Moradores ficam divididos sobre construção de arranha-céus no Tatuapé


Enquanto parte usa adjetivos como 'horrível', 'cafona' e 'desnecessário', outra diz que resultado será 'maravilhoso', 'magnífico' e 'top'; maior edifício e mais alto residencial da cidade estão em obras no distrito da zona leste

Por Priscila Mengue

A construção de arranha-céus no Tatuapé é tema frequente nas ruas e nas redes sociais de moradores do distrito, que estão divididos. Enquanto parte usa adjetivos como "horrível", "cafona", "desnecessário" e "esquisito", a outra comenta com "maravilhoso”, "magnífico" e "top". Entre as construções em andamento, estão dos futuros maior prédio e mais alto residencial de São Paulo.

Os mais saudosistas lembram de décadas passadas em que a região praticamente não tinha construções verticais. Outros brincam com a situação, dizem que a sombra chegará até outros distritos da zona leste e fazem comparações com Balneário Camboriú, cidade catarinense que concentra os maiores arranha-céus do País, inclusive o recordista nacional, com 280 metros de altura (o mundial fica em Dubai, com 829m).

Edifício Platina, no Tatuapé, terá 50 andares Foto: Taba Benedicto/ Estadão
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Morador do distrito, o urbanista Lucas Chiconi é crítico de alguns aspectos dos projetos, especialmente após um dos empreendimentos do Eixo Platina demolir um terço de uma antiga vila. "Era um dos nossos referenciais mais afetivos", diz sobre o conjunto, cuja maior parte restante foi posteriormente derrubada por outro proprietário sem ligação com a incorporadora. 

Ele também lamenta que esse aumento do interesse pelo Tatuapé leve ao encarecimento do custo de vida local, o que afirma já ocorrer com a saída de moradores para bairros mais distantes. "Esse progresso é para quem? O preço das coisas está aumentando", questiona. 

Também urbanista e da região, Cirlene Mendes da Silva é mais otimista em relação aos projetos e fala do potencial para aproximar a moradia do emprego, mantendo a população da zona leste na zona leste. Ela destaca que o distrito começou a se verticalizar mais a partir dos anos 90.

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O movimento - no começo mais pronunciado no bairro Anália Franco -, ganhou reforço no comércio e serviços paulatinamente, em especial após inaugurações de shoppings. Antes disso, a chegada do metrô já havia transformado a região.

Edifício Platina 220 será o mais alto da cidade de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

"O Tatuapé sempre teve uso preponderantemente residencial. Desde a década 70/80, muita gente de outros bairros da zona leste ia ao Tatuapé pela maior oferta desses serviços e comércio", diz. "Havia prédios comerciais mais esporádicos, mas não corporativos para empresas grandes, multinacionais. Tinha escritórios com médico, dentista, advocacia. Dentro da zona leste, é o distrito com maiores condições, vai trazer outro padrão para o Tatuapé."

A construção de arranha-céus no Tatuapé é tema frequente nas ruas e nas redes sociais de moradores do distrito, que estão divididos. Enquanto parte usa adjetivos como "horrível", "cafona", "desnecessário" e "esquisito", a outra comenta com "maravilhoso”, "magnífico" e "top". Entre as construções em andamento, estão dos futuros maior prédio e mais alto residencial de São Paulo.

Os mais saudosistas lembram de décadas passadas em que a região praticamente não tinha construções verticais. Outros brincam com a situação, dizem que a sombra chegará até outros distritos da zona leste e fazem comparações com Balneário Camboriú, cidade catarinense que concentra os maiores arranha-céus do País, inclusive o recordista nacional, com 280 metros de altura (o mundial fica em Dubai, com 829m).

Edifício Platina, no Tatuapé, terá 50 andares Foto: Taba Benedicto/ Estadão

Morador do distrito, o urbanista Lucas Chiconi é crítico de alguns aspectos dos projetos, especialmente após um dos empreendimentos do Eixo Platina demolir um terço de uma antiga vila. "Era um dos nossos referenciais mais afetivos", diz sobre o conjunto, cuja maior parte restante foi posteriormente derrubada por outro proprietário sem ligação com a incorporadora. 

Ele também lamenta que esse aumento do interesse pelo Tatuapé leve ao encarecimento do custo de vida local, o que afirma já ocorrer com a saída de moradores para bairros mais distantes. "Esse progresso é para quem? O preço das coisas está aumentando", questiona. 

Também urbanista e da região, Cirlene Mendes da Silva é mais otimista em relação aos projetos e fala do potencial para aproximar a moradia do emprego, mantendo a população da zona leste na zona leste. Ela destaca que o distrito começou a se verticalizar mais a partir dos anos 90.

O movimento - no começo mais pronunciado no bairro Anália Franco -, ganhou reforço no comércio e serviços paulatinamente, em especial após inaugurações de shoppings. Antes disso, a chegada do metrô já havia transformado a região.

Edifício Platina 220 será o mais alto da cidade de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

"O Tatuapé sempre teve uso preponderantemente residencial. Desde a década 70/80, muita gente de outros bairros da zona leste ia ao Tatuapé pela maior oferta desses serviços e comércio", diz. "Havia prédios comerciais mais esporádicos, mas não corporativos para empresas grandes, multinacionais. Tinha escritórios com médico, dentista, advocacia. Dentro da zona leste, é o distrito com maiores condições, vai trazer outro padrão para o Tatuapé."

A construção de arranha-céus no Tatuapé é tema frequente nas ruas e nas redes sociais de moradores do distrito, que estão divididos. Enquanto parte usa adjetivos como "horrível", "cafona", "desnecessário" e "esquisito", a outra comenta com "maravilhoso”, "magnífico" e "top". Entre as construções em andamento, estão dos futuros maior prédio e mais alto residencial de São Paulo.

Os mais saudosistas lembram de décadas passadas em que a região praticamente não tinha construções verticais. Outros brincam com a situação, dizem que a sombra chegará até outros distritos da zona leste e fazem comparações com Balneário Camboriú, cidade catarinense que concentra os maiores arranha-céus do País, inclusive o recordista nacional, com 280 metros de altura (o mundial fica em Dubai, com 829m).

Edifício Platina, no Tatuapé, terá 50 andares Foto: Taba Benedicto/ Estadão

Morador do distrito, o urbanista Lucas Chiconi é crítico de alguns aspectos dos projetos, especialmente após um dos empreendimentos do Eixo Platina demolir um terço de uma antiga vila. "Era um dos nossos referenciais mais afetivos", diz sobre o conjunto, cuja maior parte restante foi posteriormente derrubada por outro proprietário sem ligação com a incorporadora. 

Ele também lamenta que esse aumento do interesse pelo Tatuapé leve ao encarecimento do custo de vida local, o que afirma já ocorrer com a saída de moradores para bairros mais distantes. "Esse progresso é para quem? O preço das coisas está aumentando", questiona. 

Também urbanista e da região, Cirlene Mendes da Silva é mais otimista em relação aos projetos e fala do potencial para aproximar a moradia do emprego, mantendo a população da zona leste na zona leste. Ela destaca que o distrito começou a se verticalizar mais a partir dos anos 90.

O movimento - no começo mais pronunciado no bairro Anália Franco -, ganhou reforço no comércio e serviços paulatinamente, em especial após inaugurações de shoppings. Antes disso, a chegada do metrô já havia transformado a região.

Edifício Platina 220 será o mais alto da cidade de São Paulo Foto: Taba Benedicto/Estadão

"O Tatuapé sempre teve uso preponderantemente residencial. Desde a década 70/80, muita gente de outros bairros da zona leste ia ao Tatuapé pela maior oferta desses serviços e comércio", diz. "Havia prédios comerciais mais esporádicos, mas não corporativos para empresas grandes, multinacionais. Tinha escritórios com médico, dentista, advocacia. Dentro da zona leste, é o distrito com maiores condições, vai trazer outro padrão para o Tatuapé."

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