pelo governo apontava 1.065 pessoas na fila de espera por uma vaga de internação, das quais cerca de 35% precisam de UTI. A maior parte dos 645 municípios paulistas não têm leitos de terapia intensiva e dependem de hospitais de referência regionais.

UTI do Hospital Municipal do M’Boi Mirim durante a pandemia Foto: Werther Santana/Estadão

O aumento de hospitalizações de pacientes jovens tem preocupado o governo. "Hoje, em muitas UTIs, 50% da ocupação já é composta por pessoas com idade menor que 50 anos, ou seja, mais jovens estão sendo comprometidos. Quando digo isso, são jovens de 26, 29, 30 anos que ali estão em estado muitas vezes grave", destacou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, durante coletiva de imprensa.

O Estado tem 9.184 internados em UTI e outros 11.692 em leitos de enfermaria. Gorinchteyn reiterou que a pandemia tem um comportamento diferente do primeiro semestre de 2020, quando era predominante a internação de idosos e pessoas com doenças que “agravavam a condição clínica”. 

Ele voltou a dizer que a ampliação de vagas de internação não é suficiente neste momento. "Nós não podemos só ampliar leitos. Nós estamos fazendo, vamos fazer mais. Nós vamos dar assistência ao máximo que pudermos, mas todos fazem parte dessa história, todos são responsáveis para nós diminuirmos o número de mortes."

Na segunda-feira, 8, o governo havia anunciado 280 novos leitos, metade de UTI, enquanto, na semana anterior, foi divulgada a criação de 500 novas vagas, das quais 339 em terapia intensiva. Segundo o governo, o Estado tinha 3,5 mil leitos de UTI públicos antes da pandemia, número ampliado ao longo dos meses e que chegará a 9,2 mil até abril.

Nesta quinta-feira, o governo anunciou  a instituição da "fase de emergência" no Estado, com novas restrições de atividades, com fechamento de praias, parques e escritórios, além de restrições para escolas e cultos religiosos."É de fundamental importância nós termos paciência neste momento. É muito difícil, depois de um ano, nós pedirmos paciência. Muitos deixaram de realizar os seus sonhos, tiveram o seu comércio absolutamente destruído, faliram, e nós estamos dizendo ainda 'paciência'. Mas nós temos de garantir o nosso maior patrimônio, que é a nossa vida", lamentou o secretário. "Nunca pedimos com tanto clamor: precisamos estar juntos."

Na coletiva, o governo exibiu um vídeo de UTIs lotadas em municípios paulistas, como Botucatu, Bauru, Itapecerica da Serra, Ferraz de Vasconcelos, Osasco, Piracicaba e Presidente Prudente, além da capital paulista (em distritos como Guaianazes, Vila Alpina e Ipiranga). "Faça sua parte", diz o encerramento da gravação.

Neste mês, ao menos 31 pessoas morreram à espera de um leito no Estado, das quais 11 ocorreram em Taboão da Serra e seis em Ribeirão Pires, ambos municípios da Grande São Paulo. A taxa de ocupação é de 87,6% em UTI no Estado, média que é de 86,7% na região metropolitana da capital. Em enfermaria, a ocupação é de 66,1% no Estado enquanto é de 74,2% na Grande São Paulo.

São Paulo bateu o recorde de internações de toda a pandemia na quarta-feira, com 2.690 novas hospitalizações relacionadas à doença em um único dia. O maior registro anterior era de sexta-feira, 5, com 2.484, que já superava o recorde de 2020, de 2.201 internações, em 15 de julho. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 2.378 novas internações por dia, um aumento de 19% em relação à média da semana anterior.

Na terça-feira, 9, e na quarta-feira, 10, o Estado teve os dois maiores registros de óbitos pela doença em 24 horas, com respectivamente 517 e 469 mortes confirmadas. Em 2020, o pico foi de 455 registros em um dia, no mês de agosto. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 319 registros diários. Isso significa um aumento de 32,3% em menos de duas semanas.

João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência, reforçou o cenário preocupante que São Paulo vive. "Se isso não for cumprido nos próximos 15 dias, nós não vamos conseguir acompanhar a velocidade da pandemia colocando mais leitos. Se não conseguirmos implementar essas medidas e não conseguirmos aumentar o isolamento social, muita gente vai morrer”, comentou na coletiva.

“Muita gente com plano de saúde, com o melhor plano de saúde. Não vai ter leito nos hospitais privados. Empreendedores de sucesso morrerão. Com muito dinheiro na conta, mas morrerão. Assim como também morrerão trabalhadores informais, pessoas da classe média, todas. Não vai ter leito para todo mundo. E os médicos vão ter que optar por quem vai ocupar esses leitos”, completou.

“Então, é fundamental que a gente receba todas as recomendações que temos agora. Essa é a única maneira que temos de nos proteger: isolamento social. Só sair de casa quem realmente tiver um motivo muito especial para sair. E, se sair, se proteja ao máximo e pelo mínimo de tempo possível. Não teremos milagres, não teremos soluções que possam ser implementadas nem por governo, nem ninguém. Nós não temos vacina para todo mundo, infelizmente."

 

Um levantamento do governo de São Paulo aponta que 53 dos 105 municípios com leitos de UTI para pacientes com covid-19 estão com 100% de ocupação nesta quinta-feira, 11. A lista inclui cidades da região metropolitana da capital paulista, como Embu das Artes, Ferraz de Vasconcelos, Mairiporã, Carapicuíba e Poá, e também do interior, como Bauru, Ibitinga, Paulínia e Batatais.

O Estado enfrenta um agravamento da pandemia, com aumento de casos e recorde de óbitos e internações. Para leitos públicos, a última atualização divulgada pelo governo apontava 1.065 pessoas na fila de espera por uma vaga de internação, das quais cerca de 35% precisam de UTI. A maior parte dos 645 municípios paulistas não têm leitos de terapia intensiva e dependem de hospitais de referência regionais.

UTI do Hospital Municipal do M’Boi Mirim durante a pandemia Foto: Werther Santana/Estadão

O aumento de hospitalizações de pacientes jovens tem preocupado o governo. "Hoje, em muitas UTIs, 50% da ocupação já é composta por pessoas com idade menor que 50 anos, ou seja, mais jovens estão sendo comprometidos. Quando digo isso, são jovens de 26, 29, 30 anos que ali estão em estado muitas vezes grave", destacou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, durante coletiva de imprensa.

O Estado tem 9.184 internados em UTI e outros 11.692 em leitos de enfermaria. Gorinchteyn reiterou que a pandemia tem um comportamento diferente do primeiro semestre de 2020, quando era predominante a internação de idosos e pessoas com doenças que “agravavam a condição clínica”. 

Ele voltou a dizer que a ampliação de vagas de internação não é suficiente neste momento. "Nós não podemos só ampliar leitos. Nós estamos fazendo, vamos fazer mais. Nós vamos dar assistência ao máximo que pudermos, mas todos fazem parte dessa história, todos são responsáveis para nós diminuirmos o número de mortes."

Na segunda-feira, 8, o governo havia anunciado 280 novos leitos, metade de UTI, enquanto, na semana anterior, foi divulgada a criação de 500 novas vagas, das quais 339 em terapia intensiva. Segundo o governo, o Estado tinha 3,5 mil leitos de UTI públicos antes da pandemia, número ampliado ao longo dos meses e que chegará a 9,2 mil até abril.

Nesta quinta-feira, o governo anunciou  a instituição da "fase de emergência" no Estado, com novas restrições de atividades, com fechamento de praias, parques e escritórios, além de restrições para escolas e cultos religiosos."É de fundamental importância nós termos paciência neste momento. É muito difícil, depois de um ano, nós pedirmos paciência. Muitos deixaram de realizar os seus sonhos, tiveram o seu comércio absolutamente destruído, faliram, e nós estamos dizendo ainda 'paciência'. Mas nós temos de garantir o nosso maior patrimônio, que é a nossa vida", lamentou o secretário. "Nunca pedimos com tanto clamor: precisamos estar juntos."

Na coletiva, o governo exibiu um vídeo de UTIs lotadas em municípios paulistas, como Botucatu, Bauru, Itapecerica da Serra, Ferraz de Vasconcelos, Osasco, Piracicaba e Presidente Prudente, além da capital paulista (em distritos como Guaianazes, Vila Alpina e Ipiranga). "Faça sua parte", diz o encerramento da gravação.

Neste mês, ao menos 31 pessoas morreram à espera de um leito no Estado, das quais 11 ocorreram em Taboão da Serra e seis em Ribeirão Pires, ambos municípios da Grande São Paulo. A taxa de ocupação é de 87,6% em UTI no Estado, média que é de 86,7% na região metropolitana da capital. Em enfermaria, a ocupação é de 66,1% no Estado enquanto é de 74,2% na Grande São Paulo.

São Paulo bateu o recorde de internações de toda a pandemia na quarta-feira, com 2.690 novas hospitalizações relacionadas à doença em um único dia. O maior registro anterior era de sexta-feira, 5, com 2.484, que já superava o recorde de 2020, de 2.201 internações, em 15 de julho. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 2.378 novas internações por dia, um aumento de 19% em relação à média da semana anterior.

Na terça-feira, 9, e na quarta-feira, 10, o Estado teve os dois maiores registros de óbitos pela doença em 24 horas, com respectivamente 517 e 469 mortes confirmadas. Em 2020, o pico foi de 455 registros em um dia, no mês de agosto. A média móvel também é a maior de toda a pandemia, com 319 registros diários. Isso significa um aumento de 32,3% em menos de duas semanas.

João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência, reforçou o cenário preocupante que São Paulo vive. "Se isso não for cumprido nos próximos 15 dias, nós não vamos conseguir acompanhar a velocidade da pandemia colocando mais leitos. Se não conseguirmos implementar essas medidas e não conseguirmos aumentar o isolamento social, muita gente vai morrer”, comentou na coletiva.

“Muita gente com plano de saúde, com o melhor plano de saúde. Não vai ter leito nos hospitais privados. Empreendedores de sucesso morrerão. Com muito dinheiro na conta, mas morrerão. Assim como também morrerão trabalhadores informais, pessoas da classe média, todas. Não vai ter leito para todo mundo. E os médicos vão ter que optar por quem vai ocupar esses leitos”, completou.

“Então, é fundamental que a gente receba todas as recomendações que temos agora. Essa é a única maneira que temos de nos proteger: isolamento social. Só sair de casa quem realmente tiver um motivo muito especial para sair. E, se sair, se proteja ao máximo e pelo mínimo de tempo possível. Não teremos milagres, não teremos soluções que possam ser implementadas nem por governo, nem ninguém. Nós não temos vacina para todo mundo, infelizmente."

 

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.