Moradores e comerciantes sofrem com apagão em SP: ‘É um prejuízo que não sei nem calcular’


Temporal levou caos à cidade, provocando queda de árvores, falhas em semáforos e fechamento de estabelecimentos comerciais

Por Weslley Galzo e Isabela Moya
Atualização:

Com mais de 1,3 milhão de endereços ainda sem energia na tarde deste sábado, 12, após o temporal que atingiu São Paulo na última sexta-feira, 11, moradores e comerciantes têm acumulado prejuízos e buscam alternativas para enfrentar o caos provocado pela queda de árvores, falhas em semáforos e interrupção de outros serviços.

Tempestade derruba árvore sobre carros na Rua Catão no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo. Foto: Werther Santana/Estadão

No Itaim Bibi, na zona oeste, restaurantes e outros comércios passaram a manhã e a tarde de sábado sem energia. Enquanto alguns locais fecharam as portas, outros optaram por abrir, na esperança de a energia ser restabelecida, apesar de não conseguirem atender os clientes.

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Foi o caso do Bar Oliveira, na esquina entre as ruas João Cachoeira com a Pedroso Alvarenga. “Tem almoço aí?”, pergunta um cliente, para o gerente Claudio Bispo, que responde: “Mais ou menos, depende do que seja”. Além de perder clientes, por estar sem funcionar desde às 22 horas de sexta-feira, ele relata a perda de mercadorias.

“Provavelmente teremos de descartar vários produtos, como carnes. O freezer de sorvete está perdido. É um prejuízo que não sei nem calcular. E bastante perda de clientes, tivemos de fechar às 22 horas, que é quando o movimento começa. Geralmente fechamos às 2 horas da manhã”, conta.

Ao ligar para a Enel, os comerciantes relatam terem recebido diversas previsões de restabelecimento da energia, que não foram cumpridas.

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Semáforo desligado no cruzamento das avenidas Rebouças e Henrique Schaumann, na zona oeste; cidade teve trânsito prejudicado durante o feriado. Foto: Werther Santana/Estadão

Situação semelhante relata João de Souza, gerente da My Baker, que está sem energia desde sexta-feira, antes das 20 horas. “Feriado é um dos dias que mais vende, fora a perda de produtos. Temos pães artesanais que perderam a fermentação, tivemos de chamar um caminhão para levar os pães para outro lugar”, diz o comerciante, que aguarda, junto aos demais funcionários, o retorno da energia.

“Não tem como fazer nada. Faturamento zero, só prejuízo. E tem que pagar os funcionários 100%”, completa.

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No Alto da Boa Vista, na zona sul, os moradores montaram uma rede de solidariedade, conta o vice-presidente da Associação de Amigos do bairro, Guilherme Rodrigues Alves. Os vizinhos se dispõem a carregar celulares e compartilhar o wi-fi de áreas que não foram atingidas, além de cortar ou mover madeira de casas e ruas atingidas.

“Estamos sofrendo uma mudança climática que tem cada vez mais eventos extremos, mas as árvores são importantes e precisamos cuidar delas. É preciso um programa de saneamento para entender qual é o estado da árvore”, afirma Rodrigues Alves. “Tem que tentar resolver para que a gente conviva (com as árvores), porque a gente precisa delas”, disse.

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Como revelou o Estadão, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) intimou a Enel, concessionária responsável pelo abastecimento energético de São Paulo, para que apresente justificativas e proposta de adequação imediata do serviço diante dos apagões e ocorrências. Caso a Enel “não apresente solução satisfatória e imediata da prestação do serviço”, a agência vai instaurar “processo de recomendação da caducidade da concessão junto ao MME (Ministério de Minas e Energia)”.

Durante coletiva de imprensa na manhã deste sábado, a Enel não estipulou prazo para retomar totalmente o fornecimento de energia na capital e na região metropolitana de São Paulo. Cerca de 1,35 milhão de imóveis estão sem energia, o que representa aproximadamente 17% dos usuários.

Segundo a Enel, os bairros mais afetados na capital são Jardim São Luís, Pedreira, Campo Limpo, Jabaquara, Santo Amaro, Vila Andrade e Ipiranga, na zona sul, Pinheiros, na zona oeste. Um dos principais danos identificados foi em uma rede de alta tensão na região oeste, atingida por uma árvore de grande porte. Semáforos deixaram de funcionar, prejudicando o trânsito na cidade.

Com mais de 1,3 milhão de endereços ainda sem energia na tarde deste sábado, 12, após o temporal que atingiu São Paulo na última sexta-feira, 11, moradores e comerciantes têm acumulado prejuízos e buscam alternativas para enfrentar o caos provocado pela queda de árvores, falhas em semáforos e interrupção de outros serviços.

Tempestade derruba árvore sobre carros na Rua Catão no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo. Foto: Werther Santana/Estadão

No Itaim Bibi, na zona oeste, restaurantes e outros comércios passaram a manhã e a tarde de sábado sem energia. Enquanto alguns locais fecharam as portas, outros optaram por abrir, na esperança de a energia ser restabelecida, apesar de não conseguirem atender os clientes.

Foi o caso do Bar Oliveira, na esquina entre as ruas João Cachoeira com a Pedroso Alvarenga. “Tem almoço aí?”, pergunta um cliente, para o gerente Claudio Bispo, que responde: “Mais ou menos, depende do que seja”. Além de perder clientes, por estar sem funcionar desde às 22 horas de sexta-feira, ele relata a perda de mercadorias.

“Provavelmente teremos de descartar vários produtos, como carnes. O freezer de sorvete está perdido. É um prejuízo que não sei nem calcular. E bastante perda de clientes, tivemos de fechar às 22 horas, que é quando o movimento começa. Geralmente fechamos às 2 horas da manhã”, conta.

Ao ligar para a Enel, os comerciantes relatam terem recebido diversas previsões de restabelecimento da energia, que não foram cumpridas.

Semáforo desligado no cruzamento das avenidas Rebouças e Henrique Schaumann, na zona oeste; cidade teve trânsito prejudicado durante o feriado. Foto: Werther Santana/Estadão

Situação semelhante relata João de Souza, gerente da My Baker, que está sem energia desde sexta-feira, antes das 20 horas. “Feriado é um dos dias que mais vende, fora a perda de produtos. Temos pães artesanais que perderam a fermentação, tivemos de chamar um caminhão para levar os pães para outro lugar”, diz o comerciante, que aguarda, junto aos demais funcionários, o retorno da energia.

“Não tem como fazer nada. Faturamento zero, só prejuízo. E tem que pagar os funcionários 100%”, completa.

No Alto da Boa Vista, na zona sul, os moradores montaram uma rede de solidariedade, conta o vice-presidente da Associação de Amigos do bairro, Guilherme Rodrigues Alves. Os vizinhos se dispõem a carregar celulares e compartilhar o wi-fi de áreas que não foram atingidas, além de cortar ou mover madeira de casas e ruas atingidas.

“Estamos sofrendo uma mudança climática que tem cada vez mais eventos extremos, mas as árvores são importantes e precisamos cuidar delas. É preciso um programa de saneamento para entender qual é o estado da árvore”, afirma Rodrigues Alves. “Tem que tentar resolver para que a gente conviva (com as árvores), porque a gente precisa delas”, disse.

Como revelou o Estadão, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) intimou a Enel, concessionária responsável pelo abastecimento energético de São Paulo, para que apresente justificativas e proposta de adequação imediata do serviço diante dos apagões e ocorrências. Caso a Enel “não apresente solução satisfatória e imediata da prestação do serviço”, a agência vai instaurar “processo de recomendação da caducidade da concessão junto ao MME (Ministério de Minas e Energia)”.

Durante coletiva de imprensa na manhã deste sábado, a Enel não estipulou prazo para retomar totalmente o fornecimento de energia na capital e na região metropolitana de São Paulo. Cerca de 1,35 milhão de imóveis estão sem energia, o que representa aproximadamente 17% dos usuários.

Segundo a Enel, os bairros mais afetados na capital são Jardim São Luís, Pedreira, Campo Limpo, Jabaquara, Santo Amaro, Vila Andrade e Ipiranga, na zona sul, Pinheiros, na zona oeste. Um dos principais danos identificados foi em uma rede de alta tensão na região oeste, atingida por uma árvore de grande porte. Semáforos deixaram de funcionar, prejudicando o trânsito na cidade.

Com mais de 1,3 milhão de endereços ainda sem energia na tarde deste sábado, 12, após o temporal que atingiu São Paulo na última sexta-feira, 11, moradores e comerciantes têm acumulado prejuízos e buscam alternativas para enfrentar o caos provocado pela queda de árvores, falhas em semáforos e interrupção de outros serviços.

Tempestade derruba árvore sobre carros na Rua Catão no bairro da Lapa, zona oeste de São Paulo. Foto: Werther Santana/Estadão

No Itaim Bibi, na zona oeste, restaurantes e outros comércios passaram a manhã e a tarde de sábado sem energia. Enquanto alguns locais fecharam as portas, outros optaram por abrir, na esperança de a energia ser restabelecida, apesar de não conseguirem atender os clientes.

Foi o caso do Bar Oliveira, na esquina entre as ruas João Cachoeira com a Pedroso Alvarenga. “Tem almoço aí?”, pergunta um cliente, para o gerente Claudio Bispo, que responde: “Mais ou menos, depende do que seja”. Além de perder clientes, por estar sem funcionar desde às 22 horas de sexta-feira, ele relata a perda de mercadorias.

“Provavelmente teremos de descartar vários produtos, como carnes. O freezer de sorvete está perdido. É um prejuízo que não sei nem calcular. E bastante perda de clientes, tivemos de fechar às 22 horas, que é quando o movimento começa. Geralmente fechamos às 2 horas da manhã”, conta.

Ao ligar para a Enel, os comerciantes relatam terem recebido diversas previsões de restabelecimento da energia, que não foram cumpridas.

Semáforo desligado no cruzamento das avenidas Rebouças e Henrique Schaumann, na zona oeste; cidade teve trânsito prejudicado durante o feriado. Foto: Werther Santana/Estadão

Situação semelhante relata João de Souza, gerente da My Baker, que está sem energia desde sexta-feira, antes das 20 horas. “Feriado é um dos dias que mais vende, fora a perda de produtos. Temos pães artesanais que perderam a fermentação, tivemos de chamar um caminhão para levar os pães para outro lugar”, diz o comerciante, que aguarda, junto aos demais funcionários, o retorno da energia.

“Não tem como fazer nada. Faturamento zero, só prejuízo. E tem que pagar os funcionários 100%”, completa.

No Alto da Boa Vista, na zona sul, os moradores montaram uma rede de solidariedade, conta o vice-presidente da Associação de Amigos do bairro, Guilherme Rodrigues Alves. Os vizinhos se dispõem a carregar celulares e compartilhar o wi-fi de áreas que não foram atingidas, além de cortar ou mover madeira de casas e ruas atingidas.

“Estamos sofrendo uma mudança climática que tem cada vez mais eventos extremos, mas as árvores são importantes e precisamos cuidar delas. É preciso um programa de saneamento para entender qual é o estado da árvore”, afirma Rodrigues Alves. “Tem que tentar resolver para que a gente conviva (com as árvores), porque a gente precisa delas”, disse.

Como revelou o Estadão, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) intimou a Enel, concessionária responsável pelo abastecimento energético de São Paulo, para que apresente justificativas e proposta de adequação imediata do serviço diante dos apagões e ocorrências. Caso a Enel “não apresente solução satisfatória e imediata da prestação do serviço”, a agência vai instaurar “processo de recomendação da caducidade da concessão junto ao MME (Ministério de Minas e Energia)”.

Durante coletiva de imprensa na manhã deste sábado, a Enel não estipulou prazo para retomar totalmente o fornecimento de energia na capital e na região metropolitana de São Paulo. Cerca de 1,35 milhão de imóveis estão sem energia, o que representa aproximadamente 17% dos usuários.

Segundo a Enel, os bairros mais afetados na capital são Jardim São Luís, Pedreira, Campo Limpo, Jabaquara, Santo Amaro, Vila Andrade e Ipiranga, na zona sul, Pinheiros, na zona oeste. Um dos principais danos identificados foi em uma rede de alta tensão na região oeste, atingida por uma árvore de grande porte. Semáforos deixaram de funcionar, prejudicando o trânsito na cidade.

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