Movimento de bares e restaurantes protesta contra medidas do governo de SP


Manifestações tomaram o centro da capital paulista nesta quarta-feira, 27, em ‘pedido de socorro’ do setor, que se vê injustiçado pelas restrições de funcionamento no Estado

Por João Ker e José Maria Tomazela

Sindicatos, associações e grupos independentes formados por donos e funcionários de bares e restaurantes ocuparam a capital paulista na manhã e tarde desta quarta-feira, 27, para protestar contra o enrijecimento das regras de quarentena impostas ao setor. “Não somos culpados”, “Nossas famílias pedem socorro” e “Queremos trabalhar” eram as principais bandeiras levantadas pelos grupos em frente ao vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), que se dividiram entre críticas aos governos estadual e federal. 

“Nós apoiamos e seguimos todos os protocolos de segurança e higiene, mas agora estamos quebrando, as famílias estão desempregadas e não temos nem financiamento das dívidas. Os empresários não aguentam mais”, afirma Joaquim Saraiva, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Ele diz que o sistema de delivery não atende nem 20% dos custos de manter um estabelecimento aberto e que os próprios consumidores denunciam locais que não seguem as regras do Estado. 

Trabalhadores do setor de bares e restaurantes protestam contra as restriçõess impostas em SP Foto: Taba Benedicto/ Estadão
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Uma das principais reclamações nos protestos é a de que o recente crescimento de casos e mortes pela covid-19 não seria culpa de bares e restaurantes, mas sim de festas clandestinas, transportes públicos superlotados e aglomerações em praias. “Não consigo entender quem associa o aumento de casos à abertura de restaurantes, se alguém me provar isso, calo a minha boca”, diz Edrey Momo, dono da Pizzaria 1900 e do Grupo da Esquina.

Na sexta-feira, 15, o governador João Doria (PSDB) voltou a definir que todo o Estado estivesse ao menos na fase laranja, enquanto a região metropolitana foi colocada na vermelha, a mais restritiva, entre as 20h e 6h durante a semana, e o dia todo aos sábados e domingos. “A praia do paulista é o shopping e o restaurante. Quando todos estavam aglomerando, nós estávamos fechados”, reclama Momo, referindo-se ao intervalo entre Natal e réveillon, quando a capital também entrou na fase vermelha do Plano São Paulo.

Ele faz parte do grupo Gastronomia Viva, com cerca de 20 pessoas que se uniram a outras cerca de 400 na esquina da Consolação com a Paulista às 9h desta manhã, levando mesas e cadeiras como uma forma de chamar a atenção da sociedade para a população. “Tem tanta gente indignada que apareceu muito mais do que esperávamos. Faltou uma liderança, mas o pleito é comum - que precisamos trabalhar”.

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Donos e funcionários de bares e restaurantes prostestam em SP Foto: Taba Benedicto/ Estadão

Dona do tradicional Bar da Dona Onça, no Edifício Copan, Janaína Rueda faz parte do grupo “Não deixe fechar a conta”, com cerca de 240 pessoas que são a favor das medidas impostas pelo governador, mas pleiteiam medidas de apoio institucionais, como parcelamento de dívidas, linhas de crédito no PRONAMP e abono de impostos como o IPTU e o ICMS sobre alimentos, especialmente a carne.

“Ninguém está sendo negacionista, nos preocupamos com a saúde pública. Mas não temos mais crédito e a única solução tem sido a falência. Nosso pleito foi de ajuda com a moratória e com crédito. As esferas estadual e federal precisam ajudar, e isso não está sendo feito. Desde o início da pandemia, nada foi oferecido”, aponta Janaína, que conta ter acumulado dívidas pelos próximos 10 anos para se manter nos últimos meses. “Mas eu sei que vou sobreviver. Agora, os desempregados de bares e restaurantes estão se tornando os novos moradores de rua. Eu trabalho no centro e sei o que estou falando, sei o tanto de gente pedindo ajuda.

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Vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de SP (SINTHORESP), Gilberto José da Silva fez coro aos participantes dos protestos ao dizer que o movimento era independente, suprapartidário e “suprassociativo”. “Nós somos pacíficos e não gostamos de baderna. Agora, não estamos de brincadeira, essas medidas humilham o povo e os trabalhadores”, afirma.

Josimar Andrade de Assis, diretor do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, também cobra que o governo estadual dê mais atenção ao setor ao “fazer sua parte e cortar os impostos”. “Se é para fazer lockdown que nem na Europa, que dê a mesma contrapartida que a Europa, com auxílio e incentivo.”

Donos de bares fazem protesto em cidades do interior

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Donos de bares e restaurantes fizeram protestos contra as restrições impostas pelo Plano São Paulo, do governo estadual, de combate à pandemia no novo coronavírus, nesta quarta-feira, 27, em cidades do interior de São Paulo. As manifestações foram convocadas através de redes sociais. A maioria das cidades onde houve protesto está na fase vermelha, a mais restritiva do plano, onde só funciona o comércio essencial. Houve críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Em Marília, os comerciantes se reuniram em frente à prefeitura com cartazes pedindo “reabertura já” e lembrando que o comércio é “essencial”. Em seguida, o grupo caminhou até o prédio do Ministério Público estadual para pedir o apoio das promotorias. A prefeitura informou que já pediu a reclassificação da cidade no plano estadual.

Comerciantes e donos de bares se concentram em frente ao prédio da prefeitura, em Caçapava Foto: GCM Caçapava/Divulgação
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Em Piracicaba, comerciantes e representantes de associações comerciais se concentraram na Estação da Paulista e fizeram uma carreata até a prefeitura. Como o acesso ao prédio foi bloqueado, eles desceram dos carros e estenderam faixas, cartazes e bandeiras do Brasil pedindo “licença para trabalhar”.

Com o apoio do comércio, donos de bares se mobilizaram em Araçatuba. O grupo se reuniu na Avenida da Saudade e saiu em carreata pelas ruas centrais. Em frente à prefeitura, foi realizado um ato pedindo a abertura do comércio até as 22 horas nos próximos fins de semana. A prefeitura informou que a reivindicação contraria o plano estadual, que o município é obrigado por lei a seguir.

Em Caçapava, os manifestantes se reuniram em frente à Câmara e seguiram em caminhada até a prefeitura. O grupo reivindicava autorização para serviços de drive-thru e delivery inclusive para comércio não essencial. Políticos locais apoiaram o protesto. A prefeitura informou que faz gestões junto ao governo do estado. Grupos de Campinas e Sorocaba foram à capital participar de protesto na Avenida Paulista.

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Em nota, o PSDB paulista informou que o protesto de donos de bares e restaurantes contra as restrições do Plano São Paulo está sendo insuflado com objetivos políticos de desgastar a imagem do governador João Doria. O governador anunciou medidas mais restritivas das atividades na sexta-feira, 22, após ser detectado aumento de casos, internações e óbitos causados pela doença. As medidas vigoram até o dia 7 de fevereiro.

Sindicatos, associações e grupos independentes formados por donos e funcionários de bares e restaurantes ocuparam a capital paulista na manhã e tarde desta quarta-feira, 27, para protestar contra o enrijecimento das regras de quarentena impostas ao setor. “Não somos culpados”, “Nossas famílias pedem socorro” e “Queremos trabalhar” eram as principais bandeiras levantadas pelos grupos em frente ao vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), que se dividiram entre críticas aos governos estadual e federal. 

“Nós apoiamos e seguimos todos os protocolos de segurança e higiene, mas agora estamos quebrando, as famílias estão desempregadas e não temos nem financiamento das dívidas. Os empresários não aguentam mais”, afirma Joaquim Saraiva, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Ele diz que o sistema de delivery não atende nem 20% dos custos de manter um estabelecimento aberto e que os próprios consumidores denunciam locais que não seguem as regras do Estado. 

Trabalhadores do setor de bares e restaurantes protestam contra as restriçõess impostas em SP Foto: Taba Benedicto/ Estadão

Uma das principais reclamações nos protestos é a de que o recente crescimento de casos e mortes pela covid-19 não seria culpa de bares e restaurantes, mas sim de festas clandestinas, transportes públicos superlotados e aglomerações em praias. “Não consigo entender quem associa o aumento de casos à abertura de restaurantes, se alguém me provar isso, calo a minha boca”, diz Edrey Momo, dono da Pizzaria 1900 e do Grupo da Esquina.

Na sexta-feira, 15, o governador João Doria (PSDB) voltou a definir que todo o Estado estivesse ao menos na fase laranja, enquanto a região metropolitana foi colocada na vermelha, a mais restritiva, entre as 20h e 6h durante a semana, e o dia todo aos sábados e domingos. “A praia do paulista é o shopping e o restaurante. Quando todos estavam aglomerando, nós estávamos fechados”, reclama Momo, referindo-se ao intervalo entre Natal e réveillon, quando a capital também entrou na fase vermelha do Plano São Paulo.

Ele faz parte do grupo Gastronomia Viva, com cerca de 20 pessoas que se uniram a outras cerca de 400 na esquina da Consolação com a Paulista às 9h desta manhã, levando mesas e cadeiras como uma forma de chamar a atenção da sociedade para a população. “Tem tanta gente indignada que apareceu muito mais do que esperávamos. Faltou uma liderança, mas o pleito é comum - que precisamos trabalhar”.

Donos e funcionários de bares e restaurantes prostestam em SP Foto: Taba Benedicto/ Estadão

Dona do tradicional Bar da Dona Onça, no Edifício Copan, Janaína Rueda faz parte do grupo “Não deixe fechar a conta”, com cerca de 240 pessoas que são a favor das medidas impostas pelo governador, mas pleiteiam medidas de apoio institucionais, como parcelamento de dívidas, linhas de crédito no PRONAMP e abono de impostos como o IPTU e o ICMS sobre alimentos, especialmente a carne.

“Ninguém está sendo negacionista, nos preocupamos com a saúde pública. Mas não temos mais crédito e a única solução tem sido a falência. Nosso pleito foi de ajuda com a moratória e com crédito. As esferas estadual e federal precisam ajudar, e isso não está sendo feito. Desde o início da pandemia, nada foi oferecido”, aponta Janaína, que conta ter acumulado dívidas pelos próximos 10 anos para se manter nos últimos meses. “Mas eu sei que vou sobreviver. Agora, os desempregados de bares e restaurantes estão se tornando os novos moradores de rua. Eu trabalho no centro e sei o que estou falando, sei o tanto de gente pedindo ajuda.

Vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de SP (SINTHORESP), Gilberto José da Silva fez coro aos participantes dos protestos ao dizer que o movimento era independente, suprapartidário e “suprassociativo”. “Nós somos pacíficos e não gostamos de baderna. Agora, não estamos de brincadeira, essas medidas humilham o povo e os trabalhadores”, afirma.

Josimar Andrade de Assis, diretor do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, também cobra que o governo estadual dê mais atenção ao setor ao “fazer sua parte e cortar os impostos”. “Se é para fazer lockdown que nem na Europa, que dê a mesma contrapartida que a Europa, com auxílio e incentivo.”

Donos de bares fazem protesto em cidades do interior

Donos de bares e restaurantes fizeram protestos contra as restrições impostas pelo Plano São Paulo, do governo estadual, de combate à pandemia no novo coronavírus, nesta quarta-feira, 27, em cidades do interior de São Paulo. As manifestações foram convocadas através de redes sociais. A maioria das cidades onde houve protesto está na fase vermelha, a mais restritiva do plano, onde só funciona o comércio essencial. Houve críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Em Marília, os comerciantes se reuniram em frente à prefeitura com cartazes pedindo “reabertura já” e lembrando que o comércio é “essencial”. Em seguida, o grupo caminhou até o prédio do Ministério Público estadual para pedir o apoio das promotorias. A prefeitura informou que já pediu a reclassificação da cidade no plano estadual.

Comerciantes e donos de bares se concentram em frente ao prédio da prefeitura, em Caçapava Foto: GCM Caçapava/Divulgação

Em Piracicaba, comerciantes e representantes de associações comerciais se concentraram na Estação da Paulista e fizeram uma carreata até a prefeitura. Como o acesso ao prédio foi bloqueado, eles desceram dos carros e estenderam faixas, cartazes e bandeiras do Brasil pedindo “licença para trabalhar”.

Com o apoio do comércio, donos de bares se mobilizaram em Araçatuba. O grupo se reuniu na Avenida da Saudade e saiu em carreata pelas ruas centrais. Em frente à prefeitura, foi realizado um ato pedindo a abertura do comércio até as 22 horas nos próximos fins de semana. A prefeitura informou que a reivindicação contraria o plano estadual, que o município é obrigado por lei a seguir.

Em Caçapava, os manifestantes se reuniram em frente à Câmara e seguiram em caminhada até a prefeitura. O grupo reivindicava autorização para serviços de drive-thru e delivery inclusive para comércio não essencial. Políticos locais apoiaram o protesto. A prefeitura informou que faz gestões junto ao governo do estado. Grupos de Campinas e Sorocaba foram à capital participar de protesto na Avenida Paulista.

Em nota, o PSDB paulista informou que o protesto de donos de bares e restaurantes contra as restrições do Plano São Paulo está sendo insuflado com objetivos políticos de desgastar a imagem do governador João Doria. O governador anunciou medidas mais restritivas das atividades na sexta-feira, 22, após ser detectado aumento de casos, internações e óbitos causados pela doença. As medidas vigoram até o dia 7 de fevereiro.

Sindicatos, associações e grupos independentes formados por donos e funcionários de bares e restaurantes ocuparam a capital paulista na manhã e tarde desta quarta-feira, 27, para protestar contra o enrijecimento das regras de quarentena impostas ao setor. “Não somos culpados”, “Nossas famílias pedem socorro” e “Queremos trabalhar” eram as principais bandeiras levantadas pelos grupos em frente ao vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), que se dividiram entre críticas aos governos estadual e federal. 

“Nós apoiamos e seguimos todos os protocolos de segurança e higiene, mas agora estamos quebrando, as famílias estão desempregadas e não temos nem financiamento das dívidas. Os empresários não aguentam mais”, afirma Joaquim Saraiva, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Ele diz que o sistema de delivery não atende nem 20% dos custos de manter um estabelecimento aberto e que os próprios consumidores denunciam locais que não seguem as regras do Estado. 

Trabalhadores do setor de bares e restaurantes protestam contra as restriçõess impostas em SP Foto: Taba Benedicto/ Estadão

Uma das principais reclamações nos protestos é a de que o recente crescimento de casos e mortes pela covid-19 não seria culpa de bares e restaurantes, mas sim de festas clandestinas, transportes públicos superlotados e aglomerações em praias. “Não consigo entender quem associa o aumento de casos à abertura de restaurantes, se alguém me provar isso, calo a minha boca”, diz Edrey Momo, dono da Pizzaria 1900 e do Grupo da Esquina.

Na sexta-feira, 15, o governador João Doria (PSDB) voltou a definir que todo o Estado estivesse ao menos na fase laranja, enquanto a região metropolitana foi colocada na vermelha, a mais restritiva, entre as 20h e 6h durante a semana, e o dia todo aos sábados e domingos. “A praia do paulista é o shopping e o restaurante. Quando todos estavam aglomerando, nós estávamos fechados”, reclama Momo, referindo-se ao intervalo entre Natal e réveillon, quando a capital também entrou na fase vermelha do Plano São Paulo.

Ele faz parte do grupo Gastronomia Viva, com cerca de 20 pessoas que se uniram a outras cerca de 400 na esquina da Consolação com a Paulista às 9h desta manhã, levando mesas e cadeiras como uma forma de chamar a atenção da sociedade para a população. “Tem tanta gente indignada que apareceu muito mais do que esperávamos. Faltou uma liderança, mas o pleito é comum - que precisamos trabalhar”.

Donos e funcionários de bares e restaurantes prostestam em SP Foto: Taba Benedicto/ Estadão

Dona do tradicional Bar da Dona Onça, no Edifício Copan, Janaína Rueda faz parte do grupo “Não deixe fechar a conta”, com cerca de 240 pessoas que são a favor das medidas impostas pelo governador, mas pleiteiam medidas de apoio institucionais, como parcelamento de dívidas, linhas de crédito no PRONAMP e abono de impostos como o IPTU e o ICMS sobre alimentos, especialmente a carne.

“Ninguém está sendo negacionista, nos preocupamos com a saúde pública. Mas não temos mais crédito e a única solução tem sido a falência. Nosso pleito foi de ajuda com a moratória e com crédito. As esferas estadual e federal precisam ajudar, e isso não está sendo feito. Desde o início da pandemia, nada foi oferecido”, aponta Janaína, que conta ter acumulado dívidas pelos próximos 10 anos para se manter nos últimos meses. “Mas eu sei que vou sobreviver. Agora, os desempregados de bares e restaurantes estão se tornando os novos moradores de rua. Eu trabalho no centro e sei o que estou falando, sei o tanto de gente pedindo ajuda.

Vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de SP (SINTHORESP), Gilberto José da Silva fez coro aos participantes dos protestos ao dizer que o movimento era independente, suprapartidário e “suprassociativo”. “Nós somos pacíficos e não gostamos de baderna. Agora, não estamos de brincadeira, essas medidas humilham o povo e os trabalhadores”, afirma.

Josimar Andrade de Assis, diretor do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, também cobra que o governo estadual dê mais atenção ao setor ao “fazer sua parte e cortar os impostos”. “Se é para fazer lockdown que nem na Europa, que dê a mesma contrapartida que a Europa, com auxílio e incentivo.”

Donos de bares fazem protesto em cidades do interior

Donos de bares e restaurantes fizeram protestos contra as restrições impostas pelo Plano São Paulo, do governo estadual, de combate à pandemia no novo coronavírus, nesta quarta-feira, 27, em cidades do interior de São Paulo. As manifestações foram convocadas através de redes sociais. A maioria das cidades onde houve protesto está na fase vermelha, a mais restritiva do plano, onde só funciona o comércio essencial. Houve críticas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Em Marília, os comerciantes se reuniram em frente à prefeitura com cartazes pedindo “reabertura já” e lembrando que o comércio é “essencial”. Em seguida, o grupo caminhou até o prédio do Ministério Público estadual para pedir o apoio das promotorias. A prefeitura informou que já pediu a reclassificação da cidade no plano estadual.

Comerciantes e donos de bares se concentram em frente ao prédio da prefeitura, em Caçapava Foto: GCM Caçapava/Divulgação

Em Piracicaba, comerciantes e representantes de associações comerciais se concentraram na Estação da Paulista e fizeram uma carreata até a prefeitura. Como o acesso ao prédio foi bloqueado, eles desceram dos carros e estenderam faixas, cartazes e bandeiras do Brasil pedindo “licença para trabalhar”.

Com o apoio do comércio, donos de bares se mobilizaram em Araçatuba. O grupo se reuniu na Avenida da Saudade e saiu em carreata pelas ruas centrais. Em frente à prefeitura, foi realizado um ato pedindo a abertura do comércio até as 22 horas nos próximos fins de semana. A prefeitura informou que a reivindicação contraria o plano estadual, que o município é obrigado por lei a seguir.

Em Caçapava, os manifestantes se reuniram em frente à Câmara e seguiram em caminhada até a prefeitura. O grupo reivindicava autorização para serviços de drive-thru e delivery inclusive para comércio não essencial. Políticos locais apoiaram o protesto. A prefeitura informou que faz gestões junto ao governo do estado. Grupos de Campinas e Sorocaba foram à capital participar de protesto na Avenida Paulista.

Em nota, o PSDB paulista informou que o protesto de donos de bares e restaurantes contra as restrições do Plano São Paulo está sendo insuflado com objetivos políticos de desgastar a imagem do governador João Doria. O governador anunciou medidas mais restritivas das atividades na sexta-feira, 22, após ser detectado aumento de casos, internações e óbitos causados pela doença. As medidas vigoram até o dia 7 de fevereiro.

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